O sonho acabou? Magalu (MGLU3) derrete -11% em junho e Luiza Trajano pede ‘socorro’: veja se ainda há esperança para a varejista

Tudo que é bom dura pouco? É o que parece para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) em junho. A varejista, que vinha animando os investidores com um salto em 2023, decepcionou no mês passado com uma queda de -11%.

No início do ano, a ação chegou a subir quase 75% e, no acumulado até agora, entregou uma alta de pouco mais de 30%. Mas foi no último mês que as coisas começaram a “desandar”.

Nesta quinta-feira (6), às 16h35, a ação está caindo -6,7%. Nos últimos 5 dias, já houve uma performance negativa de -9%... 

Afinal, o que está acontecendo para essa mudança de rota do Magazine Luiza?

Os investidores ainda olham desconfiados para os papéis do Magalu. Se por um lado existe a perspectiva da ação se beneficiar com a queda dos juros, de outro há o receio da empresa demorar muito a se recuperar.

Essas incertezas fizeram os analistas do JP Morgan reduzirem a recomendação de “compra” para “neutra”: 

Mas, na contramão do JP Morgan, os analistas da Empiricus Research recomendaram a compra de MGLU3 na carteira de 10 melhores ações para investir em junho.

A seguir, explico o que está em jogo para a ação no cenário atual e o que o investidor deve fazer com os papéis.

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O que ainda faz Magalu tropeçar: os juros nas alturas

A história do Magazine Luiza muita gente já sabe: a varejista vem passando por um longo período de tropeços em meio à Selic alta, visto que o consumo dos brasileiros reduziu com os juros do cartão de crédito mais caros e o acesso mais difícil a empréstimos.

Nesse cenário, as pessoas evitam comprar eletrodomésticos, eletrônicos e outros bens duráveis, que são os principais produtos da empresa de Luiza Trajano.

Isso fez os resultados da empresa derreterem e, consequentemente, suas ações também.

Afinal, o mercado não via sentido em investir em uma empresa que estava “mal das pernas” enquanto poderia buscar lucro com ativos mais seguros como o Tesouro Selic, por exemplo.

Mas agora o cenário pode mudar para a empresa. Depois de muita insistência de Luiza Trajano, a estimativa do mercado é que os juros comecem a reduzir já na próxima reunião do Copom, em agosto.

O afrouxamento monetário pode aumentar o consumo das famílias, que pode voltar às compras. Ou seja: se um dia a Selic foi a “vilã” para a companhia, agora pode ser a salvação.

Em entrevista ao programa Giro do Mercado, o analista-chefe da Empiricus Research, João Piccioni, afirmou que o cenário para a empresa pode começar a melhorar e há espaço para investir:

“No momento que houver uma folga no orçamento dos brasileiros – que hoje ainda está apertado –, o Magazine Luiza vai conseguir voltar a ocupar um espaço interessante junto às pessoas”.

Mas embora o setor de varejo seja um dos maiores beneficiados com a queda dos juros, a bolsa como um todo pode surfar esse cenário e é preciso se posicionar certo para aproveitar os lucros.

Piccioni acredita que, além do Magazine Luiza, há outras 9 ações que também podem se dar bem quando a Selic começar a cair e são consideradas as melhores da bolsa neste momento.

A equipe da Empiricus Research listou MGLU3 e esses outros papéis em um relatório das 10 ações mais promissoras para investir em julho (é possível conhecê-las clicando aqui).

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‘Magalu é uma aposta mais arriscada, uma pimentinha, mas eu gosto’

Embora as ações do Magazine Luiza não tenham alegrado muito os investidores em junho, Piccioni defende que ainda há uma oportunidade de lucro com o papel e diz que é hora de comprar.

O motivo para a recomendação é que, como ele diz, “nos preços atuais a ação está largada ao limbo”. Ou seja: foi esquecida pelo mercado e está sendo negociada abaixo da média histórica.

Além disso, o analista defende que a empresa já passou por um período negativo anteriormente e reverteu a situação muito bem.

Ele se refere a uma época em que o Magalu quase foi à falência em 2015, em meio a uma forte recessão econômica. Os juros no país chegaram ao patamar de 14,25% ao ano e as ações MGLU3 caíram no esquecimento do mercado, chegando a valer R$ 0,03.

Mas quem investiu na ação nessa época e segurou até 2020 – quando a empresa estava com um melhor gerenciamento e os juros foram para 2% ao ano – lucrou mais de 91.000%:

É claro que rendimentos passados não garantem lucros futuros, mas Piccioni afirma que a empresa já passou por um turnaround (processo de reestruturação) e tem tudo para fazer de novo:

“Não acho que é uma empresa que está super barata, mas dado o que a gente já viu a companhia fazer no passado, parece que tem uma oportunidade aí.

Dentre as especulativas do setor de varejo, o Magazine Luiza é a melhor. Eles sabem lidar com a questão da logística e, olhando para os concorrentes, é a companhia mais bem posicionada”.

Não é à toa que, neste mês, o papel continua na carteira de 10 melhores ações para investir no cenário atual. João defende que MGLU3 é a “pimentinha” da carteira. Ou seja, é uma pitada de risco.

Mas, como todo investimento tem um risco, não é recomendado investir apenas em MGLU3. 

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A equipe de análise montou um portfólio completo que combina papéis mais defensivos e outros mais arriscados para equilibrar um alto potencial lucrativo com segurança para surfar a iminente queda dos juros.

São 10 ações que estão baratas nos patamares atuais e que, na visão dos analistas, têm espaço para valorização.

Uma ação específica, por exemplo, pode saltar quase 60%. 

E quem se posicionar agora pode aproveitar os ganhos desta carteira que, em junho, rendeu 10% acima do Ibovespa.

A boa notícia é que a carteira completa de ações pode ser acessada de graça, graças a uma cortesia da Empiricus Investimentos, a corretora do grupo.

Nem um centavo será cobrado para conhecer quais são os 10 tickers mais promissores do mês. Basta clicar no botão abaixo e seguir as instruções: