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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa sobe com Vale (VALE3) no radar e avança mais de 1% na semana; dólar recua a R$ 4,91 com dados de inflação

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26 de janeiro de 2024
7:32 - atualizado às 18:12

RESUMO DO DIA: Hoje foi dia da inflação! No Brasil, com prévia oficial da inflação de janeiro e índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. De olho nos dados, a bolsa brasileira se aproximou dos 129 mil pontos.

O Ibovespa fechou em tom positivo pela segunda vez consecutiva com alta de 0,62%, aos 128.967 pontos. Na semana, o índice avançou 1,04%.

Já o dólar terminou o dia a R$ 4,9110, com queda de 0,24% no mercado à vista. A moeda norte-americana recuou 0,32% nos últimos cinco pregões.

Por aqui, o IPCA-15, conhecido como prévia da inflação, avançou 0,31% em janeiro, com alta menor do que o consenso de mercado. O dado reforçou a perspectiva de continuidade do ciclo de cortes de 0,50 ponto percentual na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

No Ibovespa, a notícia do pedido de recuperação judicial da Gol e a eventual interferência do governo no alto escalão da Vale também repercutiram no mercado.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou que o presidente Lula tenha tratado sobre a indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o comando da mineradora. Segundo ele, o chefe do Executivo nunca iria se indispor a fazer interferência direta em uma empresa de capital aberto.

Leia Também

Lá fora, os investidores reagiram à inflação medida pelo PCE, referência para o Federal Reserve (Fed), que veio em linha com o esperado para dezembro. O dado reforçou as apostas de início de corte nos juros em maio.

Confira o que movimentou os mercados nesta sexta-feira (26):

MAIORES ALTAS E QUEDAS DA SEMANA

Na semana, o Ibovespa avançou mais de 1%.

Na ponta positiva, BRF liderou os ganhos semanais com expectativas para os resultados do quarto trimestre, com destaque para avaliações positivas do Goldman Sachs e da XP Investimentos.

Além disso, a redução nos preços para os grãos, especialmente do milho e da soja, impulsionaram as ações do frigorífico.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
BRFS3BRF ONR$ 14,6112,38%
USIM5Usiminas PNAR$ 9,5011,76%
CIEL3Cielo ONR$ 4,909,37%
AZUL4Azul PNR$ 14,278,85%
PETR3Petrobras ONR$ 41,967,73%

Entre as maiores quedas da semana, as ações da Gol são o destaque com a protocolo e aprovação da recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.

Confira as maiores baixas da semana no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
GOLL4Gol PNR$ 5,92-15,91%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 10,71-9,47%
NTCO3Natura ONR$ 15,97-7,37%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 8,70-6,95%
RENT3Localiza ONR$ 56,24-6,41%
SOBE E DESCE DO PREGÃO

O Ibovespa fechou o dia em alta e se aproximou dos 129 mil pontos.

Hoje, na ponta positiva, Usiminas liderou os ganhos com a a elevação de recomendação neutra para compra pelo JP Morgan. 

O banco estima que haverá uma recuperação na demanda por aços no Brasil, em meio a taxas de juros mais baixas.

Em destaque, as ações da Petrobras (PETR4) avançaram com apoio do petróleo. Os investidores também repercutiram a nomeação de Renato Campo Galuppo para o conselho de administração da estatal. 

Confira as maiores altas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
USIM5Usiminas PNAR$ 9,505,20%
CMIN3CSN Mineração ONR$ 6,822,40%
PETR3Petrobras ONR$ 41,962,19%
SUZB3Suzano ONR$ 52,912,04%
CPFE3CPFL Energia ONR$ 37,102,04%

Na ponta negativa, Gol liderou as perdas desde o início das negociações no Ibovespa hoje.

Na abertura, os papéis chegaram a cair mais de 14%  em reação ao pedido de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.

A redução da baixa aconteceu após a Justiça dos Estados Unidos aceitar o pedido de reestruturação financeira protocolado pela companhia ontem (25).

A Gol também anunciou, há pouco, que solicitou a autorização para contratar o DIP de US$ 950 milhões. Vale lembrar que o DIP é uma forma de financiamento específico para empresas em recuperação judicial.

Confira as maiores quedas do Ibovespa hoje:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 5,92-8,07%
CVCB3CVC ONR$ 3,07-4,36%
RENT3Localiza ONR$ 56,24-3,63%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 8,70-2,47%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 10,71-2,46%
FECHAMENTO DO IBOVESPA

O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,62%, aos 128.967,32 pontos.

O principal índice da bolsa brasileira avançou na esteira das bolsas de Nova York, além do desempenho positivo das ações de Vale e Petrobras.

Após a Folha de S. Paulo apurar que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve divulgar ainda hoje uma carta abrindo mão de um eventual cargo na mineradora, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou o rumor de que teria ligado para conselheiros da empresa para pressioná-los a aceitar a indicação de Mantega.

Silveira afirmou ainda que o presidente Lula foi "injustiçado" com os rumores que circularam: "Lula em nenhum momento tratou comigo sobre a indicação de nome para a Vale".

Além disso, os investidores repercutiram novos dados de inflação.

o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA-15) registrou um avanço de 0,31% em janeiro ante a expectativa de alta de 0,27%. No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação tem alta de 4,47%, também abaixo das estimativas.

Mesmo com a 'surpresa baixista', economistas não veem otimismo para aumentar a magnitude de cortes na Selic já apresentada pelo Copom. Sendo assim, a expectativa é de continuidade de cortes de 0,50 ponto percentual nos juros na próxima reunião, prevista para quarta-feira (31).

Na semana, o Ibovespa avançou 1,04%.

FECHAMENTO EM NOVA YORK

As bolsas de Nova York fecharam a sessão sem direção única, mas encerraram a semana em tom positivo, com dados de inflação e balanços corporativos.

  • S&P 500: -0,07%, aos 4.890,97 pontos;
  • Dow Jones: +0,16%, aos 38.109,43 pontos;
  • Nasdaq: -0,36%, aos 15.455,36 pontos.

Com a queda S&P 500 e Nasdaq interromperam a sequência de seis altas consecutivas.

O tom negativo de Nasdaq deve-se ao tombo de cerca de 11% das ações da Intel após resultados do quarto trimestre aquém do esperado.

Hoje, o índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto. Na comparação anual, a alta é de 2,6%, idem às expectativas.

Na composição do índice, os gastos com consumo pessoal avançaram 0,7% em dezembro, ante a projeção de 0,5% na base mensal — o que trouxe certa cautela aos investidores no pré-mercado. Já a renda pessoal cresceu 0,3%, também como o previsto.

O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro, em linha com o previsto.

Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 2,9% em dezembro ante o mesmo mês no ano anterior, levemente abaixo do 3% esperado pelo analistas ouvidos pela Dow Jones.

Na semana, Nasdaq e S&P 500 acumularam ganhos acima de 1% e Dow Jones avançou cerca de 0,7%.

Vale lembrar que parte do impulso deve-se ao PIB dos Estados Unidos acima do esperado para o quarto trimestre de 2023. A saber, a economia norte-americana cresceu 3,3% entre outubro e dezembro.

GOL (GOLL4) REDUZ PERDAS

As ações da Gol (GOLL4) reduziram as perdas há pouco e operam com queda de 8,39%, a R$ 5,90.

O arrefecimento do recuo acontece após a Justiça dos Estados Unidos aceitar o pedido de recuperação judicial, protocolado pela companhia ontem (25).

A Gol também anunciou, há pouco, que solicitou a autorização para contratar o DIP de US$ 950 milhões. Vale lembrar que o DIP é uma forma de financiamento específico para empresas em recuperação judicial.

Segundo a companhia, o empréstimo será para capital de giro, custos do 'Chapter 11' e pagamentos aprovados pela Corte norte-americana. O DIP será garantido por ativos como a propriedade intelectual e o Smiles, programa de milhas aéreas da Gol.

A S&P Global Ratings rebaixou a nota global da Gol de "CCC-" para "D". O rating em escala nacional também foi cortado de "brCCC-" para "D" — que sinaliza risco de "default", ou melhor, calote.

FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar encerrou a sessão a R$ 4,9110, com queda de 0,24% no mercado à vista.

A moeda norte-americana foi pressionada pelos dados de inflação nos Estados Unidos, que reforçou as expectativas de início do corte de juros em maio.

O índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto. Na comparação anual, a alta é de 2,6%, idem às expectativas.

O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% na base mensal. Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 2,9% em dezembro ante o mesmo mês no ano anterior, levemente abaixo do 3% esperado pelo analistas ouvidos pela Dow Jones.

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) estão em período de silêncio. A reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está marcada para a próxima quarta-feira (31).

Na semana, a moeda norte-americana registrou recuo de 0,32%.

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

Os contratos mais líquidos do petróleo operaram voláteis ao longo do dia, em meio a dados nos Estados Unidos e as atenções ainda concentradas no conflito no Mar Vermelho. Mas, a commodity encerrou o dia e a semana no tom positivo.

Os futuros do petróleo Brent, referência mundial, terminaram o pregão com alta de 1,21%, a US$ 82,95 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, o avanço foi de 5,59%.

Já os futuros do WTI, referência para o mercado norte-americano, fecharam com ganhos de 0,84%, a US$ 78,01 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, a alta foi de 6,50%.

Além da cautela com os riscos geopolíticos, a próxima reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep+) entrou no radar dos investidores. Marcada para 1º de fevereiro, o grupo não deve realizar mudanças em seus níveis de produção, segundo fontes à Reuters.

AÇÕES DAS BIG TECHS AVANÇAM ANTES DE RESULTADOS TRIMESTRAIS, MAS EMPRESAS ESTÃO DEMITINDO

As companhias de tecnologia iniciaram o ano de 2024 com o pé direito, com recordes nas bolsas dos Estados Unidos. O índice Dow Jones renovou a máxima histórica ao alcançar os 38 mil pontos, S&P 500 em patamar recorde e o Nasdaq está no nível mais alto em dois anos. 

A Microsoft, por exemplo, alcançou R$ 3 trilhões em valor de mercado — patamar que só a Apple tinha atingido até então — nesta semana. Contudo, o ambiente aparentemente favorável não espantou a onda de demissões nas gigantes de tecnologia. 

Na última quinta-feira (25), a empresa fundada por Bill Gates demitiu 1.900 funcionários — cerca de 9% do quadro de pessoal da divisão de jogos da companhia. 

A reestruturação na gigante de tecnologia faz parte de um “plano de execução”, com a previsão de corte de algumas áreas, de acordo com o CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, em carta aos funcionários. 

Leia mais.

IBOVESPA AOS 129 MIL PONTOS

O Ibovespa tem sustentado os 129 mil pontos com apoio das ações da Vale (VALE3) após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negar que o presidente Lula tenha tratado sobre uma eventual indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para a presidência da mineradora ou qualquer outra interferência na governança da ex-estatal.

O índice também tem impulso das ações da Petrobras (PETR4), com a valorização do petróleo no mercado internacional.

Por fim, o avanço das bolsas de Nova York após a inflação em linha com o previsto 'ajuda' o Ibovespa a acelerar os ganhos.

O dólar, por sua vez, recua 0,24%, cotado a R$ 4,9110 no mercado à vista.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa mantém o tom positivo com avanço de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), apoiado também pela alta das bolsas de Nova York após dados de inflação.

Na ponta positiva, Usiminas lidera os ganhos com a a elevação de recomendação neutra para compra pelo JP Morgan. 

Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
USIM5Usiminas PNAR$ 9,424,32%
CSNA3CSN ONR$ 18,392,62%
MRVE3MRV ONR$ 8,162,26%
EQTL3Equatorial ONR$ 35,622,21%
BRKM5Braskem PNR$ 18,682,13%

Na ponta negativa, Gol lidera as perdas desde o início do pregão, em reação ao pedido de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.

Ontem (25), a empresa aérea informou o início da reestruturação financeira por volta de 17h (horário de Brasília). Agora, a cautela deve-se aos desdobramentos e possíveis impactos na operação da Gol no Brasil.

Confira as maiores quedas do Ibovespa até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 5,64-12,42%
CVCB3CVC ONR$ 3,08-4,05%
RENT3Localiza ONR$ 56,99-2,35%
LREN3Lojas Renner ONR$ 15,78-2,29%
SOMA3Grupo Soma ONR$ 6,91-1,85%
MINISTRO DE LULA NEGA INTERFERÊNCIA NA VALE (VALE3)

As possíveis movimentações na presidência da Vale (VALE3) seguem sendo o foco do noticiário corporativo hoje. Por volta das 14h50, as ações da companhia subiam 1,76%, a R$ 69,56.

Após a Folha de S. Paulo apurar que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve divulgar ainda hoje uma carta abrindo mão de um eventual cargo na mineradora, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou, segundo informações do Broadcast, o rumor de que teria ligado para conselheiros da empresa para pressioná-los a aceitar a indicação de Mantega.

"Infelizmente se tornou uma grande especulação [a indicação de Mantega], foram 48 horas de notícias sérias que comprometem uma empresa de capital aberto", teria dito o ministro.

Silveira afirmou ainda que o presidente Lula foi "injustiçado" com os rumores que circularam: "Lula em nenhum momento tratou comigo sobre a indicação de nome para a Vale".

As declarações do ministro ocorrem no mesmo dia em que o presidente convocou uma reunião com o próprio Silveira, além do Banco do Brasil e Previ — que é uma das acionistas da mineradora — para discutir o comando da companhia.

"O que está em discussão é a recondução ou não da presidência", afirmou o chefe da pasta de Energia sobre a pauta do encontro, que está marcado para a próxima terça-feira (30).

Vale destacar que a Vale foi privatizada em 1997 e, atualmente, é uma corporação — ou seja, uma empresa na qual não há controle exercido por nenhum acionista — presidida por Eduardo Bartolomeu desde 2019.

FECHAMENTO NA EUROPA

As bolsas da Europa encerraram o pregão em alta, com destaque para o índice CAC 40, de Paris.

Isso porque as ações do grupo LVMH saltaram mais de 12% após resultados do quarto trimestre. Entre os números positivos, a companhia de luxo registrou receita de 86,15 bilhões de euros em 2023, cerca de 13% maior do que o obtido em 2022.

Confira o desempenho dos principais índices da Europa hoje:

  • DAX (Frankfurt): +0,32%, aos 16.961,39 pontos;
  • FTSE 100 (Londres): +1,40%, aos 7.635,09 pontos;
  • CAC 40 (Paris): +2,28%, aos 7.634,14 pontos;
  • Stoxx 600: +1,11%, aos 483,84 pontos.
GUIDO MANTEGA NA VALE

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve divulgar ainda hoje uma carta abrindo mão de um eventual cargo na Vale (VALE3), segundo apuração do jornal Folha de S.Paulo.

O movimento acontece em meio às negociações do governo para indicar Mantega ao conselho da companhia e à presidência da ex-estatal.

Mais cedo, o presidente Lula marcou uma reunião com o Ministério de Minas e Energia, Banco do Brasil e Previ para discutir a indicação o ex-ministro na companhia na próxima terça-feira (30).

Em reação imediata, as ações da Vale (VALE3) aceleraram alta e atingiram máxima com ganhos de 2% após a notícia da Folha. O avanço também impulsionou o Ibovespa, que atingiu os 129 mil pontos.

MAIORES ALTAS E QUEDAS DO IBOVESPA

O Ibovespa opera em alta de 0,30%, aos 128.554 pontos, com apoio das bolsas em Nova York e as ações da Petrobras (PETR4), em meio à digestão dos dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil.

Na ponta positiva, Usiminas lidera os ganhos com a a elevação de recomendação neutra para compra pelo JP Morgan. 

Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
USIM5Usiminas PNAR$ 9,393,99%
EQTL3Equatorial ONR$ 35,501,87%
CSNA3CSN ONR$ 18,241,79%
MRVE3MRV ONR$ 8,101,50%
CMIN3CSN Mineração ONR$ 6,761,50%

Na ponta negativa, Gol lidera as perdas desde o início do pregão, em reação ao pedido de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.

Ontem (25), a empresa aérea informou o início da reestruturação financeira por volta de 17h (horário de Brasília). Agora, a cautela deve-se aos desdobramentos e possíveis impactos na operação da Gol no Brasil.

Confira as maiores quedas do Ibovespa até agora:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 5,62-12,73%
CVCB3CVC ONR$ 3,08-4,05%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 2,02-2,42%
RENT3Localiza ONR$ 56,97-2,38%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 8,71-2,35%
PETROBRAS (PETR4;PETR3) BATE MÁXIMA

As ações da Petrobras (PETR4;PETR4) operam nas máximas com avanço de 1%, com apoio do petróleo.

Os investidores também repercutem a nomeação de Renato Campo Galuppo para o conselho de administração da estatal. O executivo tinha sido rejeitado em 2023 pelos comitês de governança da petroleira, na época, devido à inexperiência no setor.

Galuppo deve assumir a posição de de Efrain Pereira da Cruz, que apresentou carta de renúncia no último dia 22.

Galuppo já era membro do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Conselho de Administração da Petrobras e teve seu relatório de integridade recentemente emitido e analisado pelo Comitê de Pessoas, sem qualquer impedimento para assumir cargo de administração na companhia, segundo a estatal.

Confira o desempenho das ações da Petrobras no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
PETR3Petrobras ONR$ 41,541,07%
PETR4Petrobras PNR$ 39,530,64%

COMO ANDAM OS MERCADOS

Com as atenções concentradas em dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, o Ibovespa tenta emplacar a segunda alta consecutiva e fechar a semana em tom positivo, com apoio das bolsas de Wall Street e leve avanço do petróleo.

O Ibovespa sobe 0,56%, aos 128.882 pontos.

O dólar opera em queda de 0,15%, a R$ 4,9156 no mercado à vista.

Os juros futuros (DIs) recuam em toda a curva em reação ao IPCA-15.

Por aqui, o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA-15) registrou um avanço de 0,31% em janeiro ante a expectativa de alta de 0,27%. No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação tem alta de 4,47%, também abaixo das estimativas.

Mesmo com a 'surpresa baixista', economistas não veem otimismo para aumentar a magnitude de cortes na Selic já apresentada pelo Copom. Sendo assim, a expectativa é de continuidade de cortes de 0,50 ponto percentual nos juros na próxima reunião, prevista para quarta-feira (31).

Lá fora, o foco é o PCE de dezembro. O índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto. Na comparação anual, a alta é de 2,6%, idem às expectativas.

O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% na base mensal. Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 2,9% em dezembro ante o mesmo mês no ano anterior, levemente abaixo do 3% esperado pelo analistas ouvidos pela Dow Jones.

O VAZAMENTO DO IPCA-15

O IPCA-15 trouxe uma desaceleração da alta dos preços bem mais intensa do que a esperada em janeiro.

No entanto, o que roubou a cena foi um incidente incomum envolvendo a divulgação da prévia da inflação oficial.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) planejava divulgar o índice de preços por volta das 9h, horário determinado para a maioria de suas publicações.

Cerca de uma hora antes, porém, já estava disponível no site do IBGE a informação de que o IPCA-15 de janeiro de 2024 havia avançado 0,31% em relação a dezembro de 2023.

Leia mais.

IPCA-15 MENOR QUE O ESPERADO NÃO MUDA VISÃO SOBRE SELIC

O índice de preços ao consumidor amplo (IPCA-15) registrou um avanço de 0,31% em janeiro ante a expectativa de alta de 0,27%. No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação tem alta de 4,47%, também abaixo das estimativas.

Mesmos com as surpresas "baixistas" concentradas em emplacamento e passagem aérea, na visão da Warren Investimentos, o Banco Central deverá seguir no ritmo de 0,50 pontos percentuais de queda da Selic,.

"Por ora seguimos acreditando na continuidade da desinflação de serviços subjacentes neste ano, com projeção de 4,50%, mas as dúvidas quanto a isso estão latentes", comenta a estrategista de inflação, Andréa Angelo.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, "se alguém tinha esperanças de o Copom acelerar para 0,75%, me parece muito improvável agora. Selic terminal abaixo de 9% também".

"Acho que irá acontecer uma reprecificação para baixo do cenário de inflação de curto prazo, mas sem grandes alterações para o resto do ano."

GIRO DO MERCADO

Os acionistas da Vivo (VIVT3) aprovaram ontem a redução de capital no valor de R$ 1,5 bilhão, sem cancelamento de ações.

A empresa, que já é famosa pelo farto pagamento de dividendos, deve turbinar sua distribuição de retornos aos acionistas nos próximos meses. E o analista da Empiricus Research, Ruy Hungria, explica como no Giro do Mercado desta sexta-feira (26).

O analista Enzo Pacheco também participa da edição de hoje para comentar o que mostram os dados macroeconômicos dos Estados Unidos, que tem mexido com os mercados globais.

Ontem tivemos os dados do PIB, que cresceu 3,3% no quarto trimestre, superando as expectativas do mercado. Já hoje, o PCE de dezembro ficou em 0,2%, de -0,1% em novembro; na base anual em 2,6%.

Acompanhe:

ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York abriram sem direção única, com os investidores reagindo a dados de inflação e os resultados corporativos do quarto trimestre.

  • S&P 500: +0,05%;
  • Dow Jones: +0,19%;
  • Nasdaq: -0,22%.

O índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto. Na comparação anual, a alta é de 2,6%, idem às expectativas.

Na composição do índice, os gastos com consumo pessoal avançaram 0,7% em dezembro, ante a projeção de 0,5% na base mensal — o que trouxe certa cautela aos investidores no pré-mercado. Já a renda pessoal cresceu 0,3%, também como o previsto.

O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto.

Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 2,9% em dezembro ante o mesmo mês no ano anterior, levemente abaixo do 3% esperado pelo analistas ouvidos pela Dow Jones.

Por fim, o tom negativo de Nasdaq deve-se ao tombo de cerca de 10% das ações da Intel após dados do quarto trimestre aquém do esperado.

BTLG11 ANUNCIA OFERTA DE COTAS DE R$ 1,2 BILHÃO

Dizem que, no Brasil, o ano só começa verdadeiramente depois do Carnaval. Mas, contrariando esse ditado popular, a gestão do fundo imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) está em ritmo frenético neste mês de janeiro.

O FII, que já anunciou duas vendas milionárias de imóveis desde o réveillon, aprovou a realização de uma emissão de cotas que deve movimentar cerca de R$ 1,2 bilhão. E isso considerando apenas o montante inicial — caso o lote adicional entre em jogo, a cifra pode subir para R$ 1,5 bilhão.

Os cálculos consideram o preço de emissão de R$ 98,17 por cota, que equivale quase exatamente ao valor patrimonial das cotas divulgado no último informe mensal.

Haverá ainda um custo unitário de distribuição de R$ 3,48, o que eleva o preço de cada nova cota para R$ 101,65. Ainda assim, o valor é cerca de 1,7% inferior ao fechamento das cotas do FII no mercado secundário no último pregão antes do anúncio da operação.

Leia mais.

USIMINAS (USIM5) LIDERA GANHOS

As ações da Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa desde a abertura das negociações. Há pouco, USIM5 registrava alta de 2,66%, a R$ 9,27.

O tom positivo deve-se a elevação de recomendação neutra para compra pelo JP Morgan. O banco estima que haverá uma recuperação na demanda por aços no Brasil, em meio a taxas de juros mais baixas.

VALE (VALE3) TENTA ALTA

As ações da Vale (VALE3) ensaiam uma recuperação após figurar entre as maiores quedas do Ibovespa na véspera, em reação à condenação na Justiça pela tragédia em Mariana (MG) ocorrida em novembro de 2015.

Contudo, os ganhos são limitados com a cautela de interferência do governo na ex-estatal. Mais cedo, o presidente Lula marcou uma reunião com o Ministério de Minas e Energia, o Banco do Brasil e a Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ) para tratar da mineradora Vale. As informações foram divulgadas pela coluna Ana Flor, do G1.

O encontro deve acontecer na próxima terça-feira (30) e é visto como mais uma tentativa do governo em indicar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o alto escalão da mineradora.

No início da semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ligou para acionistas, em nome de Lula, para Vale para pedir a indicação de Mantega ao comando da companhia.

Há pouco, as ações da Vale (VALE3) registravam leve alta de 0,03%, a R$ 68,38.

JUROS FUTUROS EM QUEDA

Os juros futuros (DIs) operam nas mínimas intraday após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos. O PCE, principal referência do Fed, avançou 0,2% em dezembro na base mensal; na comparação anual, a alta foi de 2,6% no mês, como o previsto.

Confira o desempenho dos DIs:

CÓDIGONOME ULT FEC
DI1F25DI Jan/259,95%10,03%
DI1F26DI Jan/269,61%9,69%
DI1F27DI Jan/279,77%9,83%
DI1F28DI Jan/2810,04%10,09%
DI1F29DI Jan/2910,21%10,27%
DI1F30DI Jan/3010,37%10,43%

Vale lembrar que a inflação nos Estados Unidos impacta diretamente a trajetória dos juros na maior economia do mundo. Ou seja, uma desaceleração dos preços aumenta a expectativa de redução dos juros, e consequentemente na trajetória dos juros brasileiros — por ser uma economia emergente.

GOL (GOLL4) CAI 10%

A maior queda da primeira hora do Ibovespa, as ações da Gol (GOLL4) iniciaram o pregão com queda superior a 14% em reação ao pedido de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.

Ontem (25), a empresa aérea informou o início da reestruturação financeira por volta de 17h (horário de Brasília). Agora, a cautela deve-se aos desdobramentos e possíveis impactos na operação da Gol no Brasil.

Por volta das 11h05, os papéis GOLL4 registravam queda de 9,78%, a R$ 5,81.

REAÇÃO AO PCE

Após a divulgação do PCE, com foco nos gastos com consumo, os índices futuros de Nova York aceleraram as perdas e os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro norte-americano bateram as máximas intradiárias, em reação imediata.

Por aqui, o Ibovespa perdeu os 128 mil pontos e renovou a mínima, com queda de 0,22%.

Contudo, com a digestão dos dados pelo mercado, as perdas foram reduzidas. Por volta das 10h55 (horário de Brasília), o Ibovespa retomou alta, com avanço de 0,14%, aos 128.342 pontos.

O dólar recua e mantém a cotação no patamar de R$ 4,90. Os juros futuros (DIs) operam nas mínimas, com peso maior do IPCA-15.

INFLAÇÃO NOS EUA

O índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto. Na comparação anual, a alta é de 2,6%, idem às expectativas.

Na composição do índice, os gastos com consumo pessoal avançaram 0,7% em dezembro, ante a projeção de 0,5% na base mensal. Já a renda pessoal cresceu 0,3%, também como o previsto.

O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro nos Estados Unidos, em linha com o previsto.

Na comparação anual, o núcleo do PCE avançou 2,9% em dezembro ante o mesmo mês no ano anterior, levemente abaixo do 3% esperado pelo analistas ouvidos pela Dow Jones.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu as negociações com leve alta de 0,03%, aos 128.201 pontos.

O índice destoa do desempenho dos futuros de Nova York, com os investidores repercutindo a prévia oficial da inflação. O IPCA-15 registrou alta de 0,31% em janeiro, menor que o consenso de mercado.

Segundo economistas, o dado reforça a expectativa de corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Copom, prevista para a próxima quarta-feira (31).

BRIGA NA JUSTIÇA

A Copel (CPLE6) decidiu desembolsar mais de meio bilhão de reais para colocar fim a um processo aberto que corria há quase dez anos — e que quase foi alvo de investigação no Paraná.

A empresa de energia fechou um acordo para pagar R$ 672 milhões para encerrar um processo arbitral iniciado em 2015.

O montante milionário deverá ser pago em duas parcelas, sendo que o primeiro depósito deverá ser realizado em 31 de janeiro deste ano. Já o segundo pagamento deverá ser atualizado e depositado até 31 de março de 2025.

Apesar do valor elevado para colocar fim à questão judicial, o montante nem chega perto do que estava sendo pedido no processo. 

Leia mais.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Os recibos de ações (ADRs) das companhias brasileiras Vale e Petrobras operam em tom negativo no pré-mercado em Nova York, acompanhando o tom negativo antes da inflação oficial de dezembro de 2023.

Além disso, os papéis da Vale são pressionados pela condenação da companhia pela tragédia de Mariana (MG), em novembro de 2015.

  • Vale (VALE): -0,22%, a US$ 13,81;
  • Petrobras (PBR): -0,30%, a US$ 16,62
MERCADO DE COMMODITIES

O mercado de commodities realiza os ganhos da semana nesta sexta-feira (26).

O minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, próximo da estabilidade. A commodity recuou 0,1%, com a tonelada cotada a US$ 138.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent operam em queda de 0,64%, com o barril a US$ 81,91. Na véspera, a commodity encerrou o dia com alta de quase 3%.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS 

DIA DE COMEMORAR UMA INFLAÇÃO NORMALIZADA… OU SERÁ QUE NÃO?

A recente comunicação do Banco Central Europeu transcorreu sem surpresas, aderindo estritamente às expectativas do mercado.

A instituição insinuou possíveis reduções nas taxas de juro por volta do meio do ano, um tópico que deve se intensificar a partir de março.

Esse cenário justifica o otimismo observado ontem nos mercados, que se estendeu até esta manhã.

Já nos Estados Unidos, o clima é mais tenso, com uma antecipação palpável em relação aos dados do PCE, o principal indicador de inflação utilizado pelo Federal Reserve, levando a uma retração nos futuros de mercado.

Paralelamente, a temporada de divulgação de resultados corporativos tem sido um ponto focal de atenção.

Ontem, as ações da Intel sofreram uma queda acentuada no mercado pós-fechamento, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre.

O impacto real desses números será sentido hoje, com as ações continuando a cair mais de 10% no pré-mercado.

Esse clima negativo não está confinado apenas aos EUA; na Ásia, as ações do setor automotivo (especificamente de veículos elétricos) enfrentaram dificuldades pelo segundo dia consecutivo.

No entanto, há sinais de recuperação no setor chinês de construção, impulsionados pelos recentes estímulos governamentais.

A ver…

00:46 — E esse IPCA-15?

No cenário econômico brasileiro, destaca-se hoje uma informação crucial: a divulgação do IPCA-15 de janeiro, a prévia da inflação oficial.

As previsões apontam para uma alta de 0,47% em relação ao mês anterior, indicando uma aceleração em relação ao índice de dezembro. Este aumento já era esperado e, a meu ver, não deve interferir no andamento da normalização da inflação que estamos vivenciando.

Com isso, a tendência de redução das taxas de juros deve se manter, e o mercado projeta uma Selic de 9% até o final do ano, um patamar plausível.

Além disso, antecipo que essa tendência de queda na Selic deve se estender para o próximo ano, independentemente de quem suceda Roberto Campos Neto na liderança do Banco Central.

Do lado corporativo, dois eventos têm sido foco de atenção dos investidores. Primeiramente, a Vale enfrenta desafios judiciais relacionados às tragédias de Mariana e Brumadinho.

Recentemente, a empresa foi condenada a pagar R$ 47,6 bilhões por danos morais coletivos devido ao desastre de Mariana.

Paralelamente, observa-se uma potencial mudança na gestão da Vale, com a possibilidade de Eduardo Bartolomeo deixar o cargo de CEO, podendo ser substituído por um nome como Luís Guimarães, ex-Cosan.

Outro assunto relevante é a situação da Gol, que protocolou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos sob o Chapter 11.

Esse movimento era antecipado por muitos, mas permanece a incerteza sobre suas implicações para o restante do setor aéreo.

01:51 — E o PIBão veio…

Nos Estados Unidos, os dados recentes sobre o Produto Interno Bruto (PIB) surpreenderam positivamente, revelando um crescimento mais robusto do que o previsto.

Mesmo com indicativos de que os níveis de estoque possam sinalizar uma desaceleração futura, o anúncio de que o PIB do quarto trimestre expandiu a uma taxa anualizada de 3,3% impulsionou o S&P 500 a alcançar um novo recorde.

A razão para tal otimismo reside na moderação da inflação, uma mudança significativa na perspectiva dos investidores, que antes estariam apreensivos com o crescimento vigoroso do PIB e suas implicações inflacionárias e nas taxas de juro.

Atualmente, contudo, a confiança predominante é de que cortes nas taxas de juro são iminentes neste ano, independentemente das oscilações econômicas.

Em relação aos dados econômicos de hoje, o foco está no índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE) de dezembro. As previsões apontam para um incremento anual de 2,6%, mantendo-se alinhado aos dados de novembro.

O núcleo do PCE, que exclui os mais voláteis preços dos alimentos e energia, é projetado para um aumento de 3%.

Interessantemente, a variação anual deste índice essencial se situa em seu menor patamar desde março de 2021 e apresenta um valor anualizado de 1,9%, ligeiramente abaixo da meta inflacionária de 2% estabelecida pelo Fed nos últimos seis meses, uma indicação promissora.

Esses dados, juntamente com os números sobre renda pessoal e gastos de dezembro nos EUA, são em grande parte antecipados pelos resultados trimestrais divulgados ontem.

Há um clima de otimismo generalizado, reforçado por declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que afirmou que a inflação agora está bem controlada.

A expectativa é que haja uma redução nas taxas de juro ainda neste semestre, o que é visto como uma evolução positiva pelo mercado.


02:42 — Os estímulos chineses

As ações de empresas chinesas do setor imobiliário registraram uma notável alta nesta sexta-feira.

O segmento imobiliário, representado no índice CSI 300, alcançou seu ponto mais alto em quase quatro semanas. Esta alta é uma resposta direta às recentes ações dos reguladores chineses, que intensificaram seu suporte ao setor.

Uma das medidas adotadas inclui a ampliação da flexibilidade no uso de empréstimos comerciais, parte de uma estratégia mais ampla para combater a desaceleração do setor imobiliário e restaurar a confiança do mercado.

As autoridades anunciaram que os empréstimos garantidos por propriedades comerciais dos desenvolvedores poderão ser utilizados para a quitação de outros empréstimos e obrigações financeiras.

Esse anúncio foi feito logo após a declaração do Banco Central da China sobre a redução do depósito compulsório dos bancos, insinuando que outras ações de suporte estão em consideração.

A crise imobiliária prolongada na China tem sido um desafio considerável para a economia do país, levando a várias intervenções governamentais.

A instabilidade econômica da China, particularmente no setor imobiliário, tem sido um tópico recorrente nas notícias, evidenciando questões como desemprego e insatisfação crescente entre os jovens.

Há debates sobre como essa desaceleração econômica pode influenciar a política externa e comercial da China.

Enquanto alguns analistas sugerem que a desaceleração pode levar a uma moderação na postura externa agressiva da China, outros acreditam que isso poderia intensificar os esforços militares sob a liderança do Presidente Xi Jinping.

Pessoalmente, inclino-me a acreditar na primeira possibilidade, especialmente considerando os esforços recentes do governo chinês em reatar laços com investidores e estabilizar sua economia.


03:38 — Índia, a aposta de uma nova China

Atualmente, a Índia se destaca como um ponto focal no cenário econômico global. Recentemente, a sua bolsa de valores ultrapassou a de Hong Kong em termos de valor de mercado, um marco impressionante impulsionado pelo crescimento acelerado de investidores de varejo e robustos lucros empresariais.

Este país, o mais populoso do mundo, vem se consolidando como uma forte alternativa à China, capturando a atenção e o capital de investidores individuais e corporações internacionais.

Sua estabilidade política e uma economia voltada para o consumo, que se mantém entre as de mais rápido crescimento no mundo, são fatores-chave nesse processo.

As aspirações econômicas da Índia geram um crescente otimismo. O Primeiro-Ministro Narendra Modi propõe um ambicioso plano de tornar a Índia uma “nação desenvolvida” até o centenário de sua independência em 2047.

Embora eu seja otimista quanto ao futuro econômico da Índia e a veja como uma potencial terceira maior economia mundial na próxima década, o país enfrenta desafios significativos.

Um exemplo é o impacto potencial da inteligência artificial generativa no setor de terceirização de processos empresariais da Índia, como os call centers, que poderiam ver uma diminuição na demanda dos mercados ocidentais.

Estima-se que o avanço da IA possa reduzir o crescimento anual da produtividade da Índia em aproximadamente 0,3% nos próximos 10 anos ou mais, representando um obstáculo considerável no caminho do país rumo ao desenvolvimento.

04:24 — Considerações finais sobre o Fórum Econômico Mundial: o Sul Global e a Inteligência Artificial

Durante os últimos dias, compartilhei algumas impressões significativas de participantes do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, Suíça.

Há mais duas observações relevantes a respeito deste evento que merecem atenção especial. Primeiramente, a Índia, como de costume, teve uma presença marcante, reforçando sua posição como uma crescente potência industrial e tecnológica, beneficiada por um vasto mercado interno e uma demografia vantajosa. Junto a outras nações como Brasil, México e Arábia Saudita, a Índia é vista como um dos líderes emergentes do Sul Global nos próximos anos.

Além disso, um tema em particular tende a se destacar a cada ano em Davos.

Em 2022, foram as criptomoedas, seguidas pelo hidrogênio verde em 2023, e este ano, como esperado, o foco foi a inteligência artificial (IA).

A IA promete transformar a sociedade possivelmente mais rapidamente e de forma mais abrangente do que a Internet, não apenas por seus consideráveis ganhos de produtividade, mas também pela maneira como pode alterar a alocação de recursos.

Contudo, surge uma preocupação significativa quanto ao impacto esperado da IA nos níveis e tipos de emprego, com opiniões divididas sobre quais setores seriam os primeiros a sentir essas mudanças. Esse debate é crucial e deve permanecer em foco nos próximos anos.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram em queda em toda a curva, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasurys em Nova York e da desvalorização do dólar no mercado à vista. 

Veja como abriram os DIs hoje:

CÓDIGONOMEABE FEC 
DI1F25DI Jan/2510,04%10,03%
DI1F26DI Jan/269,69%9,69%
DI1F27DI Jan/279,80%9,83%
DI1F28DI Jan/2810,09%10,09%
DI1F29DI Jan/2910,28%10,27%
DI1F30DI Jan/3010,39%10,43%
DI1F31DI Jan/3110,45%10,52%
DI1F32DI Jan/3210,55%10,57%
DI1F33DI Jan/3310,59%10,63%
XP CHEGA AOS 4,5 MILHÕES DE CLIENTES, MAS CAPTAÇÃO CAI NO 4T23

Em um ano difícil para as plataformas de investimento independentes, a XP encerrou 2023 com uma marca importante: chegou a 4,531 milhões de clientes ativos.

Trata-se de um crescimento de 17% em relação ao fim de 2022, mas de apenas 3% em relação a setembro. Lembrando que a XP incorporou os clientes da Modalmais no terceiro trimestre, então a base de comparação trimestral é mais forte.

A corretora fechou o ano com R$ 1,1 trilhão em ativos de clientes, um avanço de 19% na comparação com dezembro passado e de 4% no trimestre. O número considera tanto a entrada de dinheiro novo como a valorização dos ativos — com a alta das ações, por exemplo — no período.

Olhando especificamente para a captação líquida, a XP diminuiu o ritmo no quarto trimestre, quando houve uma entrada de R$ 19 bilhões.

Leia mais.

IPCA-15 DE JANEIRO SOBE 0,31%

Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 registrou um aumento de 0,31% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,47%, ante taxa de 4,72% até dezembro.

O principal índice de inflação do país veio abaixo do piso das projeções de 0,38% a 0,60%, mediana de 0,47%.

ABERTURA DO DÓLAR

O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (26) em queda de 0,31%, negociado a R$ 4,9075 no mercado à vista.

O recuo da moeda é impulsionado pelas expectativas de que o governo da China tome medidas mais drásticas para impulsionar a economia.

No entanto, preços do petróleo e do minério de ferro podem ajudar a frear a queda do dólar.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abre em alta de 0,38%, aos 129.155 pontos.

O indicador vai na contramão da cautela dos mercados internacionais, que iniciaram o pregão desta sexta-feira sem uma direção única.

Os investidores agora concentram as atenções no índice de preços ao consumidor amplo, o IPCA-15, e na divulgação do PCE dos EUA.

A prévia da inflação oficial no Brasil veio abaixo da expectativa, com aceleração de 0,31%.

VULCABRÁS (VULC3) QUER CORRER PARA CAPTAR ATÉ R$ 500 MILHÕES EM OFERTA DE AÇÕES

A Vulcabrás (VULC3) acaba de amarrar os cadarços de seu Mizuno e se prepara para iniciar uma nova corrida na bolsa brasileira: a da oferta de ações (follow-on) milionária.

A fabricante das marcas Olympikus e Under Armour confirmou que pretende lançar follow-on de até R$ 500 milhões na B3 para aumentar a liquidez das ações e conquistar novos investidores para a base de acionistas.

A empresa projeta que a operação levante no mínimo R$ 250 milhões — mas pode dobrar de valor caso haja demanda para um lote adicional, de acordo com fato relevante enviado à CVM no fim da noite de quinta-feira (25).

Inicialmente, a potencial oferta de ações da Vulcabrás deve ser constituída de distribuição primária — isto é, quando os recursos levantados vão diretamente para o caixa da empresa.

Leia mais.

FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM NO VERMELHO

Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no vermelho nesta sexta-feira.

O movimento indica cautela antes da divulgação dos dados mensais do PCE.

O índice mede a inflação dos gastos com consumo pessoal nos Estados Unidos.

Entre os balanços corporativos, os resultados da Intel e da Visa foram divulgados depois do fechamento, ontem, e decepcionaram os investidores.

Confira:

  • S&P 500 futuro: -0,19%
  • Dow Jones futuro: -0,18%
  • Nasdaq futuro: -0,61%
BOLSAS DA EUROPA ABREM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta sexta-feira.

O índice pan-europeu Stoxx 600 marca alta de quase 1% nesta manhã.

Em Frankfurt, porém, o dado fraco da confiança do consumidor alemão lançou o índice Dax para território negativo.

Confira as bolsas na Europa agora:

  • DAX (Frankfurt): +0,10%
  • CAC 40 (Paris): +1,94%
  • FTSE 100 (Londres): +1,26%
  • Euro Stoxx 600: +0,87%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM SEM DIREÇÃO ÚNICA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção única nesta sexta-feira.

A bolsa de Hong Kong liderou pelo lado das perdas.

O índice Hang Seng cedeu 1,60%, pressionado pelas ações das montadoras de veículos elétricos chinesas BYD, XPeng e Li Auto.

Os papéis foram penalizados pela reação ao balanço da Tesla, lançando um alerta em relação a uma possível desaceleração do setor em 2024.

Já a bolsa de Tóquio recuou 1,36%, dando continuidade a um movimento de realização de lucro depois de o índice Nikkei ter visitado os níveis mais altos em mais de 30 anos.

No lado positivo, a bolsa de Xangai subiu 0,14%, ainda repercutindo as recentes medidas de estímulo econômico anunciadas por Pequim.

Em Seul, a bolsa sul-coreana subiu 0,33%, beneficiada pelo noticiário corporativo local.

Veja como fecharam as principais bolsas asiáticas hoje:

  • Xangai: +0,14%
  • Tóquio: -1,36%
  • Hong Kong: -1,60%
  • Kospi: +0,33%
  • Taiwan: +0,71%
COMO O IBOVESPA FECHOU ONTEM

O Ibovespa lidou com um susto aos 45 do segundo tempo, com o pedido de recuperação judicial da Gol e a condenação da Vale pela tragédia em Mariana (MG).

Ainda assim, o principal índice da B3 sustentou o tom positivo, com o avanço de quase 3% do petróleo.

O Ibovespa terminou o pregão em alta de 0,28%, aos 128.168 pontos. Já o dólar recuou 0,19% e fechou cotado a R$ 4,9229 no mercado à vista.

Confira o que fez a bolsa brasileira ficar no azul.

ESSAS DUAS EMPRESAS PODEM LUCRAR COM AUMENTO DO PREÇO DA ENERGIA

Há algum tempo eu tenho comentado sobre os preços de energia muito baixos, que são reflexo de uma combinação bastante improvável de fatores que provocaram um enorme desbalanceamento entre oferta e demanda.

Por um lado, incentivos exagerados para a construção de empreendimentos solares e eólicos, além de chuvas muito acima da média nos dois últimos anos, fizeram a oferta de energia disparar.

Do outro lado, a demanda permaneceu bastante tímida, afetada pela atividade econômica fraca e os juros elevados. 

Bom, esse foi o cenário dos últimos anos, que inclusive impactou várias ações do  setor. Mas esse desequilíbrio parece mais próximo de terminar, o que deve abrir boas oportunidades.

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