Fundo imobiliário dispara mais de 6% na bolsa e gestor conta por que as cotas estão subindo
Como são negociadas em bolsa, nem sempre é possível descobrir porque as cotas de um fundo imobiliário estão subindo ou caindo, mas a gestora do SHPH11 tem uma hipótese
Após registrar dias de fortes altas na última semana, o fundo imobiliário Shopping Pátio Higienópolis (SHPH11) abre a nova semana novamente em disparada na B3. Por volta das 10h40 deste segunda-feira (9), o FII operava em um salto de 6,4%, cotado em R$ 964,98.
Como são negociadas em bolsa, nem sempre é possível descobrir porque as cotas de um fundo imobiliário estão subindo ou caindo. Mas, nesse caso, a Rio Bravo, que é a administradora do SHPH11, tem uma hipótese.
A gestora respondeu na última sexta-feira (9) a uma solicitação da B3 que questionava justamenteas oscilações das cotações nos últimos dias.
A operadora da bolsa brasileira perguntou se havia algum fato que pudesse justificar a volatilidade do ativo e o aumento do número de negócios no mercado secundário.
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O que diz a gestora do fundo imobiliário?
A Rio Bravo acredita que a resposta para todas essas movimentações é o rumor de que a Brookfield Brasil pretende vender sua participação no Shopping Pátio Higienópolis, empreendimento localizado em São Paulo do qual o fundo SHPH11 é coproprietário.
De acordo com notícias divulgadas pela imprensa no início da semana passada, o fundo de investimentos canadense já contratou bancos para desfazer-se do Pátio Higienópolis e também do Shopping Pátio Paulista, encerrando assim seu portfólio de ativos de varejo no Brasil.
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Segundo fontes ouvidas pelo portal Brazil Journal, as companhias Allos (ALOS3), Iguatemi (IGTI11), Ancar Ivanhoe e o fundo imobiliário XP Malls (XPML11) estão de olho no potencial negócio e devem apresentar uma proposta.
Mas vale relembrar que, como coproprietário do ativo, o SHPH11 tem direito de preferência na fatia da Brookfield no Pátio Higienópolis. A prerrogativa é proporcional a participação atual do fundo no empreendimento, que é de 25,7%.
A Rio Bravo ainda não revelou se deve exercer ou não a preferência, afirmando apenas que em breve divulgará um fato relevante sobre o tema e manterá os cotistas informados.
Mas, de acordo com a apuração do portal Pipeline, a gestora pretende fazer uma oferta. De acordo com cálculos do mercado, a proposta precisa ficar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão para chegar ao preço pedido pela Brookfield.
Além do FII, a Iguatemi também está entre os acionistas do shopping, com cerca de 11,5% de participação, e poderá exercer o direito de preferência por uma fatia de igual tamanho do negócio.
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