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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

QUEM ESTÁ BLEFANDO

Vai pagar pra ver? Mercado banca aposta de corte de juros após payroll e espera a próxima cartada do Fed

Especialistas dizem o que Powell vai ter que fazer na semana que vem para vencer a partida contra os investidores globais que precificam o afrouxamento monetário no início de 2024

Carolina Gama
8 de dezembro de 2023
13:31 - atualizado às 14:45
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, guiando os mercados

O blefe tem o objetivo de fazer com que os outros jogadores desistam da rodada, permitindo que o blefador vença sem precisar mostrar suas cartas. Nesta sexta-feira (8), o mercado bancou a aposta no corte de juros no início de 2024 depois do principal dado de emprego dos EUA — terá o Federal Reserve (Fed) uma mão forte para liquidar essa partida?

Quem cortou o baralho hoje foi a economia norte-americana, que criou 199 mil vagas em novembro, um pouco acima da previsão de 190 mil da Dow Jones e bem acima da abertura de outubro, que foi mantida em 150 mil após a revisão. 

A taxa de desemprego caiu para 3,7% ante estimativa de 3,9% ao passo que a força de trabalho subiu para 62,8%. 

O ganho médio por hora, um importante indicador da inflação, subiu 0,4% no mês e 4% em relação ao ano anterior. — o aumento mensal ficou ligeiramente acima da estimativa de 0,3%, mas a taxa anual ficou em linha.

Observando as cartas que recebeu, os mercados tiveram uma reação inicial mista ao payroll, com os futuros em Nova York no negativo, enquanto os yields (rendimento) dos Treasuries subiram. A abertura em Wall Street deu sequência a essas perdas. Acompanhe a nossa cobertura dos mercados ao vivo.

A carta na manga do mercado

Tudo indicava que as bolsas norte-americanas andariam de lado pelo resto do dia, enquanto os investidores digeriam os demais dados do payroll — mas o mercado recebeu uma mão boa pouco mais de 1 hora depois da divulgação do relatório de emprego. 

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A pesquisa sobre a confiança do consumidor da Universidade de Michigan mostrou que os receios dos consumidores norte-americanos relativamente à inflação diminuíram em dezembro, em um contexto de queda dos preços da energia e à medida que o impacto dos aumentos da taxa de juros aparece. 

De acordo com o levantamento, a perspectiva de um ano para a inflação caiu para 3,1%, uma baixa acentuada em relação aos 4,5% de novembro. A perspectiva de cinco anos também diminuiu, de 3,2% no mês anterior para 2,8% agora. 

Mercado banca a aposta

Com os dados de emprego e inflação na mão, o mercado bancou a aposta no corte de juros no início de 2024.

A ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra agora uma probabilidade de 50,3% de os juros serem cortados em março do próximo ano. Para maio, as chances de uma redução dos juros é de 81,3%. 

Na quinta-feira (7), a probabilidade de afrouxamento monetário em março era de 61,8% e em maio, de 88,5%. 

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A mão forte do Fed

Jerome Powell, o presidente do Fed, vem colocando suas cartas sobre a mesa para quem quiser ver. 

Sem esconder o jogo, o chefão do banco central norte-americano já disse inúmeras vezes que não está convencido de que a inflação está em uma trajetória sustentável de queda rumo à meta de 2%. 

O último recado de Powell nesse sentido veio no início do mês, quando eles descartou completamente a possibilidade de cortar os juros agora.  

“Seria prematuro concluir com confiança que atingimos uma posição suficientemente restritiva, ou especular sobre quando a política poderá relaxar”, disse Powell na ocasião, completando: “Estamos preparados para apertar ainda mais a política se for apropriado fazê-lo”. 

O que pensam os especialistas

Do mesmo jeito que o mercado e o Fed não compartilham da mesma visão sobre o futuro da política monetária, os especialistas também divergem. 

“Os futuros da CME mostram atualmente que os investidores precificam 125 pontos base de redução nos juros até o final de 2024, com o primeiro corte ocorrendo em março. Consideramos isto prematuro, especialmente levando em conta que as brasas da inflação ainda estão acesas e poderão facilmente ser reacendidas por pressões salariais ainda elevadas”, disse o diretor e economista-sênior da TD Economics, Thomas Feltmate. 

Para James Knightley, economista-chefe internacional do ING, o Fed deve adotar uma abordagem mais dovish (favorável ao afrouxamento monetário) agora, mas isso não deve mudar o que pode acontecer antes do final do primeiro trimestre de 2024. 

“Os membros do Fed terão que ver provas mais convincentes de que o mercado de trabalho está em um caminho sustentado no sentido do reequilíbrio antes de avançarem com quaisquer cortes nos juros. É improvável que isso aconteça antes do segundo semestre do próximo ano”, diz Knightley. 

O JP Morgan, por sua vez, acha que Powell jogará um novo balde de água fria nas expectativas do mercado sobre os cortes de juros no início de 2024 quando conceder a coletiva de imprensa na semana que vem.

O comitê de política monetária se reúne na terça e quarta-feira da próxima semana e o mercado já precificou a manutenção dos juros na faixa atual de 5,25% a 5,50% ao ano. 

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