🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
VALE TUDO

Plano do ‘fim do mundo’: governo da Argentina quer implementar medidas para controlar a crise do dólar no país — antes de Fernández pendurar as chuteiras

Os anúncios de aumento da taxa de juros e maior intervenção do Banco Central da Argentina no câmbio não devem surtir efeitos imediatos, segundo analistas

Renan Sousa
Renan Sousa
15 de maio de 2023
11:23 - atualizado às 17:16
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

A Argentina passa por uma das piores crises cambiais de sua história recente. Nos últimos meses, o dólar evaporou dos cofres públicos, gerando uma inflação que supera os 108% ao ano. Uma seca recente na lavoura piorou ainda mais a situação do país vizinho. 

E a poucos meses de deixar o comando do país, o governo de Alberto Fernández anunciou um pacote de medidas nesta segunda-feira (15) para tentar tirar a faca do pescoço dos argentinos. 

Entre as providências tomadas pelo governo, estão o aumento da taxa de juros para 97% ao ano — um avanço de 6,0 pontos percentuais —, além da intervenção direta do Banco Central da República Argentina (BCRA) no câmbio do país.

Nesse cenário, dois nomes ganharam protagonismo desse pacote “anticrise”: o ministro da Economia, Sergio Massa, e o diretor-geral de aduanas (o equivalente ao secretário de comércio exterior no Brasil), Guillermo Michel.

Michel informou que deve cortar as tarifas de importação de alimentos para controlar os preços frente à desvalorização da moeda local. Já Massa fará uma viagem à China no próximo dia 29 para buscar apoio para exportações em yuan (nome popular do renminbi, a moeda chinesa).

Confira as principais medidas anunciadas pelo governo nesta segunda-feira:

Leia Também

  • Aumento da taxa de juros para 97% ao ano;
  • Intervenção no câmbio do país por meio do BCRA para controle da desvalorização cambial;
  • Novos acordos com o FMI para controle da dívida; 
  • Intensificação das relações comerciais com a China e com o banco dos BRICS;
  • Corte na taxa fixa de financiamentos com cartão de crédito para 9% visando a estimular o comércio local;
  • Plano de austeridade fiscal. 

Argentina X FMI: uma batalha sem fim

Não bastasse a escassez de dólares — que fez a inflação disparar 108,8% em 12 meses —, a Argentina ainda tem uma dívida atualizada de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), feita através de um programa de empréstimos.

Uma das exigências feitas pelos credores é a desvalorização da moeda local (mecanismo conhecido como crawling peg, no jargão do mercado). Esse cenário é bom para os exportadores mas ruim para quem usa a moeda — no caso, a população Argentina.

O governo, entretanto, tenta conter o ritmo de desvalorização do peso frente ao dólar junto ao BCRA por meio de propostas que equilibrem o poder de compra da população.

Uma das medidas propostas é baixar para 9% uma das taxas de juros fixas para empréstimos feitos para compras de produtos locais com cartão de crédito, visando estimular as compras de itens nacionais.

Mas dificilmente o FMI dará espaço para os hermanos respirarem. Vale lembrar que o ministério da Economia já conseguiu flexibilizar boa parte das metas impostas pelo fundo para sanar a dívida. Sendo assim, é pouco provável que o governo ganhe uma nova vitória para liberar novos créditos.

  • Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema. 

Contra o relógio e antes das eleições

Para analistas ouvidos pelo jornal local Clarín, as medidas são um “repeteco” de tudo que já foi anunciado antes pelo governo. Mesmo o “novo plano de austeridade fiscal” trouxe poucas novidades.

Ou seja, nenhuma dessas medidas deve ter efeito imediato na inflação ou na situação caótica da economia do país. Esse turbilhão de problemas ainda acontece poucos meses antes das eleições argentinas.

Alberto Fernández não disputará a reeleição, deixando em seu lugar do lado peronista (o equivalente à esquerda) pela coalizão Frente de Todos o próprio Sérgio Massa. Seu sucesso político dependerá — e muito — do plano para salvar a economia.

Já com uma ascensão meteórica, Javier Milei, líder do partido La Libertad Avanza e integrante da coalizão Juntos por el Cambio (JxC), é um dos pré-candidatos com chances de sair à frente nas pesquisas eleitorais próximas ao pleito.

O crescimento da linha de centro-direita e extrema direita na América Latina deu voz à Milei, cuja coalizão de partidos conta com a presença do ex-presidente Mauricio Macri, que governou a Argentina entre 2015 e 2019. 

Como funcionam as eleições na Argentina

Os partidos terão até 13 de agosto para apresentar seus pré-candidatos no chamado Paso (Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias), o que explica o grande número de candidatos e poucas pesquisas de intenção de voto no país até o momento.

Os vencedores disputam a eleição oficial em 22 de outubro e, em caso de segundo turno, em 19 de novembro. Enquanto isso, as eleições para governador por lá desenham uma vitória da Frente de Todos em boa parte do país. No entanto, a vitória do Juntos por el Cambio em algumas províncias preocupa. 

Desde o início do ano, muita coisa mudou no cenário argentino. A desistência de Fernandéz e sua vice-presidente, Cristina Kirchner, da corrida eleitoral, deu fôlego para “nanicos” da política local. Até agosto, o panorama geral pode mudar ainda mais.

*Com informações do Clarín, La Nación e Banco Central da Argentina

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EMBOLOU O MEIO DE CAMPO

Milei muda de posição na última hora e tenta travar debate sobre taxação de super-ricos no G20

16 de novembro de 2024 - 9:11

Depois de bloquear discussões sobre igualdade de gênero e agenda da ONU, Milei agora se insurge contra principal iniciativa de Lula no G20

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

A CRONOLOGIA DA DESACELERAÇÃO

A Argentina dos sonhos está (ainda) mais perto? Dólar dá uma trégua e inflação de outubro é a menor em três anos

12 de novembro de 2024 - 18:39

Por lá, a taxa seguiu em desaceleração em outubro, chegando a 2,7% em base mensal — essa não é apenas a variação mais baixa até agora em 2024, mas também é o menor patamar desde novembro de 2021

MERCADO DE ARTE

Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão

12 de novembro de 2024 - 17:30

A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

A PARADA É DURA

Trump, Milei e Musk juntos: o encontro do trio está mais próximo do que você pensa

8 de novembro de 2024 - 19:58

O presidente argentino será o primeiro líder a ser recebido pelo republicano; saiba quando eles vão se reunir e onde

MERCADOS HOJE

Ibovespa segue com a roda presa no fiscal e cai 0,51%, dólar fecha estável a R$ 5,6753; Wall Street comemora pelo 2° dia

7 de novembro de 2024 - 18:15

Por lá, o presidente do BC dos EUA alimenta incertezas sobre a continuidade do ciclo de corte de juros em dezembro. Por aqui, as notícias de um pacote de corte de gastos mais modesto desanima os investidores.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras

7 de novembro de 2024 - 8:17

Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Lula terá uma única e última chance para as eleições de 2026

6 de novembro de 2024 - 20:01

Se Lula está realmente interessado em se reeleger em 2026, ou em se aposentar com louvor e construir Haddad como sucessor, suspeito que sua única chance seja a de recuperar nossa âncora fiscal

SONHO PARA UNS, PESADELO PARA OUTROS

Recado de Lula para Trump, Europa de cabelo em pé e China de poucas palavras: a reação internacional à vitória do republicano nos EUA

6 de novembro de 2024 - 15:19

Embora a maioria dos líderes estejam preocupados com o segundo mandato de Trump, há quem tenha comemorado a vitória do republicano

APÓS BALANÇO

Qual empresa brasileira ganha com a vitória de Trump? Gerdau (GGBR4) é aposta de bancão e sobe mais de 7% hoje

6 de novembro de 2024 - 15:05

Também contribui para o bom desempenho da Gerdau a aprovação para distribuição de R$ 619,4 milhões em dividendos aos acionistas

A REAÇÃO DO MERCADOS

O Ibovespa não gosta de Trump? Por que a vitória do republicano desceu amarga para a bolsa brasileira enquanto Nova York bateu sequência de recordes

6 de novembro de 2024 - 12:15

Em Wall Street, as ações da Tesla — cujo dono, Elon Musk, é um grande apoiador de Trump — deram um salto de 15%; outros ativos também tiram vantagem da vitória do republicano. Por aqui, o Ibovespa não celebra o resultado das eleições nos EUA e afunda

O QUE FAZER AGORA

Como lucrar com o Trump Trade: 4 investimentos que ganham com a volta do republicano à Casa Branca — e o dilema do dólar

6 de novembro de 2024 - 11:28

De modo geral, os investidores se preparam para um mundo com dólar forte com Trump, além de mais inflação e juros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros

6 de novembro de 2024 - 8:20

Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros

PRÉ-COPOM

Selic deve subir nas próximas reuniões e ficar acima de 12% por um bom tempo, mostra pesquisa do BTG Pactual

4 de novembro de 2024 - 13:39

Taxa básica de juros deve atingir os 12,25% ao ano no início de 2025, de acordo com o levantamento realizado com gestores, traders e economistas

HORÁRIO DE VERÃO

Anote na agenda: bolsa terá novo horário a partir de segunda-feira (4); veja como fica a negociação de FIIs, ETFs e renda fixa

3 de novembro de 2024 - 16:48

A mudança ocorre todos os anos para se adequar ao fim do horário de verão nos Estados Unidos, que vai de março a novembro e se encerra esta semana

VIAGEM CANCELADA

Permanência de Haddad no Brasil deve aliviar abertura da bolsa na segunda-feira, avaliam especialistas

3 de novembro de 2024 - 14:38

Segundo nota divulgada pela Fazenda nesta manhã, o ministro permanecerá em Brasília para tratar de “temas domésticos” a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

MERCADOS HOJE

A Disney ficou mais longe: Dólar sobe 1,5%, vai a R$ 5,8604 e fecha no segundo maior valor da história; Ibovespa cai 1,23% e perde os 129 mil pontos

1 de novembro de 2024 - 18:12

Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa terminaram o dia em alta, repercutindo o relatório de emprego dos EUA, divulgado mais cedo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar