Os olhos dos investidores ficaram concentrados no exterior com a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed). Por aqui, o Ibovespa acompanhou a deterioração das bolsas de Nova York, além da repercussão do noticiário corporativo local — que segue agitado com o fim da temporada de balanços.
O índice terminou o pregão com baixa de 1,38%, aos 125.650 pontos. O dólar subiu 0,77%, e fechou o dia a R$ 5,15 no mercado à vista.
A ata do Fed reduziu as apostas de cortes nos juros dos Estados Unidos em setembro. Os dirigentes do BC norte-americano afirmaram que o processo de desinflação segue em ritmo mais lento que o esperado e deram sinais de que as taxas devem permanecer restritivas por mais tempo.
O colegiado também não descartou a possibilidade de novas altas, ainda que esse não seja o cenário-base do Fed.
Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de audiência pública da Câmara dos Deputados. Entre os destaques, o chefe da pasta econômica afirmou que a meta de inflação é "exigentíssima para as condições do Brasil" e aumentou, mais um vez, a cautela do mercado sobre o cenário fiscal.
No ambiente corporativo, Minerva (BEEF3) figurou entre as maiores perdas do Ibovespa após o órgão regulador do Uruguai barrar a aquisição de plantas de abate da Marfrig (MRFG3) no país.
Rede D'Or (RDOR3) também foi destaque após o fundo de private equity Carlyle zerar a participação na empresa em uma operação de venda de ações em bloco, conhecida como 'block trend', que movimentou cerca de R$ 2,2 bilhões.
Lá fora, o balanço da Nvidia, a gigante de tecnologia que dominou o mercado de Inteligência Artificial, esteve no radar. Os resultados da companhia devem ser divulgados ainda hoje após o fechamento dos mercados.
Confira o que movimentou os mercados nesta quarta-feira (22).