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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa não se rende ao recuo de Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Nova York e sobe; dólar cai a R$ 5

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9 de abril de 2024
6:41 - atualizado às 17:26

RESUMO DO DIA: O principal índice da bolsa brasileira engatou o segundo dia de alta e seguiu na contramão de Wall Street, na véspera de novos dados de inflação.

O Ibovespa terminou o dia com alta de 0,80%, aos 129.890 pontos. Já o dólar manteve a trajetória de queda e fechou a R$ 5,0076, com baixa de 0,47% no mercado à vista.

Por aqui, os ganhos no início do pregão foram embalados pelo forte avanço do minério de ferro, que subiu mais de 5% na China e repercutiu positivamente sobre as ações da Vale (VALE3). Mas o rebaixamento de recomendação para os papéis da mineradora por um bancão impediu a sequência de ganhos da companhia.

Em mais um dia, as atenções se dividiram com Petrobras (PETR4) com incertezas sobre o comando da estatal e o pagamento dos dividendos extraordinários. A expectativa pela distribuição de 50% dos proventos antes previsto ganha força.

No exterior, as bolsas de Nova York operaram em compasso de espera pelo índice de preços aos consumidor (CPI, na sigla em inglês) e a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed).

Confira o que movimentou os mercados nesta terça-feira (9):

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MAIORES ALTAS E QUEDAS DO IBOVESPA

Na ponta positiva, as ações da Vamos (VAMO3) lideraram os ganhos do Ibovespa. A companhia acompanhou a forte alta do setor de locadoras de automóveis, com perspectivas para os resultados do primeiro trimestre, além do alívio nos juros futuros.

Confira as maiores altas do Ibovespa hoje:

CÓDIGONOMEULTVAR
VAMO3Vamos ONR$ 8,675,47%
ASAI3Assaí ONR$ 14,754,46%
JBSS3JBS ONR$ 22,413,99%
AZUL4Azul PNR$ 13,713,08%
RECV3PetroReconcavo ONR$ 21,802,98%

Na ponta negativa, as ações da CVC (CVCB3) figuraram como a maior queda após a saída de Carlos Wollenweber da cadeira de CFO da companhia.

CSN (CSNA3) recuou com o rebaixamento de recomendação pelo Bank of America (BofA), que revisou para baixo as recomendações também de Vale (VALE3), Bradespar (BRAP4) e CSN Mineração (CMIN3).

Confira as maiores quedas do Ibovespa hoje:

CÓDIGONOMEULTVAR
CVCB3CVC ONR$ 2,61-2,25%
CSNA3CSN ONR$ 15,11-1,50%
MRVE3MRV ONR$ 7,40-1,33%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 13,50-1,24%
TOTS3Totvs ONR$ 28,08-1,20%
FECHAMENTO DO IBOVESPA

O Ibovespa fecha com alta de 0,80%, aos 129.890,37 pontos, o maior nível de fechamento desde 28 de fevereiro deste ano.

O principal índice da bolsa brasileira foi impulsionado pelo fechamento da curva de juros futuros, na esteira dos rendimentos dos Treasurys, na véspera da divulgação de novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

O mercado espera que o IPCA desacelere de 0,83% em fevereiro para 0,24% em março. No acumulado do ano, a inflação deve ter alta de 3,70%. O IBGE divulga o dado amanhã (11), às 9h (horário de Brasília).

O tom positivo do Ibovespa também foi impulsionado pela forte alta do minério de ferro, que avançou mais de 5%.

Os ganhos de Vale (VALE3), que deram um "empurrão" no índice ontem (8), não acompanharam e reagir ao rebaixamento de recomendação de compra para neutro pelo Bank of America (BofA).

FECHAMENTO DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única na expectativa pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e a ata mais recente reunião do Federal Reserve (Fed).

Embora o CPI não seja o indicador de preferência do Fed, o dado é usado pelo mercado como referência para calibrar as projeções sobre a trajetória de juros nos Estados Unidos, ainda mais após o payroll mais forte que o esperado para março — divulgado na última sexta-feira (5).

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • S&P 500: +0,14%, aos 5.209,91 pontos;
  • Dow Jones: -0,02%, aos 38.883,67 pontos;
  • Nasdaq: +0,32%, aos 16.306,64 pontos.
FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar fecha a R$ 5,0076, com baixa de 0,47%, no mercado à vista.

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

O petróleo fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, em meio ao alívio das tensões entre Irã e Israel. O barril voltou a ficar abaixo dos US$ 90 após a escalada de ganhos na semana passada.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, com vencimento para junho, terminaram o dia em baixa de 1,06%, a US$ 89,42 o barril na Intercontinental Exchange (ICE).

Já os futuros do WTI para maio caíram 1,39%, a US$ 85,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

VAMOS (VAMO3) LIDERA GANHOS

As ações da Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa com alta de 5,60%, a R$ 8,68.

A companhia acompanha a forte alta do setor de locadoras de automóveis, com perspectivas para os resultados do primeiro trimestre.

Os pares Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3) avançam 2,73% e 6,12%, respectivamente.

OURO NA MÁXIMA HISTÓRICA

O ouro renovou a máxima histórica de fechamento. O ativo foi beneficiado pela perspectivas sobre a trajetória dos juros nas principais economias do mundo e os riscos geopolíticos.

Os contratos mais líquidos do ouro com vencimento em junho fecharam com alta de 0,48%, a US$ 2.362,40 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

POR QUE LEMANN VENDEU "NO SIGILO" A PARTICIPAÇÃO NA HEINZ

Quem nunca viveu aquela paixão que parecia ser para a vida toda e que não durou, que atire a primeira pedra. E foi o que aconteceu com Jorge Paulo Lemann e Warren Buffett: o amor embalado pela Heinz acabou — pelo menos para o brasileiro

A empresa de private equity 3G Capital vendeu, sem alardes, a participação de 16,1% na Kraft Heinz no quarto trimestre, quase nove anos depois de planejar a fusão de sucesso da Kraft Foods e da Heinz com Warren Buffett.

Em comunicado, a Kraft Heinz disse que a Berkshire Hathaway de Buffett — o maior acionista, com uma participação de 26,8% - é uma investidora comprometida com o longo prazo.

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Lemann e Buffett: um romance condenado

O romance condenado entre a Berkshire Hathaway e a 3G começou no Dia dos Namorados de 2013, quando as duas empresas anunciaram que estavam se unindo para fechar o capital da Heinz. A fusão com a Kraft Foods ocorreu dois anos depois.

Leia mais.

VALE (VALE3) EM QUEDA

Apesar da alta de mais de 5% do minério de ferro, as ações da Vale (VALE3) operam em queda no Ibovespa. VALE3 cai 0,81%, a R$ 62,46.

Além de uma realização dos ganhos recentes após avançar mais de 5% ontem (8), os papéis da mineradora repercutem o rebaixamento de recomendação pelo Bank of America (BofA).

O banco cortou a recomendação de compra para neutro e reduziu o preço-alvo de R$ 95 para R$ 62, o que o representa uma desvalorização de 1,54% em relação ao fechamento de ontem (8).

Para os analistas do BofA, a falta de expectativa para a recuperação do minério de ferro, mesmo com as altas recentes, ainda "parece distante".

O banco também rebaixou a recomendação de Bradespar (BRAP4) — que tem apenas Vale (VALE3) na carteira —, CSN ~(CSNA3) e CSN Mineração (CMIN30.

AÇÕES DA CVC (CVCB3) CAEM 3% APÓS MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

A três meses das férias escolares do meio do ano, muitas pessoas já começam a planejar as viagens nas empresas de turismo — entre elas, a CVC (CVCB3). Até a companhia entrou no "clima" e um dos diretores já fez as malas, mas sem previsão de volta.

A saída de Carlos Wollenweber não agradou o mercado. Os papéis da CVC (CVCB3) caíam mais de 3%, a R$ 2,59, na B3, por volta das 13h (horário de Brasília). Em apenas nove dias de abril, as ações acumulam queda superior a 10%. Acompanhe os mercados.

O executivo, que concentrava os cargos de diretor financeiro (CFO), diretor de Relações com Investidores (DRI) e diretor de Governança Corporativa e Compliance, deixará a companhia cerca de um ano após assumir as cadeiras. 

Como CFO e DRI, Carlos Wollenweber liderou o processo de oferta pública de ações (follow-on) da CVC que movimentou R$ 550 milhões, em junho do ano passado. 

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MERCADOS AGORA

O Ibovespa opera em alta de 0,60%, aos 129.575 pontos, com apoio das commodities metálicas e na contramão dos índices de Nova York.

O dólar à vista cai 0,58%, a R$ 5,0019.

A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T24 JÁ VAI COMEÇAR — E AQUI ESTÃO AS 6 AÇÕES PARA FICAR DE OLHO, SEGUNDO O ITAÚ BBA

As temporadas de balanços corporativos costumam trazer consigo verdadeiras avalanches, tanto de dados quanto de sentimentos. Afinal, com mais de 400 empresas listadas na B3, é fundamental que o investidor saiba separar o joio do trigo — e, com mais uma safra de resultados prestes a começar, o Itaú BBA revelou quais são as seis ações para acompanhar de perto durante essa maré.

Para os analistas, a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2024 (1T24) deve trazer resultados mistos. Em uma nota de zero a dez, o sentimento “daria para passar de ano”, com uma média de 7,7, de acordo com o banco.

Segundo o Itaú BBA, a dinâmica dos lucros foi desafiadora para as ações brasileiras em 2023, com contrações no setor de commodities e revisões para baixo dos lucros no setor de consumo.

“Olhando para 2024, prevemos que o crescimento dos lucros do índice consolidado será impulsionado por empresas financeiras e nacionais, enquanto as matérias-primas poderão ficar para trás”, escreveram os analistas, em relatório.

Leia mais.

FECHAMENTO NA EUROPA

As bolsas europeias encerraram a sessão em tom negativo, enquanto os investidores esperam novos dados de inflação nos Estados Unidos e a reunião do Banco Central Europeu (BCE) — que deve decidir sobre os juros na próxima quinta-feira (11).

Confira o fechamento dos principais índices da Europa:

  • DAX (Frankfurt): -1,32%, aos 18.077,69 pontos;
  • FTSE 100 (Londres): -0,11%, aos 7.934,79 pontos;
  • CAC 40 (Paris): -0,86%, aos 8.049,17 pontos;
  • Stoxx 600: -0,62%, aos 505.80 pontos.
GIRO DO MERCADO

Ontem as ações da Vale (VALE3) tiveram alta expressiva, impulsionando inclusive o avanço do Ibovespa (IBOV) na sessão. A mineradora encerrou o dia em alta de 5,46%, a R$62,97.

O analista Henrique Cavalcante, da Empiricus Research, avalia a alta e compartilha suas expectativas para as ações da companhia.

Ontem (08), o ouro bateu um novo recorde de cotação, superando os US$ 2.351 por onça-libra no contrato futuro para junho.

O analista Enzo Pacheco explica a alta do metal e de que forma ele pode entrar em uma carteira de investimentos.

Acompanhe:

NY NO VERMELHO

As bolsas de Nova York zeraram os ganhos e opera em queda. Os índices são pressionados por ações de empresas de tecnologia e agenda econômica sem destaques, à espera do CPI de março.

Negociadas no S&P 500, as ações da Nvidia caem 3,70% e figuram entre as maiores quedas do índice.

  • S&P 500: -0,57%;
  • Dow Jones: -0,63%;
  • Nasdaq: -0,52%.
DÓLAR A R$ 5,00

Depois de quase alcançar os R$ 5,10 na semana passada, o dólar perde força na véspera de dados de inflação nos Estados Unidos e a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed).

O movimento deve-se ao recuo dos rendimentos dos títulos de Tesouro norte-americanos, os Treasurys, e ao avanço do minério de ferro na China.

Além disso, o mercado opera mais cauteloso sobre o ritmo de corte de juros na maior economia do mundo, após dados de emprego mais forte do que o esperado na última sexta-feira (5).

Na comparação com o real, o dólar opera a R$ 5,0026, com baixa de 0,57%, no mercado à vista.

Já o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis moedas globais, cai 0,16%, após 103.976 pontos.

POR QUE AS AÇÕES DA TENDA (TEND3) SALTAM 7%

A última temporada de balanços mal terminou e as construtoras já estão esquentando os motores para a próxima leva de divulgações de resultados. A Tenda (TEND3), por exemplo, publicou ontem (8) a prévia operacional do primeiro trimestre de 2024.

E os números impulsionam as ações da companhia nesta terça-feira (9). Negociados fora do Ibovespa, os papéis registravam uma das maiores altas do dia por volta das 11h, com avanço de 7,11%, a R$ 14,17.

Para a XP, um dos destaques da prévia foi a linha dos lançamentos, cujo Valor Geral de Vendas (VGV) cresceu 54,8% ante o 1T23 e chegou a R$ 759,9 milhões.

A corretora diz ainda que as vendas líquidas foram “notáveis” — alta de 57,9% na comparação anual, para R$ 964,8 milhões — graças à forte comercialização dos estoques, que responderam por 75% do total da cifra.

Leia mais.

VALE (VALE3) EM LEVE QUEDA

As ações da Vale (VALE3) operam em leve queda após avançar mais de 5% na véspera. VALE3 cai 0,10%, a R$ 62,91.

Os papéis realizam os ganhos recentes, na contramão do desempenho do minério de ferro. Hoje, a commodity saltou 5,63%, com a tonelada cotada a US$ 112,78, na China.

Ontem (8), a mineradora ganhou quase R$ 15 bilhões em valor de mercado com a alta das ações, se aproximando dos R$ 300 bilhões em valor de mercado.

OI (OIBR3) SOBE 3%

As ações da Oi (OIBR3) negociadas fora do Ibovespa sobem 3,13%, a R$ 0,66.

Os papéis reagem à confirmação de que a Justiça aprovou o pedido de adiamento da Assembleia Geral de Credores do dia 10 para o dia 17 de abril. A prorrogação do stay period também foi aprovada.

ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York operam em alta, na tentativa de recuperar as perdas da véspera e em compasso de espera por novos dados de inflação.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) será divulgado amanhã (10).

Confira o desempenho dos índices de Nova York após a abertura das negociações:

  • Dow Jones: +0,25%, aos 38.987,36 pontos
  • S&P 500: +0,42%, aos 5.224,02 pontos;
  • Nasdaq: +0,54%, aos 16.342,30 pontos

SOBE E DESCE DA ABERTURA

Na ponta positiva, as ações de empresas de tecnologia e varejo figuram entre as maiores altas com apoio do alívio nos juros futuros

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
LWSA3LWSA ONR$ 5,503,38%
VAMO3Vamos ONR$ 8,432,55%
MRFG3Marfrig ONR$ 10,862,26%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 41,951,70%
SOMA3Grupo Soma ONR$ 6,801,64%

Confira as maiores quedas do Ibovespa após abertura:

CÓDIGONOMEULTVAR
MRVE3MRV ONR$ 7,34-2,13%
PRIO3PRIO ONR$ 49,37-0,58%
BRAP4Bradespar PNR$ 21,12-0,47%
CMIN3CSN Mineração ONR$ 5,32-0,37%
CVCB3CVC ONR$ 2,66-0,37%
ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa opera em alta de 0,41%, aos 129.382,39 pontos.

O principal índice da bolsa brasileira estende os ganhos da sessão anterior com o forte avanço do minério de ferro na China.

O dia é de compasso de espera à dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Os recibos de ações (ADRs) de Vale e Petrobras operam em tom positivo no pré-mercado em Nova York, na esteira do desempenho das commodities.

  • Vale (VALE): +1,04%, a US$ 12,64
  • Petrobras (PBR): +1,21%, a US$ 15,83
B3 SOFRE DUAS DERROTAS E UMA VITÓRIA EM PROCESSOS NO CARF

A B3 (B3SA3) sofreu mais uma derrota na longa batalha que trava contra a Receita Federal que remonta à fusão entre as antigas Bovespa e BM&F, que ocorreu há mais de 15 anos.

No novo capítulo dessa verdadeira saga tributária, a Câmara Baixa do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) negou o recurso da dona da bolsa de valores brasileira sobre uma das multas que a Receita aplicou no processo.

O valor atualizado da causa era de aproximadamente R$ 5,4 bilhões no fim do ano passado, de acordo com a B3.

A companhia vai agora apresentar recurso à Câmara Superior de Recursos Fiscais do Carf.

Leia mais.

MERCADO DE COMMODITIES

O contrato mais negociado de minério de ferro no mercado futuro avançou 5,63%, a US$ 112,78 a tonelada.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent operam com leve recuo de 0,04%, a US$ 90,35 o barril.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO BRASIL

A produção industrial recuou em cinco dos 15 locais pesquisados em fevereiro ante janeiro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve uma retração de 0,5%. Os demais recuos ocorreram em Mato Grosso (-3,3%), Goiás (-2,4%), Pará (-2,2%) e Santa Catarina (-0,6%).

Na direção oposta, houve crescimento no Rio Grande do Sul (9,4%), Amazonas (7,3%), Espírito Santo (5,9%), Ceará (5,2%), Pernambuco (5,2%), Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (1,8%), Região Nordeste (1,6%), Minas Gerais (0,9%) e Paraná (0,6%).

Na média global, a indústria nacional encolheu 0,3% em fevereiro ante janeiro. [Estadão Conteúdo]

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

SOBRE O QUE PENSAR NA VÉSPERA DOS DADOS DE INFLAÇÃO?

Às vésperas da divulgação dos indicadores de inflação no Brasil e nos EUA, o cenário mercadológico é pautado por um turbilhão de informações secundárias.

Essa agitação foi intensificada pelas declarações variadas dos membros do Federal Reserve ao longo da semana, oferecendo aos investidores um leque de perspectivas a escolher, possibilitando a confirmação de visões ideológicas já estabelecidas.

A perspectiva de três reduções na taxa de juros neste ano ainda paira, embora sua probabilidade oscile diante dos recentes dados, especialmente os empregatícios.

Aguarda-se ansiosamente os números inflacionários de amanhã para esclarecer a direção futura das políticas monetárias.

No cenário internacional, os mercados asiáticos apresentaram uma recuperação na terça-feira, reagindo às quedas pronunciadas da semana anterior provocadas pelo receio de taxas de juros elevadas nos EUA por um período prolongado, que desencadeou uma onda de vendas em ativos de risco.

Em contraste, o mercado europeu demonstra certa hesitação nesta manhã, apesar dos resultados positivos na pesquisa de vendas no varejo do Reino Unido de março.

Por outro lado, os futuros americanos registram ganhos, destacando-se na paisagem financeira de hoje.

No calendário econômico, destacam-se os dados sobre empréstimos bancários na Zona do Euro e uma pesquisa sobre o sentimento das pequenas empresas nos EUA.

A ver…
00:54 — É difícil de enxergar o trajeto no meio da neblina

No Brasil, à véspera da divulgação do IPCA de março, o mercado financeiro volta suas atenções para pronunciamentos de figuras-chave do Banco Central, incluindo o presidente Roberto Campos Neto e o diretor de política monetária, Gabriel Galípolo, este último cotado como um potencial sucessor de Campos Neto.

Paralelamente, a Petrobras ocupa um espaço significativo no radar dos investidores, aguardando uma resolução na gestão de Prates, em meio a negociações delicadas que envolvem a distribuição de dividendos extraordinários.

Os bastidores do governo fervilham com debates entre os ministros Fernando Haddad da Fazenda e Rui Costa da Casa Civil, divididos entre a distribuição total (R$ 43,9 bilhões, dos quais a União recebe cerca de 30%, ou R$ 13,7 bilhões) ou parcial (50%) dos lucros extraordinários da estatal.

Além disso, o X (ex-Twitter), de Elon Musk, ganhou destaque negativo após o início de uma investigação por suposta desobediência a uma ordem da Suprema Corte, exacerbando as preocupações sobre a permanência de investimentos estrangeiros no país.

Outro ponto de preocupação? O quadro fiscal, com o governo considerando estabelecer a meta fiscal de 2025 num intervalo entre 0% e 0,25% do PIB, um ajuste em relação à previsão anterior de 0,5%.

A definição dessa nova meta fiscal, prevista para integrar o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias a ser entregue ao Congresso até 15 de abril, promete intensificar as tensões no mercado de juros, que já reflete uma expectativa de taxa real de 6% nos prazos mais extensos.

01:48 — Um novo equilíbrio?

Nos Estados Unidos, os mercados de ações experimentaram um dia de calmaria antes da aguardada divulgação dos dados de inflação, com alguns atribuindo a tranquilidade do mercado até à curiosidade em torno do eclipse solar.

Simultaneamente, as taxas de juros dos títulos do Tesouro de 2, 5 e 10 anos escalaram para novos picos recentes, antecipando a possível reação aos iminentes dados de inflação.

Caso estes se revelem desfavoráveis, a taxa de juros de 10 anos pode alcançar os 5%, uma perspectiva preocupante para os investimentos globais em ativos de risco.

Por outro lado, um resultado melhor que o esperado poderia manter a esperança de três reduções na taxa de juros ao longo do ano.

Uma análise intrigante do Morgan Stanley reacendeu o debate sobre a quantidade de empregos necessários para manter a economia dos EUA equilibrada.

Este estudo sugere que o número ideal de novos postos de trabalho por mês seria cerca de 260 mil, significativamente acima da estimativa anterior de 100 mil vagas.

Com a criação média de 276 mil empregos nos últimos três meses, a economia americana parece estar se ajustando a uma nova realidade, possivelmente alinhada com a NAIRU, a taxa de desemprego que não acelera a inflação, indicando uma nova dinâmica de mercado que demanda uma abordagem de política monetária ajustada a um patamar estruturalmente mais elevado de juros.

02:32 — Data marcada

Ontem, o mercado de petróleo registrou uma queda no preço, fechando a US$ 90,38 por barril, refletindo uma momentânea serenidade em Gaza após a retirada das forças israelenses do sul, uma ação que pareceu aliviar a tensão na região em resposta aos apelos internacionais por paz.

Contudo, as negociações entre Israel e o Hamas, retomadas no Egito, foram breves, com o primeiro-ministro israelense indicando planos para uma futura operação em Rafah, um importante ponto de refúgio em Gaza, sem especificar datas.

Esta manhã, o preço do petróleo apresentou alta, refletindo a contínua instabilidade.

Netanyahu delineou três metas para essa iniciativa: a libertação dos reféns, a derrota definitiva do Hamas e a manutenção de sua posição política.

Assim, a inquietação geopolítica na área se mantém, solidificando a posição do petróleo como um importante ativo de proteção geopolítica.

03:27 — Choque de realidade

As principais consultorias globais estão enfrentando um período desafiador, marcado por uma diminuição na demanda por seus serviços.

A McKinsey, líder do setor, está oferecendo a centenas de seus funcionários sêniores no Reino Unido a opção de tirar uma licença de até nove meses para buscar novas oportunidades de emprego, mantendo-se remunerados durante este período.

Uma iniciativa similar foi estendida a seus gestores nos Estados Unidos, evidenciando uma ironia do destino para profissionais acostumados a orientar empresas em processos de redução de pessoal.

Outras gigantes do ramo, como Deloitte, EY, Bain e BCG, estão enxugando seus quadros em resposta ao decréscimo na procura por consultoria.

Esse cenário marca uma virada significativa para um setor que viu uma expansão robusta durante a pandemia, beneficiando-se da necessidade das empresas por suporte externo em questões logísticas e de digitalização.

As recentes ondas de demissão no setor tecnológico também contribuíram para o aumento temporário de colaboradores em consultorias.

Entretanto, após um aumento de 70% em seu quadro, alcançando 47 mil colaboradores em cinco anos, a McKinsey iniciou um corte de 1,4 mil posições no ano passado.

Agora, a McKinsey e seus concorrentes, como Accenture, Deloitte, EY, KPMG e PwC, já demitiram quase 30 mil profissionais quando somadas, sugerindo um ajuste no setor em resposta às novas realidades do mercado.

04:19 — Uma nova fronteira

A ascensão da Índia no cenário global tem capturado a atenção internacional. Enquanto membro dos Brics, a Índia mantém uma relação complexa com o Brasil, que merece uma análise cuidadosa.

Apesar de recentes gestos de apoio do país asiático ao Brasil, especialmente em relação ao etanol, é crucial notar que a Índia possui um dos maiores programas de subsídios do mundo, superado apenas pela China.

Essa realidade introduz uma dimensão adicional nas relações comerciais que não pode ser ignorada.

Contudo, apresenta-se uma oportunidade estratégica de diversificar parcerias, possivelmente equilibrando a influência da China com a Índia ou mesmo potencializando relações com ambos os países.

Historicamente, o Brasil demonstrou capacidade de expandir suas exportações significativamente, multiplicando-as por oito de 2000 a 2022, de 20 bilhões de dólares para 167 bilhões de dólares, sem depender de acordos comerciais significativos.

Diante de um crescimento populacional sem precedentes, com a expectativa de que a população mundial cresça de 8 para 10 bilhões nos próximos 25 anos, o Brasil, como líder agrícola global, está posicionado de maneira única para atender à crescente demanda por alimentos.

Com a liderança nas exportações de uma variedade de commodities agrícolas e a potencial inclusão do algodão nessa lista em breve, o Brasil tem diante de si uma oportunidade singular.

O desafio será garantir a competitividade e a abertura dos mercados internacionais para aproveitar ao máximo esse potencial de crescimento, especialmente nos mercados emergentes da Índia e da África.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) operam com viés de baixa em toda a curva, na esteira dos rendimentos dos Títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys.

Os investidores operam hoje na expectativa de novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgados amanhã (10).

Confira o desempenho dos DIs na abertura:

CÓDIGONOME ABE FEC
DI1F25DI Jan/259,97%9,97%
DI1F26DI Jan/2610,06%10,07%
DI1F27DI Jan/2710,39%10,40%
DI1F28DI Jan/2810,70%10,73%
DI1F29DI Jan/2910,92%10,94%
DI1F30DI Jan/3011,08%11,11%
DI1F31DI Jan/3111,18%11,20%
DI1F32DI Jan/3211,21%11,26%
DI1F33DI Jan/3311,27%11,30%
ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abriu o pregão desta terça-feira em queda de 0,22%, aos R$ 5,0199.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro opera em alta de 0,24%, aos 129.305 pontos após a abertura.

O índice acompanha o tom positivo de Nova York e a alta de mais de 5% do minério de ferro em Dalian, na China.

BOLETIM FOCUS

Inflação

  • IPCA 2024: saiu de 3,75% para 3,76% (↑)
  • IPCA 2025: foi de 3,51% para 3,53% (↑)

Atividade econômica

  • PIB 2024: saiu de 1,89% para 1,90% (↑)
  • PIB 2025: manteve em 2,00% (=)

Câmbio

  • Dólar 2024: permaneceu em R$ 4,95% (=)
  • Dólar 2025: manteve em R$ 5,00 (=)

Taxa de juros

  • Selic 2024: manteve em 9,00% (=)
  • Selic 2025: permaneceu em 8,50% (=)
WALL STREET SEM DIREÇÃO ÚNICA

Os investidores de Wall Street amanheceram sem bússola nesta terça-feira. Os índices futuros de NY operam sem direção única e perto da estabilidade, indicando o ritmo de espera que domina Wall Street no pregão do dia.

Isso porque os investidores estão aguardando a divulgação de dados da inflação nos EUA e a ata da mais recente reunião do Fed. Além disso, na sexta-feira, também serão conhecidos balanços de bancões norte-americanos. No entanto, por hoje, a agenda fica esvaziada.

Confira:

  • S&P 500 futuro: +0,07
  • Dow Jones futuro: -0,03%
  • Nasdaq futuro: +0,14%
BOLSAS DA EUROPA OPERAM EM BAIXA

Os principais índices da Europa operam majoritariamente em baixa nas primeiras horas da manhã desta terça-feira.

A exceção é a bolsa de Londres. Isso porque a BP informou nesta terça-feira que espera um impulso do lucro, motivado por um aumento na produção de petróleo e gás.

Nas demais praças da Europa, o sentimento é majoritariamente de aversão ao risco, visto que os investidores aguardam os números de inflação dos Estados Unidos.

Confira:

  • DAX (Frankfurt): -0,62%
  • CAC 40 (Paris): -0,58%
  • FTSE 100 (Londres): +0,11%
  • Euro Stoxx 600: -0,21%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM EM ALTA

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA para avaliar a trajetória dos juros básicos americanos.

O destaque do pregão vai para a ação da Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), que saltou 4,6%, a preço recorde, após o maior fabricante de chips do mundo garantir subsídios de até US$ 6,6 bilhões do governo dos EUA para um complexo fabril que está em construção em Phoenix, no Arizona.

A exceção foi o sul-coreano Kospi, que caiu pressionado por ações de eletrônicos e biotecnologia.

Investidores da Ásia e de outras partes do mundo estão em compasso de espera antes de números mensais da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, a ser divulgados na quarta-feira (10).

O CPI tende a influenciar apostas de quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode começar a reduzir seus juros básicos. No momento, as expectativas para o primeiro corte de juros nos EUA estão divididas entre junho e julho.

Também amanhã, está prevista atualização da inflação mensal na China, tanto ao consumidor (CPI) quanto ao produtor (PPI).

Veja:

  • Xangai: +0,05%
  • Hong Kong: +0,57%
  • Taiwan: +0,39%
  • Tóquio: +1,13%
  • Kospi: -0,46%
O QUE ROLOU NOS MERCADOS ONTEM?

O vento bateu no Ibovespa na semana passada, com sopros de tensão vindos da Petrobras (PETR4). O que parecia o início de uma tempestade mudou de cenário com declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, próximo ao fim do pregão.

O Ibovespa fechou em alta de 1,63%, aos 128.857 pontos. Já o dólar terminou o dia a R$ 5,0312, com baixa de 0,68% no mercado à vista.

Embora as polêmicas envolvendo a Petrobras (PETR4) não estejam resolvidas, Haddad afirmou que quem deve decidir sobre o pagamento dos dividendos é a própria companhia e que não discutiu a troca no comando com o presidente Lula.

Outra gigante das commodities dividiu os holofotes do dia com a petroleira. A Vale (VALE3) subiu mais de 5% ao longo da sessão e ajudou a dar fôlego ao principal índice da bolsa brasileira.

O mineradora acompanhou o desempenho positivo do minério de ferro e a expectativa por novos estímulos ao setor de siderurgia na China.

Nos EUA, Wall Street operou próxima da estabilidade após o payroll de março vir acima das projeções do mercado na sexta-feira passada.

Ao longo da semana, os investidores aguardam os dados de inflação no Brasil (IPCA) e nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês). A ata da mais recente reunião do Federal Reserve e a decisão do Banco Central Europeu (BCE) também começam a entrar no radar.

Confira o que movimentou os mercados nesta segunda-feira (8).

JURO REAL DE VOLTA AOS 6%: UMA NOVA OPORTUNIDADE?

Os ativos brasileiros enfrentam uma fase de deterioração notável, evidenciada por uma combinação desafiadora de elementos: a bolsa de valores em queda, o dólar e as taxas de juros em alta.

Curioso notar que nem o avanço nos preços das commodities, em especial o petróleo, se traduziu em melhoria de performance para os ativos locais.

De certo modo, preocupações fiscais, manifestadas através de altos juros reais (com a NTN-B 2035 circulando em torno de impressionantes 6%), e a significativa retração de investimentos estrangeiros na bolsa (com saídas que somam R$30 bilhões no ano) têm impactado negativamente a valorização dos ativos domésticos. Esse cenário é agravado pelo adiamento do corte de juros pelo Federal Reserve.

Uma regra prática comum para investimentos em renda fixa no Brasil sugere vender títulos quando os juros reais atingem 3% e comprá-los a 6%.

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