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Bruna Martins
Bruna Martins
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e redatora dos portais Seu Dinheiro, Money Times e Empiricus. Já foi repórter do Metro Jornal SP e colaborou para Casa Vogue, além de ter experiência em comunicação corporativa e assessoria de imprensa.
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Obrigado, El Niño? Esta ação pode crescer com as ondas de calor e se tornar uma excelente pagadora de dividendos

Ruy Hungria, da Empiricus Research, recomenda investimento em empresa que pode se tornar uma ‘vaca leiteira’ da Bolsa com maior demanda por energia

Bruna Martins
Bruna Martins
23 de novembro de 2023
8:00 - atualizado às 11:53
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Imagem: Canva / Montagem: Bruna Martins

Existe um “lado bom” nos fenômenos climáticos que estão cada vez mais frequentes, como essa onda de calor que tomou boa parte do país na última semana?

Provavelmente não. Mas, falando de forma prática, é natural dizer que determinadas empresas podem ser beneficiadas por esses desarranjos do clima – e que você pode, sim, ganhar dinheiro com isso.

Esse é o caso de uma ação citada pelo analista Ruy Hungria, especialista em ativos da Bolsa, que pode voltar a alcançar suas máximas em caso de uma maior demanda de energia ligada ao aumento das temperaturas. 

Trata-se de um papel que, segundo o analista, é ótima opção para o investidor focado no longo prazo, já que a empresa tem chances de se tornar uma importante “vaca leiteira” da Bolsa dentro de alguns anos.

Ou seja: uma companhia que poderá encher o bolso do acionista de dividendos em um futuro próximo – e que ainda está sendo negociada por um preço atrativo.

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Um breve histórico do setor de energia

Antes de mais nada, é preciso que você, investidor, esteja atento a um breve histórico de comportamento das ações do setor de energia nos últimos anos. Isso pode ajudá-lo a entender a razão por trás de alguns preços e resultados vistos no mercado atualmente. 

Segundo Ruy Hungria, em entrevista concedida ao programa Giro do Mercado, são basicamente três fatores que contam essa história. Em primeiro lugar, a economia ainda fraca, durante os anos de pandemia, fizeram a demanda por energia diminuir no país. 

Combinado a isso, uma grande leva de novos ativos de geração solar e eólica também ajudou a gerar uma sobreoferta de energia no Brasil. E baixa demanda junto com alta oferta é a receita perfeita para a baixa nos resultados (e nos preços das ações). 

Por fim, o alto índice de chuvas no país, desde o ano passado, tornou as termelétricas praticamente inúteis. Isso acontece porque elas costumam ser chamadas para suprir a produção de energia quando as hidrelétricas não dão conta de gerar a quantidade necessária para as cidades (esses são os chamados despachos).

Essa ação pode estar começando sua ‘volta por cima’

Normalmente, esse baixo índice de despachos já não poderia ser considerado definitivo para os próximos anos pois, como bem lembrou Ruy, é impossível prever o comportamento do clima e como isso irá influenciar a demanda por energia no país. 

Mas foi assim que boa parte do mercado se comportou com relação à uma ação do setor em específico, projetando esse pessimismo dos últimos meses para os próximos anos: a de Eneva (ENEV3).

Em março deste ano, por exemplo, o papel ENEV3 chegou a bater a mínima de R$ 10,16, logo após a divulgação dos resultados do 4º trimestre de 2022.

Mas Ruy Hungria recorda: “boa parte desse pessimismo com os despachos também já está incorporado nos preços, e não deveria afetar muito o humor se as coisas continuarem como estão”. 

Por isso, é mais provável que haja um movimento de alta da ação, em caso de melhora nas perspectivas de despachos, do que de baixa. Ou, nas palavras de Ruy: “nos preços atuais, há espaço para surpresas positivas e pouco espaço para surpresas negativas”.

A onda de calor que tomou o país fez crescer o uso de equipamentos de ventilação, como climatizadores e ar-condicionados. Com isso, a demanda por energia sofreu uma alta de 30% a 40%, e as termelétricas da Eneva foram novamente colocadas para trabalhar. 

Isso estimulou o mercado a adotar uma visão mais otimista sobre a ação da companhia nas últimas semanas. Só no mês de novembro, a ação ENEV3 já valorizou 18,8% (cotada atualmente a R$ 12,86).

É por isso que, junto com a estimativa de que as altas temperaturas se tornem cada vez mais frequentes no país, crescem também as boas perspectivas para os resultados da companhia. 

VEJA TAMBÉM: O analista Ruy Hungria recomenda 5 ações para quem busca dividendos ‘gordos’ na Bolsa; acesse os tickers neste relatório gratuito

Por que essa ação pode ser a mais beneficiada?

Na visão de Ruy Hungria, Eneva pode ser mais beneficiada do que outras termelétricas no cenário de aumento das demandas por despachos. Acontece o seguinte: pelo simples fato de estarem disponíveis para serem acionadas a qualquer momento, essas companhias já têm direito a uma receita fixa. 

No entanto, no caso de Eneva, a receita fixa não é tão relevante para os resultados frente à receita variável. Isso porque a companhia produz o próprio combustível que é utilizado ao gerar energia pelas termelétricas, o que torna essa geração muito mais barata – aumentando consideravelmente as margens de sua receita.

É por isso que, por mais que a receita fixa seja importante, a grande geração de valor pro modelo de negócio da Eneva está em sua receita variável – muito mais do que em outras empresas do setor. 

“Nesse cenário, acaba sendo muito bom para a Eneva se continuarmos tendo uma demanda forte de energia. Por um lado sofremos com o calor, mas por outro a companhia consegue aproveitar esse momento até melhor que outras do setor”, explica Ruy.

VEJA MAIS: Todo investidor de dividendos deveria ter essas 5 ações na carteira agora, segundo Ruy Hungria; confira os nomes gratuitamente aqui

Dividendos: ENEV3 é potencial ‘vaca leiteira’

Para tentar se defender de um possível cenário com despachos escassos por muito tempo, Eneva fez grandes investimentos em setores que são menos dependentes disso nos últimos anos, como compras de complexos solares e usinas de geração a gás. 

Isso foi importante para os resultados do 3T23, que foram bons e sólidos devido a essa diversificação. Só que essa estratégia teve um reflexo no endividamento. E, agora, a companhia vive um momento de desalavancagem, usando a geração de caixa para pagar essas dívidas.

Por isso, Eneva não distribui pagamentos a seus acionistas atualmente. No entanto, Ruy destaca que esse é um tipo de negócio tipicamente gerador de caixa e distribuidor de dividendos se pensarmos em um prazo maior. 

Não é à toa que o analista recomenda a compra da ação com foco no retorno de longo prazo – apostando em uma empresa que tem tudo para se tornar uma grande “vaca leiteira” da Bolsa brasileira dentro de poucos anos.

Mas enquanto o longo prazo não chega…

ENEV3 é uma ação recomendada para quem busca bons dividendos na Bolsa – mas ela não está no Top 5 indicado por Ruy Hungria, analista da Empiricus Research. 

Enquanto aguarda por uma valorização de ENEV3 e os dividendos “gordos” que ela pode vir a distribuir em alguns anos, você já pode investir, também, em outras ações da Bolsa que têm potencial de fazer excelentes pagamentos já nos próximos meses.

Essas outras cinco empresas também são recomendadas pelo analista Ruy Hungria, da Empiricus Research. Para conhecer as indicações e a tese de investimento por trás de cada uma delas, basta clicar no link abaixo e inserir o seu e-mail. Em poucos minutos, o relatório gratuito estará disponível em sua caixa de entrada. 

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