O fantasma da crise ronda os bancos dos EUA um dia antes do Fed — Pacwest anuncia fusão com Banc of California
O PacWest é uma das instituições financeiras norte-americanas mais atingidas pela crise bancária regional que eclodiu em março deste ano
Na véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a crise bancária que assustou os mercados em março deste ano volta a assombrar: dois bancos regionais dos EUA anunciaram nesta terça-feira (25) uma fusão.
O PacWest, uma das instituições financeiras mais atingidas pela crise bancária regional, concordou em se fundir com o Banc of California em um sinal de que as consequências do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) continuam a reverberar em todo o setor.
Os dois bancos com sede na Califórnia informaram que os grupos de aquisições Warburg Pincus e Centerbridge Partners também investiriam US$ 400 milhões em ações recém-emitidas na instituição financeira combinada.
“Esta fusão transformadora criará uma instituição robusta, bem capitalizada e altamente líquida, pronta para oferecer um serviço excepcional a ainda mais empresas e comunidades da Califórnia”, disse o presidente-executivo do Banc of California, Jared Wolff, em comunicado.
- 5 ações gringas para comprar agora: conheça as melhores apostas nos mercados internacionais para buscar lucros nos próximos meses, segundo analistas da Empiricus Research. [ACESSE A LISTA GRATUITA AQUI]
Onde tudo começou
Em março deste ano, os investidores ficaram de orelha em pé quando o SVB — um banco conhecido por financiar empresas cujos riscos são considerados elevados demais por atores mais tradicionais do setor — se viu forçado a liquidar títulos, descarregando US$ 21 bilhões em participações em empresas, o que resultou em perda de US$ 1,8 bilhão.
Paralelamente, o banco anunciou a necessidade de levantar US$ 2,25 bilhões para tapar o buraco. Na ocasião, as ações do SVB derreteram, e o banco precisou ser socorrido por outra instituição financeira.
Leia Também
O que se viu na sequência foi o colapso de outros bancos regionais a exemplo do Signature Bank, do Silvergate e do First Republic.
Ao contrário do que ocorreu na crise de 2009, desta vez os maiores bancos dos EUA se viram como parte da solução da turbulência, que foi de um lado ao outro do Atlântico em março e colocou investidores à caça de novos alvos.
- Leia também: Santander Brasil (SANB11) ainda sob pressão: lucro deve cair 40% no segundo trimestre — e a inadimplência ainda pode aumentar
O Fed na crise dos bancos
Temendo que o fantasma da crise financeira de 2008 voltasse a assombrar os mercados, o Federal Reserve agiu rapidamente em socorros aos bancos regionais norte-americanos, oferecendo garantias de liquidez ao sistema.
Na época, o Fed estava conduzindo um ciclo agressivo de aperto monetário e chegou a ser questionado se levaria os aumentos planejados de juros adiante. O BC dos EUA não recuou e seguiu perseguindo a inflação fora de controle.
Amanhã, o Fed deve anunciar mais uma decisão de política monetária. O consenso indica que, depois de uma pausa no mês passado, a elevação dos juros deve ser retomada com uma alta de 0,25 ponto percentual.
VEJA TAMBÉM — Vale, Itaú, Petrobras e outras: o que esperar da temporada de resultados das gigantes da bolsa
*Com informações da Reuters e do Financial Times
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados
Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações
A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá
Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo
Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024
A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas
Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%
Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas
Por que o Warren Buffett de Londrina não para de comprar ações da MRV (MRVE3)? Gestor com mais de R$ 8 bilhões revela 15 apostas na bolsa brasileira
CEO da Real Investor, Cesar Paiva ficou conhecido por sua filosofia simples na bolsa: comprar bons negócios a preços atrativos; veja as ações no portfólio do gestor
Bradespar (BRAP4) aprova pagamento de R$ 342 milhões em proventos; saiba como receber
Terão direito aos proventos os acionistas que estiverem registrados na companhia até o final do dia 12 de novembro de 2024
BTG Pactual (BPAC11): lucro bate novo recorde no 3T24 e banco anuncia recompra bilionária de ações; veja os números
Lucro líquido do BTG foi de R$ 3,207 bilhões, alta de 17,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023; ROE atinge 23,5%
“Estamos absolutamente prontos para abrir capital”, diz CEO do BV após banco registrar lucro recorde no 3T24
O BV reportou um lucro líquido de R$ 496 milhões no terceiro trimestre de 2024, um recorde para a instituição em apenas três meses
Onda roxa: Nubank atinge 100 milhões de clientes no Brasil e quer ir além do banco digital; entenda a estratégia
Em maio deste ano, o Nubank tinha atingido o marco de 100 milhões de clientes globalmente, contando com as operações no México e na Colômbia
Méliuz (CASH3): fundador deixa o comando da empresa e anuncia novo CEO
Israel Salmen será presidente do conselho de administração e também assumirá outros cargos estratégicos do grupo
Após lucro acima do esperado no 3T24, executivo do Banco ABC fala das estratégias — e dos dividendos — até o final do ano
Ricardo Miguel de Moura, diretor de relações com investidores, fusões e aquisições e estratégia do Banco ABC, concedeu entrevista ao Seu Dinheiro após os resultados
Itaú (ITUB4): o que fazer com as ações após mais um balanço surpreendente? Veja a recomendação dos analistas
Reação favorável ao resultado do 3T24 do maior banco privado brasileiro é praticamente unânime; confira a visão e as indicações dos analistas para o Itaú
“Podem esperar um valor maior do que no ano passado”: CEO do Itaú (ITUB4) confirma dividendos extraordinários em 2024; ações saltam na B3
O banco aproveitou para comentar também a mudança nas projeções (guidance) para a expansão da carteira de crédito
R$ 10,7 bilhões em três meses: lucro do Itaú (ITUB4) supera expectativas no 3T24 e banco revisa projeções para oferta de crédito
Assim, o Itaú (ITUB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre de 2024; veja outras linhas do balanço