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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Em dia de caos na bolsa, Ibovespa consegue sustentar os 136 mil pontos e garante ganhos na semana; dólar sobe a R$ 5,6350

A queda do principal índice da bolsa brasileira acontece mesmo após dado crucial de inflação nos Estados Unidos vir em linha com as expectativas dos economistas; os percalços do mercado brasileiro são locais

Camille Lima
30 de agosto de 2024
13:49 - atualizado às 19:21
Montagem do touro dourado pequeno encarando urso dourado maior na frente da B3 Ibovespa
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

“E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?” O poema é de Carlos Drummond de Andrade, mas poderia descrever o fim da festa da bolsa brasileira — pelo menos hoje —, com o Ibovespa perdendo os 135 mil pontos na mínima do dia e o dólar encostando nos R$ 5,70 no pico da sessão. 

O Ibovespa acabou encerrando o dia com leve queda de 0,03%, aos 136.004,01 pontos. Na mínima do dia, o principal índice da bolsa brasileira foi aos 134.910,48 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou ganho de 0,29% e encerrou agosto com alta de 6,54%. No ano, o índice avança 1,36%.

A queda do Ibovespa ocorreu apesar dos ganhos vistos em Nova York, em meio a sinais de aumento de gastos pelo governo brasileiro à frente.

Mais cedo, o Banco Central informou que o setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) teve déficit primário de R$ 21,348 bilhões em julho, após déficit de R$ 40,873 bilhões em junho — o resultado negativo foi maior que as expectativas.

O resultado primário reflete a diferença entre as receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida. O déficit de julho foi o maior para o mês desde 2023, quando o rombo nas contas públicas chegou a R$ 35,809 bilhões.

Soma-se a esse dado a Pnad Contínua, que mostrou um arrefecimento da taxa de desemprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,8% no trimestre encerrado em julho — praticamente em linha com as projeções. 

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Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,9%. No trimestre encerrado em junho de 2024, a taxa de desocupação foi de 6,9%.

As sucessivas quedas na taxa de desemprego e o aumento contínuo na criação de empregos formais no Brasil reforçam o dinamismo do mercado de trabalho e, por consequência, o crescimento da economia. 

No entanto, os dados de emprego têm potencial para afetar a percepção de riscos do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne em 18 de setembro com a perspectiva de aumento de juros. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano.

Na ponta negativa do Ibovespa, as ações de empresas ligadas a consumo lideram as quedas, com Magazine Luiza (MGLU3) em baixa de 5,20%, bem como Petz (PETZ3), que recuava 3,49%. 

Do lado positivo, Assaí (ASAI3) e Dexco (DXCO3) subiam 2,78% e 1,56%, respectivamente. 

Ibovespa em queda, dólar em alta

O dólar passou boa parte da sessão em alta, chegando a encostar nos R$ 5,70 na máxima do pregão. A moeda norte-americana acabou encerrando o dia com alta de 0,21%, R$ 5,6350, no quinto dia seguida de valorização frente ao real.

Vale lembrar que em dia de fechamento da Ptax, com o encerramento de agosto, o mercado de câmbio por aqui passou por maior volatilidade.

Na semana, o dólar acumula ganho de 2,84%. Mas encerrou agosto com perda de 0,36%. No ano, a divisa sobe 16,10%.

Além do fortalecimento do dólar no mercado externo e a queda forte do petróleo após a medida preferida do Federal Reserve, o PCE, reduzir apostas em corte agressivo de juros nos EUA, o mercado de câmbio brasileiro reflete o cenário local. 

O avanço dos juros futuros por receio com o quadro fiscal, após o déficit do setor público maior que o esperado em julho, e as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Selic e o Banco Central mexem diretamente com a moeda norte-americana. 

Os dois leilões realizados pelo BC, um no mercado à vista e outro no futuro, ajudaram a diminuir a temperatura do dólar, mas a moeda norte-americana ainda está em alta por aqui. O Seu Dinheiro detalhou as operações de hoje no câmbio e você pode entender tudo aqui.

“O câmbio é flutuante para absorver choques e estamos sempre observando o cenário. O BC tem reservas suficientes para intervir em momentos de disfuncionalidade”, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento da XP. O Seu Dinheiro acompanhou o painel de RCN e você confere tudo aqui.

“Estamos tendo um fluxo atípico pelo rebalanceamento do índice MSCI, cabe ao Banco Central mapear o tamanho desse desbalanceamento. Entendemos que o BC precisava intervir para balancear o fluxo. Se for preciso mais, assim o faremos”, acrescentou. 

Mais cedo, o Lula disse que entenderá se Gabriel Galípolo, seu indicado à presidência do Banco Central, defender o aumento da taxa de juros em algum momento, desde que apresente a fundamentação para isso.

Depois de gastar elogios a Galípolo, Lula afirmou que o presidente do BC não tem que defender os interesses do sistema financeiro e do mercado, mas sim “gostar do País” e “pensar na soberania nacional”.

Ele repetiu algumas das críticas que já fez ao atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, segundo ele, “fica mais em Miami que no Brasil”. Também disse que Campos Neto “age como um político, não como um economista”.

Lula também se posicionou contra a autonomia do Banco Central e ao mandato conferido ao presidente da entidade.

“Se eu tivesse voto, eu era contra, mas está aí, vai ficar. Acho que o presidente tem o direito de indicar o presidente do BC e tirar se não gostar. Eu coloco o Galípolo com mandato. E se ele fizer uma coisa errada? Não sei quem criou a ideia de que ele é intocável”, disse.

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A bolsa lá fora

Em Nova York, as bolsas terminaram o dia em alta, com os investidores avaliando os dados de inflação observados de perto pelo Federal Reserve.

O Dow Jones teve alta de 0,55%, o S&P 500 subiu 1,01%, enquanto o Nasdaq Composite avançou 1,13%.

O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), o indicador de inflação preferido do Fed, subiu 0,2% em uma base mensal e 2,5% em relação ao ano passado, alinhando-se com as estimativas de economistas ouvidos pela Dow Jones. Excluindo alimentos e energia, PCE também subiu 0,2%.

O Fed mantém um olhar atento sobre essa métrica e, embora o foco d banco central norte-americano esteja agora no mercado de trabalho, o PCE ainda pode influenciar a decisão sobre os juros na reunião de setembro.

Na Europa, as principais bolsas da região terminaram o dia com ganhos — o índice de referência Stoxx 600 chegou a alcançar a máxima intradia de 526,66 pontos. Na Ásia, o dia também foi de ganhos para a bolsa depois que dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do dia anterior afastaram os receios de recessão na maior economia do mundo. 

Entre as commodities, os futuros de petróleo recuaram mais de 2% em meio a relatos de que a Opep+ (grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo + aliados liderados pela Rússia) seguiria adiante com um aumento planejado na produção em outubro

Uma desaceleração no crescimento da demanda, principalmente na China, pesou sobre os preços do petróleo e levou alguns analistas a duvidarem se a Opep+ seguiria em frente com esse aumento da oferta.

*Com informações do Money Times

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