🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Para todos os gostos

Onde investir no Tesouro Direto em novembro: do perfil mais otimista ao mais cauteloso, veja o que comprar, segundo o Itaú BBA e o Santander

Bancos incluem títulos públicos pós-fixados, prefixados e indexados à inflação nas suas carteiras recomendadas para o Tesouro Direto, mas cada um tem suas preferências

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
6 de novembro de 2023
14:00 - atualizado às 14:01
Aplicativo do Tesouro Direto
Aplicativo do Tesouro Direto. - Imagem: Shuttertstock

A continuidade do avanço dos juros futuros no mês de outubro, com a alta dos retornos dos títulos do Tesouro americano (Treasurys) e a piora no cenário fiscal doméstico, ainda derrubou os preços de alguns títulos públicos prefixados e indexados à inflação negociados via Tesouro Direto.

Mas, de maneira geral, o desempenho desses papéis foi "menos pior" do que em setembro, quando amargaram fortes perdas em razão da disparada dos juros dos Treasurys, diante de uma perspectiva de taxas altas por mais tempo nos Estados Unidos.

A desvalorização dos títulos prefixados e indexados à inflação é concomitante a uma disparada nos seus retornos, fazendo com que aqueles investidores que compram os títulos num momento de baixa dos preços consigam contratar uma rentabilidade gorda até o vencimento.

Assim, a turbulência nos mercados nos últimos dois meses abriu oportunidades de compra em títulos pré e Tesouro IPCA+ no Tesouro Direto. E, agora, a volatilidade deu uma acalmada, o que não significa que as incertezas tenham se desfeito.

Afinal, uma nova guerra, capaz de pesar sobre os preços do petróleo, eclodiu no último mês; além disso, apesar da maior confiança do mercado de que o Federal Reserve, o banco central americano, não deve mais aumentar juros neste ano, a possibilidade de mais uma alta residual não foi descartada totalmente.

No cenário doméstico, os investidores se defrontam, ainda, com uma notícia boa e outra má: a boa é a continuidade da desaceleração da inflação; a má é a piora das expectativas em relação ao fiscal com a perspectiva de que o governo abandone a meta de déficit zero para o ano que vem e adote uma meta mais frouxa, o que eleva a percepção de insegurança em relação às "regras do jogo".

Leia Também

Neste cenário, que combina um otimismo em relação à inflação brasileira, uma maior calmaria nos preços e taxas dos títulos públicos, um otimismo cauteloso em relação aos juros americanos, cautela em relação à guerra entre Israel e o Hamas e um pessimismo quanto ao fiscal, as carteiras recomendadas de títulos públicos para novembro trazem opções "para todos os gostos".

Veja também: A DINHEIRISTA - PENSÃO ALIMENTÍCIA: ACORDO VERBAL NÃO VALE NADA?

Onde investir no Tesouro Direto em novembro

Neste mês, Santander e Itaú BBA publicaram relatórios com sugestões do que comprar no Tesouro Direto em novembro. Diante do cenário de incertezas à frente, há opções das mais cautelosas às mais otimistas. Vamos às recomendações:

Tesouro IPCA+ 2035

No lado mais cauteloso, o Santander mantém sua recomendação em Tesouro IPCA+ 2035, título público indexado à inflação que não paga juros semestrais, isto é, sua rentabilidade só é paga no vencimento.

Nesta segunda-feira (06), o papel está pagando 5,72% ao ano mais a variação da inflação medida pelo IPCA, para quem o levar até o fim do prazo.

O Santander justifica a escolha pelo cenário incerto, pois o papel tende a ser vantajoso tanto se houver melhora quanto se houver piora das condições de mercado.

Para o banco, "se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menores ruídos políticos, inflação convergindo à meta no médio prazo e promessas de responsabilidade fiscal em 2023-2024)", os retornos desses títulos tendem a recuar, com consequente valorização desses papéis.

Por outro lado, "caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função", diz o relatório.

Tesouro Prefixado 2026 e 2029

Com uma percepção mais para o lado otimista, o Itaú BBA manteve sua recomendação de Tesouro Prefixado 2026 e acrescentou na carteira o Tesouro Prefixado 2029, com um peso de 20% na composição da carteira, reduzindo o peso do Tesouro Selic 2026 de 60% para 40% neste mês.

Nesta segunda, o Tesouro Prefixado 2026 promete uma rentabilidade de 10,66% ao ano até o vencimento, enquanto o 2029 está pagando 11,29% ao ano.

A avaliação do banco é de que, após a alta recente dos retornos dos títulos públicos brasileiros, na esteira da disparada dos juros dos Treasurys, a perspectiva agora é de uma reversão dessa tendência no mercado externo. E isso abre a possibilidade de se voltar a considerar títulos prefixados, de olho na melhora da inflação doméstica.

"Com os últimos dados de inflação mostrando arrefecimento em componentes resilientes, como a abertura de serviços, as expectativas de inflação têm cedido, e a inflação implícita para este ano já atinge
4,57%", diz o relatório.

No entanto, destaca o Itaú BBA, o mercado ainda precifica uma inflação elevada para o longo prazo, em torno de 5,5%.

O banco acredita, porém, que a possibilidade de um enfraquecimento do dólar ante o real, da redução dos juros futuros mais longos nos EUA e da continuidade dos dados benignos de inflação no Brasil "podem levar os investidores a seguirem reduzindo a perspectiva de inflação à frente, impactando positivamente os preços dos títulos prefixados."

Por outro lado, diz o relatório, as taxas dos títulos indexados à inflação têm menor espaço de recuo (e, consequentemente, de valorização dos papéis), dados os questionamentos fiscais levantados nas últimas semanas.

Tesouro Selic 2026

Como dito anteriormente, o Itaú BBA reduziu o peso de Tesouro Selic na sua carteira recomendada do Tesouro Direto, mas manteve a recomendação.

Com a Selic ainda em dois dígitos, mesmo após o último corte de 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano, o papel continua com um bom retorno, além de servir como porto seguro para a reserva de emergência do investidor.

Assim, a sugestão de alocação do Itaú BBA para novembro no Tesouro Direto ficou assim:

TítuloPeso na carteira
Tesouro Selic 202640%
Tesouro Prefixado 202640%
Tesouro Prefixado 202920%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências

15 de abril de 2025 - 6:47

De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’

14 de abril de 2025 - 14:50

Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana

REVISÃO

JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano

11 de abril de 2025 - 12:55

Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026

IR 2025

Como declarar renda fixa — como CDB, Tesouro Direto, LCI, LCA e mais — e COE no imposto de renda 2025

11 de abril de 2025 - 7:10

Títulos de renda fixa — mesmo os isentos! — e Certificados de Operações Estruturadas (COE) são declarados de forma semelhante. Veja como informar o saldo e os rendimentos dessas aplicações financeiras na sua declaração

DINHEIRO ENTRANDO

Dividendos e JCP: Santander (SANB11) anuncia o pagamento de R$ 1,5 bilhão em proventos; veja quem mais paga

10 de abril de 2025 - 19:33

Acionistas que estiverem inscritos nos registros do banco no dia 17 de abril terão direito ao JCP

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA

10 de abril de 2025 - 8:12

Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão

VALE A PENA?

Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA

9 de abril de 2025 - 18:35

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual

FACA DE DOIS GUMES

Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho

9 de abril de 2025 - 13:07

As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações

ONDE INVESTIR

Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados

9 de abril de 2025 - 8:12

O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho

8 de abril de 2025 - 8:15

Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A arte da negociação — ou da guerra?

7 de abril de 2025 - 20:00

Podemos decidir como as operações militares começam, mas nunca será possível antecipar como elas terminam. Vale para a questão militar estrito senso, mas também se aplica à guerra tarifária

Todo mundo em pânico

Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997

7 de abril de 2025 - 6:52

Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed

EM RECUPERAÇÃO

Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa

5 de abril de 2025 - 17:58

O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump

ELE NÃO PARA

O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora

4 de abril de 2025 - 16:35

O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA

ESPERAR PARA VER

A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo

4 de abril de 2025 - 14:00

O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell

4 de abril de 2025 - 8:16

Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem

MODO DEFESA

Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos

3 de abril de 2025 - 19:14

A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco

NO OLHO DO FURACÃO

Bitcoin (BTC) em queda — como as tarifas de Trump sacudiram o mercado cripto e o que fazer agora

3 de abril de 2025 - 15:05

Após as tarifas do Dia da Liberdade de Donald Trump, o mercado de criptomoedas registrou forte queda, com o bitcoin (BTC) recuando 5,85%, mas grande parte dos ativos digitais conseguiu sustentar valores em suportes relativamente elevados

ABAIXO DO PREÇO

O ativo que Luis Stuhlberger gosta em meio às tensões globais e à perda de popularidade de Lula — e que está mais barato que a bolsa

3 de abril de 2025 - 14:53

Para o gestor do fundo Verde, Brasil não aguenta mais quatro anos de PT sem haver uma “argentinização”

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar