Putin mais forte? Presidente russo rompe silêncio e confirma a morte do líder do grupo Wagner
Os dois deixaram de ser amigos quando Prigozhin liderou um motim contra o governo russo. Na ocasião, o chefe do Kremlin chamou o então parceiro de traidor.

Foram quase 24 horas de informações desencontradas sobre o que teria acontecido com Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner, que estaria a bordo de um avião que caiu na quarta-feira (22).
Havia inclusive a suspeita de que o empresário teria forjado a própria morte. Para colocar fim às especulações, foi preciso que o presidente russo, Vladimir Putin, rompesse o silêncio e se pronunciasse publicamente.
E o chefe do Kremlin fez isso a seu modo. Em discurso transmitido pelas emissoras do país, Putin enviou condolências à família do antigo parceiro — tornando-se a primeira autoridade a confirmar a morte do líder do grupo Wagner de maneira formal.
“[Prigozhin] era uma pessoa com um destino complicado, e cometeu erros graves na vida, mas também procurou alcançar os resultados necessários — tanto para si como no momento em que lhe pedi, pela causa comum, como nestes últimos meses", disse Putin.
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Investigações: Putin não tem pressa
As declarações de Putin não foram mais sobre um parceiro, mas sim sobre um traidor como o próprio chefe do Kremlin se referiu a Prigozhin na ocasião da insurreição contra o governo russo.
Os dois eram fortes aliados, mas romperam após o chefe do grupo Wagner liderar uma rebelião em protesto pela falta de envio de equipamentos e armas aos mercenários que lutam na Ucrânia ao lado da Rússia — uma estratégia usada por Putin para conter a ascensão do Wagner e de Prigozhin, que estava ficando poderoso demais.
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Mesmo assim, o chefe do Kremlin disse que vai investigar a queda do avião, embora tenha afirmado não ter pressa para solucionar o caso. "É preciso esperar o que dirão os investigadores do caso", afirmou.
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Wagner: a vingança é um prato que se come frio
O ditado diz que a vingança é um prato que se come frio. O avião no qual estava Prigozhin caiu exatamente dois meses após o motim fracassado contra o governo russo.
A causa do acidente ainda não é conhecida. Testemunhas oculares relataram ter ouvido explosões, dando origem a especulações de que pode ter sido abatido pelas defesas aéreas.
Vale lembrar que a Ucrânia conduziu 15 ataques com drones contra Moscou e arredores desde 3 de maio, parte deles em sete noites consecutivas até 23 de agosto, o dia da queda do avião.
Outra possibilidade é que tenha sido um acidente. O jato executivo da Embraer de Prigozhin estava a 30.000 pés antes de cair repentinamente na região de Tver, perto de Moscou, após menos de 30 minutos de voo, segundo dados públicos de rastreamento aéreo.
As dez pessoas a bordo morreram e Prigozhin estava na lista de passageiros. Dmitri Utkin, uma figura importante do grupo Wagner e comandante da coluna que marchou sobre Moscou em junho, também estava na lista.
“Não sei ao certo o que aconteceu, mas não estou surpreso”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden. “Não acontece muita coisa na Rússia que Putin não esteja por trás”, acrescentou.
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Putin mais forte
A morte de Prigozhin não deve ter um efeito significativo nas linhas de frente na Ucrânia. As forças do grupo Wagner foram deixadas de lado depois de liderarem a conquista de Bakhmut em maio.
O impacto nos países africanos, onde o Wagner sempre esteve e permanece ativo, é mais incerto.
Mas é fato que as maiores repercussões vão ocorrer dentro da Rússia. A morte de Prigozhin deve reforçar a imagem do presidente russo como um homem forte e vingativo, disposto a dispensar procedimentos e a lei.
*Com informações da The Economist
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