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VAI PARAR?

Sindicatos da CPTM, Metrô e Sabesp aprovam greve nesta terça-feira em protesto contra privatizações do governo de SP

As três categorias protestam contra o plano do governador Tarcísio de Freitas de conceder os serviços à iniciativa privada

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2 de outubro de 2023
14:11 - atualizado às 20:48
Imagem da estação de trem Luz, em São Paulo. Trem parado à esquerda. Plataforma, à direita, lotada com passageiros.
Estação Luz, em São Paulo. - Imagem: Flickr Governo de São Paulo

*Matéria atualizada às 20h40 após realização de assembleia

Os funcionários do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decidiram manter a greve agendada em conjunto com a Sabesp, empresa estadual de saneamento, para esta terça-feira (3).

A greve está prevista para começar às 0h de terça-feira e terá, inicialmente, 24 horas de duração. Antes da assembleia na qual a greve foi confirmada agora à noite, a Justiça já havia determinado 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico, mas o sindicato dos metroviários vai recorrer.

A suspensão das atividades é uma movimentação contra os projetos de concessões e privatizações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A gestão já havia anunciado no início do mandato, em janeiro, os planos para concessão das linhas do Metrô para a iniciativa privada. Os sindicatos realizam uma reunião nesta segunda-feira, às 18 horas, para confirmar a greve.

Em abril, o governador autorizou estudos sobre a privatização das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM.

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“Não estou fazendo nada de diferente do que eu ia fazer”, disse Tarcísio no último sábado (30). Ele também aproveitou para criticar a paralisação. “Uma greve sem pauta, uma greve política”, afirmou. 

Os trabalhadores das categorias de transporte público defendem que o projeto poderia prejudicar o funcionamento do serviço. Os principais exemplos são as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, que foram concedidas para a ViaMobilidade. A empresa foi alvo de investigação pelo Ministério Público sobre as falhas na atividade e, em agosto, foi condenada a pagar indenização para a população. 

O governo paulista também pretende privatizar a Sabesp para tentar antecipar a meta de universalizar os serviços de saneamento básico no Estado e ainda reduzir os preços dos serviços de água e esgoto. Mas o sindicato dos trabalhadores da estatal defende que a empresa não onera o Estado.

O que vai parar na greve? 

De acordo com o anunciado pelos sindicatos, as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô não devem funcionar durante a greve. Na CPTM, a paralisação atinge as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade. 

Como alternativa para diminuir o impacto da suspensão dos serviços, os grevistas sugeriram trabalhar com as catracas liberadas. O Tribunal do Trabalho da 2a Região (TRT-2), no entanto, não autorizou. 

Além disso, foi determinado na Justiça que a CPTM e o Metrô mantenham o efetivo de 80% fora dos horários de maior movimento e de 100% para períodos de pico. A multa para o descumprimento das decisões é de R$ 500 mil. 

Na Sabesp, não há previsão de que a greve afete os serviços para a população. Ainda assim, o TRT-2 determinou que o efetivo deve ser de 85%.

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