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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa fecha em queda na contramão de NY e dólar sobe a R$ 4,94; Gol (GOLL4) cai 33%

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29 de janeiro de 2024
7:29 - atualizado às 18:16

RESUMO DO DIA: De olho na 'Super Quarta' e na agenda cheia de dados do mercado de trabalho, a bolsa brasileira iniciou a semana em tom negativo com a China no radar.

O Ibovespa fechou em queda de 0,36%, aos 128.502,66 pontos. Já o dólar terminou a sessão a R$ 4,9459, com alta de 0,71% no mercado à vista.

No cenário corporativo, Vale (VALE3) e Gol (GOLL4) seguiram como os destaques da bolsa. Além disso, o Magazine Luiza (MGLU3) ganhou os holofotes após o anúncio de aumento de capital de até R$ 1,25 bilhão, injetados pela Família Trajano e pelo BTG Pactual.  

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam no azul à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e de novos dados do mercado de trabalho.

Já na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta. No entanto, um pedido de liquidação da Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês, chamou a atenção dos investidores — e injetou cautela nos mercados.

Confira o que movimentou os mercados nesta segunda-feira (29):

Leia Também

MAIORES ALTAS E QUEDAS DO PREGÃO

O Ibovespa encerrou o pregão em queda.

Na ponta positiva, as ações do Assaí (ASAI3) lideraram os ganhos do Ibovespa. Os papéis foram beneficiados pela troca intrasetorial, em dia de agenda escassa e os investidores com menos apetite ao risco.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
ASAI3Assaí ONR$ 14,464,78%
HYPE3Hypera ONR$ 31,952,80%
RAIZ4Raízen ONR$ 3,811,87%
TOTS3Totvs ONR$ 31,431,78%
PETR4Petrobras PNR$ 40,571,53%

Na ponta negativa, Gol encerrou com queda de 33% com os investidores ainda precificando a recuperação judicial da companhia.

A Gol (GOLL4) informou hoje que recebeu hoje a aprovação, ainda que provisória, da Justiça dos Estados Unidos para o financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade DIP, para manter as operações durante o processo de reestruturação judicial.

Vale lembrar que DIP é uma linha de crédito específica para companhias em recuperação judicial.

Confira as maiores quedas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 3,93-33,61%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 8,29-4,71%
SUZB3Suzano ONR$ 50,80-3,99%
CVCB3CVC ONR$ 2,97-3,26%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 10,37-3,17%
A PRODUÇÃO E AS VENDAS DA VALE

A Vale (VALE3) está em uma verdadeira panela de pressão. O governo colocou a mineradora em altas temperaturas com uma possível indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a companhia e agora resolveu cobrar uma quantia bilionária para a concessão de ferrovias. E é nesse caldeirão que a empresa divulgou os dados de produção e vendas do quarto trimestre de 2023. 

A produção de minério de ferro da Vale somou 89,4 milhões de toneladas métricas (Mt) entre outubro e dezembro do ano passado, o que representa uma alta de 10,6% em base anual. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve alta de 3,7%. 

Em 2023, a produção atingiu 321,2 Mt, acima da projeção da mineradora (guidance) de 315 Mt, um resultado 4,3% maior do que o obtido no ano anterior. 

O desempenho, segundo a Vale, foi impulsionado por: 

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GIC e o mercado de fundos imobiliários

Assim como as edificações precisam de fundações sólidas para continuarem de pé, o mercado imobiliário precisa de um solo fértil. E a queda dos juros é o melhor adubo para que uma indústria tão dependente de capital e financiamentos floresça novamente e faça com que grandes investidores abram suas ‘estufas’ ao mercado.

Um desses investidores é o GIC, de Singapura. Fundo soberano da cidade-Estado asiática, o portfólio investe cerca de 13% dos atuais US$ 770 bilhões sob gestão — de acordo com estimativas do Sovereign Wealth Fund Institute (SWFI) — no segmento de Real Estate.

E, com o Brasil atualmente em um ciclo de afrouxamento monetário — o Banco Central se reúne nesta semana e deve promover mais um corte na taxa Selic —, enxerga uma oportunidade para reciclar parte desse portfólio no Brasil.

“Grande parte da nossa exposição é em projetos greenfield, então ter um mercado líquido com fundos imobiliários preparados para comprar ativos prontos é algo que se encaixa bem na nossa estratégia”, afirmou o head da divisão brasileira de Real Estate do GIC, Gastão Valente.

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FECHAMENTO DO IBOVESPA

O Ibovespa terminou o pregão em queda de 0,36%, aos 128.502,66 pontos.

Por aqui, o dia foi de ajuste antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na próxima quarta-feira (31).

A cautela com a China pesou mais uma vez na bolsa brasileira após a Justiça do país determinar a liquidação de ativos da incorporadora Evergrande.

FCHAMENTO DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York encerraram o pregão em alta na expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na próxima quarta-feira (31).

O mercado espera a manutenção dos juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Contudo, as atenções ficarão concentradas em eventuais sinalizações de afrouxamento monetária na coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell.

  • Dow Jones: +0,59%; aos 38.333,45 pontos;
  • S&P 500: + 0,76%; aos 4.927,93 pontos;
  • Nasdaq: + 1,12%, aos 15.628,04 pontos.

Além disso, há a expectativa pelos balanços trimestrais das gigantes de tecnologia ao longo da semana.

NOVA YORK NAS MÁXIMAS INTRADAY

As bolsas de Nova York aceleraram alta na reta final do pregão após comunicado do Tesouro dos Estados Unidos, em meio a expectativa de maior fluxo fiscal.

Há pouco, o Departamento do Tesouro do país reduziu as estimativas para os empréstimos que deve tomar no primeiro trimestre deste ano. O órgão espera tomar US$ 760 bilhões no mercado de dívida.

  • Dow Jones: +0,52%, aos 38.308,35 pontos;
  • S&P 500: +0,71%, aos 4.925,79 pontos;
  • Nasdaq: +1,10%, aos 15.625,14 pontos.
FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar comercial encerrou a R$ 4,9459, com alta de 0,71%, no mercado à vista.

A moeda norte-americana ganhou força em meio à agenda mais esvaziada e com novas preocupações sobre a China, após a Justiça do país determinar a liquidação dos ativos da Evergrande.

Em consequência, o movimento de saída de capital estrangeiro também penalizou outras moedas de mercados emergentes nesta sessão — de olho em China.

Os investidores locais estão concentrados nas decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

Na maior economia do mundo, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

Por aqui, a expectativa é de continuidade de corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, levando a Selic a 11,25% ao ano.

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

Os contratos mais líquidos do petróleo encerraram a sessão em baixa.

Os futuros do Brent terminaram as negociações em baixa de 1,35%, com o barril a US$ 81,83 na Intercontinental Exchange (ICE).

Já os futuros do WTI recuaram 1,57%, a US$ 76,78 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os investidores operaram mais cautelosos com a escalada do conflito no Oriente Médio após a morte de três soldados norte-americanos em ataque do Irã na Jordânia.

Além disso, rumores de novo acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas, na faixa de Gaza, mexeram com as cotações do petróleo.

JUROS FUTUROS NO BRASIL

Os juros futuros (DIs) operam sem direção única em toda a curva, em meio ao fortalecimento do dólar no mercado à vista e alívio dos Treasurys nos Estados Unidos.

Os investidores aqui também aguardam as decisões de política monetária ao longo da semana, com destaque para o Copom e o Fed na quarta-feira (31).

Confira o desempenho dos DIs agora:

CÓDIGONOME ULT FEC
DI1F25DI Jan/259,98%9,96%
DI1F26DI Jan/269,67%9,63%
DI1F27DI Jan/279,84%9,79%
DI1F28DI Jan/2810,12%10,06%
DI1F29DI Jan/2910,30%10,24%
DI1F30DI Jan/3010,44%10,38%
JUROS FUTUROS NOS EUA EM QUEDA

Os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos operam em queda enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na próxima quarta-feira (31).

A expectativa é de o banco central norte-americano manter os juros na faixa atual e 5,25% a 5,50% ao ano, mas com novas sinalizações de afrouxamento monetário.

O mercado ainda está com apostas divididas quanto ao primeiro corte em março ou em maio.

Sendo assim, os juros projetados para a dívida de 10 anos recuam a 4,097%, próximo da mínima intraday. Já os juros projetados para 30 anos caem a 4,341%.

ASSAÍ (ASAI3) NA LIDERANÇA DO IBOVESPA

As ações do Assaí (ASAI3) lideram os ganhos do Ibovespa com alta de 3,70%, a R$ 14,31.

Os papéis são beneficiados pela troca intrasetorial, em dia de agenda escassa e os investidores com menos apetite ao risco.

O setor de varejo opera sem direção única, em meio à volatilidade dos juros futuros (DIs) e à espera da divulgação de novos dados econômicos. Além disso, os mercado espera as decisões sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Por aqui, a expectativa é de continuidade de corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, levando a Selic a 11,25% ao ano.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa recua com cautela da China e fraqueza de Nova York.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
ASAI3Assaí ONR$ 14,263,33%
TOTS3Totvs ONR$ 31,522,07%
SMTO3São MartinhoR$ 28,751,95%
HYPE3Hypera ONR$ 31,611,71%
IGTI11Iguatemi ONR$ 23,911,53%

Confira as maiores quedas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 4,96-16,22%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 8,34-4,14%
SUZB3Suzano ONR$ 50,84-3,91%
USIM5Usiminas PNAR$ 9,19-3,26%
CVCB3CVC ONR$ 2,97-3,26%
SUZANO (SUZB3) CAI 4%

As ações da Suzano (SUZB3) aceleraram a queda há pouco e recuam 3,93%, a R$ 50,83.

Os papéis são pressionados pelo rebaixamento de recomendação de neutra para venda das ações pelo Morgan Stanley.

Segundo o banco, a expectativa é de que os preços da celulose na China caiam entre fevereiro e agosto para abaixo do custo marginal.

GOL (GOLL4) RECEBE APROVAÇÃO DE EMPRÉSTIMO NOS EUA

A Gol (GOLL4) informou há pouco que recebeu hoje a aprovação, ainda que provisória, da Justiça dos Estados Unidos para o financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade DIP, para manter as operações durante o processo de reestruturação judicial.

Vale lembrar que DIP é uma linha de crédito específica para companhias em recuperação judicial.

"Como esperado, o Tribunal dos EUA aprovou o acesso provisório à parcela inicial dos US$ 950 milhões do financiamento na modalidade 'devedor em posse' ('DIP') que foi concedido por membros do Grupo Ad Hoc de Bondholders da Abra e outros Bondholders da Abra", afirma o comunicado da Gol.

A companhia reafirmou que continuará operando normalmente, inclusive o Programa de Fidelidade Smiles, de milhas para viagens.

Na B3, as ações da Gol (GOLL4) operam em queda de 16,22%, a R$ 4,96.

ROGÉRIO XAVIER, DA SPX: "DEI PARABÉNS AO CAMPOS NETO"

O trabalho de um gestor é traçar estratégias e tomar decisões sobre onde aplicar o dinheiro de todos que investem nos fundos sob sua responsabilidade. Ou seja, quando ele erra, muita gente perde dinheiro.

Mas Rogério Xavier, da SPX Capital — firma fundada por ele e com R$ 45 bilhões sob gestão — reconhece que errou a respeito das previsões para a economia brasileira no ano passado. 

“Nós estávamos errados e o Banco Central certíssimo, dei parabéns ao Roberto Campos Neto. O crescimento econômico foi bastante positivo, com surpresa do PIB e jamais, no meu melhor sonho, achei que o BC conseguiria alcançar a meta de inflação em 2023”, afirmou o lendário gestor nesta segunda-feira (29).

Xavier justifica que a instituição contou com a ajuda de fatores que contribuíram mais do que o próprio BC poderia imaginar. Mas, ainda assim, classifica o trabalho da instituição — que se reúne entre as próximas terça (30) quarta-feira (31) para mais uma decisão sobre a Selic — como “perfeito”.

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Ibovespa bate a mínima com recuo de 0,73%, aos 127.992 pontos.

O índice acelera as perdas com a fraqueza de Nova York, em dia de agenda mais escassa. Por aqui, pesa também a cautela com China após a proibição de aluguel de ações na bolsa e a determinação de liquidez dos ativos da Evergrande.

Na visão de analistas, a medida contra a construtora indica que a China ainda está distante da estabilização econômica, o que traz mais incertezas sobre a demanda da segunda maior economia do mundo.

AGENDA ECONÔMICA NO CONGRESSO

A uma semana do fim do recesso parlamentar e início do ano legislativo, a agenda econômica voltou a ser o foco dos analistas e investidores.

Há pouco, o ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o "ponto central da agenda econômica é garantir equilíbrio fiscal".

"Continuaremos no trabalho de negociação com os presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal. Trabalhamos para pavimentar o caminho de medidas encaminhadas na MP da reoneração", disse Padilha.

FECHAMENTO DA EUROPA

As bolsas europeias encerraram o pregão majoritariamente em queda, em dia de agenda esvaziada,.

  • DAX (Frankfurt): -0,12%, aos 16.941,71 pontos;
  • FTSE 100 (Londres): -0,03%, aos 7.632,74 pontos;
  • CAC 40 (Paris): +0,09%, aos 7.640,81 pontos;
  • Stoxx 600: +0,21%, aos 484,84 pontos.

Sem destaques, os investidores operaram mais cautelosos com China, enquanto aguardam a decisão sobre política monetária dos Estados Unidos na próxima quarta-feira (31).

ROGÉRIO XAVIER VÊ CHINA COMO MAIOR RISCO AOS MERCADOS

Rogério Xavier está de viagem marcada para a China: o fundador da SPX Capital embarca em abril para o gigante asiático e não pretende fazer turismo, mas sim conferir de perto o que ele acredita que é o grande risco para a economia mundial no momento.

“A China dá cada vez mais sinais de esgotamento do modelo econômico. É difícil dizer quando teremos um problema mais sério, mas eu sempre uso a analogia que um banco grande não quebra do dia para a noite, vai quebrando ao longo do tempo. Países também são assim”, afirmou o gestor nesta segunda-feira (29).

De acordo com Xavier, que participa hoje do Latin America Investment Conference (LAIC), evento promovido pelo UBS, o país está enfrentando ventos contrários que sopram de todas as direções.

Entre os principais desafios estão a questão demográfica — com a população envelhecendo, encolhendo e diminuindo a força de trabalho — e a “profunda” crise no setor imobiliário.

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JUROS FUTUROS AVANÇAM

Os juros futuros (DIs) estendem os ganhos em toda a curva, na esteira da desvalorização do real frente ao dólar com cautela com China.

Contudo, os vencimentos das taxas de Depósitos Interfinanceiro (DIs) mais curtos operam abaixo dos dois dígitos.

CÓDIGONOME ULT FEC
DI1F25DI Jan/259,97%9,96%
DI1F26DI Jan/269,66%9,63%
DI1F27DI Jan/279,84%9,79%
DI1F28DI Jan/2810,11%10,06%
DI1F29DI Jan/2910,29%10,24%
DI1F30DI Jan/3010,44%10,38%
CASAS BAHIA PERDE A CARONA DO MAGALU: POR QUE AS AÇÕES BHIA3 CAEM?

O aumento de capital do Magazine Luiza (MGLU3) foi bem recebido pelo mercado e ajuda as ações do Magalu a dispararem na B3. A euforia com a operação bilionária, no entanto, não favorece todo o varejo brasileiro — os papéis das Casas Bahia (BHIA3) caem mais de 3% nesta segunda-feira (29). 

A queda das ações BHIA3 vem na esteira da nova avaliação do Citi para a varejista. O banco norte-americano reafirmou a recomendação de neutra para os papéis, mas cortou o preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 10 — o que representa um potencial de valorização de 15% em relação ao último fechamento. 

O Citi justificou o preço-alvo mais baixo com as premissas operacionais menores para a Casa Bahia — que são parcialmente compensadas por uma redução no custo presumido de capital próprio em 110 pontos base, para 13,7%, dadas as taxas de juros mais baixas.

Por volta de 13h20, as ações da Casas Bahia caíam 3,22%, cotadas a R$ 8,42. No mês, os papéis acumulam baixa de 26%. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados

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SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Na ponta positiva, as ações da Magazine Luiza avançam após o anúncio de aumento de capital privado de até R4 1,25 bilhão, pela família Trajano e BTG Pactual.

Petrobras (PETR4;PETR3) avança na contramão do desempenho do petróleo.

Na última sexta-feira (26), a petroleira informou que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da SEC (equivalente à CVM brasileitas), resultaram em 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2023.

Confira as maiores altas do pregão até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 2,132,40%
SMTO3São MartinhoR$ 28,671,67%
PETR4Petrobras PNR$ 40,501,35%
CIEL3Cielo ONR$ 4,961,22%
PETR3Petrobras ONR$ 42,471,22%

Na ponta negativa, as ações da Gol ainda recuam com a repercussão da recuperação judicial da empresa aérea nos Estados Unidos. Também pesam sobre os papéis o rebaixamento de nota de crédito da empresa pelas agências de classificação de risco.

Além disso, o BB Investimentos rebaixou as ações da Gol para venda, com preço-alvo de R$ 5,23, com desvalorização de 11,6% em relação ao fechamento anterior.

Suzano aparece também entre as maiores baixas com  rebaixamento de recomendação neutra para vendas das ações pelo Morgan Stanley.

Segundo o banco, a expectativa é de que os preços da celulose na China tendem a cair entre fevereiro e agosto para abaixo do custo marginal.

Confira as maiores baixas do Ibovespa até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 5,18-12,50%
SUZB3Suzano ONR$ 50,80-3,99%
USIM5Usiminas PNAR$ 9,18-3,37%
DXCO3Dexco ONR$ 7,55-3,33%
MRFG3Marfrig ONR$ 9,42-3,29%
NOVA YORK PERDE FORÇA

Com poucos destaques, os investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e novos dados do mercado de trabalho. As bolsas de Nova York operam sem direção única.

  • Dow Jones: -0,06%
  • S&P 500: +0,01%;
  • Nasdaq: +0,15%.
SEM PLANO B: CEIO DA PRIO DIZ O QUE ESPERA SOBRE MAIOR RISCO PARA PETROLEIRA

O ano de 2024 se inicia com desafios para uma das novatas do petróleo da B3. O CEO da PetroRio - PRIO (PRIO3), Roberto Monteiro, revelou nesta segunda-feira (29) que não existe um plano B para enfrentar o maior risco para a companhia em 2024.

Para Monteiro, o projeto no campo Wahoo, na Bacia de Campos, é fundamental para o desempenho da empresa neste ano — mas a conquista das licenças para o início da operação levanta preocupações, contou o executivo durante o evento “Latin America Investment Conference (LAIC), promovido pelo banco suíço UBS.

Afinal, o projeto em Wahoo tem previsão de adicionar 40 mil barris de petróleo à produção diária da PRIO.

Porém, a operação depende de licença de perfuração e interligação de Frade a Wahoo pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além disso, será necessária uma permissão para a perfuração de novos poços em Albacora.

Leia mais.

Ibovespa bate mínima com recuo de 0,66%, aos 128.119 pontos.

GAFISA (GFSA3) AVANÇA 10%

As ações da Gafisa (GFSA3) disparam fora do Ibovespa com alta próxima a 10%. Por volta as 12h39 (horário de Brasília), os papéis registravam ganhos de 9,02%, a R$ 11,97.

O movimento altista acontece após a Perenne Investimentos adquirir 4,68% do capital social da incorporadora, além do aumento de participação do acionista Pedro Cardoso Novellino.

Além disso, o mercado ainda monitora a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) prevista para 7 de fevereiro. Em pauta está a disputa acionária da gestora Esh Capital na companhia.

COMO ANDAM OS MERCADOS

A bolsa brasileira opera em tom negativo com as atenções voltadas ao exterior.

O Ibovespa cai 0,48%, aos 128.346 pontos.

O dólar comercial ganha força com alta de 0,61%, a R$ 4,9411.

Os juros futuros (DIs) de curto prazo, com vencimentos em janeiro de 2025, 2026 e 2027 operam abaixo dos dois dígitos. Contudo, a curva brasileira opera em alta em toda a curva em meio à valorização do dólar à vista e o leve recuo nos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Por aqui, hà cautela dos investidores com a China após o governo proibir que alguns acionistas façam empréstimos de ações e o tribunal ordenar a liquidação dos ativos da construtora da Evergrande.

No radar também estão as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na próxima quarta-feira (31).

PETRÓLEO CAI 1%

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent recuam mais de 1%, com o barril negociado a cerca de US$ 81.

A commodity é pressionada pela escalada dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, um ataque do Irã, via míssil, à tropas dos Estados Unidos matou três soldados norte-americanos na Jordânia, perto da fronteira com a Síria.

GIRO DO MERCADO

O conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), em reunião realizada na última sexta, aprovou um aumento de capital privado na ordem de R$ 1,25 bilhão, totalmente garantido pelos acionistas controladores (família Trajano) e pelo BTG Pactual, informou a varejista em fato relevante divulgado neste domingo (28).

O analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, explica se a notícia pode trazer alguma ‘virada de jogo’ na situação da varejista, que viu suas ações despencarem cerca de -50% no último ano.

Segundo o colunista do O Globo, Lauro Jardim, a AES (AESB3) teria contratado os bancos Itaú e Goldman Sachs para vender os seus ativos e sair do Brasil

O analista Ruy Hungria também participa da live para comentar sua análise sobre a possível saída da empresa, que está no país desde 1997, e o que muda para os acionistas da elétrica.

Acompanhe:

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa opera em queda com Vale (VALE3) e ignora tom positivo de Nova York.

Na ponta positiva, as ações da Magazine Luiza avançam após o anúncio de aumento de capital privado de até R4 1,25 bilhão, pela família Trajano e BTG Pactual.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 2,142,88%
ELET3Eletrobras ONR$ 41,321,13%
IGTI11Iguatemi ONR$ 23,770,93%
TOTS3Totvs ONR$ 31,160,91%
PETZ3Petz ONR$ 3,430,88%

Na ponta negativa, as ações da Gol ainda recuam com a repercussão da recuperação judicial da empresa aérea nos Estados Unidos. Também pesam sobre os papéis o rebaixamento de nota de crédito da empresa pelas agências de classificação de risco.

Além disso, o BB Investimentos rebaixou as ações da Gol para venda, com preço-alvo de R$ 5,23, com desvalorização de 11,6% em relação ao fechamento anterior.

Suzano aparece também entre as maiores baixas com  rebaixamento de recomendação neutra para vendas das ações pelo Morgan Stanley.

Segundo o banco, a expectativa é de que os preços da celulose na China tendem a cair entre fevereiro e agosto para abaixo do custo marginal. Essa visão também afeta as ações da Klabin.

Confira as maiores baixas do Ibovespa até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 5,15-13,01%
SUZB3Suzano ONR$ 51,08-3,46%
CVCB3CVC ONR$ 2,98-2,93%
USIM5Usiminas PNAR$ 9,24-2,74%
KLBN11Klabin unitsR$ 21,35-2,64%

Ibovespa bate mínima intraday com baixa de 0,59%, aos 128.207 pontos.

ABERTURA EM NOVA YORK

As bolsas de Nova York abriram em tom positivo e operam em alta após a abertura em semana com agenda cheia.

  • Dow Jones: +0,06%, aos 38.133,22 pontos;
  • S&P 500: +0,07%, aos 4.894,17 pontos;
  • Nasdaq: +0,09%, aos 15.467,70 pontos.

Os investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na próxima quarta-feira (31), além de novos dados de mercado de trabalho, entre eles, o relatório mensal de empregos payroll.

Para a reunião, o mercado espera a manutenção dos juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, mas com novas sinalizações de afrouxamento monetário adiante. Por agora, a expectativa é de primeiro corte nos juros em maio.

O dólar à vista atinge máxima a R$ 4,9305, com alta de 0,40%.

SUZANO (SUZB3) CAI COM REVISÃO DE BANCO

As ações da Suzano (SUZB3) operam entre as maiores quedas com baixa de 3,52%, a R$ 51,05 no Ibovespa.

O movimento negativo deve-se ao rebaixamento de recomendação neutra para vendas das ações pelo Morgan Stanley. Segundo o banco, a expectativa é de que os preços da celulose na China tendem a cair entre fevereiro e agosto para abaixo do custo marginal.

Ibovespa retomou ritmo de queda e opera com recuo de 0,19%, aos 128.727 pontos.

AÇÃO DO MAGALU DISPARA COM AUMENTO DE CAPITAL

O aumento de capital do Magazine Luiza (MGLU3) era uma bola cantada.

Em novembro do ano passado, ao divulgar o resultado do terceiro trimestre de 2023, a varejista reportou seu primeiro lucro líquido desde o fim de 2021.

Simultaneamente, porém, o Magazine Luiza revelou um ajuste contábil de R$ 829,5 milhões no patrimônio líquido.

O ajuste foi parcialmente compensado pelo reconhecimento de R$ 507,4 milhões.

Leia mais.

VALE (VALE3) CAI

As ações da Vale (VALE3) recuam 0,52%, a R$ 69,14, e limitam os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira (29).

Os papéis da mineradora operam em queda após o governo federal cobrar R$ 25,7 bilhões por renovação de concessões ferroviárias durante o governo Bolsonaro. Além disso, ainda há a cautela dos investidores sobre eventual interferência do governo no alto escalação da ex-estatal.

Após rumores ao longo da semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou a possível interferência na última sexta-feira (26).

Por fim, a liquidação da chinesa Evergrande também pressiona as ações da Vale, assim como todo o setor de mineração e siderurgia.

CONTAS DO GOVERNO

As contas do Governo Central registraram déficit primário de R$ 116,146 bilhões em dezembro. O resultado veio próximo das estimativas de déficit de R$ 116,70 bilhões, segundo o levantamento do Projeções Broadcast.

O saldo, que reúne contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, teve o pior desemprego em termos reais na série histórica do Tesouro, iniciada em 1997.

Ibovespa renova máxima com alta de 0,08%, aos 129.068 pontos.

GOL (GOLL4) EM QUEDA DE 6%

As ações da Gol (GOLL4) caem 5,74%, a R$ 5,58 e lideram as perdas do Ibovespa.

Além da cautela com a recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos, os investidores reagem ao rebaixamento de nota de crédito da empresa pelas agências de classificação de risco.

A S&P Global Ratings rebaixou a nota global da Gol de "CCC-" para "D". O rating em escala nacional também foi cortado de "brCCC-" para "D" — que sinaliza risco de "default", ou melhor, calote. A Fitch acompanhou o rebaixamento da nota de crédito da companhia aérea na última sexta-feira (26).

CHINA LIMITA APOSTAS NA QUEDA DAS AÇÕES

Autoridades na China proibiram que alguns acionistas façam o chamado aluguel de ações, com o objetivo de dificultar apostas na queda de preços. Essa é mais uma tentativa de sustentar as bolsas do país, que sofreram fortes perdas recentes.

A medida contra a prática afeta detentores de ações restritas, como funcionários ou investidores estratégicos.

A proibição dará aos investidores mais tempo para digerir informações do mercado e irá fomentar uma estrutura de mercado mais justa, de acordo com a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC, pela sigla em inglês). O órgão não disse quanto tempo a suspensão durará.

Tomar uma ação por aluguel é uma forma de apostar na queda do papel. Nessa operação um investidor empresta os papéis de sua carteira para outro investidor, que fica com a posse das ações por um determinado período. Em troca, recebe uma taxa de aluguel.

Leia mais.

MAIORES ALTAS E QUEDAS DO IBOVESPA

O Ibovespa opera em queda aos 128 mil pontos, acompanhando a instabilidade do petróleo.

Na ponta positiva, as ações da Magazine Luiza avançam após o anúncio de aumento de capital de até R4 1,25 bilhão.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 2,226,73%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 8,780,92%
PETZ3Petz ONR$ 3,430,88%
BRKM5Braskem PNR$ 18,680,70%
CIEL3Cielo ONR$ 4,930,61%

Na ponta negativa, as ações da Gol ainda recuam com a repercussão da recuperação judicial da empresa aérea nos Estados Unidos.

Confira as maiores quedas da abertura do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 5,71-3,55%
SUZB3Suzano ONR$ 51,31-3,02%
CVCB3CVC ONR$ 3,01-1,95%
COGN3Cogna ONR$ 2,98-1,65%
KLBN11Klabin unitsR$ 21,63-1,37%
AÇÕES DA EVERGRANDE CAEM MAIS DE 20% APÓS TRIBUNAL ORDENAR LIQUIDAÇÃO DOS ATIVOS

Os papéis de uma das gigantes do setor imobiliário chinês chegaram a cair mais de 20% nesta segunda-feira (29) após um tribunal de Hong Kong decidir pela liquidação de ativos da Evergrande

Os problemas com a incorporadora não vêm de hoje. Desde setembro de 2021, o conglomerado chinês é um dos principais expoentes do que os analistas têm visto como uma crise de crédito crescente no país. 

De acordo com dados da época, compilados pela da Refinitiv, a Evergrande tem uma dívida de US$ 305 bilhões (aproximadamente R$ 1,5 trilhão nas cotações atuais), sendo US$ 20 bilhões em moeda estrangeira.

E a incorporadora já deu uma série de calotes nos investidores internacionais nos últimos meses, o que não ajuda a inspirar confiança no futuro da companhia.

Leia mais.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa inicia a sessão em queda de 0,23%, aos 128.969 pontos.

Com a agenda local mais esvaziada, os investidores concentram as atenções aos indicadores e decisões de política monetária ao longo da semana, com destaque para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.

 Por aqui, a expectativa é a continuidade de corte de 0,50 ponto percentual nos juros levando a Selic para 11,25% ao ano.

Lá fora, a estimativa é de que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Os recibos de ações (ADRs) de Vale e Petrobras operam sem direção única no pré-mercado em Nova York.

Os papéis de Vale ainda sentem a pressão da eventual interferência do governo no alto escalão da companhia. Na última sexta-feira (26), o ministro de Minas e Energia negou os rumores.

Petrobras avança em meio à escalada do conflito no Oriente Médio após a morte de três soldados norte-americanos em ataque na Jordânia.

Confira o desempenho dos ADRs:

  • Vale (VALE): -0,71%, a US$ 14,06
  • Petrobras (PBR): +0,88%, a US$ 17,20.
MERCADO DE COMMODITIES

O mercado de commodities inicia última semana de janeiro em tom positivo.

O minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, com alta de 1,06%, a US$ 139,10 a tonelada.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência mundial, operam próximos da estabilidade, a US$ 82,95 o barril.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

REVANCHISMO DAS ANTIGAS: ONDE ESTÁ A MATURIDADE?

Esta semana promete ser agitada, repleta de eventos críticos, incluindo decisões de política monetária, anúncios de resultados financeiros das gigantes de tecnologia (Apple, Amazon, Microsoft e Alphabet) e a divulgação de dados econômicos de grande impacto.

Como cereja do bolo, estamos nos aproximando da chamada "Super Quarta", um dia marcado por reuniões cruciais das autoridades monetárias tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Espera-se que os juros se mantenham estáveis nos EUA, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, enquanto prevê-se uma redução de 50 pontos-base na Selic brasileira, que deverá atingir 11,25%.

O foco estará nas comunicações dessas reuniões, que poderão indicar possíveis direções para os próximos meses.

Além disso, os dados de emprego dos EUA são muito aguardados, com potencial para ajustar as expectativas dos investidores.

No panorama internacional, os futuros dos mercados americanos e os mercados europeus enfrentam um início de semana desafiador, embora a semana tenha começado com uma tendência positiva na Ásia.

Isso se deu mesmo diante do anúncio da liquidação da Evergrande, uma importante incorporadora imobiliária chinesa.

O otimismo asiático foi impulsionado por novas medidas de estímulo do governo chinês e mudanças no mercado acionário, incluindo a suspensão do empréstimo de ações específicas para vendas a descoberto.

No mercado de commodities, observa-se instabilidade, especialmente após o preço do barril de petróleo ter ultrapassado novamente a marca de US$ 83, influenciado pelos recentes ataques no Mar Vermelho.

A ver…

00:55 — Governo não sabe perder e parte para o revanchismo

O mercado brasileiro reagiu positivamente à notícia da última sexta-feira, que indicou a desistência do governo em nomear Guido Mantega para um cargo executivo na Vale.

Este reconhecimento da realidade por parte de Brasília foi um alívio. Inicialmente, parecia que a única preocupação do presidente Lula seria impedir a recondução de Eduardo Bartolomeu à liderança da Vale.

Essa situação, apesar de não ser ideal, ainda era gerenciável, especialmente considerando outros candidatos qualificados como Luís Guimarães, ex-Cosan.

Contudo, a atitude do presidente não se limitou a isso. No fim de semana, surgiu uma nova questão: o governo cobrou da Vale R$ 25,7 bilhões referentes a outorgas supostamente não pagas nas renovações antecipadas de contratos das ferrovias Carajás e Vitória Minas, remontando ao governo de Bolsonaro. Esta ação, que parece carregar um tom de revanche, é preocupante.

Apesar disso, essa questão parece estar resolvida agora. O foco volta a ser a agenda fiscal. A recém-anunciada política industrial ainda causa desconforto, mas em uma escala menor.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, sugeriu que o investimento na nova política industrial poderia exceder os R$ 300 bilhões inicialmente previstos.

Paralelamente, Haddad expressou descontentamento por não ter sido consultado na formulação do pacote, o que impactou negativamente a percepção fiscal - uma preocupação que diminuiu ao longo da semana passada.

Agora, aguardamos desenvolvimentos nas negociações fiscais, com a revisão da meta fiscal sendo inevitável.

Contanto que esta revisão se mantenha abaixo de 1% do PIB, o mercado provavelmente não reagirá tão negativamente.

Um aspecto crucial a ser monitorado hoje são as contas do Governo Central, que se espera um déficit primário de R$ 116,70 bilhões em dezembro, apontando para um déficit acumulado de R$ 232,20 bilhões para o ano de 2023.

01:54 — Os resultados das gigantes

Nos Estados Unidos, os principais índices do mercado de ações mostraram pouca variação na última sexta-feira, mesmo diante de novos dados que reforçaram a tendência de desaceleração da inflação.

O índice de preços de despesas de consumo pessoal, excluindo alimentos e energia, registrou um aumento anual de 2,9% em dezembro, marcando a primeira vez em que ficou abaixo de 3% após um longo período.

Este desenvolvimento indica que o Federal Reserve está progredindo em direção à sua meta de inflação de 2%, embora ainda haja trabalho a ser feito. Apesar dessa evolução positiva, o mercado reagiu de maneira moderada, muito por conta de surpresas em alguns resultados corporativos.

Um exemplo notável foi a queda de quase 12% nas ações da Intel na sexta-feira, após a divulgação de resultados trimestrais decepcionantes.

Em contraste, a American Express apresentou um desempenho robusto, relatando lucros estáveis e perspectivas otimistas para 2024.

Até o momento, 25% das empresas do S&P 500 reportaram seus resultados para o quarto trimestre, e os números são mistos.

Apenas 69% das empresas superaram as estimativas de lucro dos analistas, um pouco abaixo da média de cinco anos de 77%. Atualmente, estima-se que o S&P 500 apresentará uma redução de 1,4% nos lucros do quarto trimestre.

Nesta semana, algumas das maiores empresas de energia e tecnologia podem mudar essa direção do mercado. Alphabet (Google) e Microsoft estão programadas para reportar na terça-feira, enquanto Apple, Amazon e Meta Platforms (Facebook) divulgarão seus resultados na quinta-feira. Estes relatórios serão acompanhados de perto pelos resultados da Exxon Mobil e Chevron, previstos para sexta-feira, o que poderá alterar o atual panorama do mercado.

02:48 — Super Quarta e dados de emprego

Ainda nos EUA, os dados econômicos divulgados na semana anterior forneceram insights importantes. A primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para o quarto trimestre de 2023 indicou que a economia americana continuou crescendo de forma sólida, com uma expansão anualizada de 3,3%, ajustada sazonalmente e considerando a inflação.

Essa expansão aconteceu sem um aumento correspondente na inflação, um sinal positivo para a economia.

Nesta semana, as atenções se voltam para a reunião do Federal Reserve e os novos dados sobre o mercado de trabalho de janeiro.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) fará seu anúncio sobre política monetária na quarta-feira à tarde, com uma coletiva de imprensa subsequente do presidente do Fed, Jerome Powell.

Não se espera mudança nas taxas de juros nesta reunião, mas o mercado estará atento a quaisquer indicações sobre a possibilidade de cortes nas taxas, que poderiam começar no final do segundo trimestre.

No que se refere ao mercado de trabalho, a semana começa com a divulgação da Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Trabalho de dezembro, na terça-feira, e prossegue com o Índice de Custos do Emprego para o quarto trimestre na quarta-feira.

O ponto alto será o relatório de empregos de janeiro, na sexta-feira. Prevê-se um acréscimo de 175 mil empregos não agrícolas e uma taxa de desemprego de 3,8%.

Resultados abaixo do esperado podem ser vistos de forma positiva pelo mercado, pois podem sinalizar uma política monetária mais flexível.

03:36 — Liquidada

Iniciamos a semana com a notável informação de que a Evergrande, uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China e figura central na crise imobiliária do país, enfrentará liquidação.

Essa decisão foi tomada após o Tribunal Superior de Hong Kong aprovar uma petição de credores internacionais.

A Evergrande, que acumulou uma dívida superior a US$ 300 bilhões, havia solicitado repetidas vezes às autoridades mais tempo para resolver suas dívidas no exterior, mas sem sucesso.

A tentativa de reestruturar a imensa corporação imobiliária não encontrou um caminho viável. Recentemente, iniciaram-se negociações entre a Evergrande e seus principais credores para elaborar um plano que permitisse a continuidade das operações da empresa, porém sem êxito.

As ações da Evergrande em Hong Kong sofreram uma interrupção após uma queda acentuada de 21%, totalizando uma desvalorização de 90% em um período de 12 meses.

Paradoxalmente, outras áreas do mercado de ações de Hong Kong tiveram avanços, estimuladas por medidas recentes de suporte ao mercado. Com a liquidação, a gestão da Evergrande passará para as mãos de liquidantes provisórios.

04:27 — Mais instabilidade

Os preços do petróleo ultrapassaram novamente a marca dos US$ 83 por barril, reagindo a um ataque de drone que resultou na morte de três militares americanos na Jordânia.

Esse incidente, atribuído pela Casa Branca a militantes supostamente apoiados pelo Irã – uma acusação que o Irã nega veementemente –, intensifica as tensões na região do Oriente Médio.

Além disso, recentes ataques também visaram um navio-tanque de combustível no Mar Vermelho, aumentando a preocupação com a segurança do transporte de petróleo através dessa rota marítima crítica.

Esta escalada de tensões ocorre em um contexto em que a Corte Internacional de Justiça da ONU (CIJ) optou por não apelar por um cessar-fogo em Gaza.

Apesar das tentativas de Israel de negociar um cessar-fogo em troca da liberação de reféns, o Hamas rejeitou as propostas.

Em um desenvolvimento paralelo, atendendo a um pedido da África do Sul, a CIJ instruiu Israel a tomar todas as medidas necessárias para permitir mais ajuda humanitária aos palestinos.

Estes eventos recentes aumentam a incerteza na região em uma semana crítica, na qual a Opep+ deve decidir sobre os níveis de produção de petróleo para abril, com a reunião prevista para quinta-feira.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram próximos da estabilidade, com viés de queda em toda a curva, acompanhando o recente alívio nos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys, e a valorização do real frente ao dólar.

Nesta semana, os investidores concentram as atenções nas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a expectativa é a continuidade de corte de 0,50 ponto percentual nos juros levando a Selic para 11,25% ao ano.

Lá fora, a estimativa é de que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

Confira o desempenho dos juros futuros após a abertura:

CÓDIGONOME ULT FEC
DI1F25DI Jan/259,95%9,96%
DI1F26DI Jan/269,61%9,63%
DI1F27DI Jan/279,77%9,79%
DI1F28DI Jan/2810,04%10,06%
DI1F29DI Jan/2910,22%10,24%
DI1F30DI Jan/3010,38%10,38%
ESQUENTA DOS MERCADOS

O Ibovespa futuro abriu em alta de 0,29%, aos 129.695 pontos. Já o dólar à vista também sobe para R$ 4,9165, o que representa um avanço de 0,11%.

AGENDA DO DIA
8hBrasilFGV: Confiança da indústria - Jan
10h10EspanhaVice-presidente do BCE, Luis de Guindos discursa em evento do Citi em Madri
10h30BrasilTesouro: primário do governo central - Dez e 2023
15hBrasilMDIC: Balança comercial
Após o fechamentoBrasilVale divulga o relatório de produção e vendas do 4T23
Após o fechamentoEstados UnidosBalanço da Whirlpool
Fonte: Broadcast
BOLETIM FOCUS

O Boletim Focus desta segunda-feira (29) foi adiado para amanhã (30). A pesquisa semanal será divulgada às 8h30 (horário de Brasília).

Segundo o Banco Central, o adiamento deve-se à operação-padrão dos servidores do órgão.

FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM DE LADO

Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram de lado hoje.

Os investidores ainda não determinaram uma direção clara para um dia de agenda fraca depois de uma semana de ganhos em Wall Street.

As oscilações, no entanto, ocorrem dentro de uma margem bastante estreita.

A agenda da semana reserva balanços de gigantes da tecnologia dos EUA, decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o payroll, como é conhecido o relatório de emprego dos EUA.

Confira:

  • S&P 500 futuro: +0,05%
  • Dow Jones futuro: -0,07%
  • Nasdaq futuro: +0,24%
BOLSAS DA EUROPA ABREM SEM DIREÇÃO ÚNICA

As principais bolsas de valores da Europa abriram sem direção única nesta segunda-feira.

Os índices de ações oscilam entre leves altas e baixas no início de uma semana na qual empresas relevantes divulgam balanços na Europa e nos Estados Unidos.

Os investidores também se preparam para as decisões de juros do Banco da Inglaterra (BoE) e do Fed.

Confira as bolsas na Europa agora:

  • DAX (Frankfurt): -0,46%
  • CAC 40 (Paris): +0,03%
  • FTSE 100 (Londres): +0,17%
  • Euro Stoxx 600: +0,07%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira.

Os investidores mantiveram o tom positivo apesar de um pedido de liquidação da gigante do setor imobiliário chinês China Evergrande pela justiça de Hong Kong.

As transações com as ações da incorporadora foram suspensas, mas não sem antes tombarem mais de 20%.

Ainda assim, a bolsa de Hong Kong fechou em alta de 0,84%.

Na China continental, ações de semicondutores e fabricantes de hardware pesaram hoje e a bolsa de Xangai recuou 0,92%.

Em outras partes da Ásia, as bolsas de Tóquio, Seul e Taiwan fecharam em altas de 0,92%, 0,89% e 0,69%, respectivamente.

Veja como fecharam as principais bolsas asiáticas hoje:

  • Xangai: -0,92%
  • Tóquio: -0,92%
  • Hong Kong: +0,84%
  • Kospi: +0,89%
  • Taiwan: +0,69%
COMO O IBOVESPA FECHOU NA SEXTA-FEIRA

 O Ibovespa encerrou a última semana em tom positivo e voltou a flertar com os 129 mil pontos.

O dia foi dominado pela inflação, com prévia oficial da inflação de janeiro e índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

O principal índice da B3 encerrou a sessão aos 128.967 pontos, com alta de 0,62%.

No acumulado da semana, o Ibovespa avançou 1,04%.

AUMENTO DE CAPITAL DO MAGALU

O Magazine Luiza (MGLU3) vai colocar R$ 1,25 bilhão no caixa em um aumento de capital privado anunciado na noite de domingo (28).

A família Trajano assumiu o compromisso de colocar até R$ 1 bilhão na varejista. Os R$ 250 milhões restantes contam com garantia firme do BTG Pactual (BPAC11).

A participação do BTG vai além do compromisso de investimento.

O banco se comprometeu a financiar integralmente a parcela de R$ 1 bilhão da família Trajano por meio de uma operação de troca de resultados de fluxos futuros, conhecida no mercado como total return swap.

Leia mais.

O QUE ESPERAR DOS RESULTADOS DOS BANCÕES NO 4T23

Pouco mais de um ano após a revelação da fraude multibilionária, a Americanas (AMER3) vai voltar a aparecer com frequência no noticiário a partir desta semana, com o início da temporada de balanços dos grandes bancos brasileiros.

O calote da varejista derrubou o lucro das instituições financeiras, em especial das que fizeram a provisão de 100% dos créditos concedidos à empresa de uma única vez no quarto trimestre de 2022.

Mas agora a base de comparação mais fraca vai provocar o efeito oposto nos balanços.

Ou seja, o resultado combinado de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) deve dar um salto de 30% no quarto trimestre de 2023, de acordo com a média das projeções dos analistas que o Seu Dinheiro compilou.

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