Selic pode ir a 11,25%, segundo Campos Neto; veja ações que mais podem valorizar com o ciclo de queda dos juros
Otimismo do presidente do Banco Central reflete janela de oportunidade disponível na Bolsa brasileira
Vêm aí mais dois cortes na taxa básica de juros? Muito provavelmente. E quem fez o mercado cimentar essa expectativa foi o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após declarações feitas na última semana.
Em entrevista a um canal de TV, o presidente do BC afirmou que é difícil dizer até onde vai o ciclo de redução dos juros. Mas uma coisa é certa: até o fim de janeiro, pode-se esperar por uma Selic chegando a 11,25% ao ano.
“Agora iniciamos o processo de cortes das taxas. É difícil dizer onde isso vai terminar, creio que isso depende de vários diferentes fatores, mas acho que o Brasil está fazendo certo. Estou confiante de que seremos capazes de estabilizar a inflação”, afirmou Campos Neto.
“A única coisa que podemos dizer é que o corte de 0,50 ponto é o apropriado a seguir nas próximas duas reuniões. Depois disso, irá depender de várias coisas”, acrescentou.
Coincidência ou não, um novo frescor de otimismo tomou conta dos mercados brasileiros logo após as declarações de Campos Neto – especialmente no que diz respeito aos ativos de risco.
No dia seguinte à entrevista do presidente do BC (22), o Ibovespa, que é o principal índice da Bolsa de Valores, chegou a ultrapassar os 126 mil pontos – patamar que não era alcançado há mais de dois anos. Só nos últimos 30 dias, o índice já acumula uma alta de 10,46%. Seria esse só o começo de uma disparada das ações tupiniquins?
A janela de oportunidade está aberta na Bolsa
O principal fator de depreciação dos ativos de risco brasileiros, desde julho de 2021, foi o aumento das taxas de juros, tanto no Brasil quanto no exterior. Felipe Miranda, estrategista-chefe e co-fundador da Empiricus Research, ressalta: “a dinâmica agora é completamente oposta”.
“Se anteriormente havia receios de que o Copom dificilmente reduziria a Selic abaixo de 10,5% ao ano, agora as projeções para a taxa terminal já apontam para a casa de um dígito, enquanto se discute a possibilidade de acelerar o ritmo de cortes”, explica Miranda.
Além disso, o estrategista também lembra que, historicamente, o mercado subestima os ciclos de afrouxamento monetário – ou seja, a Selic costuma terminar mais baixa do que as projeções sugerem no início do ciclo de corte (uma subestimação de 1,5 ponto percentual, na média dos últimos sete ciclos).
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (27), a previsão é de que a Selic chegue aos 9,25% ao ano, até o fim de 2024, e aos 8,75% ao ano em 2025.
O mesmo boletim também trouxe uma nova redução das expectativas de inflação no Brasil em 2023, que foram de 4,55% para 4,53%. Essa é a terceira semana seguida em que os economistas reduzem a previsão para o IPCA no país.
Essa conjuntura esperada, de juros baixos somados a uma inflação cada vez mais controlada, traz uma pitada a mais de esperança para o desempenho dos ativos de risco, especialmente as ações da Bolsa.
Na visão de Miranda, não se deve esperar por um cenário sem desafios e, muito provavelmente, haverá volatilidade pela frente.
“Não veremos o Ibovespa subir 10% todo mês. Mas, de qualquer forma, os ativos locais permanecem em patamares atrativos, e as taxas de juros devem cair mais do que inicialmente previsto”, destaca o estrategista.
Isso significa que vemos, atualmente, uma janela de oportunidade aberta para o investidor na Bolsa, com ações ainda sendo negociadas abaixo do que realmente valem, e prestes a poderem valorizar drasticamente com os juros e inflação controlados.
“Assim como fomos drasticamente impactados no ciclo adverso de 2021 até o presente momento, agora podemos vivenciar sua oposição simétrica, embora poucos estejam devidamente posicionados para isso”, ressalta Miranda.
Felipe Miranda acredita que o rali de fim de ano já está em curso na Bolsa brasileira, mas não se engane: ainda dá tempo de se posicionar em ações que seguem baratas e com potencial de valorização no próximo ciclo de alta da B3.
Após declarações de Campos Neto, essas são as ações que você deveria comprar agora
É preciso estar com a carteira pronta para poder surfar o cenário positivo desenhado após as declarações de Campos Neto, presidente do Banco Central. E existem algumas ações brasileiras que, na visão de Felipe Miranda, são as com maior potencial de valorização no curto/médio prazo e que negociam atualmente por valores atrativos na Bolsa.
Essas ações recomendadas pelo estrategista-chefe fazem parte da Carteira 10 Ideias, que é atualizada mensalmente e divulgada de forma gratuita pela Empiricus Research. São empresas brasileiras que representam a melhor oportunidade de buscar proteção do patrimônio aliada ao potencial ganho de capital.
Atualmente, a lista contém ações como:
- Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo e que produz commodities cotadas na moeda norte-americana, o que representa uma ótima forma de dolarizar a carteira;
- E Weg (WEGE3), uma fabricante de equipamentos eletroeletrônicos que já valorizou mais de 24.000% na Bolsa desde o IPO, em 2000, e que negocia abaixo da sua média histórica dos últimos cinco anos.
O relatório completo, com essas e mais 8 ações recomendadas por Miranda para comprar agora, é disponibilizado gratuitamente pela Empiricus Research para qualquer brasileiro interessado.
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