Dólar ultrapassa os R$ 5,70 e fecha no maior nível desde o final de 2021; o que levou à alta de mais de 1% hoje?
A moeda norte-americana também renovou a máxima intradia — ou seja, dentro do pregão — com um pico de R$ 5,7430
Com os cenários interno e externo oferecendo um prato cheio para o câmbio nesta quinta-feira (1), o dólar à vista fechou o primeiro pregão de agosto com fortes ganhos e no maior nível em mais de dois anos e meio.
A moeda-norte americana subiu 1,41% hoje e ficou em R$ 5,7350, cotação mais alta desde o fechamento de 21 de dezembro de 2021.
Além disso, a divisa renovou a máxima intradia, com um pico de R$ 5,7430 dentro do pregão que superou o patamar de R$ 5,7009 registrado no início do mês passado.
- Muitos investidores perdem a oportunidade de lucrar em dólar esperando a queda da moeda; enquanto isso, esta carteira de BDRs já valorizou mais de 26% este ano – veja as 10 ações recomendadas
Por que a decisão do Copom afeta o dólar?
Por aqui, pesou para a alta o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de ontem.
O Copom optou por manter a taxa básica de juros brasileira, a Selic, no patamar de 10,5% ao ano, o que já era previsto. Mas contrariou as expectativas em outra frente. Considerando a desancoragem da inflação, o mercado esperava um comunicado mais duro e uma sinalização de eventual alta dos juros neste ano.
Vale destacar que uma das poucas novidades de ontem foi justamente a inclusão da taxa de câmbio como um fator adicional de risco na convergência da inflação para a meta.
Leia Também
- “O dólar perfeito nunca vai existir”, diz analista Enzo Pacheco. Veja por que você não deve esperar a moeda cair para buscar lucros
Exterior pesou para o câmbio
Mas o que impulsionou de fato o desempenho do dólar foi o exterior. Ontem também aconteceu a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50%.
As falas do presidente Fed, Jerome Powell, fortaleceram as apostas de ciclo de cortes de juros em setembro, o que é considerado um sinal positivo para o mercado. Com isso, as bolsas por lá fecharam em alta, o que também ajudou a fortalecer o dólar frente ao real hoje.
O aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio com notícia de que o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto no Irã também desempenhou seu papel no câmbio.
A situação delicada por lá leva os investidores a buscarem o dólar, que é considerado um dos ativos de proteção frente a cenários de incerteza.
*Com informações do Money Times
Rodolfo Amstalden: Qual é a exata distância entre 25 e 50 bps?
Em mais uma Super Quarta, os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam hoje o futuro das taxas básicas de juros
Às vésperas do Copom, mercado projeta Selic a 11,25% em 2024; veja como investir nesse cenário
Analistas acreditam que alta dos juros pode ser positivo para a Bolsa, mas investidor precisa estar preparado; confira dossiê com recomendações e análises de onde investir
Aqui está o motivo por que os investidores de bitcoin (BTC) esperam pelo melhor no quarto trimestre de 2024
A maior criptomoeda do mundo se aproxima do seu melhor trimestre histórico, com uma “tempestade perfeita” se formando à frente
Dia de uma super decisão: bolsas amanhecem voláteis em meio à espera das decisões sobre juros no Brasil e EUA
Enquanto as apostas de um corte maior crescem nos Estados Unidos, por aqui o Banco Central está dividido entre manter ou elevar a Selic
Inflação vai “explodir” e Selic voltar a 13,50% se Banco Central optar por ajuste gradual, diz Felipe Guerra, da Legacy
Responsável pela gestão de R$ 20 bilhões, sócio-fundador da Legacy defende ajuste maior da Selic, mas espera alta de 0,25 ponto pelo Copom hoje
Como a decisão de juros do Fed nos EUA pode tirar o bitcoin (BTC) da faixa do “zero a zero” após o halving — e ainda iniciar novo rali das criptomoedas
As decisões do Fed sobre os juros impactam diretamente o cenário macroeconômico, que influencia o desempenho dos ativos de risco
Gigante de eletrodomésticos da China, Midea Group faz maior IPO do ano em Hong Kong — mesmo com economia e bolsas patinando
A listagem de US$ 3,98 bilhões da Midea ultrapassou a oferta pública inicial de US$ 315 milhões da Sichuan Baicha Baidao Industrial, gigante chinesa de lojas de chá, em abril
‘O mundo pode mudar’ a partir da decisão do Fed, afirma estrategista: saiba se o seu patrimônio está preparado para a decisão de juro mais importante dos últimos anos
Federal Reserve deve cortar juro depois de 4 anos e definir “um novo paradigma para os mercados”, afirma estrategista-chefe da Empiricus; entenda o que pode mudar
Fed, Copom e o ‘cavalo de pau na neblina’: ‘Hiper Quarta’ marca momento de inflexão para o investidor; saiba como agir
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, prepara dossiê com reportagens, análises e curadoria de conteúdo para auxiliar o investidor após as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Bitcoin (BTC) atinge os US$ 60 mil antes da esperada decisão de juros nos Estados Unidos e lançamento de token de Trump
Os juros são entendidos pelo mercado como o “preço do dinheiro”: se estão altos, fica mais difícil captar recursos — e o contrário também vale
A véspera do dia mais importante do ano: investidores se preparam para a Super Quarta dos bancos centrais
Em meio a expectativa de corte de juros nos EUA e alta no Brasil, tubarões do mercado local andam pessimistas com o Ibovespa
Fed corta os juros? Copom eleva a Selic? Saiba o que esperar de mais uma Super Quarta dos bancos centrais
Enquanto o Fed se prepara para iniciar um processo de alívio monetário, Brasil flerta com juros ainda mais altos nos próximos meses
O que pensam os “tubarões” do mercado que estão pessimistas com a bolsa — e o que pode abrir uma nova janela de alta para o Ibovespa
Após o rali em agosto, grandes gestoras do mercado aproveitaram para mexer nas posições de seus portfólios — e o sentimento negativo com a bolsa brasileira domina novas apostas dos economistas
BTG eleva projeção para o S&P 500 em 2024 e elege as 20 melhores ações americanas para investir em setembro
Apesar das expectativas para o cenário de juros e as eleições nos EUA, o cenário macro para as ações continua forte e com oportunidades
Corte de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p.? Nada disso: senadores democratas pedem diretamente para o chefe do BC dos EUA que Fed corte juros em 0,75 p.p.
As autoridades dos EUA acrescentam que “claramente” chegou a hora de reduzir as taxas, diante da desaceleração dos preços e de dados indicando o arrefecimento do emprego
Dólar cai e se aproxima dos R$ 5,50 mesmo com ‘puxadinho’ de Flávio Dino no Orçamento — e a ‘culpa’ é dos EUA
Real tira proveito da queda do dólar nos mercados internacionais diante da expectativa de corte de juros pelo Fed
‘Crise de depreciação’ do real tem dois ‘vilões’, segundo o BIS – mas a moeda brasileira não é a única a perder para o dólar
O ‘banco central dos bancos centrais’ defende que as incertezas na economia dos Estados Unidos impactaram os ativos financeiros de países emergentes nos últimos meses
Ouro nas máximas históricas: tem espaço para mais? Goldman Sachs dá a resposta e diz até onde metal deve ir
“Nossos analistas veem uma alta potencial de cerca de 15% nos preços do ouro com o aumento das sanções norte-americanas, igual àquele visto desde 2021”, destaca o relatório
Perdeu o sabor? Dólar alto e falta de espaço para reajuste de preços levam bancão a rebaixar M.Dias Branco (MDIA3)
M.Dias Branco atravessa o pior momento entre as representantes do setor alimentício com capital aberto cobertas pelo JP Morgan
Não tem como fugir da Super Quarta: bolsas internacionais sentem baixa liquidez com feriados na Ásia e perspectiva de juros em grandes economias
Enquanto as decisões monetárias da semana não saem, as bolsas internacionais operam sem um único sinal