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Leticia Camargo
Leticia Camargo
Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Já passou por agência de marketing digital, onde trabalhou com estratégias de SEO e marketing de conteúdo.
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Lemann vai andar de classe econômica para salvar a Americanas (AMER3)? Saiba o que esperar da varejista após plano de recuperação judicial

Analistas respondem o que esperam para as ações da Americanas após Lemann e sócios apresentarem plano de recuperação judicial para a varejista na última segunda-feira (20)

Leticia Camargo
Leticia Camargo
22 de março de 2023
12:00 - atualizado às 7:56
Montagem com Jorge Paulo Lemann e o logo da Americanas (AMER3)
Montagem com Jorge Paulo Lemann e o logo da Americanas (AMER3) - Imagem: Montagem Seu Dinheiro

A Americanas (AMER3) virou destaque nos jornais após entregar o seu plano de recuperação judicial na noite da última segunda-feira (20). 

Os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira insistiram na proposta de aporte de R$ 10 bilhões, montante que vinha sendo rejeitado pelos principais credores da varejista.

Na semana anterior, fontes envolvidas nas negociações afirmaram que os credores da Americanas queriam que o trio de bilionários injetasse diretamente a quantia de R$ 12 bilhões na empresa.

Para chegar a este valor, além do aporte de R$ 10 bilhões, os bilionários alegaram no plano de recuperação judicial que a varejista teria R$ 2 bilhões a receber pela venda da rede Hortifruti, pela participação na Uni.co e com a venda de um jatinho avaliado em mais de R$ 40 milhões.

No entanto, para que a proposta vá para frente, é necessária a aprovação dos credores.

Após a notícia, o mercado se animou e as ações AMER3 chegaram a subir 5,5% no pregão, por volta das 13h15 de terça-feira (21). Ainda assim, a baixa acumulada no ano é de mais de 90%.

A seguir, veja o que está em jogo para a Americanas e o que fazer com os papéis da varejista.

Entenda o que está em jogo para a Americanas

É estimado que a Americanas tenha acumulado cerca de R$ 43 bilhões em dívidas. O rombo financeiro veio à tona em janeiro deste ano, quando o então CEO, Sérgio Rial, expôs as inconsistências contábeis da companhia.

Agora, se o plano de recuperação judicial for aceito pelos credores, a varejista passará a ter R$ 4,9 bilhões de dívida bruta em seu balanço.

Mas o problema, como dito acima, é o aporte prometido por Lemann e seus sócios na Americanas. O valor já foi proposto e recusado na última reunião com os credores, havendo expectativa de que os bilionários aumentassem a proposta.

De acordo com o plano, os credores trabalhistas serão pagos em até 30 dias a partir da homologação da recuperação judicial. Aos grandes bancos, os sócios propuseram converter a dívida em participação na Americanas.

Porém, a dúvida que fica é se os credores aceitarão a proposta. No fato relevante protocolado no fim da noite de segunda-feira (20), a Americanas deixou claro que ainda não há acordo.

“Esse não deve ser o plano final, mas tampouco é algo apenas para cumprir obrigação legal”, afirmou o atual CEO da Americanas, Leonardo Coelho, ao Broadcast.

O que os analistas recomendam?

Do lado do investidor, a recomendação é acompanhar o desenrolar da recuperação judicial da Americanas de fora das ações. É o que aconselham os analistas da Empiricus Research, a maior casa de análise financeira independente do país.

Na visão deles, as ações da Americanas já haviam perdido a atratividade muito antes do rombo financeiro. Isso porque, com os juros altos, as varejistas são as empresas que mais sofrem, principalmente as que dependem da venda de eletrodomésticos.

Os juros altos obrigam os consumidores a entrar em um dilema entre pagar as contas básicas e quitar os carnês dessas lojas.

Agora, além de endividada, a Americanas virou uma empresa em recuperação judicial. A recomendação dos analistas é fugir de empresas assim e, ao invés disso, apostar naquelas que eles consideram ações “quality”.

Na prática, isso quer dizer investir em papéis de empresas sólidas na bolsa, rentáveis e, de preferência, que paguem bons dividendos.

Para o mês de março, os analistas estão recomendando 10 ações de empresas que acreditam que se encaixam neste perfil. Uma delas, inclusive, tem potencial para valorizar 80% no médio a longo prazo.

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Em um relatório gratuito (veja como liberar seu acesso aqui), os analistas da Empiricus Research listaram 10 ações de empresas em que veem potencial para o mês de março.

São papéis de empresas que, como dito acima, têm um histórico sólido na bolsa e, devido aos juros altos, foram penalizados além da conta. Ou seja, ficaram baratos demais.

Na prática, comprar essas ações agora, no atual patamar de preço, é uma oportunidade de se posicionar estrategicamente para poder buscar lucro lá na frente. Isso porque, assim que a bolsa esboçar qualquer sinal de retomada, esses papéis podem ser os primeiros a “surfar” essa alta.

A boa notícia é que o acesso à lista de 10 ações elaborada pelos analistas foi liberado gratuitamente, como uma cortesia da Empiricus Investimentos, a corretora do grupo.

Para consultar os papéis de empresas recomendados, basta clicar no botão abaixo e completar o seu cadastro gratuito:

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