Comprar ações, seguir na renda fixa ou apostar nas criptomoedas? A Empiricus Gestão elege os investimentos que devem brilhar em 2024
A gestora também indica as possíveis pedras no caminho de quem quer investir este ano; descubra onde você pode tropeçar

A perspectiva de pelo menos três quedas de juros nos EUA e a continuidade do afrouxamento monetário no Brasil já mostraram do que são capazes: levaram o Ibovespa às máximas no final de 2023 e aumentaram o apetite dos investidores por ações — mas será essa a única opção de investimento viável para 2024?
Segundo a Empiricus Gestão, não — embora reconheça que esse início de ano deve ser bastante favorável para os ativos de risco globais.
“Sustentadas pelo pulso de liquidez, maior apetite ao risco e uma dinâmica ainda favorável nos balanços das companhias, as ações devem gerar bons retornos para os portfólios, em especial nestes primeiros meses do ano”, dizem os autores da carta da Empiricus Gestão, liderados pelo CIO João Piccioni.
Segundo eles, os fundos da Empiricus Gestão — internacionais e nacionais que não seguem os relatórios da Empiricus Research — iniciaram o ano sobre alocados em risco. No caso dos fundos de ações, a gestora aproveitará eventuais movimentos de queda dos mercados para realinhar as carteiras.
O ano é só das ações?
Engana-se, no entanto, quem acredita que 2024 será o ano apenas das ações. Segundo a Empiricus Research, a renda fixa também deve entregar um pouco mais da sua gordura e, com as quedas das taxas, gerar prêmio em relação aos benchmarks.
“Nos fundos de renda fixa, manteremos posições aplicadas nos juros mais curtos — com vencimento em 2 anos — e posicionados em títulos atrelados à variação da inflação na ponta mais longa (família Renda Fixa Ativo FI RF)”, dizem os gestores.
Leia Também
Na renda fixa em dólar, a Empiricus Gestão diz que alguma atenção é necessária, já que o processo de desinversão da curva de juros norte-americana deve ser tortuoso e não deve gerar ganhos fáceis nos títulos dolarizados.
“Ainda preferimos os títulos que vencem em prazos mais curtos — posição comprada. Por fim, gostamos do risco de crédito brasileiro negociado lá fora. A queda do risco Brasil deve gerar um prêmio interessante nesse tipo de ativo ao longo do ano”, afirmam os gestores.
As criptos tem vez?
Segundo a Empiricus Gestão, sim, as criptomoedas também merecem destaque quando o assunto é investimento em 2024.
A gestora explica que a arrancada no final do ano das moedas digitais se deveu basicamente à questão da aprovação iminente das regras para os ETFs de bitcoin e ethereum por parte da SEC (a CVM dos EUA), e, também, ao aumento da liquidez dos mercados.
“Caso a aprovação aconteça nos próximos dias, o fluxo de recursos para esses ativos deverá ganhar um impulso no curto prazo”, dizem os autores da carta da Empiricus Gestão.
Além dos fundos temáticos ligados às criptomoedas, eles mencionam a presença do bitcoin nos fundos multimercado Empiricus Money Rider Hedge Fund FI Mult IE, Carteira Universa e Wealth Trading FIM.
TOUROS E URSOS - Haddad, Bitcoin, Petrobras e ChatGPT... Elegemos os melhores do ano (Milei e Barbie perderam) — aqui está o ranking
Os riscos pelo caminho
Nenhum investimento é livre de risco e, em 2024, eles também podem aparecer pelo caminho, atrapalhando previsões — e alguns investimentos.
“Para o ano que começa, os riscos geopolíticos parecem ser aqueles mais capazes de fazer desandar as nossas previsões. Isso porque eventuais problemas no comércio global causados por uma "guerra quente" (conflito bélico real), poderiam encarecer as cadeias e trazer de volta o risco inflacionário”, diz Piccioni.
Vale ter em mente, que as frentes de conflito já estão presentes na Europa (Ucrânia e Rússia), Ásia (Taiwan e China), Oriente Médio (Israel, Gaza, Iêmen, Líbano, Irã, etc), América do Sul (Venezuela e Guiana).
“Apesar de existente, descarto o risco de liquidez advindo de políticas monetárias mais restritivas do bancos centrais. Se a situação dos mercados culminar em efeitos diretos na economia, o BC norte-americano correrá para salvar os agentes com problemas”, acrescenta Piccioni.
Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump
Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos
A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Bitcoin (BTC) em queda — como as tarifas de Trump sacudiram o mercado cripto e o que fazer agora
Após as tarifas do Dia da Liberdade de Donald Trump, o mercado de criptomoedas registrou forte queda, com o bitcoin (BTC) recuando 5,85%, mas grande parte dos ativos digitais conseguiu sustentar valores em suportes relativamente elevados
O ativo que Luis Stuhlberger gosta em meio às tensões globais e à perda de popularidade de Lula — e que está mais barato que a bolsa
Para o gestor do fundo Verde, Brasil não aguenta mais quatro anos de PT sem haver uma “argentinização”
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Itaú (ITUB4), de novo: ação é a mais recomendada para abril — e leva a Itaúsa (ITSA4) junto; veja outras queridinhas dos analistas
Ação do Itaú levou quatro recomendações entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro; veja o ranking completo
Tarifas de Trump levam caos a Nova York: no mercado futuro, Dow Jones perde mais de 1 mil pontos, S&P 500 cai mais de 3% e Nasdaq recua 4,5%; ouro dispara
Nas negociações regulares, as principais índices de Wall Street terminaram o dia com ganhos na expectativa de que o presidente norte-americano anunciasse um plano mais brando de tarifas
Rodolfo Amstalden: Nos tempos modernos, existe ERP (prêmio de risco) de qualidade no Brasil?
As ações domésticas pagam um prêmio suficiente para remunerar o risco adicional em relação à renda fixa?
Onde investir em abril? As melhores opções em ações, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional
Minoritários da Tupy (TUPY3), gestores Charles River e Organon indicam Mauro Cunha para o conselho após polêmica troca de CEO
Insatisfeitos com a substituição do comando da metalúrgica, acionistas indicam nome para substituir conselheiro independente que votou a favor da saída do atual CEO, Fernando Rizzo
Assembleia do GPA (PCAR3) ganha apoio de peso e ações sobem 25%: Casino e Iabrudi sinalizam que também querem mudanças no conselho
Juntos, os acionistas somam quase 30% de participação no grupo e são importantes para aprovar ou recusar as propostas feitas pelo fundo controlado por Tanure
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
O Super Bowl das tarifas de Trump: o que pode acontecer a partir de agora e quem está na mira do anúncio de hoje — não é só a China
A expectativa é de que a Casa Branca divulgue oficialmente os detalhes da taxação às 17h (de Brasília). O Seu Dinheiro ouviu especialistas para saber o que está em jogo.
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas