Conta em dólar do Inter vale a pena? Global Account lança cartão físico para saques no exterior e acirra concorrência com Nomad e Wise
Com possibilidade de fazer saques e transferências entre Global Accounts, conta em dólar do Inter alcança melhor custo-benefício do mercado
A conta em dólar do banco Inter chegou ao mercado como uma das mais baratas do segmento, mas ainda sem algumas funcionalidades, o que tirava bastante a sua vantagem em relação a concorrentes como Wise, BB Americas e Nomad.
No entanto, os dias de "conta pelada" ficaram para trás. A Inter Global Account, que acaba de atingir a marca de 1 milhão de contas, finalmente lançou cartão de débito físico que permite saques em dólar no exterior.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
Antes, o cartão só estava disponível na sua versão virtual, o que possibilitava apenas compras em lojas físicas (se cadastrado em carteiras digitais) ou online.
Os saques do cartão internacional de bandeira Mastercard serão gratuitos nos caixas eletrônicos da rede Allpoint, podendo ser tarifados nas demais redes, a depender do operador. A solicitação do cartão físico também é gratuita, bastando que o cliente tenha pelo menos US$ 50 depositados na sua conta em dólar. Não há cobrança de anuidade.
Para pedir o cartão, o cliente da Global Account só precisa clicar na bandeira dos Estados Unidos disponível na home do app do Inter, ir até a aba cartões e clicar em "solicitar cartão físico". Nessa aba também é possível acessar as opções de bloqueio e desbloqueio do cartão, trocar senha e cadastrá-lo em carteiras digitais, como Apple Pay e Google Wallet.
Recentemente, o Inter também passou a permitir transferências gratuitas entre Global Accounts, outra funcionalidade que não estava disponível inicialmente e deixava a conta em dólar do Inter para trás ante a concorrência.
Leia Também
As contas em moeda estrangeira têm a vantagem do custo de câmbio inferior ao de outras formas de levar dinheiro para o exterior, pois praticam o dólar comercial mais um spread e sofrem cobrança de IOF de apenas 1,1%, em vez dos 5,38% dos cartões de crédito e pré-pagos internacionais.
Inter Global Account se torna a conta em dólar de melhor custo-benefício do mercado
Com as novidades, a Inter Global Account acabou se tornando a conta em dólar com melhor custo-benefício do mercado.
Ela não tem taxa de abertura, manutenção ou inatividade, possui a opção de saques gratuitos (na rede Allpoint) e não cobra tarifas para nenhum tipo de transferência (é possível transferir entre Global Accounts, além de fazer e receber transferências entre Global Accounts e outras contas americanas, sempre na modalidade ACH). Outras contas em dólar acabam cobrando por um ou outro serviço desses.
Além disso, o spread praticado na conversão de câmbio é de apenas 0,99%, podendo chegar a 0,75% no caso de clientes Win (com mais de R$ 1 milhão investidos pelo Inter). Trata-se do spread mais baixo entre as instituições financeiras que divulgam o valor da cobrança.
Com isso, o custo do câmbio no Inter equipara-se ao da Wise, que tem uma das conversões mais baratas do mercado. Eu fiz a comparação do custo do câmbio entre as principais contas em dólar nesta outra matéria.
A Inter Global Account aceita depósitos a partir de US$ 1 a partir da conta-corrente brasileira do Inter, podendo chegar a US$ 12 mil, dependendo do cliente, sem necessidade de apresentar documentos adicionais. Mas é possível aumentar este limite mediante comprovação da origem dos recursos.
Como é preciso ser cliente Inter para ter uma Global Account, os clientes da conta em dólar do banco digital também têm acesso à plataforma de investimentos Inter Invest, que permite o investimento no exterior.
É possível investir em ativos negociados nas bolsas americanas, como ações, ETFs, ADRs e REITs, sem cobrança de taxas de corretagem ou custódia. O depósito mínimo é de US$ 20, e o máximo é de US$ 12 mil por ano.
Os limites de compras no cartão de débito são de US$ 3 mil por dia, US$ 20 mil por mês e US$ 70 mil por ano, e é possível pagar compras em moedas que não sejam o dólar americano, com conversão feita pelo câmbio do dia praticado pela Mastercard.
Finalmente, os limites para envios de transferências são de US$ 1 mil por operação e US$ 2 mil por dia, independentemente da conta de destino. Já os limites para recebimentos de outras contas nos EUA são de US$ 300 mil por transação e US$ 1 milhão por ano (a partir de US$ 8 mil é preciso comprovar a origem dos recursos).
Zero defeitos?
Não existe conta em dólar perfeita, então é claro que o produto do Inter não tem apenas prós, mas também alguns contras.
O principal deles é que não existe a proteção do FDIC, equivalente americano ao nosso Fundo Garantidor de Créditos (FGC), para os recursos depositados na Global Account. Outras contas em dólar dispõem do benefício, como a Avenue, a Nomad e a BB Americas.
O Inter esclarece que a sua Global Account é oferecida pela Inter&Co Payments, subsidiária do Inter nos EUA. No limite, os recursos depositados na conta estão expostos ao risco do próprio banco Inter.
Outro ponto "fraco", por assim dizer, é o fato de a Global Account só estar disponível em dólar. Nesse sentido, a conta da Wise ainda é mais interessante, pois oferece mais de 50 moedas.
Finalmente, é preciso lembrar que, para abrir uma Global Account, é preciso primeiro ser cliente Inter, isto é, abrir uma conta-corrente brasileira no banco digital. Mas por se tratar de um processo pouco burocrático e o app ser o mesmo para ambas as contas, pode valer a pena para aproveitar os benefícios.
*Matéria atualizada em 24 de fevereiro de 2023 para correção da instituição que oferece a Global Account nos EUA.
Maiores corretoras de criptomoedas do Brasil se unem em consórcio para criar stablecoin pareada com o real — e que deve integrar com o Drex
O consórcio espera chegar a um volume de R$ 100 milhões em BRL1 emitidos em um ano, cooperando com outras iniciativas
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Efeito Moody´s passa e dólar sobe a R$ 5,4735; Ibovespa renova série de mínimas no dia e cai 1,38%, aos 131.671,51 pontos
Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa operaram no vermelho, pressionadas pela escalada dos conflitos no Oriente Médio
Javier Milei vai extinguir a Casa da Moeda e outras cinco instituições — será o fim do peso argentino?
Além da Casa da Moeda, o governo argentino pretende fechar outros “quatro ou cinco” órgãos públicos, mas não deu maiores detalhes sobre quais seriam
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Vai ter Disney? Dólar cai após BC começar o aperto da Selic, mas estes seis fatores devem determinar a trajetória do câmbio
Queda de juros nos EUA e estímulos chineses favorecem o real contra o dólar, mas risco fiscal e incerteza geopolítica pressionam as cotações; entenda
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Bitcoin e ouro lideram novamente o ranking dos melhores investimentos em setembro, enquanto Ibovespa volta a amargar perdas; veja o ranking
Nem mesmo o corte de juros nos EUA e os estímulos econômicos na China foram capazes de animar a bolsa brasileira; veja o ranking dos melhores e piores investimentos do mês
Juros bem baixinhos nos EUA? S&P 500 fecha em recorde, mas Ibovespa não acompanha. O que fez a bolsa subir lá fora e cair aqui
O S&P 500 acumulou ganho de 2%, registrando o primeiro setembro positivo desde 2019. Já o Ibovespa perdeu mais de 3% no mês e foi acompanhado pelo dólar no mercado à vista
Euforia com a inflação dos EUA não dura e Ibovespa fecha em queda de 0,21%; dólar acompanha e baixa a R$ 5,4361
De acordo com especialistas, a inflação segue na direção certa — embora haja risco no caminho —, só que outro dado é a prioridade do banco central norte-americano agora e ele preocupa
Banco BV lança CDB que rende até 136% do CDI e com resgate até nos finais de semana; veja como investir
O novo título faz parte da ação que comemora os 36 anos do banco neste mês de setembro
Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447
No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia
Com janela de IPOs fechada na B3, Oceânica fecha captação de mais de R$ 2 bilhões com bonds em dólar no exterior
A própria Oceânica chegou a iniciar os estudos para realizar um IPO na bolsa brasileira em janeiro deste ano
China anuncia mais estímulos e yuan salta para maior valor contra o dólar em 16 anos; saiba por que essa é uma boa notícia para o Brasil
O aumento dos estímulos à economia chinesa deve aumentar a demanda do país por commodities, o que é positivo, por exemplo, para a Vale
Gigante Asiático ‘na direção certa’: entenda o pacote de estímulos da economia da China que dá ânimo às ações da Vale (VALE3) e faz o dólar cair 1%
O banco central chinês divulgou uma série de medidas que pode “ressuscitar” a economia da China, e bolsas do mundo todo reagem com otimismo – veja o que você precisa saber
Entre estímulos e desestímulos: corte de juros na China anima bolsas internacionais, mas Ibovespa espera a ata do Copom
Iniciativas do banco central chinês incluem a redução do compulsório bancário e corte de juros para financiamentos imobiliários e compra de um segundo imóvel
Em Nova York, Javier Milei promete eliminar controle cambial na Argentina — e abre brecha para um ataque especulativo contra o peso
Conforme o jornal Ámbito Financeiro, Milei argumentou que o cepo cambial poderá ser reduzido “sem nenhum problema” assim que a inflação induzida por capitais cair
O último corte: juros na China, discursos de membros do Fed e expectativas sobre a ata do Copom; confira o que mexe com as bolsas hoje
Decisões de política monetária dão o tom dos principais índices globais nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam semana pesada de indicadores e falas de autoridades