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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com pressão de Vale, Ibovespa começa a semana em queda; dólar sobe a R$ 5,10

RESUMO DO DIA: O principal índice da bolsa brasileira entrou na penúltima semana de maio de olho no retrovisor. Isso porque os desdobramentos da saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras (PETR4) seguiram sendo o foco dos investidores locais.

O Ibovespa terminou o dia com baixa de 0,31%, aos 127.750 pontos. Já o dólar à vista fechou a R$ 5,10, com alta de 0,05%.

Magda Chambriard como nova CEO da estatal deve ser oficializado até a próxima sexta-feira (24), assim como a indicação de nomes para cargos na petroleira. De olho no que virá, as ações da Petrobras driblaram a queda do petróleo no mercado internacional.

Vale (VALE3), por sua vez, não acompanhou os ganhos do minério de ferro e puxou o Ibovespa para o tom negativo.

Mas o destaque do dia foi IRB Re (IRBR3). Os papéis da resseguradora recuaram com preocupações sobre as chuvas intensas que atingem agora Santa Catarina, em meio ao cálculo dos impactos da crise no Rio Grande do Sul.

Lá fora, novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) movimentaram o pregão, com a ausência de indicadores econômicos. Os investidores aguardam balanço trimestral da Nvidia e a ata da última reunião do Fed, que serão divulgados na próxima quarta-feira (22).

Leia Também

Confira o que movimentou os mercados nesta segunda-feira (20): 

MAIORES ALTAS E QUEDAS DO IBOVESPA

Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
TRPL4Isa Cteep ONR$ 27,555,19%
MRVE3MRV ONR$ 7,543,57%
MRFG3Marfrig ONR$ 11,933,56%
BRKM5Braskem PNR$ 19,813,23%
EZTC3EZTEC ONR$ 14,073,08%

Confira as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB Re ONR$ 34,87-6,81%
ELET3Eletrobras ONR$ 36,85-3,53%
TIMS3Tim ONR$ 16,78-2,89%
YDUQ3Yduqs ONR$ 12,53-2,87%
MULT3Multiplan ONR$ 23,50-2,41%
FECHAMENTO DO IBOVESPA

O Ibovespa fecha em queda de 0,31%, aos 127.750,92 pontos.

O principal índice da bolsa brasileira foi pressionado pela baixa de Vale (VALE3), que não acompanhou o desempenho do minério de ferro.

Os investidores também reagiram ao Boletim Focus. A pesquisa semanal do BC apontou um aumento na estimativa da inflação, do dólar e da Selic, enquanto reduziu as projeções para o PIB deste ano. Os DIs também acompanham o avanço dos Treasurys.

FECHAMENTO DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York terminaram o pregão sem direção única, em dia de atenções concentradas em declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed).

Entre eles, a presidente da unidade do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou hoje que o BC americano poderá manter os juros no nível atual ou até elevar as taxas atuais, se a inflação estagnar ou reverter o progresso obtido até o momento, em entrevista à Bloomberg TV.

Apesar do tom mais duro de Mester, o índice Nasdaq renovou o recorde de fechamento na expectativa pelo balanço do primeiro trimestre de Nvidia.

Confira o fechamento de Nova York:

  • Dow Jones: -0,49%, aos 39.806,77 pontos;
  • S&P 500: +0,09%, aos 5.308,13 pontos;
  • Nasdaq: +0,65%, aos 16.794,88 pontos.

FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar fechou a R$ 5,1047, com leve alta de 0,05% no mercado à vista.

FALA, HADDAD

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que a inflação tem caído "consistentemente" e o câmbio está estável "apesar do contexto global e da taxa de juros norte-americana".

O chefe da pasta econômica citou a aprovação da reforma tributária e o marco de garantias ao comentar sobre a política macroeconômica atual do Brasil.

Haddad também fez um balanço sobre a reunião com o setor de aço, realizada há pouco com o presidente Lula e representantes do setor siderúrgico e outros ministros no Palácio do Planalto. "Tenho certeza que o consumo de aço vai aumentar muito, pois está em patamares inaceitáveis. [...] Temos toda capacidade de alavancar o aço com medidas em indústria automobilística e Minha Casa, Minha Vida."

BALANÇA COMERCIAL NA SEMANA

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,131 bilhão na terceira semana de maio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O valor foi alcançado com exportações de US$ 6,286 bilhões e importações de US$ 5,155 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,201 bilhões e, no ano, de US$ 31,936 bilhões.

Até a terceira semana do mês, a média diária das exportações registrou queda de 2,4% na comparação com a média diária do período em 2023, com queda de 8,8% em Agropecuária; avanço de 5,5% em Indústria Extrativa e baixa de 1,6% em produtos da Indústria de Transformação.

Já as importações tiveram crescimento de 11,5% no período, também na comparação pela média diária, com avanço de 64,1% em Agropecuária; alta de 83,8% em Indústria Extrativa e crescimento de 5,3% em produtos da Indústria de Transformação. [Com Estadão Conteúdo]

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

O petróleo encerrou o pregão em queda. A commodity foi pressionada pela cautela dos investidores aos desdobramentos da morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi.

Além disso, a retomada da produção em uma refinaria e a suspensão temporária da proibição da exportação de gasolina pela Rússia refletiram nas negociações do petróleo hoje.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, com vencimento em junho, terminaram o dia com queda de 0,35%, aos US$ 79,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Já os contratos mais líquidos do petróleo WTI, com vencimento para julho, caíram 0,32%, aos US$ 83,71 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

FUSÃO ENTRE PETZ (PETZ3) E COBASI ANIMA — MAS ESSE BANCÃO AINDA VÊ POTENCIAL DE ALTA LIMITADO

A potencial fusão entre a Petz e a Cobasi, as duas redes que lideram o varejo voltado para animais de estimação, animou os analistas do Bank of America (BofA) — mas o bancão ainda prevê um potencial limitado para as ações PETZ3 na bolsa brasileira.

O banco norte-americano elevou nesta segunda-feira (20) o preço-alvo dos papéis, de R$ 4,00 para R$ 4,80, implicando em um potencial de alta de 7,8% em relação ao último fechamento.

Apesar das perspectivas mais otimistas de valorização das ações, o preço ainda está bem abaixo da avaliação da fusão, já que a relação de troca entre as companhias considera o valor de R$ 7,10 por papel.

O BofA ainda não acha que é hora de incluir PETZ3 na carteira. Os analistas mantiveram a recomendação neutra para os ativos.

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JUROS NOS ESTADOS UNIDOS

A presidente da unidade do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, afirmou hoje que o BC americano poderá manter os juros no nível atual ou até elevar as taxas atuais, se a inflação estagnar ou reverter o progresso obtido até o momento, em entrevista à Bloomberg TV.

De acordo com a dirigente, a política monetária está suficientemente restritiva e bem posicionada para atuar em qualquer cenário, dependendo dos dados.

Se a inflação subir, Mester disse estar "aberta" a elevar juros. No cenário contrário, o Fed poderá reduzir as taxas, caso aconteça uma deterioração da atividade econômica ou se os preços mantiverem queda.

IBOVESPA EM QUEDA

O Ibovespa voltou ao tom negativo com Vale (VALE3) — que zerou os ganhos há pouco.

As bolsas de Nova York também reduziram os ganhos na última hora acompanhando declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e passaram a operar sem direção única.

O principal índice da bolsa brasileira recua 0,32%, aos 127.739 pontos.

ITAÚ ASSET LANÇA ETF DE DIVIDENDOS

Quem deseja aumentar o patrimônio de grão em grão — ou de dividendo em dividendo — já pode lançar mão de um novo produto de investimento

Nesta segunda-feira (20), a Itaú Asset, gestora de fundos do Itaú, anunciou o lançamento de um ETF de dividendos. O veículo de investimento começará a ser negociado em 11 de junho. 

Sob o código DIVD11, o fundo do Itaú terá como referência o Índice de Dividendos da B3, o IDIV.

Hoje, o indicador da bolsa de valores brasileira é composto por 48 empresas de nove setores — com maior peso de finanças e utilities. 

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SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
MRVE3MRV ONR$ 7,594,26%
BRKM5Braskem PNR$ 19,994,17%
CVCB3CVC ONR$ 2,093,98%
EZTC3EZTEC ONR$ 14,083,15%
MRFG3Marfrig ONR$ 11,873,04%

Confira as maiores quedas do Ibovespa até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB Re ONR$ 35,48-5,18%
TIMS3Tim ONR$ 16,85-2,49%
RRRP33R Petroleum ONR$ 30,90-1,90%
BBSE3BB Seguridade ONR$ 33,52-1,90%
MULT3Multiplan ONR$ 23,63-1,87%
COMO ANDAM OS MERCADOS

O Ibovespa 'engasgou' no início do pregão, mas recobrou o fôlego com a valorização do minério de ferro e as bolsas de Nova York, que seguem renovando recordes históricos. O principal índice da bolsa brasileira sobe 0,29%, aos 128.527 pontos.

Por aqui, os investidores monitoram a reunião do presidente Lula com representantes do setor de aço. O encontro está previsto para 15h (horário de Brasília).

Além disso, Petrobras (PETR4) continua no radar após a presidente interina da companhia demitir 20 funcionários ligados ao ex-presidente Jean Paul Prates, que foi demitido da presidência na semana passada. O nome de Magda Chambriard como nova CEO da estatal deve ser oficializado até a próxima sexta-feira (24).

Os impactos das chuvas do Rio Grande do Sul seguem monitorados pelo mercado, que agora divide as atenções com as enchentes em Santa Catarina.

Lá fora, o destaque do dia é a declaração do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Há ainda a expectativa pela ata da última reunião do BC norte-americano e o balanço da Nvidia, que serão divulgados na próxima quarta-feira (22).

Com a agenda de indicadores mais esvaziada, o dólar tenta ganhar fôlego. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, opera em alta de 0,12%, aos 104.570 pontos.

Na comparação com o real, o dólar tem leve queda de 0,08%, a R$ 5,0979.

Os juros futuros operam com leve avanço em toda a curva, com os investidores reagindo ao Focus. A pesquisa semanal do BC apontou um aumento na estimativa da inflação, do dólar e da Selic, enquanto reduziu as projeções para o PIB deste ano. Os DIs também acompanham o avanço dos Treasurys.

FECHAMENTO DA EUROPA

As bolsas europeias terminaram o pregão em alta, ainda com impulso do apetite ao risco iniciado na semana passada após dados de inflação nos Estados Unidos.

Como fecharam os principais índices da Europa:

  • DAX (Frankfurt): +0,33%, aos 18.767,06 pontos;
  • FTSE 100 (Londres): +0,07%, 8.426,12 pontos;
  • CAC 40 (Paris): +0,37%, aos 8.197,54 pontos;
  • Stoxx 600: +0,18%, aos 523,88 pontos.
MINERAÇÃO E SIDERURGIA VIRAM PARA ALTA; GERDAU É A ÚNICA DO SETOR QUE RECUA

As ações do setor de mineração e siderurgia tentam recuperar as perdas da sessão, com destaque para a virada de Vale (VALE3).

Gerdau e Metalúrgica Gerdau cedem enquanto os investidores monitoram a reunião entre o setor de aço e o presidente Lula.

Confira o desempenho do setor no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
CMIN3CSN Mineração ONR$ 5,33+1,52%
USIM5Usiminas PNAR$ 8,03+0,88%
VALE3Vale ONR$ 66,38+0,30%
CSNA3CSN ONR$ 13,43+0,22%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,15-1,33%
GGBR4Gerdau PNR$ 19,25-1,53%
SUZANO (SUZB3) E KLABIN (KLBN11) AVANÇAM

Além da tentativa de recuperação do dólar, as ações das exportadoras Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) sobem após o Morgan Stanley elevar a recomendação dos papéis.

CÓDIGONOMEULTVAR
SUZB3Suzano ONR$ 52,221,50%
KLBN11Klabin unitsR$ 21,561,08%

A recomendação de Suzano (SUZB3) foi elevada de venda para neutra, com preço-alvo de R$ 56 — o que representa uma potencial valorização de 8,84% na comparação com fechamento anterior.

Já a recomendação de Klabin (KLBN11) foi elevada de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 26 — com potencial valorização de 21,9% em relação ao fechamento da última sexta-feira (17).

BRASKEM É A MAIOR ALTA DO IBOVESPA APÓS CONDENAÇÃO DA NOVONOR

A ação da Braskem (BRKM5) desponta como a maior alta do Ibovespa na manhã desta segunda-feira (20).

Os investidores reagem à notícia de que a Novonor (ex-Odebrecht) acaba de ser condenada a pagar uma indenização multibilionária à Braskem.

Somando os valores em dólar e real e convertendo para o câmbio atual, a indenização chega a R$ 5,5 bilhões, sem considerar eventual incidência de juros e correção.

A informação foi publicada em primeira mão pelo Brazil Journal na noite de sexta-feira e confirmada na manhã de hoje pela própria Braskem.

Leia mais.

NOVO RECORDE

Há pouco, o índice Nasdaq renovou o recorde histórico intraday aos 16.804,94 pontos. O índice avança com apoio de Nvida, na expectativa dos resultados do primeiro trimestre.

A gigante de tecnologia deve reportar os números na próxima quarta-feira (22).

O Dow Jones segue acima dos 40 mil pontos.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Na ponta positiva do Ibovespa, Braskem avança mais de 5%. O movimento acontece após a Justiça de São Paulo condenar a Novonor a pagar uma indenização bilionária para a petroquímica.

As exportadoras Suzano e Klabin avançam na esteira da recuperação do dólar no mercado à vista.

Confira as maiores altas do Ibovespa na primeira hora do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
BRKM5Braskem PNR$ 20,185,16%
SUZB3Suzano ONR$ 52,241,54%
KLBN11Klabin unitsR$ 21,651,50%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,571,33%
TOTS3Totvs ONR$ 29,031,11%

Na ponta negativa, IRB Re recua com as preocupações sobre os impactos das enchentes em Santa Catarina, em meio à crise no Rio Grande do Sul. Em maio, o papel já acumula queda de 14% — sendo as chuvas no RS um dos maiores fatores para a baixa.

Confira as maiores quedas do Ibovespa até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB Re ONR$ 35,85-4,20%
RRRP33R Petroleum ONR$ 30,70-2,54%
EMBR3Embraer ONR$ 38,69-2,20%
YDUQ3Yduqs ONR$ 12,63-2,09%
ALPA4Alpargatas PNR$ 9,75-1,81%
SANTANDER REDUZ PROJEÇÃO DO IBOVESPA NO FIM DE 2024

Assim como o clima ameno de maio cedeu espaço para dias de calor à moda verão, os ventos favoráveis esperados para a bolsa brasileira mudaram a direção — e trouxe algumas turbulências.

Com a mudança de “clima” nos mercados com foco nas políticas monetárias nos Estados Unidos e no Brasil, o Santander atualizou as projeções para o Ibovespa no fim de 2024. A expectativa caiu de 160 mil para 145 mil pontos.

Mesmo com a redução da projeção em 15 mil pontos, o Santander espera crescimento do Ibovespa em 13% neste ano e um retorno (EPS) de 15% de lucro por ação.

Se a estimativa se confirmar, o principal índice da bolsa brasileira deve terminar 2024 negociado a 8 vezes o preço-lucro (P/L) — ainda abaixo da média histórica.

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ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York abrem a sessão desta segunda-feira majoritariamente em alta.

Os índices futuros de Wall Street já indicavam a busca por novas máximas, mas novas falas de dirigentes pesaram no mercado internacional, em especial no índice Dow Jones, que passou a cair.

Confira:

  • S&P 500 futuro: +0,09%
  • Dow Jones futuro: -0,07%
  • Nasdaq futuro: +0,22%
ABERTURA DO IBOVESPA

O principal índice da B3 abre o primeiro pregão desta semana em leve queda. O Ibovespa recua 0,04%, aos 128.096,66 pontos.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

O ADR (american depositary receipt) da Vale opera em leve queda no pré-mercado de NY. O ativo apresentou ganhos no início desta manhã, mas passou a cair com a notícia da nova proposta sobre a barragem de Mariana.

Já o ADR da Petrobras sobe antes da abertura, em meio à informação que o pagamento da primeira parcela de dividendos será realizado ainda hoje.

Confira:

  • Petrobras (PBR): +0,27%, a US$ 15,05;
  • Vale (VALE): -0,09%, a US$ 12,98.
MERCADO DE COMMODITIES

A notícia da morte do presidente do Irã pesa na cotação do petróleo nesta segunda-feira.

Os contratos mais líquidos do petróleo WTI, com vencimento para julho, caem 0,49%, a US$ 79,19 o barril. Já os contratos futuros do petróleo Brent operam em queda de 0,44%, a US$ 83,61.

Por outro lado, o minério de ferro subiu 1,07%, a US$ 123,68.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

VOLATILIDADE ENTRE AS COMMODITIES: OS IMPACTOS DA QUEDA DO HELICÓPTERO

Na semana passada, o mercado financeiro americano recebeu dados promissores com a atualização do índice de preços ao consumidor dos EUA, indicando que o Federal Reserve ainda pode reduzir os juros ao menos duas vezes antes do ano terminar. Esse indicativo ajudou as bolsas americanas a registrar novos picos de fechamento.

Porém, o ânimo não permeou os juros dos Treasuries, que se mantiveram altos, influenciados por comentários cautelosos de membros do Fed.

Essas falas conservadoras indicam uma continuidade da rigidez na política monetária nos próximos meses, com expectativas voltadas para a próxima ata do Fed, que será divulgada na quarta-feira. Esse documento será fundamental para tratar sobre possíveis cortes adicionais de juros em 2024, especialmente nos meses de setembro e dezembro.

Globalmente, os mercados europeus e os futuros americanos abriram a semana em alta, refletindo o otimismo dos mercados asiáticos, impulsionados por medidas governamentais para revitalizar um duradouro mercado imobiliário em crise.

Outro destaque da semana é a expectativa pelos resultados da Nvidia, previstos para serem anunciados na quarta-feira.

As previsões são otimistas, dada a histórica capacidade de Jensen Huang em superar expectativas com a forte demanda por chips de IA. Entre as commodities, o petróleo viu seus preços subirem após a queda de um avião que levava o presidente do Irã, adicionando mais volatilidade a um cenário global já instável.

A ver…

00:58 — As preocupações fiscais continuam

No Brasil, a semana passada foi marcada por um desempenho desfavorável no Ibovespa, principalmente devido à queda das ações da Petrobras após o governo destituir Jean Paul Prates da presidência da empresa. Esta decisão reavivou temores de interferência política e possíveis cortes nos dividendos.

Além disso, renovadas preocupações fiscais surgiram, notadamente pela percebida relutância do governo em se comprometer com ajustes fiscais necessários, algo que poderia afetar decisões futuras do Banco Central.

Sobre o tema, a semana será fundamental, pois o Relatório de Receitas e Despesas será encaminhado ao Congresso.

Espera-se que o segundo relatório bimestral revele um piora na expectativa de superávit primário para 2024, principalmente por conta da antecipação de um crédito suplementar de R$ 16 bilhões, o que eleva permanentemente o teto de gastos.

Ao mesmo tempo, o ministro Haddad, deve propor medidas para compensar a perda fiscal resultante da desoneração da folha de pagamento.

Adicionalmente, a Receita Federal deverá liberar os dados de arrecadação de abril. A situação fiscal, já preocupante, poderá deteriorar-se ainda mais em 2025.

Para que o governo alcance a necessária consolidação fiscal, é essencial debater e avançar na desvinculação dos benefícios previdenciários e sociais do ajuste anual do salário mínimo, embora tal iniciativa pareça ausente dos planos atuais.

Em outra frente, o governo federal avalia três medidas para apoiar a indústria do Rio Grande do Sul, que incluem a expansão do crédito, a depreciação acelerada de máquinas e equipamentos exclusivamente para o estado, e a extensão do drawback.

Essas intervenções também devem influenciar significativamente o panorama econômico nacional.

01:49 — Acima de 40 mil pontos

Nos EUA, depois de quase atingir o recorde na quinta-feira, o índice Dow Jones Industrial Average finalmente encerrou a semana passada pela primeira vez acima dos 40 mil pontos.

A jornada do marco dos 30 mil até os 40 mil pontos levou 874 dias de negociação, impulsionada principalmente pelas contribuições da Goldman Sachs e da Microsoft.

No entanto, oito dos 30 componentes do índice, incluindo Walt Disney e 3M, subtraíram pontos do total. Já comentei em outras oportunidades que o Dow é um índice peculiar: seu mecanismo de ponderação pelo preço e a coleção relativamente pequena de 30 ações significam que ele não é particularmente representativo do mercado mais amplo, mas ainda assim tem grande relevância para os investidores.

Nos bastidores, a expectativa é de que o Fed reduza as taxas de juros em 50 pontos-base ainda este ano, com duas reduções de 25 pontos-base cada, uma em setembro e outra em dezembro. Mais cortes são esperados para 2025 e 2026.

Esse cenário macroeconômico benigno apoia nossa recomendação de investimento em obrigações e ações de alta qualidade.

Vale acompanhar a ata do Fed nesta semana sobre o tema. Há quem diga que, se um cenário otimista se materializar – com desaceleração da atividade econômica sem recessão, normalização da inflação e queda nos juros –, o índice Dow poderia buscar os 42.500 pontos.

Além disso, a semana será importante para o setor de tecnologia, com o mercado aguardando ansiosamente pelos resultados da Nvidia, previstos para quarta-feira.

02:35 — Um dos países mais relevantes do mundo que você nunca ouviu falar

Uma pequena nação da África Oriental encontra-se no centro de um dos focos de conflito mais dramáticos do mundo. Localizado no Chifre da África, Djibouti fica ao lado do Golfo de Adem e do Estreito de Babelmândebe, fazendo fronteira ao norte com a Eritreia, ao sul com a Somália e a oeste com a Etiópia.

Apesar das tensões regionais, Djibouti conseguiu se posicionar como um ativo indispensável na área, mantendo uma diplomacia equilibrada para preservar sua neutralidade. Essa estratégia de neutralidade foi destacada pelas consequências da guerra entre Israel e Hamas.

Após o início dos ataques com mísseis Houthi, os EUA solicitaram permissão para conduzir operações contra o grupo a partir de sua base naval em Djibouti.

Ao mesmo tempo, o país, de forma discreta, permitiu que navios da União Europeia atracassem e se reabastecessem como parte dos esforços para manter os Houthis afastados.

O principal porto de Djibouti tem se beneficiado diretamente da escalada das tensões do Oriente Médio, com um aumento no número de navios que atracam para descarregar mercadorias em embarcações menores, contribuindo para o crescente negócio de transbordo do país através do perigoso Mar Vermelho.

Olhando para o futuro, a localização estratégica de Djibouti provavelmente o manterá como uma prioridade para grandes potências. China, França, Itália, Japão e EUA já possuem bases militares no país, refletindo a importância geopolítica de Djibouti. Observa-se que os conflitos atuais recriam zonas de interesse semelhantes às da Guerra Fria.

03:26 — A morte do presidente iraniano

No fim da noite de ontem, o preço do barril de petróleo operava em alta moderada, sugerindo um impacto limitado da queda do helicóptero que transportava o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, apesar da tensão que o episódio pode deflagrar no Oriente Médio.

Nesta manhã, no entanto, o petróleo reverteu parte dos ganhos recentes devido à incerteza política após a morte do presidente iraniano no acidente de helicóptero. Após atingir a máxima de US$ 84,44 entre ontem e hoje, o Brent para julho caiu de volta para baixo de US$ 84.

A mídia estatal iraniana informou que o mau tempo causou o acidente no domingo, resultando na morte de Raisi, um clérigo ultraconservador de 60 anos que venceu as eleições presidenciais do Irã em 2021 e era visto por muitos como um potencial sucessor do aiatolá Ali Khamenei.

Tanto Raisi quanto o chanceler, Houssein Amirabdollahian, foram encontrados entre os destroços do helicóptero em uma região montanhosa, em meio a tensões crescentes no Oriente Médio. A queda ocorreu perto da fronteira com o Azerbaijão.

Agora, o primeiro vice-presidente assume como presidente interino, e as eleições serão convocadas dentro de 50 dias.

Não se espera uma mudança significativa nas principais posições políticas do Irã, uma vez que as decisões mais importantes são supervisionadas pelo Líder Supremo Khamenei.

A longo prazo, o mercado se concentrará nas implicações para o sucessor de Khamenei e no potencial de protestos em torno das eleições. Em outras palavras, a morte de Raisi pode desencadear uma intensa disputa pelo poder na República Islâmica.

04:12 — Encontro de gigantes

Taiwan empossou hoje Lai Ching-te como presidente, após uma eleição em que os três principais candidatos destacaram a importância da ilha, com seus 24 milhões de habitantes e fundamental na produção global de chips, ser governada separadamente da China.

Enquanto isso, o presidente da China (e desafeto de Lai), Xi Jinping, esteve na semana passada com Vladimir Putin, que visitou Pequim em uma viagem de Estado.

Os dois líderes, que já se encontraram mais de 40 vezes, evidenciaram a importância de sua relação estratégica.

Durante o encontro, Xi e Putin celebraram a recente "vitória eleitoral" de Putin e comemoraram o 75º aniversário das relações diplomáticas entre os dois grandes vizinhos.

Eles reafirmaram um plano de desenvolvimento conjunto para 2030, segundo os meios de comunicação estatais, declarando um novo ponto de partida para uma cooperação ainda mais estreita entre a Rússia e a China.

O comércio entre as duas nações atingiu níveis recordes, crescendo 26% no ano passado e totalizando 240 bilhões de dólares, superando as expectativas.

A Rússia se tornou o principal fornecedor de petróleo da China, ultrapassando a Arábia Saudita, enquanto a China exportou produtos essenciais, veículos e outros bens de consumo para a Rússia.

Esse comércio robusto contribuiu para a expansão de 3,6% da economia russa em 2023, apesar das sanções ocidentais. A união entre os dois preocupa os EUA.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram em alta em quase toda a curva, acompanhando a valorização do dólar no mercado à vista, apesar da queda dos rendimentos dos Treasurys em Nova York. 

Veja como abriram os DIs hoje:

CÓDIGONOMEULT MIN MAX ABE FEC 
DI1F25DI Jan/2510,38%10,37%10,39%10,37%10,38%
DI1F26DI Jan/2610,70%10,67%10,71%10,68%10,67%
DI1F27DI Jan/2711,05%11,02%11,06%11,04%11,02%
DI1F28DI Jan/2811,34%11,32%11,34%11,33%11,30%
DI1F29DI Jan/2911,54%11,52%11,55%11,55%11,50%
DI1F30DI Jan/3011,68%11,66%11,68%11,66%11,63%
DI1F31DI Jan/3111,74%11,72%11,75%11,72%11,69%
DI1F32DI Jan/3211,80%11,77%11,80%11,78%11,74%
DI1F33DI Jan/3311,80%11,78%11,80%11,79%11,76%
ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro amanhece em alta de 0,12%, aos 129.330 pontos.

O indicador tenta recuperar o fôlego em meio a uma agenda esvaziada nesta segunda. O Ibovespa futuro é impulsionado pelas altas em Wall Street.

ABERTURA DO DÓLAR À VISTA

O dólar à vista abre o pregão desta segunda-feira (20) em alta de 0,05%, aos R$ 5,1045.

BOLETIM FOCUS

Copom divulga na manhã desta segunda-feira (2) as projeções do mercado sobre índices da economia nacional. As principais mudanças foram a alta da Selic em 2024, a queda do PIB para este ano e a alta da inflação para 2024 e 2025. Confira:

Inflação
IPCA 2024: saiu de 3,76% para 3,80% (↑)
IPCA 2025: foi 3,66% para 3,74% (↑)

Atividade econômica
PIB 2024: saiu de 2,09% para 2,05% (↓)
PIB 2025: manteve em 2,00% (=)

Câmbio
Dólar 2024: foi de R$ 5,00 para 5,04 (↑)
Dólar 2025: manteve em R$ 5,05 (=)

Taxa de juros
Selic 2024: foi de 9,75% para 10% (↑)
Selic 2025: permaneceu em 9% (=)

AGENDA DA SEMANA: CONFIRA OS PRINCIPAIS DESTAQUES DOS PRÓXIMOS DIAS

A semana que passou foi um verdadeiro sufoco atrás do outro. O principal evento que movimentou os últimos dias foi a saída turbulenta do presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, fazendo a estatal brasileira perder cerca de R$ 34 bilhões em valor de mercado em um único dia. 

Depois de sucessivos dias de perdas, o Ibovespa encerrou a semana praticamente no zero a zero. Quem impediu uma queda maior foi o exterior: o Dow Jones renovou as máximas históricas após a inflação dos Estados Unidos vir menor do que o esperado. 

O CPI, como é chamado o índice de preços ao consumidor, menor dá espaço para que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) realize os tão esperados cortes nos juros norte-americanos — o que tende a impulsionar os ativos de risco. 

E, depois de uma semana intensa, vem a calmaria. A temporada de balanços perde força, a agenda de indicadores é relativamente mais esvaziada. 

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PRESIDENTE DO IRÃ MORRE EM QUEDA DE HELICÓPTERO

Autoridades iranianas confirmaram nas primeiras horas desta segunda-feira (20) a morte do presidente Ebrahim Raisi e do chanceler Hossein Amirabdollhian na queda de um helicóptero no domingo.

Além do presidente e do ministro das Relações Exteriores do Irã, o incidente resultou na morte de mais sete pessoas, entre líderes um governador de província, guarda-costas e tripulantes da aeronave.

A confirmação ocorreu cerca de 12 horas depois das primeiras notícias sobre a queda, ocorrida no norte do Irã.

Os políticos iranianos regressavam de um evento na fronteira com o Azerbaijão.

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BOLSAS DA ÁSIA FECHAM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira.

Na China continental, a bolsa de Xangai subiu 0,54%. Os investidores seguem repercutindo o mais recente plano do governo chinês para recuperar o mercado imobiliário.

No Japão, a bolsa de Tóquio avançou 0,83%. A alta foi sustentada por ações de bancos e energia enquanto o juro do título do governo japonês (JGB) de 10 anos atingia o maior nível desde maio de 2013.

Enquanto isso, as bolsas de Hong Kong, Seul e Taiwan subiram 0,42%, 0,64% e 0,74%, respectivamente.

Veja como fecharam as principais bolsas asiáticas hoje:

  • Xangai: +0,54%
  • Tóquio: +0,83%
  • Hong Kong: +0,42%
  • Kospi: +0,64%
  • Taiwan: +0,74%
BOLSAS DA EUROPA ABREM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta segunda-feira.

Os investidores retomam o tom positivo que prevaleceu na semana passada.

Confira as bolsas na Europa agora:

  • DAX (Frankfurt): +0,28%
  • CAC 40 (Paris): +0,33%
  • FTSE 100 (Londres): +0,25%
  • Euro Stoxx 600: +0,15%
FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM NO AZUL

Os índices futuros das bolsas de valores de Nova York amanheceram no azul nesta segunda-feira.

O movimento sugere a possibilidade de Wall Street dar continuidade aos ganhos que levaram as bolsas norte-americanas a novas máximas históricas nos últimos dias.

Para a semana que se inicia, os investidores aguardam a ata da última reunião do Fed, o balanço da Nvidia e comentários de dirigentes do Fed.

Confira:

  • S&P 500 futuro: +0,11%
  • Dow Jones futuro: +0,03%
  • Nasdaq futuro: +0,18%
CONFIRMADA MORTE DO PRESIDENTE DO IRÃ EM QUEDA DE HELICÓPTERO

Autoridades iranianas confirmaram nas primeiras horas de hoje a morte do presidente Ebrahim Raisi e do chanceler Hossein Amirabdollhian na queda de um helicóptero no domingo.

Além do presidente e do ministro das Relações Exteriores, o incidente resultou na morte de mais sete pessoas, entre líderes regionais, guarda-costas e tripulantes da aeronave.

A confirmação ocorreu cerca de 12 horas depois das primeiras notícias sobre a queda.

Os políticos iranianos regressavam de um evento na fronteira com o Azerbaijão.

O helicóptero caiu em uma área montanhosa e de difícil acesso.

O tempo era ruim no momento da queda.

IBOVESPA TENTA ACOMPANHAR BOLSAS ESTRANGEIRAS

O Ibovespa começa a semana tentando acompanhar o bom momento das bolsas estrangeiras, especialmente as norte-americanas.

Na semana passada, mesmo com a forte queda das ações da Petrobras, a bolsa brasileira acumulou alta de 0,44%.

Já o dólar caiu pouco mais de 1% na semana passada, retornando à faixa de R$ 5,10.

Relembre o que aconteceu no Ibovespa na semana passada.

COMO FICAM AS AÇÕES DAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO NA B3 QUE ATUAM NO RS APÓS A TRAGÉDIA CLIMÁTICA NO ESTADO?

Catástrofe climática e humanitária que entrou para a história do Brasil, as enchentes no Rio Grande do Sul já começam a sinalizar os primeiros efeitos sobre a economia. Para analistas, os impactos devem ser sentidos principalmente na inflação — resultado de uma pressão adicional à oferta de commodities

Afinal, o Rio Grande do Sul responde por cerca de 70% da oferta de arroz do Brasil. Já em relação à soja, a expectativa é que a região fosse responsável por 15% da produção brasileira na safra 2023/2024. Enquanto isso, o Estado detém cerca de 11% da produção de aves e em torno de 17% da oferta de suínos no Brasil. 

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), os prejuízos financeiros causados ​​à agricultura e pecuária pelas chuvas na região já ultrapassam a marca de R$ 2 bilhões.

Na avaliação do Itaú BBA, as enchentes podem impactar o crescimento do produto interno bruto (PIB) do país em 2024 em 0,3 ponto percentual — especialmente devido aos impactos na safra de soja e sobre a indústria, com alguma destruição de capacidade instalada.

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