Do lado de Israel: Biden manda recado duro ao Irã e prepara “surpresa” que pode mexer com as bolsas em todo o mundo
O presidente norte-americano não deve se limitar às palavras e deixou aberta a possibilidade de fechar o cerco a Teerã financeiramente; saiba o que pode acontecer a partir de agora
A participação do Irã no ataque inesperado do Hamas a Israel não está confirmada, mas são muitas as especulações de que Teerã teria fornecido armamento e dado luz verde ao grupo extremista para a ofensiva considerada sem precedentes.
E foi de olho nisso que o presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu nesta quarta-feira (11) um alerta severo ao Irã: tenha cuidado com suas ações na região após o ataque do Hamas a Israel.
Os EUA estão "fornecendo assistência militar adicional às Forças de Defesa de Israel, incluindo munições, interceptores para reabastecer a cúpula de ferro, transferimos a frota de porta-aviões dos EUA para o Mediterrâneo Oriental, enviaremos mais aviões de combate para lá, para aquela região, e deixamos claro, deixou claro para os iranianos: tenham cuidado", disse Biden.
O presidente norte-americano fez as declarações enquanto participava de uma mesa redonda com líderes da comunidade judaica sobre os esforços do governo para fornecer apoio a Israel e enfatizou a assistência que os EUA estão prestando, acrescentando que tem conversado frequentemente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Conheço Bibi [Benjamin Netanyahu] há mais de 40 anos. Temos uma relação muito franca. E a única coisa que eu disse é que é realmente importante que Israel, com toda a raiva e frustração que existe, opere de acordo com as regras da guerra. E existem regras”, disse Biden.
O chefe da Casa Branca disse acreditar que o governo israelense está “fazendo tudo ao seu alcance para unir o país” e que os EUA estão fazendo tudo o que é possível para garantir que Israel tenha sucesso.
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O plano de Biden contra o Irã
Biden, no entanto, não deve ficar só nas palavras. O governo norte-americano deixou aberta a possibilidade de congelar novamente US$ 6 bilhões em dinheiro do petróleo iraniano.
Esse montante havia sido liberado como parte de uma troca de prisioneiros em meio a crescentes críticas bipartidárias depois que militantes do Hamas apoiados pelo Irã atacaram Israel.
Os US$ 6 bilhões que seriam utilizados para fins humanitários estão sendo usados como combustível das críticas à abordagem de Biden ao Irã e um foco de investigações sobre o papel que Teerã pode ter desempenhado no ataque do fim de semana passado.
Uma autoridade dos EUA disse mais cedo que as agências de inteligência ainda não têm evidências que indiquem que o Irã tenha liderado o ataque ou que Teerã conhecia antecipadamente os detalhes dos planos do Hamas.
Mas as agências norte-americanas de inteligência acreditam que o Irã sabia que o Hamas estava planejando alguma ação contra Israel.
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- Leia também: Guerra (cada vez mais) quente: o alerta da Rússia sobre o conflito Israel-Hamas coloca o petróleo em xeque
Petróleo no xadrez da guerra entre Israel e Hamas
Se os EUA realmente congelarem os US$ 6 bilhões em petróleo iraniano, os mercados internacionais podem assistir a uma disparada dos preços das commodities.
Na segunda-feira, os futuros do petróleo subiram mais de 4% em reação ao ataque do Hamas a Israel — a região da Faixa de Gaza é cercada de grandes produtores de petróleo.
Muitos analistas, no entanto, acreditam que o preço do barril pode disparar e voltar aos US$ 100 caso o Irã se envolva no conflito de alguma maneira — o que significa mais inflação em todo o mundo.
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