Adeus Petrobras (PETR4): com dividendos mais fracos, Empiricus retira a petroleira de todas as suas carteiras; entenda
Segundo analistas, a combinação risco/retorno da Petrobras (PETR4) deixou de ser interessante e investidor pode buscar dividendos investido em outras 5 ações
A Petrobras (PETR4) é uma das ações mais importantes da Bolsa brasileira. Considerando preferenciais e ordinárias, a companhia estatal representa cerca de 10% do Ibovespa.
Só em 2023, as ações da petroleira já valorizaram mais de 26% e, nos últimos 12 meses, a empresa pagou cerca de R$ 14,85 por ação em dividendos. Uma verdadeira bolada que algumas carteiras da Empiricus Research tiveram a oportunidade de capturar entre 2022 e 2023.
Para completar, após a divulgação de um resultado do segundo trimestre, que por sinal veio em linha com as expectativas do mercado, a companhia informou o pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos.
Mas, desta vez, os analistas da Empiricus Research preferiram ficar de fora. No início deste mês a casa informou a retirada da Petrobras das carteiras recomendadas.
No radar dos profissionais da casa estão 5 ações para buscar dividendos no mês de agosto.
Por que é hora de tirar a Petrobras (PETR4) das carteiras?
A Petrobras foi recomendada na série “Vacas Leiteiras” em 01 de abril de 2022. Na época, o cenário era de juros altos e o mercado estava às vésperas de uma eleição que prometia ser bastante turbulenta.
Contudo, o analista da Empiricus Research, Ruy Hungria aponta que, apesar disso, as ações da companhia estavam baratas e com um dividend yield estimado de mais de 40% no ano. Assim, valia a pena investir, pois o prêmio pago pelo risco, compensava.
Enquanto muitos investidores preferiram deixar a Petrobras (PETR4) fora das carteiras por conta das eleições e com receio no novo governo, quem seguiu a recomendação dos analistas da Empiricus Research teve quase 100% de lucro, considerando valorização e dividendos.
Desde que foi recomendada na série Vacas Leiteiras até o dia 03/08/2023 (data do call de venda), a ação rendeu mais de 37%. Além disso, pagou um dividend yield de 58,84%.
Contudo, na avaliação do analista agora a combinação risco/retorno da petroleira deixou de ser interessante.
Ele explica que o cenário da companhia vem mudando nos últimos meses. Para começar, Ruy Hungria aponta que a ação já subiu bastante. Além disso, a nova gestão realizou duas mudanças importantes na Petrobras.
1. Nova política de preços pode comprometer os resultados da companhia
Em maio deste ano, a Petrobras comunicou uma mudança na sua política de preços. Até então, a petroleira seguia exclusivamente a paridade internacional.
Contudo, a partir daquele momento ficou determinado que a estatal iria considerar as cotações em dólar e o custo de produção, mas ao mesmo tempo, a nova política teria “flexibilidade” para ajustar os preços do combustível a fim de evitar um repasse à população.
A princípio, a nova política foi bem recebida e a Petrobras se beneficiou da queda no preço do barril de petróleo. Esse movimento inclusive possibilitou à estatal realizar dois cortes no valor do combustível sem a necessidade de subsídio.
Entretanto, nos últimos meses o preço do petróleo voltou a subir. Assim, diante da nova política que tem como objetivo evitar o repasse da variação internacional para os consumidores, a companhia corre o risco de perder margem e talvez até operar no prejuízo, aponta Hungria.
2. Mudanças na política de dividendos reduzem o prêmio de risco da ação
Desde que Lula foi eleito, a política de distribuição de dividendos da Petrobras foi duramente criticada, tanto pelo presidente, quanto por integrantes do governo e do Partido dos Trabalhadores (PT).
Inclusive, no final de 2022 a companhia foi alvo de uma ação para o bloqueio do pagamento de dividendos. Assim, no início do mês de agosto a companhia divulgou a nova política de proventos que reduziu a distribuição de lucros de 60% para 45%.
Nesse cenário, Hungria aponta que o dividend yield estimado para 2023 caiu para 15%, contra 50% em 2022.
Ou seja, na visão do analista, quem investe em Petrobras (PETR4) não está mais sendo bem remunerado, pois, os riscos que existiam anteriormente continuam presentes.
Contudo, a queda dos dividendos e risco de prejuízos e a nova política de preços reduzem o prêmio que o investidor poderia receber.
“Uma coisa é investir em uma ação que, por mais que tenha riscos políticos, paga um dividend yield de 50% ao ano. Outra coisa é investir em uma empresa com riscos políticos que só está pagando 15% em dividendos ao ano”, aponta o analista.
Nesse cenário, os analistas da Empiricus Research apontam que há outros ativos que podem gerar bons dividendos para investir neste momento.
Gratuito: veja as 5 ações recomendadas para buscar dividendos em agosto
Se o seu objetivo é buscar lucros e principalmente renda passiva por meio de dividendos, saiba que existem outros ativos além de Petrobras (PETR4) com alto potencial de retorno.
Os analistas da Empiricus Research divulgaram recentemente um relatório que contém a lista com as 5 melhores ações para buscar dividendos em agosto.
Neste relatório você poderá entender por que os especialistas consideram estes os melhores ativos para investir com foco em dividendos neste momento.
Além dos dividendos, entre os 5 ativos selecionados pelos especialistas o investidor ainda poderá comprar papéis que estão baratos e têm potencial de valorização. Ou seja, existe a possibilidade de buscar lucros de duas formas com a mesma ação.
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