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Isabelle Santos
Isabelle Santos
Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.
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Eletrobras (ELET6) registra queda de 85% no lucro líquido do 1T23 e pode voltar a ser comandada por Lula; ainda vale investir?

Apesar do número aparentemente ruim reportado pela Eletrobras (ELET6) no 1T23, analista aponta que o mais importante é o que está nas entrelinhas do balanço; entenda

Isabelle Santos
Isabelle Santos
6 de maio de 2023
9:00 - atualizado às 23:29
Partido dos trabalhadores deve barrar a privatização da Eletrobras (ELET3)
Imagem: Montagem Seu Dinheiro / Shutterstock

Na última quinta-feira (4) após o pregão, a Eletrobras (ELET6) divulgou o balanço do 1º trimestre de 2023 e o resultado foi uma queda de 85% no lucro líquido em comparação com o mesmo período do ano passado. 

Ao todo, a companhia apresentou um lucro líquido de R$ 406 milhões e um aumento de 18% nos custos e despesas recorrentes. 

Este é o terceiro trimestre pós-privatização da companhia, todos com resultados bem abaixo do que se costumava ver. 

Como se tudo isso não fosse suficiente, a reestatização da Eletrobras se torna uma possibilidade cada vez mais concreta. 

Nesta sexta-feira (5), circula no noticiário que o presidente Lula vai contestar a privatização da companhia no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Diante disso, muitos investidores podem estar se perguntando: ainda vale a pena investir na Eletrobras (ELET6)?

‘Olhando para o operacional até melhorou o resultado’: lendo as entrelinhas do balanço

A Eletrobras (ELET6) concluiu o processo de privatização há quase um ano. A expectativa de boa parte do mercado era de que, livre das amarras estatais, a companhia pudesse crescer e entregar mais retorno aos seus acionistas. 

Entretanto, nos últimos três trimestres o resultado da elétrica foi aquém do esperado, algo nada agradável para os investidores. 

Mas, na visão de Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, é preciso olhar para outras linhas do balanço da Eletrobras para entender melhor o caso. 

Numa entrevista para o programa Giro dos Mercados, o analista explicou que a companhia está passando por uma “faxina”. 

Em outras palavras, no pós-privatização a elétrica precisou tomar algumas medidas para melhorar o seu desempenho nos próximos anos, e essas mudanças implicam em custos. 

Hungria cita como exemplo o Programa de Demissão Voluntária (PDV), que gerou um custo de mais de R$ 1,2 bi para a companhia no 4T22. 

Contudo, são custos não recorrentes que têm impacto nos resultados da Eletrobras (ELET6). Por esse motivo, o analista explica que olhar só as informações contábeis não é a melhor forma para entender o 1T23 da companhia. 

Analisando as outras linhas do balanço, a Eletrobras apresentou um crescimento de 14% na receita líquida recorrente e um Ebitda ajustado de R$ 5,6 bilhões, alta de 10% no período. 

Ruy Hungria ainda aponta que a queda no lucro foi devido a consolidação da Santo Antônio Energia (Saesa). Mas a expectativa é de que a incorporação da companhia também traga resultados positivos no futuro. “Olhando para o operacional, na verdade, até melhorou o resultado”, afirmou o analista.

E ao que parece, o mercado concorda com essa visão. Embora a Eletrobras tenha apresentado queda no lucro líquido, o investidor parece não ter se assustado. Ao longo da sexta-feira (5), as ações da companhia operavam no positivo. 

VEJA OUTRAS 5 AÇÕES ALÉM DE ELETROBRAS (ELET6) PARA INVESTIR E BUSCAR DIVIDENDOS

O motivo que assusta o investidor de Eletrobras é outro: o governo

Desde que o presidente Lula assumiu a presidência, rumores de que a Eletrobras poderia ser reestatizada começaram a surgir e assustar investidores. Nesta semana, tal possibilidade ficou mais concreta. 

A Advocacia Geral da União (AGU) informou que já está pronta uma ação de inconstitucionalidade para questionar a privatização da Eletrobras e que deve protocolar o pedido nos próximos dias. 

Na prática, a ação pretende questionar a regra que limita o peso do voto de grandes investidores a apenas 10%. Atualmente, o governo detém 40% das ações da elétrica, assim, caso vença o processo, a União voltaria a ter o maior poder de decisão nas condução da companhia. 

Para Hungria, esse seria um cenário ruim não só para os investidores, como também para a própria empresa. 

Ele aponta que a Eletrobras poderia virar alvo de interesses políticos e ver o seu lucro e dividendos diminuírem, visto que estes não são prioridades para o governo. 

Em contrapartida, ele aponta que é preciso avaliar quais as chances reais desse processo ir adiante. O analista lembra que, desde a eleição, Lula tem atacado a privatização da Eletrobras, mas que desde que assumiu a presidência nada foi feito. 

Além disso, todo o processo de privatização da companhia foi aprovado por órgão importantes e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Da mesma forma, o ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira afirmou que havia pouco espaço para contestação do processo. 

Assim, embora seja uma questão para ficar no radar do investidor, Hungria acredita que neste momento há boa oportunidade na ação. 

Ação barata e com dividendos ‘gordos’

Nesse momento as ações da Eletrobras negociam a 5 vezes Ebitda. O que, na visão do analista, é um patamar bem abaixo do valor justo, especialmente se considerarmos que o aprimoramento dos resultados virá da melhoria da eficiência operacional após a privatização.

Além disso, agora a companhia pode reaver quantias relacionadas à resolução de litígios, eficiência fiscal e melhora no balanço. 

A soma desses montantes que a elétrica pode receber é da ordem de bilhões. Veja só o quanto pode voltar para o caixa da Eletrobras nos próximos anos: 

  • R$ 87 bilhões em contingências não provisionadas;
  • R$ 14 bilhões em créditos fiscais.

Consequentemente, parte desse dinheiro pode se transformar em retorno para os acionistas da Eletrobras, isto é, dividendos ainda maiores nos próximos anos. 

Por esse motivo, o analista acredita que vale a pena investir na Eletrobras e recomendam a ação em algumas carteiras da Empiricus Research. 

Mas a Eletrobras (ELET6) não é a única recomendação da casa…

Embora a Eletrobras seja uma boa ação para investir, não dá para apostar todas as suas fichas em um só ativo. O cenário econômico ainda traz muitas incertezas, por isso, o melhor a se fazer é diversificar os seus investimentos

Nesse sentido, os analistas recomendam 5 ações de empresas privadas, sólidas, com margens “gordas”, crescimento no longo prazo, que não estejam vulneráveis às interferência políticas e que sejam boas pagadoras de dividendos

A Eletrobras (ELET6) se encaixa nessas características, mas ela não é a única. Os analistas da Empiricus Research, selecionaram outras 5 ações para quem deseja buscar lucros com dividendos em maio.

Você pode conferir o nome de todas elas gratuitamente em um relatório cortesia da Empiricus Investimentos. Clique no link abaixo e veja agora: 

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