Intelbras (INTB3): mesmo após 3T23 fraco, analista acredita que ação ainda pode se tornar uma verdadeira ‘vaca leiteira’; veja por que comprar
Analista da Empiricus Research diz que ‘é preciso ter estômago para o curto prazo’ e confiar no potencial da ação
Desapontado, porém não surpreso: foi assim que o mercado reagiu após a divulgação dos resultados de Intelbras (INTB3) relativos ao terceiro trimestre de 2023. Com números fracos – e até um pouco piores do que já era esperado pelos especialistas – o balanço deixou muita gente com dúvida sobre a viabilidade de seguir “apostando” na performance da companhia.
Não à toa, as ações de INTB3 fecharam o pregão de segunda-feira (30) em baixa de 3,30%, a R$ 18,74. Já no dia seguinte, o papel chegou a cair 4,3%, alcançando a mínima de R$ 17,92 ao longo do dia.
O balanço apresentado pela companhia reportou um lucro líquido de R$ 111 milhões no 3T23 – número 9,6% menor que o mesmo período do ano anterior (R$ 122,7 milhões).
A companhia também teve uma receita operacional líquida de R$ 934 milhões no trimestre, indicando uma queda de 3,8% na comparação sequencial e de 17,6% na comparação anual.
Mas nem tudo foi tão ruim assim. Por outro lado, as despesas operacionais apresentaram bom desempenho, com um crescimento de apenas 2,1% quando comparadas com o 3T22 e queda de 9,8% na comparação sequencial.
Com isso, o Ebitda da Intelbras alcançou R$ 128 milhões no terceiro trimestre (queda de 6,9% frente ao 2T23), e a margem Ebitda caiu apenas 0,5 pontos percentuais, atingindo 13,7%.
Mas, depois de tantos números, o que importa mesmo ao investidor é saber: vale a pena investir em INTB3 agora ou é hora de tirar a ação da carteira?
Afinal, Intelbras ainda pode guardar novas surpresas ruins para os próximos balanços, ou o pior já passou e a ação tem potencial de gerar bons lucros e dividendos num futuro próximo?
‘O investidor precisa ter estômago para o curto prazo’
A Intelbras trouxe uma série de justificativas para os dados ruins apresentados no balanço. Uma delas foi um descasamento entre vendas e faturamento – em resumo, vendas que ocorreram no período mas que serão reportadas apenas no balanço do quarto trimestre.
Outra razão apresentada é uma acomodação de estoques no canal de distribuição, originando a queda sequencial de faturamento.
Para o analista Richard Camargo, da Empiricus Research, não é hora do investidor se desesperar. Na verdade, os números – ruins, é verdade – vieram em linha com o que já era esperado para o trimestre, especialmente no que diz respeito à vertical de energia solar da companhia.
Mas, em entrevista ao programa Giro do Mercado, o analista lembrou que essa vertical representa apenas a menor parte da empresa. “Energia solar diz respeito a uma fatia muito pequena da Intelbras, se comparada aos dois grandes negócios dela, que são segurança – com quase 60% da receita total – e comunicação”, explica o analista.
“A maior parte do negócio ainda vai bem e com um histórico de crescimento entre 15% e 20% ao ano, com margens muito melhores que as do segmento de energia”, destaca Richard.
Outro ponto positivo de Intelbras, segundo o analista, é o fato de ela ser uma “empresa de caixa líquido” – ou seja, a própria geração de caixa é capaz de pagar por todos os investimentos que são feitos, sem a formação de dívidas.
Além disso, Richard lembra que a empresa consegue gerir bem esses problemas de curto prazo que vem enfrentando:
“O investidor precisa ter um pouco de estômago para o curto prazo. O terceiro trimestre trouxe respostas mas também trouxe novas perguntas que não estavam na cabeça dos investidores até agora e que vão ser respondidas nos próximos balanços”, afirma.
Aprendizado com aquisições
A má fama que a Intelbras ganhou no mercado recentemente tem como uma de suas origens a aquisição mal feita da Renovigi, uma empresa de energia solar, em fevereiro do ano passado.
Durante a entrevista, Richard destacou que a compra foi feita em um momento de pico do mercado e “pagando caro”. No entanto, ele diz que a própria companhia reconhece o erro cometido no negócio e que, por outro lado, ele trouxe aprendizados para a companhia.
Um desses aprendizados, por exemplo, pode ser visto em uma nova aquisição feita recentemente pela Intelbras: a compra de 55% da Allume, uma holding colombiana de também atua na área de comunicação e segurança, por R$ 24 milhões.
Segundo o analista, essa tentativa de internacionalização da companhia deve ser observada com um pé atrás. No entanto, o negócio envolve uma quantia que não é representativa dentro da empresa, comparado aos R$ 5 bilhões que a Intelbras vale hoje.
“Se, de fato, essa não for uma aquisição interessante, ela terá custado pouco para a companhia e não vai causar nenhuma grande distorção nos resultados”, explica.
INTB3: ação está barata e tem potencial para ser uma ‘vaca leiteira’
Para o analista Richard Camargo, vale continuar de olho no desempenho que a Intelbras apresentará nos próximos trimestres, especialmente com relação a problemas de curto prazo, como o de estocagem dos fornecedores. Mas ele guarda uma visão otimista para a companhia no futuro.
“A nossa expectativa é que se de fato isso se normalizar, a vertical de segurança vai voltar a crescer algo acima de 10% ao ano, o que é bastante positivo dado que as margens são bastante interessantes neste segmento”, destaca. Por esse otimismo, o analista segue recomendando a compra de INTB3.
“Intelbras é uma empresa que historicamente cresce de 15% a 20% ao ano, sempre foi muito bem gerida, conhece o mercado brasileiro e sabe operar aqui, além de ter relacionamento de longo prazo com os fornecedores e ser uma das poucas marcas que consegue se destacar no setor para o público geral”, explica o analista.
Além disso, ele lembra que a empresa não possui alavancagem financeira e nem tem previsão de fazer mais investimentos relevantes nos próximos anos.
Para Richard, o valuation “joga a favor” de INTB3. A estimativa é de que a ação negocie a cerca de 10x lucros para 2024. Ou seja: para ele, a ação está muito barata na bolsa – mesmo considerando que os resultados permaneçam no patamar atual – e representa uma grande oportunidade para o investidor.
É por isso que, na visão do analista, todas as características de INTB3 fazem com que ela possa ser considerada uma “bezerra” da bolsa: ação com potencial de, no futuro, se tornar uma excelente pagadora de dividendos. Ou seja, uma verdadeira “vaca leiteira”.
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Está claro que, para a Empiricus Research, INTB3 representa uma excelente oportunidade para o investidor na Bolsa. Mas é preciso lembrar que, para buscar ganhos com ações, é preciso sempre diversificar a carteira.
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