As bolsas europeias registram queda em torno de 1% nesta terça-feira, enquanto a bolsa chinesa fechou com alta de 0,7%.
Nos EUA, o S&P e o Nasdaq registraram alta no fechamento de ontem, sustentados pelo ISM, um indicador de atividade econômica divulgado no início do dia, que veio abaixo do esperado.
A leitura é positiva para os ativos de risco, uma vez que é um dado favorável para o início dos cortes de juros pelo FED.
Hoje, os futuros de ambos índices operam em queda próxima de 0,4%, o que devolveria os retornos de ontem.
O Ibovespa ensaiou uma recuperação junto das bolsas americanas e do fechamento das treasuries no pregão de ontem, mas acabou devolvendo a alta e fechando com uma queda marginal, renovando a sua mínima do ano, próximo aos 122 mil pontos, pressionado por Petrobras e Vale.
Na agenda de dados econômicos locais de hoje, teremos o PIB referente ao 1T24, com expectativa de crescimento de 0,7% ante o trimestre anterior.
O dado será divulgado daqui a poucos minutos, às 9h, e deve influenciar no desempenho dos ativos de risco brasileiros hoje.
A verdade é que a leitura do PIB é mais complexa do que parece, e será necessário ver a composição do indicador.
Um PIB um pouco pior do que o esperado deveria emplacar uma reação positiva da bolsa, dado que seria um argumento favorável para o BC aumentar o ritmo de cortes dos juros? Ou negativa, sob a ótica da atividade econômica desacelerando? A ver.
Em território norte americano, às 11h, será divulgado o relatório de abertura de vagas (Jolts) de abril.
Além do payroll, que é o principal, o Jolts também é acompanhado pelo FED para entender a força do mercado de trabalho e pode fazer preço nas treasuries hoje.
02:05 — Alô, mundo! Lembra de mim?
Na quarta queda consecutiva e renovando a mínima desde meados de novembro, a sensação é de esquecimento na bolsa brasileira.
O volume de negociação segue bastante baixo na falta de uma narrativa para o Ibovespa surfar e seguimos à deriva do FED e seu apetite por cortar juros.
Dentre os emergentes, o Ibov apresenta o pior desempenho do ano, amargando uma queda de 16% em dólares.
É verdade que o valuation é atrativo e, no stock picking, encontramos uma quantidade razoável de empresas de qualidade com boa margem de segurança. Mas precisa de fluxo.
Em busca de uma narrativa para se agarrar e ser lembrada pelo investidor gringo, a bolsa brasileira poderia se beneficiar de uma leitura mais negativa para o México, após a vitória com V maiúsculo de Claudia Sheinbaum nas eleições presidenciais do país.
O resultado da eleição já era esperado pelos investidores.
O que surpreendeu e assustou os mercados do país no pregão de ontem foi a supermaioria no Congresso mexicano conquistada pela coligação esquerdista da presidente, facilitando a aprovação de mudanças constitucionais.
A reação foi imediata: o principal índice da bolsa de valores do país chegou a cair 7% e o peso mexicano caiu 4% frente ao dólar.
O México vem muito bem entre os emergentes e hoje tem espaço importante na alocação dos portfólios globais em mercados emergentes.
Ainda tem muita água para correr, mas uma mudança de narrativa no país poderia jogar a favor do Brasil, trazendo maior fluxo gringo para os nossos ativos de risco.
04:55 — Efeito Opep+ segue refletindo no petróleo
Com dois dias completados da reunião da Opep+ neste fim de semana, em que o grupo decidiu retirar os cortes de produção atuais, os contratos futuros de petróleo apontam para mais uma queda no dia de hoje.
Após a contração de 4% ontem, a commodity cai mais 2% hoje, abaixo dos US$ 73,00.
Reforçamos o call que é uma boa oportunidade para montar posição em ações do setor, que compõe muito bem o portfólio.
Como já mencionado por outros analistas da casa, nos preços atuais e pela qualidade da operação, PRIO3 é uma excelente escolha.