Vendas da MRV (MRVE3) disparam 54% com novo Minha Casa Minha Vida, mas subsidiárias queimam milhões em caixa; entenda
O segmento de incorporação, que é focado em imóveis para o programa habitacional, registrou R$ 2,2 bilhões em vendas líquidas
As prévias das construtoras são sempre aguardadas pois dão ao mercado um vislumbre da performance das companhias. No caso da MRV (MRVE3), os números operacionais do terceiro trimestre eram especialmente esperados pois a companhia realizou uma oferta de ações bilionária no período.
E os números divulgados nesta terça-feira (17) também trazem cifras na casa dos bilhões: o segmento de incorporação, que é focado em imóveis para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), registrou R$ 2,2 bilhões em vendas líquidas, alta de 54,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A alta ocorreu a despeito do avanço mais modesto, de 2,9%, no Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos, que chegou a R$ 1,8 bilhão. Já o ticket médio das unidades subiu 18,9% na mesma base de comparação, para R$ 239 mil.
"Valendo-se da melhora das condições oferecidas pelo MCMV, a companhia segue implementando sua estratégia de redução de risco e reduziu o pro-soluto concedido em suas vendas, finalizando o 3T23 próximo a 17%", destaca o comunicado enviado ao mercado hoje.
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Subsidiárias da MRV, Resia e Luggo queimam caixa no terceiro trimestre
Fora da MRV Incorporação, as subsidiárias Resia e Luggo reportaram queima de caixa no terceiro trimestre.
Segundo a companhia, a incorporadora norte-americana deve vender o empreendimento Biscayne Drive nos próximos três meses.
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"A grande demanda pela locação dos imóveis construídos pela Resia se mantém, confirmada pela alta velocidade de locação dos empreendimentos já lançados e em processo de estabilização", cita o comunicado da MRV.
Mas, por enquanto, como não foi comercializada nenhuma propriedade no 3T23, o valor investido nas construções resultou na queima de R$ 443 milhões. Do total, 92% foi utilizado para financiar os projetos, enquanto os outros 8% correspondem às despesas da holding e demais desembolsos.
Já a Luggo, que desenvolve empreendimentos para locação, registrou um rombo menor no caixa, de R$ 53,2 milhões negativos. A subsidiária também espera concluir a venda de propriedades no quarto trimestre para reverter a queima de recursos.
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