Avançou mais um passo: Senado aprova o novo arcabouço fiscal; com mudanças, texto volta para Câmara
O novo arcabou fiscal foi aprovado pelo Plenário do Senado nesta quarta-feira (21); veja as alterações no projeto

Com 57 votos favoráveis e 12 contrários, o novo arcabouço fiscal foi aprovado pelo Plenário do Senado na última quarta-feira (21). O texto, que substitui o atual teto de gastos e cria novas regras com limites para as despesas da União, foi modificado pelos senadores e agora voltará para a Câmara dos Deputados em uma segunda votação.
Entre as principais alterações trazidas pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) estão a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e gastos com ciência, tecnologia e inovação dos limites de gastos impostos pelo arcabouço.
Segundo o relator do projeto na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a expectativa é de que o relatório seja divulgado até esta quinta-feira (22). Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê uma nova votação até o início de julho.
Vale destacar que o Projeto de Lei Complementar 93/2023 também já havia sido validado mais cedo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em sessão deliberativa. A proposta que substitui o antigo teto de gastos teve 19 votos a favor e 6 contra no CAE. A apreciação do texto no colegiado havia começado na terça, mas a análise foi adiada após um pedido de vista da oposição.
Mudanças no novo arcabouço fiscal
Como o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) entrou na lista das exclusões, Aziz acatou emendas para manter a sistemática de atualização do fundo como é atualmente. Ele aceitou a sugestão para a criação de um Comitê de Modernização Fiscal, com a participação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, do Tribunal de Contas da União (TCU) e de representantes da Câmara e do Senado.
Além disso, o relator também aceitou uma emenda proposta pelo líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP), durante a votação no Plenário. A emenda permite que o governo use uma estimativa de inflação anual para ampliar o seu limite de gastos ainda na fase de elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Leia Também
VEJA TAMBÉM - ELETROBRAS (ELET3): UM ANO APÓS A PRIVATIZAÇÃO, A EMPRESA ENTREGOU O PROMETIDO?
O arcabouço fiscal fixa limites para o crescimento anual da despesa primária, segundo a combinação de dois critérios: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e um percentual sobre o crescimento da receita primária. Os parâmetros levam em conta a meta de resultado primário de dois anos antes. Entre 2024 e 2027, os gastos podem crescer até os seguintes limites:
- 70% da variação real da receita, caso a meta de dois anos antes tenha sido cumprida; ou
- 50% da variação real da receita, caso a meta de dois anos antes não tenha sido alcançada.
O texto prevê faixas de tolerância para a definição do resultado primário e assegura um crescimento mínimo para o limite de despesa: 0,6% ao ano. O projeto também fixa teto de 2,5% ao ano para a evolução dos gastos públicos federais, que vale mesmo que a aplicação dos 70% da variação da receita resulte em valor maior.
Tebet diz que texto abre espaço fiscal para o PAC
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou mais tarde que a aprovação do texto do arcabouço fiscal com as mudanças promovidas pelo Senado abrirá espaço fiscal no Orçamento para a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que ficaria comprometido sem a alteração.
O feito será possível graças a já citada emenda proposta por Randolfe Rodrigues e aceita por Omar Aziz que permite incluir no Orçamento de 2024 a previsão de despesas condicionadas. Esse dispositivo deve evitar um corte de cerca de R$ 32 bilhões no Orçamento de 2024.
"A emenda nos permite apresentar tranquilamente também o PAC. É importante dizer: como é que nós faríamos com o PAC não tendo espaço fiscal de R$ 32 bilhões? O programa virá com investimentos públicos, que estão relacionado a obras de infraestrutura para fomentar construção civil, geração de emprego e renda, e privados", disse ao deixar o Senado.
Tebet já havia defendido a emenda mais cedo, em reunião de comissões da Câmara dos Deputados, e passou pelo plenário do Senado. Seu discurso frisava que, ao criar a despesa condicionada, os parlamentares teriam liberdade de indicar a alocação, já que são aplicadas a gastos discricionários. "A nossa LOA não vai vir menor, ela vai vir no valor real daquilo que nós queremos executar o ano que vem", disse.
Sobre um acordo para essa mudança com a Câmara, a ministra disse que o presidente daquela Casa, Arthur Lira (PP-AL), foi sensível à apresentação da demanda, mas não se comprometeu com aprovação. "A Câmara vai perceber, que não houve alteração no mérito da decisão da Casa. O PLN nós teremos de mandar, estamos falando de despesas discricionárias, o que dá conforto ao Congresso no final do ano em fazer as alterações que sempre fez no Orçamento", declarou.
*Com informações das agências Brasil e Senado e do Estadão Conteúdo
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil: o que muda para cada faixa de renda se proposta de Lula for aprovada
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, governo prevê redução de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já quem ganha acima de R$ 50 mil deve pagar mais
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Na presença de Tarcísio, Bolsonaro defende anistia e volta a questionar resultado das eleições e a atacar STF
Bolsonaro diz que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo “um problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF)
Comissão confirma votação do Orçamento na próxima semana depois de suposto adiamento; entenda o que causou a confusão
Congresso vem sendo criticado pela demora na votação; normalmente, o orçamento de um ano é votado até dezembro do ano anterior
Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, picanha e crédito para reforma de imóvel: as promessas de Lula
Segundo o presidente, a maior isenção fiscal, que será oficialmente anunciada no dia 18 de março, visa aliviar a carga tributária sobre a classe trabalhadora
Brasil contra Trump, aço versus ovo: muita calma nessa hora
Enquanto o Brasil lida com as tarifas sobre o aço e o alumínio que entraram em vigor nesta quarta-feira (12), se prepara para aumentar as exportações de ovos para os EUA, que também sofrem com aumento de preços
Consignado para quem é CLT: o passo a passo do programa que promete baratear o crédito com garantia do FGTS
A estratégia do governo é direta: ampliar o acesso a empréstimos mais baratos e tirar os trabalhadores das armadilhas do superendividamento
Stablecoins ocupam o espaço de dólar digital nos EUA — regulação avança no Senado e impulsiona modernização financeira
Comitê Bancário do Senado norte-americano vota regulação das stablecoins nesta quinta-feira (13), enquanto Brasil busca avançar com moedas digitais no Brics
Sem exceções: Ibovespa reage à guerra comercial de Trump em dia de dados de inflação no Brasil e nos EUA
Analistas projetam aceleração do IPCA no Brasil e desaceleração da inflação ao consumidor norte-americano em fevereiro
Decisão polêmica: Ibovespa busca recuperação depois de temor de recessão nos EUA derrubar bolsas ao redor do mundo
Temores de uma recessão nos EUA provocaram uma forte queda em Wall Street e lançaram o dólar de volta à faixa de R$ 5,85
Haddad solta o verbo: dólar, PIB, Gleisi, Trump e até Argentina — nada escapou ao ministro da Fazenda
Ele participou na noite de sexta-feira (7) do podcast Flow e comentou sobre diversos assuntos caros ao governo; o Seu Dinheiro separou os principais pontos para você
O último pibão de Lula? Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, mas alta dos juros já cobra seu preço
Depois de surpreender para cima nos primeiros trimestres de 2024, PIB cresce menos que o esperado na reta final do ano
Governo zera impostos de importação de alimentos em tentativa de conter alta dos preços — e já indica que vem mais medidas por aí
Governo zera tributos para a importação de alimentos. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, revelou que Lula aprovou uma série de outras medidas para conter a alta dos preços dos alimentos
Mata-mata ou pontos corridos? Ibovespa busca nova alta em dia de PIB, medidas de Lula, payroll e Powell
Em meio às idas e vindas da guerra comercial de Donald Trump, PIB fechado de 2024 é o destaque entre os indicadores de hoje
Quando você é o técnico: Ibovespa busca motivos para subir em dia decisão de juros do BCE
Além do BCE, os investidores seguem de olho nas consequências da guerra comercial de Donald Trump
A conta de luz não vai subir: Lula assina decreto para impedir reajuste graças ao “bônus Itaipu”
Com a assinatura da medida, o petista suspendeu o aumento de 6% na tarifa de Itaipu Binacional que estava previsto para este mês
Escolha de Gleisi para articulação política “atravessa o samba” da bolsa: Ibovespa amplia queda e dólar vai às máximas
Nova responsável pela articulação política do governo Lula, Gleisi Hoffmann expôs em vários momentos divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Entre a crise e a oportunidade: Prejuízo trimestral e queda no lucro anual da Petrobras pesam sobre o Ibovespa
Além do balanço da Petrobras, os investidores reagem hoje à revisão do PIB dos EUA e à taxa de desemprego no Brasil
Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump
Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump