A corrida bancária virou corrida do ouro? Por que os investidores estão em busca do metal dourado e da prata hoje
Os títulos de dívida do governo dos EUA também sentem o tranco da falência dos bancos gringos e atingem marcas que não foram alcançadas nem mesmo nos atentados de 11 de setembro
Os investidores ao redor do mundo iniciaram a segunda-feira (13) com uma corrida frenética por ouro e prata — e não é à toa. As falências do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature despertaram um temor antigo entre os agentes do mercado financeiro: a do contágio do setor bancário, que pode desencadear uma nova crise.
Mais cedo, o ouro atingiu o nível-chave de US$ 1.900 — patamar no qual se mantém neste início de tarde.
Por volta de 13h15, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega para abril subia 2,27% a US$ 1.904,30 por onça-troy, enquanto a prata para o mesmo mês avançava 6,82%, a US$ 21,825.
Essa disparada, no entanto, não começou hoje. Na sexta-feira (10), o ouro subiu 2% depois que os reguladores da Califórnia fecharam o Silicon Valley Bank, banco focado em startups de tecnologia. No domingo foi a vez do Signature Bank, com sede em Nova York.
Abrigo feito de ouro e prata
A alta do ouro, da prata e de outros ativos considerados mais seguros, como os títulos de dívida do governo norte-americano, tendem a acontecer em momentos de grande incerteza no mercado. Isso porque são considerados abrigos para momentos de crise.
“Eventos recentes mostram que o ouro continua sendo um ativo de refúgio, pois é capaz de se beneficiar da incerteza do mercado”, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo.
Leia Também
“O caminho de curto prazo [para o ouro] continua difícil de prever. Dependerá dos próximos dados econômicos dos EUA, como os do CPI [na terça-feira]”, acrescentou.
Um mergulho de cabeça na dívida dos EUA
Os investidores também mergulharam de cabeça nos títulos do governo dos EUA, fazendo os juros desses papéis despencarem — quanto maior a procura, menor os juros.
Os juros do Treasury de dois anos estavam sendo negociados 4,13%, com queda de 37 pontos base. Mais cedo, chegaram a encostar em 4,00%.
Desde quarta-feira (8), os juros desses papéis — que são os mais sensíveis às mudanças de política monetária — caíram 100 pontos-base, marcando a maior baixa em três dias desde 22 de outubro de 1987.
Nesse dia, o recuo foi de 117 pontos-base e ocorreu após o crash do mercado de ações de 19 de outubro de 1987 — conhecido como "segunda-feira negra", no qual o S&P 500 despencou 20% em sua pior performance diária.
Para se ter uma ideia da profundidade da queda que ocorre agora, ela é maior do que a baixa de 63 pontos-base nos juros dos títulos de 2 anos que ocorreu em três dias após os ataques de 11 de setembro.
Já os juros do Treasury de 10 anos recuam pouco menos de 20 pontos-base, em 3,498%.
LEIA TAMBÉM:
- Quebra do SVB e risco de crise bancária viram projeções pelo avesso e mercado agora antecipa corte de juros nos EUA
- Quais as chances de a crise no americano SVB acontecer com os grandes bancos brasileiros?
Tem mais por trás da alta do ouro e da prata
O movimento do ouro, da prata e do Treasury não é baseado apenas na fuga do investidor de ativos mais arriscados, como as ações e as criptomoedas, por exemplo.
Por trás da disparada estão as apostas de que o Federal Reserve (Fed) pode ter que moderar o aumento de juros diante de uma nova crise que começa a aparecer no horizonte.
“Os agentes do mercado que precificam as expectativas de aumento dos juros também estão impulsionando o ouro”, disse Staunovo, do UBS.
Com o colapso do SVB, os investidores agora esperam que o Fed não aumente mais sua taxa referencial 50 pontos-base neste mês, em contraste com uma probabilidade de 70% antes da falência do banco.
*Com informações da CNBC e da Bloomberg
Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico
O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%
Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula