Recorde do Ibovespa: como o índice da bolsa brasileira superou a maior alta de todos os tempos, mas acabou o dia abaixo da máxima
Nas últimas sessões, o Ibovespa vinha renovando recordes intradiários sucessivos — só nesta quinta-feira foram mais de dez durante a sessão

Depois de passar por pedras, montanhas e fendas, enfim, o cume. Essa poderia ser a descrição da escalada como esporte, mas é a definição do Ibovespa nesta quinta-feira (15). O principal índice da bolsa brasileira superou a maior pontuação até então, os 134.391 pontos atingidos em dezembro de 2023, durante a sessão de hoje, mas não conseguiu sustentar os ganhos.
Era início da tarde quando o Ibovespa ultrapassou essa marca e chegou aos 134.405,06 pontos, com um avanço de 0,82%. O índice acabou perdendo o fôlego ao longo do pregão para terminar o dia com alta de 0,63%, aos 134.153,42 pontos.
Já o dólar à vista encerrou a quinta-feira cotado em R$ 5,4838, um avançou de 0,27%.
A nova máxima intradiária do Ibovespa, no entanto, não pegou os investidores de surpresa. Nas últimas sessões, o Ibovespa vinha renovando recordes sucessivos ao longo do dia — só nesta quinta-feira foram mais de dez durante a sessão.
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O impulsionador do novo recorde do Ibovespa
Se, na escalada, é necessário cordas e equipamentos para chegar ao cume, no caso do Ibovespa, foi preciso a ajuda das bolsas norte-americanas.
O novo recorde do Ibovespa reflete a alta em Wall Street, passado o temor de que a maior economia do mundo não entrará em recessão após o resultado forte das vendas no varejo do país.
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Em julho, as vendas no varejo dos EUA subiram 1% ante junho, para US$ 709,7 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados hoje pelo Departamento do Comércio. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3% no período.
O indicador e outros de atividade informados hoje nos EUA afastaram mais a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) cortar em 0,50 ponto percentual os juros em setembro. Atualmente, a taxa por lá está entre 5,25% e 5,50% ao ano, o maior patamar em mais de duas décadas.
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Temores fiscais e ruídos ainda rondam o Ibovespa
A máxima histórica do Ibovespa não veio sem pedras no percurso — temores fiscais e ruídos políticos ainda rondam a bolsa brasileira.
Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, adiou a votação do projeto de lei da desoneração para a próxima terça-feira (2).
Do lado econômico, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a falar sobre a Petrobras (PETR4), reforçando que está entre as prioridades da estatal o investimento em refino e fertilizantes. Hoje, a petroleira anunciou um aporte de R$ 870 milhões na área.
As bolsas lá fora
Embora o Ibovespa tenha registrando valorização desde cedo, a alta foi inferior à vista nas outras bolsas globais.
Em Nova York, por exemplo, o Nasdaq subiu mais de 2,34%, enquanto o Dow Jones avançou 1,39% e o S&P 500, 1,61%.
Na Europa, as principais bolsas da região também encerraram o dia com ganhos superiores a 1%, a exceção foi Londres, que teve uma alta de 0,80%.
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