O que Tatá Werneck e Cauã Reymond fizeram para entrar na mira da CPI das Pirâmides Financeiras? Ronaldinho Gaúcho e 123 milhas também estão envolvidos
Entenda por que tantos famosos estão entrando na mira da CPI
Nesta semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga pirâmides financeiras relacionadas à criptomoedas ganhou destaque nas redes sociais após trazer nomes famosos — como Tatá Werneck, Cauã Reymond, Marcelo Tas e Ronaldinho Gaúcho — para ‘jogo’.
As celebridades foram convocadas para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento com empresas acusadas de golpes financeiros.
A CPI para investigar esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moeda digital, como a divulgação de informações falsas sobre projetos e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.
A intenção é que a comissão, que começou em junho, seja encerrada ainda na primeira metade de outubro, embora exista a possibilidade de prorrogação por mais 60 dias.
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O que Tatá Werneck e Cauã Reymond têm a ver com isso?
No começo de agosto, a CPI convocou os atores para depoimento sobre as propagandas feitas para a Atlas Quantum, empresa acusada de golpes que geraram prejuízo de R$ 7 bilhões para 200 mill investidores.
Porém Tatá Werneck e Cauã conseguiram habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e não compareceram para depor. O jornalista Marcelo Tas também foi intimado pelo mesmo motivo, mas não compareceu.
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Nesta semana, foi aprovada a quebra do sigilo bancário dos três. A medida, segundo o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), é necessária para identificar se os atores receberam algum valor da empresa depois que ela encerrou suas atividades, em agosto de 2019.
Na semana passada, o presidente da CPI, deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que não poupará esforços e disse que quebraria “os sigilos de quem quer que seja para dar uma resposta a todas essas 200 mil famílias”.
No requerimento aprovado ontem, a CPI também decidiu quebrar o sigilo da Atlas Quantum.
Ronaldinho Gaúcho: o buraco é mais embaixo
Ronaldinho Gaúcho teria prestar depoimento à CPI pela “18K Ronaldinho”, identificada como esquema de pirâmide pelo Ministério Público. A empresa — da qual o ex-jogador é fundador e sócio-proprietário — prometia lucros exorbitantes aos investidores por meio do investimento em criptomoedas. Os retornos prometidos chegavam aos 400% ao mês.
Ronaldinho Gaúcho foi convocado duas vezes, mas não compareceu em nenhum dos dias estabelecidos, o que motivou o presidente da CPI a afirmar que iria pedir uma condução coercitiva na justiça.
A ex-estrela do futebol afirma que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado.
E a 123 milhas?
O colegiado irá ouvir os empresários sobre a suspensão de pacotes de viagens já pagos pelos consumidores, anunciada pela agência na semana passada.
A suspensão, anunciada pela companhia no último dia 18, afeta viagens já contratadas com embarques previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. A 123 Milhas anunciou que vai devolver integralmente os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas por meio de vouchers.
A audiência ainda não tem data marcada.
Também foi aprovada a quebra de sigilo fiscal e bancário da 123 Milhas e de Ramiro, Augusto e Cristiane Soares Madureira do Nascimento. Cristiane é sócia da agência de viagens por meio da empresa Novum Investimentos Participações S/A.
Apesar de não haver relação direta com criptomoedas, há suspeita de que a companhia seja um esquema de pirâmide financeira, uma vez que vendiam passagens com muito desconto e com antecedência
Fonte: Agência Câmara de Notícias e Valor Econômico.
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