Em um cenário pessimista as ações da Centauro (SBFG3) podem valorizar 41%, mas não é para todo investidor; entenda
Saiba por que, mesmo depois de cair 40% em agosto, o CEO da Empiricus Research, Felipe Miranda, continua acreditando no potencial de valorização de SBFG3
No primeiro semestre de 2023, parecia que as ações do Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, tinham tudo para decolar. A ação inclusive foi recomendada por alguns bancos e casas de análise com boas estimativas de valorização. Veja:
Porém, o que muitos não contavam era que a companhia revertesse os lucros do 2T22 em prejuízo no 2T23. Entre abril e junho deste ano, o resultado líquido da companhia ficou negativo em R$ 32,5 milhões.
Os números não agradaram nem um pouco os investidores. No dia 8 de agosto, primeiro pregão após o balanço, as ações da dona da Centauro despencaram 25,77%. E, em agosto, o papel já caiu mais de 40%.
Nesse cenário, o Goldman Sachs, que recomenda montar posição na varejista esportiva, reduziu o preço-alvo da ação de R$ 18 para R$ 16.
Entretanto, mesmo com a redução do preço-alvo, o banco continua acreditando que o papel pode quase dobrar de valor, considerando a cotação do último fechamento (23).
Da mesma forma, os analistas da Empiricus Research, continuam apostando na ação e recomendaram a compra na carteira com as 10 melhores ações para investir em setembro.
Diante disso, a pergunta que fica é: por que investir em uma ação que já caiu tanto?
Para começar, é preciso entender o que fez as ações da Centauro (SBFG3) despencarem
Como disse anteriormente, a ação do Grupo SBF foi recomendada por mais de um banco. Ela, inclusive, é uma das indicações da carteira recomendada do CEO da Empiricus Research, Felipe Miranda. A ação entrou como indicação no “Palavra do Estrategista” em 7 de junho de 2023.
Para Miranda, um dos motivos de recomendar a ação naquele momento era se expor a ativos que poderiam se beneficiar da queda da Selic.
Mas, se os juros caíram, porque as ações da Centauro não valorizaram?
O analista voltou a falar do caso da varejista. Na avaliação dele, dois problemas, que não foram comunicados com antecedência, pegaram o mercado de surpresa e levaram a queda exagerada das ações.
O primeiro deles foi o nível de estoque da Fisia (marca distribuidora da Nike no Brasil). O grupo aumentou o volume de produtos no segundo semestre de 2022 por conta da Copa do Mundo e também para os seis primeiros meses de 2023.
Por conta de problemas logísticos, a companhia decidiu mudar a estratégia no início do ano, mas os pedidos de produtos da Nike já haviam sido feitos. Diante disso o estoque, que já era grande, ficou ainda maior.
O segundo impacto no resultado do Grupo SBF vem de um problema oriundo da pandemia. Naquele período, as cadeias de suprimentos estavam comprometidas e por isso, as lojas passaram a fazer pedidos maiores.
Assim, o Grupo SBF, como distribuidor oficial da Nike no Brasil, também conta com clientes de atacado, que haviam realizado pedidos maiores.
Entretanto, com a normalização da cadeia de suprimentos, a companhia teve de lidar com muitos cancelamentos no último trimestre, impactando os seus resultados.
Felipe Miranda avalia que o problema de estoque está ligado a aspectos que a companhia detém maior controle. Ou seja, a questão do excesso é algo que depende em grande parte dos esforços da própria empresa e não de fatores externos.
Com isso, a estimativa do analista é de uma redução no nível dos depósitos em até 40 dias com iniciativas simples.
O que garante bons resultados nos próximos trimestres?
Segundo o analista, a companhia vem trabalhando em uma reestruturação do seu negócio há algum tempo. Reduzindo despesas logísticas, de serviço e pessoal.
Da mesma forma, o Grupo SBF incorporou as operações da Nike por meio da marca Fisia aqui no Brasil. Segundo o analista, isso traz uma vantagem competitiva e novas avenidas de crescimento para a companhia.
Com relação aos problemas que impactaram o segundo trimestre de 2023, a empresa já reduziu o volume de encomendas e tem promovido o estoque excedente.
Diante disso, Miranda aponta que, apesar dos contratempos no 2T23, a companhia continua negociando abaixo do valor que ele considera justo. Ou seja, está barata e em uma oportunidade de compra.
O analista considerou três cenários diferentes para a companhia. No mais pessimista, a ação pode valorizar 41%.
Entretanto, o cenário base do CEO da Empiricus Research é muito próximo ao do Goldman Sachs. Ele acredita que, com um crescimento modesto de 9%, o preço justo da ação seria de R$ 17.
Assim, considerando o último fechamento (23) estaríamos falando de uma valorização de 103% na ação da dona da Centauro.
Por esse motivo, ela continua entre as 10 melhores ações para investir agora, segundo a Empiricus Research.
Mas SBFG3 não é a única recomendação da casa…
Em um podcast exclusivo para assinantes da Empiricus Research, Felipe Miranda destacou que, apesar do grande potencial de valorização das ações da Centauro, esta é uma recomendação “para quem tolera um pouco mais de risco”.
Segundo o analista, o investidor pode ganhar muito investido nela, mas precisa entender que o desempenho da bolsa não é linear e é preciso que a companhia entregue as melhorias e ajustes de operação para que o mercado volte a ficar mais otimista com a tese.
GRATUITO: SBFG3 E OUTRAS 9 AÇÕES PARA INVESTIR EM AGORA
Na carteira recomendada para agosto, a ação do Grupo SBF representa apenas 5% da composição. Por isso, se você deseja investir na varejista, é importante contrabalancear com outros ativos.
Afinal, embora as perspectivas sejam positivas para a companhia, não dá para colocar todos os ovos na mesma cesta.
Assim, a carteira com as 10 melhores ações para setembro conta com um mix de ativos de diferentes setores com potencial de valorização, que podem aumentar suas chances de retorno e minimizar perdas.
Você pode conhecer os outros 9 ativos que compõem a carteira de forma gratuita. A Empiricus Investimentos está oferecendo como cortesia o acesso ao portfólio com as 10 ações do mês.
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