Lula vai apertar o “botão de pânico da economia”? A Eurasia diz como isso pode acontecer — e quando
O petista tem enfrentado dificuldades políticas no Congresso, mas a agenda impulsionada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, parece estar imune a essas dificuldades, segundo a consultoria

A possibilidade significativa de uma deterioração política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva diminuiu por ora, segundo o Eurasia Group. A consultoria pondera, no entanto, que o risco ainda se mantém e precisa ser constantemente monitorado.
A Eurasia enumera que, no momento, duas narrativas envolvem o governo: Lula tem enfrentado dificuldades políticas no Congresso, que estão se refletindo em votos e a agenda econômica impulsionada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, parece estar imune a essas dificuldades.
A primeira narrativa para a consultoria é um ruído, a segunda, um sinal.
"Para antecipar cenários, é importante distinguir ruído de sinal; as variáveis que importam daquelas que não importam", diz.
- O bull market da bolsa brasileira vem aí? Para o estrategista-chefe da Empiricus Research, sim – e é possível lucrar até R$ 500 mil nos próximos 36 meses se as ações certas forem compradas AGORA. [SAIBA QUAIS AQUI]
Lula vai apertar o botão de pânico?
Para a Eurasia, três vetores podem influenciar o presidente a apertar ou não o "botão de pânico" da economia: índices de popularidade; desempenho econômico; e expectativas futuras de crescimento e apoio popular.
"Se o apoio público cair em meio ao fraco desempenho econômico, ele buscará alavancas para impulsionar o crescimento por meio de crédito subsidiado ou impulso fiscal para manter essa ameaça da oposição sob controle", diz.
Leia Também
"O risco é que tal resposta resultaria em uma espiral negativa de baixo crescimento e derrapagem das políticas, exacerbando as preocupações com a gestão fiscal - o que prejudicaria a capacidade do Banco Central (BC) de afrouxar a política monetária e deprimiria ainda mais a confiança."
Nos últimos meses, porém, todos os três aspectos estão com perspectivas melhores. "Tudo isso não significa que Lula não terá um caminho difícil pela frente", pondera o relatório.
Os índices de aprovação
A Eurasia avalia que, embora estejam estáveis ou possam até ter melhorado um pouco, os índices de aprovação do governo Lula ainda devem cair, seguindo uma função natural de decadência e o efeito de desaceleração do crescimento econômico, sob impacto defasado do aperto monetário.
Além disso, Lula também terá de administrar gastos maiores sem aumentar impostos — que podem prejudicar o crescimento — ou alimentar as preocupações com a sustentabilidade da dívida, acrescenta o texto.
"Como resultado, a formulação de políticas certamente pode se deteriorar se ele se sentir encurralado politicamente no futuro e esses trade offs se acumularem", diz.
A Eurasia pontua, porém, que o ponto baixo nos números de Lula parece previsto para 2024 e não para o segundo semestre deste ano, o que importa nesta análise.
"Quanto mais tempo o equilíbrio da política atual se mantiver, menores serão as chances de mudanças políticas significativas (já que decisões econômicas importantes sobre política fiscal e reformas podem avançar ainda mais). As repercussões das reversões de políticas diminuem um pouco se acontecerem mais tarde no mandato do presidente."
VEJA TAMBÉM — Socorro, Dinheirista! Inter saiu da Bolsa Brasileira e eu perdi 50% do meu patrimônio: e agora? Veja detalhes do caso real abaixo:
*Com informações do Estadão Conteúdo
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Guerra comercial abre oportunidade para o Brasil — mas há chance de transformar Trump em cabo eleitoral improvável de Lula?
Impacto da guerra comercial de Trump sobre a economia pode reduzir pressão inflacionária e acelerar uma eventual queda dos juros mais adiante no Brasil (se não acabar em recessão)
Petrobras (PETR4) avança em processo para tirar ‘novo pré-sal’ do papel
Petrobras recebeu permissão para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna. O centro é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do Amapá
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Tarifas gerais de Trump começam a valer hoje e Brasil está na mira; veja como o governo quer reagir
Além do Brasil, Trump também impôs tarifa mínima de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Lula reclama e Milei “canta Queen”: as reações de Brasil e Argentina às tarifas de Trump
Os dois países foram alvo da alíquota mínima de 10% para as exportações aos EUA, mas as reações dos presidentes foram completamente diferentes; veja o que cada um deles disse
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
A resposta de Lula às tarifas de Trump: Brasil pode pegar pesado e recorrer à OMC
O governo brasileiro estuda todas as opções para se defender das medidas do governo norte-americano e, embora prefira o diálogo, não descarta acionar os EUA na Organização Mundial do Comércio
Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária
Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo
Genial/Quaest: Aprovação do governo Lula atinge pior nível desde janeiro de 2023 e cai inclusive no Nordeste e entre mulheres
As novas medidas anunciadas e o esforço de comunicação parecem não estar gerando os efeitos positivos esperados pelo governo
O Brasil pode ser atingido pelas tarifas de Trump? Veja os riscos que o País corre após o Dia da Libertação dos EUA
O presidente norte-americano deve anunciar nesta quarta-feira (2) as taxas contra parceiros comerciais; entenda os riscos que o Brasil corre com o tarifaço do republicano
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
O copo meio cheio de Haddad na guerra comercial de Trump
O ministro da Fazenda comentou sobre tarifas contra o Brasil horas antes de a guerra comercial do republicano pegar fogo
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Viagem a Paris: Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França
Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques dentre as pautas da agenda de conversas do ministro em Paris.
Nova faixa do Minha Casa Minha Vida deve impulsionar construtoras no curto prazo — mas duas ações vão brilhar mais com o programa, diz Itaú BBA
Apesar da faixa 4 trazer benefícios para as construtoras no curto prazo, o Itaú BBA também vê incertezas no horizonte
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC