Ação da Casas Bahia (BHIA3) pode subir 50% até o fim de 2025 — mas o risco não compensa os ganhos, segundo BB Investimentos
No banco, a recomendação hoje é manter distância das ações da gigante do varejo: os analistas mantiveram recomendação de venda para BHIA3
Em uma missão hercúlea de colocar a casa em ordem e voltar a ganhar mercado em meio a taxas de juros ainda elevadas, a Casas Bahia (BHIA3) sofreu na bolsa brasileira e precisou entrar com um pedido de recuperação extrajudicial. Em meio à crise, a varejista já perdeu mais da metade do valor de mercado apenas neste ano.
Mas se uma das máximas do mercado é “comprar na baixa” para se tornar sócio de bons negócios a preços mais baixos, desta vez, nem as quedas de 60% dos papéis desde janeiro fazem a varejista brilhar aos olhos do BB Investimentos (BB-BI).
Pelo contrário, aliás, a recomendação hoje é manter distância das ações da gigante do varejo.
Os analistas mantiveram recomendação de venda para BHIA3. O banco ainda cortou o preço-alvo de R$ 9,80 para R$ 6,70 para o fim de 2025.
A nova cifra ainda implica uma valorização potencial de 50% em relação ao último fechamento. Mas para o BB-BI, o risco não compensaria os potenciais ganhos com o investimento.
Por trás do pessimismo com as ações da Casas Bahia (BHIA3)
Na avaliação do BB Investimentos, a Casas Bahia (BHIA3) se encontra em um momento mais favorável — mas que ainda merece cautela.
Leia Também
Já faz um ano que a varejista anunciou o plano de transformação, que contou com um rebranding completo e a estratégia de “volta ao básico”: categorias de bens duráveis nas quais é especialista, saindo de produtos de baixo valor agregado que traziam custos de estoque, sem contribuir com as margens.
“A primeira fase do plano teve como prioridade a melhoria de margens e a manutenção de uma operação eficiente, mesmo que a contrapartida fosse através de queda de receita, o que se confirmou.”
Agora, a companhia se encontra na segunda fase do projeto, que tem foco em investimentos seletos que priorizam o fortalecimento do “core” da empresa e o aumento de receita.
De acordo com a companhia, a terceira fase se iniciará em maio de 2025 e tem como prioridades revisar a estratégia da empresa com foco em expansão, a melhoria da experiência nos canais físico e online, e a capacitação em temas críticos.
Segundo os analistas, se nos próximos trimestres a empresa continuar apresentando melhorias operacionais e conseguir retomar o crescimento de receita, é possível uma revisão das premissas de longo prazo.
Vale lembrar que, entre abril e junho, a companhia superou as expectativas e registrou lucro líquido de R$ 37 milhões, revertendo as perdas de R$ 492 milhões vistas no mesmo período do ano anterior.
De acordo com a companhia, o resultado foi impulsionado pela “modificação da dívida” no reperfilamento de dívidas com os credores na recuperação extrajudicial e pelas iniciativas de eficiência do plano de transformação estratégico da varejista, “apesar do desempenho do mercado e do recuo das vendas”.
O peso dos juros
Além dos desafios da própria operação, a Casas Bahia — e outras varejistas — ainda enfrenta pressões macroeconômicas, com o peso do novo ciclo de alta de juros no endividamento e no consumo.
“O aumento da taxa básica de juros impacta diretamente empresas cíclicas e altamente endividadas, como é o caso do Grupo Casas Bahia”, afirmaram os analistas.
Afinal, a Selic elevada também encarece o crédito e afeta diretamente a compra de bens duráveis, como eletrodomésticos e a linha branca — que são o pilar da nova estratégia da Casas Bahia.
“A empresa segue com um desequilíbrio na relação risco-retorno e, portanto, optamos por manter a recomendação de venda, apesar do upside [potencial de alta] implícito do nosso preço-alvo em relação ao preço atual da ação.”
Carrefour Brasil quer levantar R$ 400 milhões com venda de 64 lojas Nacional e Bompreço
Opção do Carrefour foi por fazer as vendas picadas depois de concluir que não haveria interessados pelas bandeiras, e sim pelos pontos de venda
Quando a conta não fecha: Ibovespa repercute envio de pacote fiscal ao Congresso em dia de PIB do terceiro trimestre
Governo enviou PEC do pacote fiscal ao Congresso na noite de segunda-feira enquanto o dólar segue acima dos R$ 6
A dura realidade matemática: ou o Brasil acerta a trajetória fiscal ou a situação explode
Mercado esperava mensagem clara de responsabilidade fiscal e controle das contas públicas, mas o governo falhou em transmitir essa segurança
Ação da Cosan (CSAN3) recua e Raízen (RAIZ4) surge entre as maiores quedas do Ibovespa na esteira da renúncia de executivo
Saída de Ricardo Mussa da Cosan Investimentos intensifica a pressão sobre o grupo já abalado por prejuízos e desvalorização na bolsa
Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira?
Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje
Em meio às incertezas das commodities, entenda por que as ações da Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) são “refúgios” no setor de celulose, segundo o BTG
Valorização do dólar e fundamentos sólidos colocam as ações das produtoras de papel como apostas seguras no segmento
SLC Agrícola, Grupo Pão de Açúcar e Hypera têm vagas de estágio e trainee; veja oportunidades com bolsa-auxílio de até R$ 3,1 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar no primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
O dólar não vai parar de subir? Moeda americana segue acima de R$ 6 e bancão diz o que esperar para o fim do ano e para 2025
O UBS BB também fez projeções para a taxa de juros no Brasil; Banco Central tem reunião marcada para a próxima semana — a última sob o comando de Roberto Campos Neto
Tchau, Lemann: Grendene (GRND3) rescinde joint venture no exterior com a 3G Capital e se torna a única dona da GGB
A dona das marcas de calçados Melissa, Ipanema e Rider vai pagar em torno de US$ 10,5 milhões à gestora de Jorge Paulo Lemann para adquirir 50,1% da GGB
Não deu tempo? Focus fica imune à reação do mercado ao pacote fiscal e mantêm projeções para dólar e juros
Enquanto as projeções para a inflação e o PIB subiram, as estimativas para o dólar e os juros permaneceram estáveis
Substituição no time do Ibovespa: entra Marcopolo e saem Eztec e Alpargatas
Vale dizer que ainda devem ser publicadas mais duas prévias até o fim de dezembro para composição do índice para o próximo quadrimestre
Executada com sucesso: Hapvida (HAPV3) anuncia conclusão da fusão com NotreDame — veja o que esperar a partir de agora
Ao longo deste ano, a Hapvida informa que cerca de 400 unidades assistenciais e administrativas foram integradas e mais de 6 milhões de beneficiários foram migrados
Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade
Ao longo dos próximos dias, uma série de relatórios de empregos nos Estados Unidos serão publicados, com o destaque para o payroll de sexta-feira
Agenda econômica: Payroll, Livro Bege e discurso do presidente do Fed dominam a semana; no Brasil, PIB ganha destaque
Agenda econômica desta semana conta ainda com relatório Jolts nos EUA e PIB na Zona do Euro; no cenário nacional, pacote fiscal e dados da inflação do país ficam no radar
O Ethereum (ETH) ficou de lado? Criptomoeda come poeira do Bitcoin (BTC) e é “coadjuvante apagada” no bull market de 2024
Apesar do comportamento relativamente apagado, a avaliação de especialistas é que o ativo digital deve sustentar o posto de vice-líder no setor durante este ciclo de alta
Nova CEO da Ânima (ANIM3) mira mercado de R$ 100 bilhões com expansão em ensino ampliado — mas bets, juros e fiscal continuam a fazer pressão
Paula Harraca assumiu o cargo de CEO em julho, com o desafio não só de fazer a Ânima crescer em diferentes frentes, como também tentar chamar a atenção de um mercado arredio para o grupo
Obrigada, Black Friday: Com ajuda do 13º, vendas das varejistas superam os níveis pré-pandemia pela primeira vez
No fim de semana da Black Friday, o e-commerce brasileiro registrou mais de R$ 6,8 bilhões em transações, um aumento de 9,2% no faturamento em relação a 2023
Mesmo com pacote de corte de gastos, Brasil carrega a “pedra fiscal” de Sísifo — mas há um FII atraente para os mais avessos a risco
No Brasil, mesmo com o projeto de corte de gastos, seguimos com um problema fiscal significativo para os próximos anos
Oxxo fora dos planos da Raízen (RAIZ4), dividendos da Vale (VALE3) e previdência privada: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
A potencial venda da participação da Raízen no Grupo Nós, dono da marca Oxxo no Brasil, foi destaque no Seu Dinheiro; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Dividendos e novo guidance: RD Saúde (RADL3) anuncia mais de R$ 123 milhões em JCP e revisa projeções de 2025 para cima
A gigante das farmácias revisou a previsão de abertura de lojas no ano que vem; agora, a empresa prevê a inauguração bruta de 330 a 350 unidades