Escândalo em Portugal: o que derrubou o primeiro-ministro António Costa e a bolsa de Lisboa hoje — e o que acontece agora
A renúncia do premiê também arrastou as ações das maiores empresas de energia do país; entenda o que está acontecendo por lá

A Bolsa de Lisboa chegou a cair 3% nesta terça-feira (7) na esteira da renúncia do primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Ele deixa o cargo horas depois de uma megaoperação que investiga irregularidades em negócios ligados à transição energética atingir seu governo em cheio.
Não à toa, as empresas de energia de Portugal lideram as maiores quedas na Bolsa de Lisboa hoje — EDP Renováveis recuava mais de 5%, enquanto a Galp caía 4%.
Em entrevista coletiva, Costa afirmou que sua continuidade no governo é incompatível com o cargo. Ele negou que tenha cometido qualquer ato ilícito ou censurável.
"A dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição da sua boa conduta e menos ainda com a suspeita de qualquer ato criminoso", disse ele.
Agora, cabe ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que já aceitou formalmente a renúncia de Costa, os próximos passos para abrir caminho para a escolha de um novo primeiro-ministro.
Costa, de 62 anos, líder socialista de Portugal desde 2015, disse que não pretende se recandidatar ao cargo em meio a especulações sobre o seu futuro.
Leia Também
É recorde: preço o ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Entenda o caso de derrubou o primeiro-ministro
Na manhã desta terça-feira, mais de 140 agentes — incluindo policiais e membros do Ministério Público — realizaram uma série de buscas em endereços dos suspeitos, incluindo a residência oficial de Costa no Palácio de São Bento, em Lisboa.
Um juiz emitiu mandados de detenção contra Vítor Escária, chefe de gabinete de Costa, presidente da Câmara de Sines e outras três pessoas por representarem risco de fuga e para proteção de provas, disse o Ministério Público em comunicado.
O ministro de Infraestrutura, João Galamba, e o chefe do órgão ambiental de Portugal também estão entre os suspeitos.
No centro das investigações estão negócios relacionados ao lítio e ao chamado hidrogênio verde, dois componentes importantes para os projetos de transição energética da União Europeia e essenciais para a bateria de carros elétricos.
A Justiça investiga alegações de prevaricação, corrupção de políticos eleitos e tráfico de influência relacionados com concessões de minas de lítio perto da fronteira norte de Portugal com a Espanha, e planos para uma central de hidrogênio verde e um centro de dados em Sines, na costa sul.
Melhor que Petrobras (PETR4): ação pode subir até 70% com alta do petróleo na guerra Israel-Hamas
Eleições antecipadas em Portugal?
A lei portuguesa diz que o chefe de Estado tem a prerrogativa de convocar eleições antecipadas e de dissolver o Parlamento em casos considerados graves.
Rebelo agendou reuniões com líderes partidários e um encontro extraordinário do Conselho de Estado e deve fazer um pronunciamento à nação na quinta-feira (9).
“Na sequência do pedido de renúncia do primeiro-ministro, que aceitou, o presidente da República decidiu convocar os partidos políticos representados na Assembleia da República para amanhã, quarta-feira, dia 8 de novembro, e convocar o Conselho de Estado, para se reunir depois de amanhã, quinta-feira, 9 de novembro, no Palácio de Belém”, diz nota da presidência portuguesa.
No entanto, prazos legais e o recesso de fim de ano podem empurrar eventuais eleições antecipadas para o início do ano que vem. Por isso, Costa deve continuar no cargo até a escolha de um sucessor.
*Com informações da CNN Portugal e da AFP
Lições da Páscoa: a ação que se valorizou mais de 100% e tem bons motivos para seguir subindo
O caso que diferencia a compra de uma ação baseada apenas em uma euforia de curto prazo das teses realmente fundamentadas em valuation e qualidade das empresas
Van Gogh: 8 museus e destinos para conferir as obras do artista
Pintor holandês não teve notoriedade em vida; atualmente, é um dos artistas mais consagrados da história, com obras espalhadas por todo o mundo
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
Rodolfo Amstalden: Escute as feras
As arbitrariedades tarifárias de Peter “Sack of Bricks” Navarro jogaram a Bolsa americana em um dos drawdowns mais bizarros de sua longa e virtuosa história
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
O destino mais desejado da Europa é a cidade mais cara do mundo em 2025; quanto custa a viagem?
Seleção do European Best Destinations consultou mais de 1,2 milhão de viajantes em 158 países para elencar os 20 melhores destinos europeus para o ano
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia
Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Mercado de arte viveu mais um ano de desaceleração, com queda de 12% das vendas, aponta relatório
A indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte
Montadoras pisam no acelerador da reciclagem para não travar na falta de matérias-primas
Enquanto Toyota inaugura fábrica com foco em circularidade, empresa global de inteligência de mercado alerta para gargalos na cadeia de suprimentos de veículos elétricos.
Eletrobras (ELET3) convoca acionistas para aprovar acordo com governo federal e encerrar disputa
A União ingressou em 2023 com ação questionando dispositivo do estatuto da Eletrobras que limitou a 10% o poder de voto de qualquer acionista
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
O pior está por vir — e não é mais tarifa: o plano de Trump que pode expulsar as empresas chinesas da bolsa
Circula nos corredores da Casa Branca e do Congresso norte-americano um plano que pode azedar de vez a relação entre as duas maiores economias do mundo
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
“Unione italiana”: Prada vai comprar a Versace por R$ 8,1 bilhões
Aquisição já estava sendo discutida pelo mercado há meses; movimentação fortalece a empresa de Miuccia Prada frente aos conglomerados de luxo franceses