Mundo está de olho na briga entre Putin e Wagner Group — e acompanha ‘trégua’ com atenção
O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou líderes da França, Alemanha e Reino Unido por telefone; Lula evitou comentar sobre o conflito
Não é novidade que desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado, as atenções de todo o mundo se voltaram à região da Rússia. Os principais países do globo terrestre acompanham, de perto, as movimentações dos dois lados do conflito — que se tornou o tema de discussões nos encontros de líderes.
E, com a insurgência do Wagner Group ao governo russo não foi diferente. Conforme as tropas mercenárias avançavam em direção à capital russa, Moscou, as autoridades do Ocidente se articulavam, em reação.
O presidente dos EUA, Joe Biden, fez uma reunião extraordinária com os líderes europeus aliados por telefone, segundo comunicado da Casa Branca. A conversa teve a participação do presidente da França, Emmanuel Macron; o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak.
Em nota, Biden e as autoridades europeias reafirmaram o "apoio inabalável" à Ucrânia.
Países da União Europeia que fazem fronteira com territórios da Rússia divulgaram notas proibindo a entrada de cidadãos russos.
Na outra ponta, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, aliado da Rússia, conversou com Vladimir Putin e pediu para que o russo agisse com "bom senso".
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Belarus, por sua vez, intermediou um acordo entre a Rússia e o Wagner Group para uma pausa temporária do conflito.
Confira outras declarações sobre o conflito entre Putin e o Wagner Group:
Canadá
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau manifestou novamente o apoio ao povo ucraniano e afirmou que "monitora a situação de perto":
Letônia
A Letônia, país que faz fronteira com a Rússia interrompeu as movimentações nas divisas entre os territórios. O presidente Edgard Rinkevics disse que "a segurança foi reforçada" e segue "trocando informações com aliados".
E o Brasil?
O Brasil tem adotado uma posição neutra no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. O presidente Lula evitou comentar sobre a rebelião do grupo Wagner ao governo russo em coletiva de imprensa neste sábado (24), em Paris.
"Eu não sei o tamanho da rebelião. Eu só estou te pedindo o seguinte: quem sabe quando eu voltar para o Brasil, no dia seguinte eu já tenha todas as informações possíveis porque eu vou conversar com muita gente a respeito 'dessa chamada rebelião'", afirmou o presidente brasileiro.
A Embaixada do Brasil em Moscou recomendou aos brasileiros que vivem na região do conflito entre Wagner e o governo russo evitarem "aglomerações e deslocamentos desnecessários", em comunicado nos canais oficiais.
Ucrânia também se manifesta
Com a escalada do conflito interno entre o grupo paramilitar russo Wagner e Vladimin Putin, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky afirmou que "a fraqueza da Rússia é óbvia".
"Eles no Kremlin são capazes de recorrer a qualquer terror, capazes de recorrer a qualquer estupidez, mas não podem fornecer nem um por cento do controle necessário", disse Zelensky em vídeo divulgado nas redes sociais. Confira:
- LEIA TAMBÉM: Putin nas cordas? Ucrânia diz que o pior ainda está por vir; saiba o que a Rússia ainda terá que encarar na guerra
Por fim, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou, nas redes sociais, que "soldados russos deveriam deixar a Ucrânia e ir salvar suas casas da guerra que o kremlin desencadeou na Rússia":
*Com informações de Reuters, CNN, NBC News, G1 e Estadão
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