Pesquisei como ganhar R$ 1 mil por mês sem trabalhar — e a resposta mais fácil não estava no Google e sim no TikTok
Este texto não é sobre ganhar dinheiro, é sobre uma tendência

“Como ganhar uma renda de R$ 1 mil por mês sem trabalhar?”. Essa foi a pesquisa que o editor do Seu Dinheiro sugeriu que eu fizesse quando propus o tema da newsletter desta semana: o TikTok está roubando o espaço do Google entre os ‘novinhos’.
O que ele queria que eu respondesse neste texto, na verdade, não é como gerar essa renda extra mensal — até porque nós já revelamos a resposta para isso aqui —, mas em qual das duas plataformas, TikTok ou Google, eu conseguiria a resposta mais facilmente.
Já de antemão, peço desculpas pelo título caça-clique. Mas isso faz parte do ponto que quero trazer aqui.
Sem entrar no mérito da qualidade das respostas, o que eu concluí foi que o TikTok me deu um caminho muito mais fácil do que o Google.
No aplicativo chinês, o que apareceu como resultado para a minha pesquisa foi um vídeo de menos de 60 segundos indicando um fundo imobiliário para investir e quantas cotas dele eu precisaria comprar.
Sem lero-lero.
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Já no Google, a resposta que apareceu em primeiro lugar foi um vídeo de 13 minutos. Fala sério, ninguém mais tem tanto tempo sobrando assim — aos desavisados, contém ironia.
Logo depois aparecem textos e mais textos com basicamente o mesmo título.
Você abre e precisa ler um textão que, muitas vezes, não te dá nenhuma resposta. Geralmente o que vem são aquelas frases prontas: pra conseguir isso, precisa de diversificação e blá blá blá.
O que é verdade. Mas, se eu estou disposta a ler seus dois mil caracteres explicando por que é importante ter uma renda passiva (como se eu já não soubesse), seria digno que, pelo menos, eu saísse de lá com nomes de ativos onde investir, como fazer, quais são os riscos e assim por diante.
A verdade é que os criadores parecem estar se preocupando cada vez mais com o SEO e menos com o conteúdo.
A agência Rise at Seven fez um estudo que analisou milhares de palavras-chave e conseguiu identificar os tópicos em que o TikTok tem vencido o Google em volume de pesquisa.
TikTok: A vingança dos usuários
Os números indicam que as buscas sobre "como investir" são quase três vezes mais frequentes na plataforma chinesa do que na americana. E não é só nesse nicho que o TikTok ganha relevância como mecanismo de busca.
Tutoriais, destino para viagens, tendências de moda e etc. As pesquisas sobre esses tópicos têm crescido e alguns deles até superam o volume de pesquisas no Google.
A reclamação da geração Z é de que os conteúdos da Big Tech americana parecem ser produzidos para o algoritmo e não para as pessoas.
Lembra que eu te falei que o meu título caça-clique também era parte do ponto que eu gostaria de fazer aqui? Pois é.
Eu quis chamar sua atenção, mas não trouxe a resposta para a pergunta que está logo no título, mesmo que tenha linkado para uma matéria que o faz. E se você chegou aqui querendo saber isso, provavelmente se decepcionou.
É exatamente por isso que as pessoas estão trocando o Google. E sim, eu faço parte do problema, mas pelo menos você clicou.
TikTok: O despertar da força
“De acordo com os nossos estudos, cerca de 40% dos jovens não usam o Google quando estão procurando um lugar para almoçar. Eles usam o TikTok.”
Essa fala saiu da boca de ninguém menos que Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google, onde é responsável, entre outras coisas, pelos produtos de pesquisa da empresa.
A verdade é que eu mesma já parei de usar o Google para indicação de lugares há anos. E, em especial na cidade de São Paulo, um fenômeno que tenho visto bastante é: se o lugar viraliza na rede chinesa, fica lotado por meses.
Certa vez fui a um bar e tinha uma fila de espera de umas duas horas. Expressei meu choque em voz alta e uma moça que estava aguardando disse: “desde que isso aqui foi parar nas mãos do TikTok, vive assim, antes não era”.
The rise
Duas coisas favorecem o TikTok quando o assunto é o ‘roubo’ do volume de pesquisas do Google.
O primeiro deles é a barra de pesquisa que o aplicativo adiciona em todos os seus vídeos. Ao abrir os comentários, a própria rede social sugere um termo de pesquisa relacionado ao conteúdo que você está consumindo. Isso incentiva o search da plataforma.
Eu mesma já me peguei emaranhada na rede de pesquisa que leva de um vídeo para outro com uma facilidade impressionante e é baseada no fluxo dos próprios usuários.
Além disso, a pesquisa também leva em conta os conteúdos que mais se parecem com os seus gostos e também os vídeos com mais engajamento sobre o assunto pesquisado.
Ou seja, um acumulado de regrinhas de SEO para rankear melhor não necessariamente ajuda se o conteúdo em si não atender às expectativas do público.
Cabe destacar, é claro, que a rede não é perfeita e já esteve envolvida em questões de desinformação. E não dá para esquecer que há riscos de aprofundamento nas bolhas, tendo em vista que o conteúdo sugerido faz parte de um mapeamento.
Mesmo assim, vale a pena ficar de olho, pois esse parece ser só o começo do desafio do TikTok às big techs estadunidenses. Será que o império vai contra-atacar?
Enquanto isso, estamos por todo lado
Dito isso, fica o convite para você seguir o Seu Dinheiro tanto no TikTok, quanto no YouTube – agradando gregos e troianos. Publicamos diariamente uma série de conteúdos relevantes para o seu bolso em ambas plataformas.
Em ambas as redes você pode acompanhar quadros como A Dinheirista, em que a repórter Julia Wiltgen responde às dúvidas dos nossos leitores — com a minha participação.
No YouTube, em específico, estamos quase chegando aos 100 mil inscritos, e você pode se tornar um deles clicando aqui.
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