O que acontece com a renda fixa diante da ‘queda de braço’ entre o Banco Central e Lula? Entenda e veja onde investir
Sem um consenso sobre os rumos da meta de inflação e dos juros para 2023, uma atitude pode ser necessária agora
Foi ao ar, na semana passada (13), a entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no programa Roda Viva da TV Cultura.
A conversa com o comandante da autoridade monetária do país aconteceu em um momento delicado da relação entre o Banco Central e o novo governo. Nas últimas semanas, o presidente Lula tem criticado duramente o nível da taxa básica de juros, a Selic.
Diante disso, o principal assunto da conversa com Campos Neto foi a possível mudança na meta da inflação. Entretanto, ele foi categórico em dizer que o Banco Central é contra.
Embora tenha citado várias vezes a necessidade de construir pontes com o novo governo, o fato é que o presidente do BC tem uma visão oposta a do presidente Lula.
E ao que tudo indica, a “queda de braço” entre a autoridade monetária e o novo governo está longe de terminar. No dia seguinte (14), a Broadcast veiculou a notícia de que Lula teria avisado a equipe econômica que quer aumentar 1 ponto percentual na meta da inflação.
Nesse cenário, a volatilidade do mercado aumenta e muitos investidores tendem a se “refugiar” na renda fixa.
Mas pode ser preciso agir rápido: afinal mudanças nos juros e na inflação tendem a impactar diretamente o rendimento dos títulos de renda fixa.
Mas afinal, o que significa aumentar a meta?
Embora todos nós sintamos os efeitos da inflação, entender por que ela existe e o que a faz aumentar ou diminuir é um assunto difícil. Assim, toda essa discussão sobre a meta da inflação parece adicionar um nível maior de complexidade, especialmente para o investidor iniciante.
Mas, vou tentar explicar aqui de forma resumida. O trabalho do Banco Central é garantir o desenvolvimento econômico e um dos principais desafios da autoridade monetária é controlar a inflação.
Para isso, o BC tem uma meta, definida pelo governo, que ele precisa alcançar a cada ano. Assim, se a inflação está muito acima da meta, uma das estratégias adotadas pode ser o aumento da taxa básica de juros, a Selic.
Com os juros mais altos, a economia tende a se desaquecer e a pressão sobre os preços diminui, o que contém o ímpeto inflacionário.
Hoje, o cenário é o seguinte: a meta para 2023 é de 3,25% a.a. Assim, num esforço de chegar o mais próximo possível da meta, o BC optou por manter a Selic em 13,75% a.a. na última reunião do Copom.
Além disso, a instituição leva em consideração outros aspectos para justificar a manutenção da Selic nesse patamar, como por exemplo as pressões inflacionárias pós-pandemia e a possibilidade de um novo governo mais “gastador”.
Essa decisão, não agradou nem um pouco o presidente Lula, que chamou de “vergonhosa” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
Qual a estratégia de Lula?
Na visão do presidente, 3,25% ao ano como meta de inflação é algo fora da realidade do Brasil. Para Lula, uma inflação de 4,5% estaria de bom tamanho.
O principal motivo para o presidente querer aumentar a meta da inflação é reduzir a Selic. Acontece que, se a meta de inflação subir 1 ponto percentual, teoricamente não haveria motivos para manter a taxa básica de juros a 13,75% ao ano.
Assim, num cenário de queda da Selic, o presidente poderia colocar em prática o plano de estimular o desenvolvimento econômico brasileiro é por meio da oferta de crédito e expansão monetária.
Campos Neto pensa diferente…
Já para o presidente do Banco Central, a ideia de aumentar a meta da inflação tem justamente o efeito contrário ao esperado por Lula.
Durante a entrevista no Roda Viva, Campos Neto explicou que ao aumentar a meta, “a expectativa de inflação não só vai para a meta nova como ela vai ganhar um prêmio maior ainda". Então, ao invés de ganhar flexibilidade, vai perder.”.
Ou seja, na visão de Campos Neto, uma meta de inflação maior não vai necessariamente reduzir a Selic, visto que nesse cenário a expectativa tanto para inflação quanto para a taxa de juros tendem a aumentar.
Isso já tem acontecido, diante da “queda de braço” entre o Banco Central e Lula, o Boletim Focus registrou alta na expectativa da inflação pela nona vez consecutiva.
O mesmo aconteceu com a Selic. Depois de algumas semanas mantendo a previsão de 12,50% para 2023, o Boletim Focus registrou alta de 0,25 pontos percentuais.
Nesse cenário, até mesmo os ativos de renda fixa são impactados, afinal, os preços desses títulos variam de acordo com a expectativa do mercado para a inflação e taxa básica de juros no futuro.
E, até que haja uma definição sobre o futuro da meta de inflação, os investimentos de renda fixa podem ser afetados.
Por isso, se você não quer perder dinheiro na renda fixa, não dá para sair comprando qualquer título.
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Como escolher os melhores títulos de renda fixa para este momento?
Considerando que Campos Neto ficará no comando do Banco Central até dezembro de 2024, é possível que essa discussão se estenda por mais tempo.
Nesse contexto incerto dois cenários diferentes podem se desenhar na renda fixa:
- Se o governo decidir aumentar a meta da inflação na “canetada”, é provável que os juros caiam e, por consequência os títulos prefixados vão pagar prêmios menores;
- Por outro lado, com a queda dos juros, é provável que a inflação aumente. Nesse cenário, os ativos antigos atrelados ao IPCA serão beneficiados. Contudo, o valor prefixados dos novos títulos tende a diminuir, já que as expectativas de inflação aumentam.
Entretanto, se qual for o cenário, você pode ter acesso aos melhores títulos da renda fixa diariamente. Por exemplo, você sabia que tem um CRI pagando IPCA + 8,2% ao ano, isento de IR?
Além disso, é possível encontrar CDBs prefixados rendendo 15,71% ao ano. Com essa rentabilidade é possível dobrar o valor investido em 5 anos.
Provavelmente, estes produtos não são oferecidos pelos bancões para todo mundo. E quando eles aparecem no mercado, não costumam ficar disponíveis por muito tempo.
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