Teve de tudo em Nova York hoje: o sobe e desce das bolsas na carona dos juros e do Fed
A virada dos principais índices de ações dos EUA foi proporcionada pelas declarações de Jerome Powell, mas não durou muito tempo
O dia tinha tudo para terminar como começou: morno. Os principais índices de ações da Bolsa de Nova York operavam sem uma direção certa à espera do que já se sabia que iria acontecer: o Federal Reserve (Fed) manteria os juros inalterados na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano por conta da inflação fora da meta de 2%.
Um script um tanto sem graça para um mercado que aguarda desde março o início do ciclo de cortes de juros na maior economia do mundo. O que os investidores não esperavam é que o presidente do Fed, Jerome Powell, cravasse a trajetória da taxa na próxima decisão, marcada para 12 de junho — e o mercado gostou do que ouviu.
“Acho improvável que a próxima mudança nos juros seja um aumento. Eu diria que é improvável”, disse Powell.
Ele foi além: “Penso que precisaríamos de ver provas convincentes de que a nossa orientação política não é suficientemente restritiva para esfriar a inflação de forma sustentável para 2% ao longo do tempo. Não é isso que pensamos que estamos vendo”.
As declarações proporcionaram uma tarde e tanto, mas não sustentaram um final emocionante em Wall Street. Os principais índices de ações em Nova York voltaram a fechar sem uma direção comum, com apenas do Dow Jones no azul. A bolsa brasileira esteve fechada devido ao feriado.
- LEIA MAIS: Investimento em BDRs permite buscar lucros dolarizados com ações gringas, sem sair da bolsa brasileira – veja os 10 melhores papéis para comprar agora
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações dos EUA no fechamento:
Leia Também
- Dow Jones: +0,23%, 37.902,57 pontos
- S&P 500: -0,34%, 5.018,38 pontos
- Nasdaq: -0,33%, 15.605,48 pontos
Ainda teve mais
Os investidores também reagiram positivamente ao fato de o Fed ter afirmado que iria pisar no freio em uma das formas de apertar as condições para os mercados financeiros.
A partir de junho, o banco central norte-americano irá abrandar o ritmo em que permite que os rendimentos das obrigações vencidas saiam do seu balanço sem os reinvestir — um processo conhecido como aperto quantitativo.
Com as mudanças, o yield (rendimento) do título do Tesouro dez anos caiu abaixo de 4,6%, aliviando alguns receios dos investidores de que possa voltar a ultrapassar os 5% este ano e restringir a economia.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
Ações reagem ao futuro dos juros
As principais ações de tecnologia sensíveis ao nível dos juros e ao apetite pelo risco lideraram os ganhos da tarde, com a Microsoft e a Alphabet avançando mais de 2%.
A Amazon subiu 5% após lucro e receita melhores do que o esperado no primeiro trimestre, enquanto Meta saltou 4%.
As ações ligadas à inteligência artificial tiveram dificuldades durante a sessão desta quarta-feira, após resultados decepcionantes de alguns dos principais concorrentes à IA.
A Advanced Micro Devices caiu 7% após divulgar uma previsão de receita em linha para o trimestre atual, enquanto a Super Micro Computer recuou 11% por conta de uma receita mais branda.
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações
Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar
Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado
As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados
Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações
A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá
Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo
Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar
Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais
O IRB Re ainda vale a pena? Ações IRBR3 surgem entre as maiores quedas do Ibovespa após balanço, mas tem bancão dizendo que o melhor está por vir
Apesar do desempenho acima do esperado entre julho e setembro, os papéis da resseguradora inverteram o sinal positivo da abertura e passaram a operar no vermelho
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
A Argentina dos sonhos está (ainda) mais perto? Dólar dá uma trégua e inflação de outubro é a menor em três anos
Por lá, a taxa seguiu em desaceleração em outubro, chegando a 2,7% em base mensal — essa não é apenas a variação mais baixa até agora em 2024, mas também é o menor patamar desde novembro de 2021
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo