Campos Neto, Israel e Hamas: entenda como conflito impacta petróleo, taxa Selic e ações brasileiras

Nos últimos dias, o mundo foi impactado por uma escalada no conflito entre Israel e Hamas. No momento atual, estamos diante de uma iminente incursão terrestre de Israel na Faixa de Gaza em resposta aos ataques.

De acordo com o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, o mundo está enfrentando um momento extremamente perigoso, com implicações financeiras e geopolíticas de longo alcance. 

A guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas têm o potencial de perturbar a economia mundial e levar a uma recessão se mais países se envolverem.

Nesse contexto, é interessante saber o que pode acontecer com a economia mundial nas próximas semanas e qual decisão tomar na sua carteira de investimentos.

Avaliação de analista brasileiro sugere perigo de alta da inflação; entenda

Para Spiess, estamos diante de três possibilidades: um conflito restrito a Israel e Palestina, uma escalada para uma "guerra por procuração" envolvendo o Irã e grupos radicais em outros países, e um conflito direto entre Israel e o Irã. 

Todos esses cenários teriam impactos significativos, incluindo preços mais altos do petróleo, inflação aumentada e crescimento econômico mais lento.

É claro que é impossível saber o que acontecerá no futuro. O trabalho do analista de ações é delinear a matriz de probabilidades, catalogar o que pode acontecer no futuro e quais os impactos desses eventos nos investimentos.

No entanto, o investidor jamais estará blindado do que Nassim Taleb chamou de “cisnes negros” — eventos imprevisíveis e improváveis que trazem consequências profundas para a economia global.

Em outras palavras, dado o que sabemos agora, esses são os três caminhos que o conflito pode tomar.

Também é importante mencionar que o mundo viu, recentemente, um aumento nos preços do petróleo e a manutenção das taxas de juros de longo prazo nos EUA em níveis elevados.

Tudo isso cria uma conjuntura de pressão inflacionária. Um possível aumento nos preços do petróleo devido à escalada do conflito no Oriente Médio poderia afetar a inflação. 

Isso porque um aumento nos preços do petróleo tende a elevar os custos de produção, o que pode levar a um aumento nos preços de diversos produtos e serviços, incluindo combustíveis, alimentos e transporte. Isso, por sua vez, pode contribuir para a inflação.

Esse movimento acontece justamente no momento em que Campos Neto, presidente do Banco Central, está capitaneando um movimento de queda da Selic, taxa básica de juros brasileira.

Claro que existem diversos outros fatores na equação que influenciam a inflação brasileira e as decisões do Copom sobre a taxa Selic.

Veja lista de ações para comprar agora

Mas então fica a pergunta: onde investir para enfrentar esse cenário?

Para Spiess, o momento continua propício para algumas ações brasileiras — em especial, aquelas chamadas de “ações quality”.

Em outras palavras, ações de empresas sólidas, líderes em seus setores, com altas margens de lucro e resilientes aos balanços do mercado.

“Apesar da volatilidade no curto prazo, muito impulsionada pela incerteza internacional e pelo risco fiscal local, percebo de forma positiva o investimento em ações brasileiras”, diz o analista.

Algumas ações brasileiras estão substancialmente subvalorizadas e, desde que sejam gerenciadas com a devida avaliação de risco e diversificação adequada da carteira, podem ser uma excelente oportunidade para os próximos meses.

Pensando nisso, a equipe de analistas da Empiricus Research está liberando, sob forma de cortesia, uma lista com as 10 melhores ações para comprar agora.

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