Maxi Renda (MXRF11) e outros 8 fundos imobiliários anunciam emissões de cotas na reta final de 2023; quais valem a pena?
As últimas semanas marcaram uma disparada no volume de emissões de cotas dos fundos imobiliários; analista abre 6 recomendações de FIIs que valem a pena
Os fundos imobiliários viraram destaque dos jornais nas últimas semanas. O motivo é que há uma longa lista de FIIs anunciando novas emissões de cotas na reta final do ano. Só nos últimos dias, 9 fundos anunciaram ofertas no mercado.
Veja a lista das emissões anunciadas até o momento em que escrevo essa reportagem:
CÓDIGO DO FUNDO | NOME DO FUNDO | SEGMENTO | VALOR DA OFERTA |
VISC11 | VINCI SHOPPING CENTERS | Shoppings | R$ 700 milhões |
MXRF11 | MAXI RENDA FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO | Crédito Imobiliário | R$ 600 milhões |
RPRI11 | RBR PREMIUM RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS | Crédito Imobiliário | R$ 255,79 milhões |
RVBI11 | VBI REITS FOF | Fundo de Fundos | R$ 750 milhões |
KNHF11 | KINEA HEDGE FUND | Multiestratégia | R$ 790,43 milhões |
BTIR11 | BTG PACTUAL CRÉDITO PARA INCORPORAÇÃO | Incorporação | R$ 484,54 milhões |
PVBI11 | VBI PRIME PROPERTIES | Lajes Corporativas | R$ 600 milhões |
BLMG11 | BLUEMACAW LOGÍSTICA | Logística | R$ 50 milhões |
SNEL11 | SUNO ENERGIAS LIMPAS | Energias Limpas | R$ 100 milhões |
TOTAL: R$ 4,3 BILHÕES |
Juntas, as emissões somam pelo menos R$ 4 bilhões. Segundo a Anbima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, foram captados mais de R$ 20 bilhões neste ano, considerando as emissões de fundos imobiliários e Fiagros até setembro.
Este montante já é muito próximo do total captado em 2022, que foi de R$ 21,8 bilhões. Agora, se todas as emissões anunciadas se concretizarem, o mercado de FIIs pode superar essa marca com folga.
Mas, afinal, o que está por trás do rali de emissões de cotas dos fundos imobiliários? E, mais do que isso, quais são as emissões que realmente valem a pena para o investidor?
Em entrevista ao Giro do Mercado, Caio Araujo, analista de fundos imobiliários da Empiricus Research, respondeu a essas perguntas e, ainda, indicou o seu FII preferido para o momento. Confira:
A que se deve a disparada de emissões de cotas dos fundos imobiliários?
Na visão de Araujo, o movimento de “disparada” nas emissões de cotas dos FIIs tem dois motivos preponderantes. São eles:
- A queda da taxa de juros. Com a taxa Selic em trajetória de queda, os investidores passaram a olhar com “carinho” para os FIIs, veículos que historicamente têm potencial de capturar valor em períodos de queda dos juros, seja por meio do pagamento de dividendos “gordos” ou pela valorização das cotas. Com isso, a demanda por esse tipo de produto cresceu, então há uma aceleração na quantidade de ofertas;
- A consolidação da indústria. Como é esperado em uma indústria de crescimento, há um ritmo acelerado de incorporações dos FIIs nas últimas emissões. Basicamente, alguns FIIs menores e com estratégias mais “travadas”, que têm gestão passiva, estão sendo incorporados por fundos maiores e com portfólios mais robustos, trazendo uma consolidação desse mercado.
Além disso, o analista destaca que, em novembro, ainda há uma aceleração das ofertas motivada pela reavaliação patrimonial dos fundos imobiliários. “Há uma sazonalidade… A maioria das avaliações patrimoniais de tijolos é feita em dezembro, então você tem uma corrida dos fundos em novembro já olhando para a valorização da cota patrimonial”, explica.
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O que analisar antes de participar das emissões?
Para quem deseja aproveitar as emissões de cotas, Araujo alerta que existem sim boas oportunidades, mas que é preciso saber escolher bem.
“Nessas últimas ofertas, os fundos estão atrás do momento de mercado favorável, com ofertas mais agressivas, por isso têm que ter um pouco mais de cuidado”, afirma. Pensando nisso, Araujo pontuou 3 itens para analisar antes de participar de alguma dessas emissões:
- Perfil de risco
Em primeiro lugar, Araujo pontua que é sempre importante olhar o perfil de risco dos FIIs. “Principalmente em ofertas novas, de FIIs que estão em IPO, é essencial que o investidor olhe o nível de risco do fundo”, afirma.
Ele explica que um fundo imobiliário pode estar prometendo um dividend yield elevado, por exemplo, mas se expondo a um nível de risco mais elevado para poder cumprir com essa projeção. “Não estou dizendo que isso é culpa do fundo, é para alinhar se esse é o nível de risco que você está topando correr”, diz.
- Viabilidade
Para ilustrar o retorno esperado do fundo, as gestoras costumam elaborar uma seção de viabilidade, com suas estimativas sobre a estratégia. Primeiro, vale analisar se as premissas utilizadas condizem com a realidade.
Além disso, verificar se a remuneração dos imóveis é sustentável no longo prazo. “Vimos nas últimas ofertas bastante parcelamento de compra. Você compra um ativo, paga a primeira parcela hoje e a próxima só daqui 12 meses. Isso eleva o dividend yield de curto prazo do FII, de forma que não seja sustentável no longo prazo”, explica.
- Custos
Por fim, Araujo recomenda checar se os custos estão transparentes nas comunicações do fundo e se eles estão integralmente presentes no preço da oferta. “Todo prospecto contém uma seção detalhada sobre despesas de estruturação e distribuição das cotas para melhor visualização”, diz.
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PVBI11 e mais 5 oportunidades para aproveitar com FIIs
Para aproveitar a “disparada” das emissões de cotas dos FIIs, Araujo recomenda uma que está dentro do prazo e de que gosta muito, que é o fundo VBI Prime Properties (PVBI11).
Trata-se de um FII de lajes corporativas, com foco em lajes triple A em regiões bastante tradicionais da cidade de São Paulo, como Itaim Bibi, Vila Olímpia e a Faria Lima. “É uma oferta de mais de R$ 600 milhões, com uma perspectiva interessante, que acrescenta diversificação e rentabilidade ao fundo”, afirma.
Na visão de Araujo, entrando na oferta hoje, há um potencial de crescimento de 15% para o fundo, além de uma perspectiva de dividendos na casa de 7% a 8% no ano.
Mas essa não é a única recomendação de Araujo para o momento. Além dela, existem pelo menos outros 5 fundos imobiliários que também se encontram em uma oportunidade de compra, segundo o analista.
São FIIs com um bom histórico de gestão, com liquidez robusta, de diferentes setores e estratégias de atuação e com perspectiva de ganhos em duas frentes:
- Com a valorização das cotas; e
- Com o pagamento “gordo” de dividendos.
Esses FIIs foram recomendados por Araujo em um relatório gratuito, disponível para qualquer pessoa interessada. Para acessar, basta clicar no botão abaixo e seguir o passo a passo para liberar o seu acesso.
Pode ficar tranquilo, pois você não paga nada para acessar as indicações do analista. É tudo gratuito, como uma cortesia da Empiricus Research para os investidores.
Portanto, eu sugiro que você libere seu acesso e ao menos dê uma “espiada” nos FIIs recomendados. Depois você decide se essas indicações fazem sentido para o seu patrimônio: