Bitcoin é novamente o melhor investimento em fevereiro, e bolsa é o pior, com tombo de mais de 7%; veja os melhores e piores investimentos do mês
Com valorização mais modesta, criptomoeda continuou seu processo de redenção; bolsa sofreu com juros altos e debêntures ainda refletem ‘efeito Americanas’
O bitcoin continua em seu processo de redenção, iniciado em janeiro, e ficou novamente em primeiro lugar no ranking dos melhores investimentos de fevereiro.
Dessa vez não foi uma valorização estelar de mais de 30% como no mês passado, mas foi o suficiente para garantir à criptomoeda a medalha de ouro, com alta de pouco mais de 3% em reais. Em dólares, a valorização foi bem mais modesta, de apenas 0,20%.
- Por que estamos no momento ideal para poder ganhar dinheiro com dividendos? O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para te ensinar como buscar renda extra com as melhores ações pagadoras da Bolsa. [ACESSE AQUI GRATUITAMENTE]
O segundo lugar ficou com o dólar, que fechou em alta de 2,92% na cotação à vista, a R$ 5,23, mas a moeda americana mantém o desempenho negativo no acumulado do ano.
Em terceiro, o CDI, taxa de juros que segue de perto a nossa elevada taxa básica, continuou firme e forte entregando a sua rentabilidade superior a 1% ao mês.
E assim deve permanecer pelo resto do ano, já que o Banco Central sinalizou, em fevereiro, que a Selic deve se manter em 13,75% ao ano até o fim de 2023. Não por acaso, os títulos Tesouro Selic, atrelados a essa taxa de juros, vieram logo depois do CDI na tabela.
Já a lanterna do ranking traz um desempenho dramático do Ibovespa, que fechou o mês com um tombo de 7,49%, aos 104.432 pontos, acumulando uma baixa de 4,38% no ano.
Leia Também
O principal índice de ações da bolsa brasileira se saiu bem pior que o ouro, com sua queda de 2,00%, e os títulos públicos atrelados à inflação com vencimento em 2045, com sua queda de 1,52%.
Veja a seguir o ranking completo dos melhores e piores investimentos do mês:
Os melhores investimentos de fevereiro
Investimento | Rentabilidade no mês | Rentabilidade no ano |
Bitcoin | 3,44% | 39,03% |
Dólar à vista | 2,92% | -1,04% |
Dólar PTAX | 2,14% | -0,18% |
CDI* | 1,02% | 2,00% |
Tesouro Selic 2026 | 1,02% | - |
Tesouro Selic 2029 | 0,99% | - |
Poupança antiga** | 0,61% | 1,35% |
Poupança nova** | 0,61% | 1,35% |
Tesouro Prefixado 2026 | 0,37% | 2,10% |
Tesouro IPCA+ 2029 | 0,15% | - |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040 | -0,13% | -1,11% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2032 | -0,19% | 0,53% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 | -0,28% | -2,20% |
IFIX | -0,45% | -2,05% |
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | -0,51% | -2,19% |
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)* | -0,81% | -4,68% |
Tesouro IPCA+ 2035 | -1,01% | -2,73% |
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2033 | -1,17% | -0,82% |
Tesouro Prefixado 2029 | -1,18% | -0,48% |
Tesouro IPCA+ 2045 | -1,52% | -6,24% |
Ouro | -2,00% | 0,66% |
Ibovespa | -7,49% | -4,38% |
(**) Poupança com aniversário no dia 25.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Juro alto por todo lado
Em fevereiro, os sinais de aperto monetário duro continuaram chegando dos Estados Unidos, com a força da economia e da inflação americanas ainda surpreendendo um pouco o mercado. Os investidores permanecem temerosos de que o Federal Reserve mantenha os juros altos por mais tempo que o inicialmente esperado.
Com isso, os principais índices de ações americanos fecharam o mês em baixa, com exceção do Nasdaq, que viu alguma recuperação. Já o dólar se fortaleceu ante moedas fortes, além do próprio real.
O aumento dos juros americanos, que eleva a rentabilidade dos títulos públicos dos EUA, também diminui a atratividade do ouro, que não paga juros, o que explica a queda do metal.
A bolsa brasileira ecoou o desempenho de Nova York, além de ter sofrido com a nossa própria perspectiva de juros elevados por mais tempo, o que tipicamente reduz a atratividade da renda variável.
No último mês, o Banco Central manteve a Selic estacionada em 13,75% ao ano, mas sinalizou que a taxa deve ficar neste patamar até o fim do ano, indicando os problemas de natureza fiscal como os principais responsáveis.
Melhores ações do Ibovespa em fevereiro
Empresa | Código | Desempenho |
São Martinho | SMTO3 | 8,76% |
Multiplan | MULT3 | 5,80% |
Natura &Co | NTCO3 | 5,29% |
TIM | TIMS3 | 3,99% |
WEG | WEGE3 | 3,00% |
Suzano | SUZB3 | 2,98% |
Klabin | KLBN11 | 2,26% |
Embraer | EMBR3 | 1,47% |
Banco do Brasil | BBAS3 | 0,78% |
Ultrapar | UGPA3 | 0,69% |
Piores ações do Ibovespa em fevereiro
Empresa | Código | Desempenho |
Azul | AZUL4 | -39,83% |
CVC | CVCB3 | -32,67% |
Yduqs | YDUQ3 | -31,75% |
Alpargatas | ALPA4 | -30,71% |
Gol | GOLL4 | -27,81% |
Qualicorp | QUAL3 | -25,99% |
Pão de Açúcar | PCAR3 | -25,00% |
Locaweb | LWSA3 | -23,71% |
BRF | BRFS3 | -22,61% |
Méliuz | CASH3 | -21,62% |
Ataques de Lula ao BC não ajudam
A discussão em torno do nível da taxa básica de juros e da meta de inflação - que alguns defendem estar baixa demais para o mundo inflacionário em que vivemos agora - se intensificou em fevereiro, com a participação de representantes do governo, empresários e investidores.
Mas os ataques do presidente Lula ao Banco Central e a seu presidente, Roberto Campos Neto, em nada contribuíram para a queda dos juros, pelo contrário. Os juros futuros ficaram pressionados pelo temor de que o governo federal possa acabar de alguma forma intervindo na política monetária.
Juros futuros mais altos não apenas prejudicam ainda mais os ativos de risco, como também os preços dos títulos públicos prefixados e atrelados à inflação.
Os de curto prazo ainda conseguiram se valorizar em fevereiro, com a estabilidade da Selic e a perspectiva de que, cedo ou tarde, ela venha a cair, num horizonte mais ou menos visível; já os de longo prazo, mais impactados pelo risco fiscal elevado com os embates entre governo e BC, amargaram novamente perdas.
Debêntures ainda sofrem com 'efeito Americanas'
Finalmente, o mercado de debêntures continuou sofrendo as consequências do rombo bilionário que levou a Americanas (AMER3) a entrar em recuperação judicial. O calote dado pela empresa ao pedir RJ contaminou todo o mercado de títulos de dívidas de empresas, derrubando os preços dos papéis.
Além disso, vimos, nos últimos dois meses, uma série de grandes empresas abertas mostrando problemas financeiros e reestruturações, como Marisa (AMAR3), Azul (AZUL4), Gol (GOLL4), Light (LIGT3), além da iminência de um segundo pedido de recuperação judicial pela Oi (OIBR3).
Endividadas e pressionadas pelos juros altos, essas companhias veem impacto não só nos preços das suas ações, como também das suas debêntures.
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira
Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações
Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados
Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações
A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá
Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo
Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar
Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais
O IRB Re ainda vale a pena? Ações IRBR3 surgem entre as maiores quedas do Ibovespa após balanço, mas tem bancão dizendo que o melhor está por vir
Apesar do desempenho acima do esperado entre julho e setembro, os papéis da resseguradora inverteram o sinal positivo da abertura e passaram a operar no vermelho
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão
A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então
Bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 90 mil, mas ainda é possível chegar aos US$ 100 mil? Veja o que dizem especialistas
A maior criptomoeda do mundo voltou a registrar alta de mais de três dígitos no acumulado de 2024 — com as profecias do meio do ano se realizando uma a uma
Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal
Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo