🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
ONDE INVESTIR

Dólar de volta a R$ 5,05 e retomada da bolsa brasileira: CEO da Bradesco Asset revela apostas para o 2º semestre

Ex-secretário do Tesouro, Bruno Funchal prevê a intensificação das turbulências no mercado local diante do risco fiscal, mas Ibovespa deve voltar a atrair a atenção em 2024

Camille Lima
Camille Lima
1 de julho de 2024
6:03 - atualizado às 9:46
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset, fala sobre apostas da gestora para bolsa brasileira, dólar e juros.
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset, fala sobre apostas da gestora para bolsa brasileira, dólar e juros. - Imagem: Divulgação

Muita coisa pode mudar em seis meses. No caso da Bradesco Asset, esse curto período de tempo foi o suficiente para virar as principais apostas de investimentos da gestora de fundos para 2024 de ponta cabeça. 

Se há seis meses o CEO Bruno Funchal, responsável por um patrimônio superior a R$ 700 bilhões na gestora, traçava um panorama para lá de otimista para o mercado brasileiro, o primeiro semestre veio para ruir com as expectativas.

Agora, a previsão para os próximos meses é de cautela.

Ex-secretário do Tesouro Nacional, Funchal projeta que a turbulência se intensificará ao longo da segunda metade do ano, quando as discussões sobre a meta fiscal e o Orçamento de 2025 devem chegar às alturas.

O aumento da ansiedade quanto a questões macroeconômicas deve continuar a fazer peso sobre os ativos de risco — como a bolsa brasileira — no segundo semestre, especialmente diante de perspectivas mais contidas para os juros daqui para frente.

Já o real pode voltar a se fortalecer contra o dólar nos próximos meses, segundo o gestor.

Esta matéria faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir no segundo semestre de 2024. Eis a lista completa:

O que aconteceu com a bolsa até agora, segundo Bruno Funchal

Seis meses depois da nossa primeira conversa, eu voltei à sede da Bradesco Asset para um novo papo com Bruno Funchal sobre as mudanças nas perspectivas da gestora para este ano.

Leia Também

Segundo Funchal, uma das principais chacoalhadas veio das previsões para a bolsa brasileira.

No ano passado, o gestor previa que a queda da Selic deveria provocar um movimento “praticamente inevitável”: a migração de recursos que estavam na renda fixa para a bolsa.

Acontece que o pilar da tese otimista da Bradesco Asset para a bolsa eram os juros abaixo dos dois dígitos.

Na época, a gestora esperava que o Banco Central só interrompesse as reduções quando a taxa chegasse aos 8,5% ao ano. 

Porém, o relaxamento monetário não avançou conforme o esperado: o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) continuou a postergar as sinalizações de uma possível redução nas taxas.

Isso levou o Copom a desacelerar o passo por aqui também. Na última reunião, em junho, o colegiado optou pela manutenção da Selic a 10,50% ao ano, interrompendo o alívio monetário iniciado em agosto de 2023.

A mudança na trajetória levou a Bradesco Asset a recalcular a rota de previsões para os juros. Agora, a gestora prevê apenas um corte na Selic até o fim de 2024, encerrando o ano com uma taxa terminal de 10,25% a.a

Quando a bolsa brasileira vai voltar a subir?

O adiamento da queda dos juros levou a bolsa brasileira e outros ativos de maior risco, como os fundos multimercados, a um início de ano amargo em 2024. Desde janeiro, o Ibovespa, principal índice de ações da B3, acumula desvalorização de 7,66%.

“A bolsa está muito dependente da dinâmica de juros americanos”, afirmou Funchal. “Se houver de fato esse sinal de que os Estados Unidos vão engrenar em uma queda de juros razoável ao longo de 2025, eu acredito que a bolsa tem muito espaço para novos ganhos.”

Entretanto, o apetite pelo Ibovespa deve dar indícios de retomada apenas no fim deste ano, segundo o CEO da Bradesco Asset. Isto é, quando passadas as principais turbulências macroeconômicas locais e houver melhora nas perspectivas de juros no Brasil e nos EUA.

“No início do ano, a gente tinha uma perspectiva de crescimento de captação e cenário positivo para ativos de risco, mas essa boa previsão está sendo empurrada para o ano que vem”, disse Funchal. 

Para além do crédito, onde investir no 2º semestre

Enquanto a bolsa continuou morna no primeiro semestre, uma outra classe de investimentos aproveitou para brilhar: o crédito.

“A gente teve fechamento de spreads e isso acabou valorizando muito os fundos de crédito. Além disso, as mudanças regulatórias nos títulos incentivados, CRAs e CRIs, também empurraram os investidores mais para essa classe”, afirmou o CEO.

Entretanto, na visão do presidente da Bradesco Asset, o espaço para ganhos com crédito já está se fechando.

“O presente é crédito, mas o futuro próximo será o momento de outras classes de ativos, então é preciso voltar a diversificar, porque logo o Fed deve começar a baixar os juros.”

Na avaliação de Bruno Funchal, duas classes de investimentos tendem a começar a se valorizar entre o segundo semestre e o início de 2025: a bolsa brasileira e a chamada “renda fixa ativa” — fundos que buscam superar o CDI através de gestão ativa do portfólio.

Do lado da renda variável, o CEO da Bradesco Asset vê oportunidades e assimetrias na bolsa — desde que o investidor saiba encontrar “empresas baratas e com bons balanços”.

Um dos setores que pode se beneficiar daqui para frente são os mais defensivos, como as ações de utilidades públicas, como energia elétrica e saneamento básico.

A previsão da Bradesco Asset para o câmbio

E se a previsão para o segundo semestre é de retomada da bolsa e de uma tímida redução nos juros até o fim do ano, o que esperar do câmbio?

Para a Bradesco Asset, a tendência para os próximos meses é de queda do dólar.

A moeda norte-americana já subiu 15,29% desde janeiro e chegou a superar a marca de R$ 5,59 na semana passada.  

“O ruído interno atrapalhou muito o real, então tivemos uma desvalorização de mais de 10% do câmbio. É muita coisa, foi uma das moedas que mais se valorizou no mundo”, afirmou Bruno Funchal.

Entretanto, na visão do gestor, após a expressiva valorização em 2024, a divisa logo deve começar a devolver parte dos ganhos.

“Enquanto ainda tivermos essa incerteza local, acho que a moeda brasileira ainda vai sofrer. Virada essa página, talvez mais para o final do ano, acredito que o dólar pode voltar a encostar em R$ 5,10”, afirmou o CEO.

A Bradesco Asset aposta que o dólar deve iniciar a trajetória de queda assim que o Fed iniciar o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, terminando o ano na casa dos R$ 5,05

É uma projeção ousada, já que significa que a moeda deve se desvalorizar até 9,7% em relação ao último fechamento. 

Além disso, deve-se levar em consideração que as projeções dos próprios diretores do Fed indicam atualmente a possibilidade de apenas um corte em 2024 — e provavelmente na reta final do ano.

Questionado sobre essa percepção, Funchal disse apenas: “Você acha? Tem gente apostando no dólar a R$ 4,70.”

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

SD Select

Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira

17 de novembro de 2024 - 12:00

Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem

15 de novembro de 2024 - 16:16

Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro

BOLSA NA SEMANA

Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa  na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?

15 de novembro de 2024 - 13:21

A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos

VAI CORTAR A LINHA?

Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?

15 de novembro de 2024 - 10:04

Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

SEXTOU COM O RUY

Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações

15 de novembro de 2024 - 8:00

Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar

MUITA CALMA NESSA HORA

Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado

14 de novembro de 2024 - 18:40

As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse

ANTES DA DESPEDIDA

A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas

14 de novembro de 2024 - 17:32

As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar