Vale (VALE3) deve mostrar balanço forte em vendas no 4T22; reabertura da China e preço do minério em 2023 são os temas cruciais para a empresa
A divisão de metais básicos também está entre os temas mais monitorados pelo mercado ao analisar as operações da Vale (VALE3) neste início de ano
Seguindo o calendário da temporada de balanços do quarto trimestre de 2022, a Vale (VALE3) apresenta seus números nesta quinta-feira (16), atraindo os olhares do mercado para aquela que é a empresa com maior peso dentro do Ibovespa (15,72%). Mas o foco dos investidores estará mesmo é no futuro da mineradora.
Mais do que os números já mais ou menos antecipados com a divulgação de sua prévia operacional, os investidores devem acompanhar com mais atenção o comportamento do preço do minério de ferro e como se encaminha a reabertura chinesa, maior mercado da companhia brasileira.
De maneira geral, o quarto trimestre é sazonalmente mais forte para as mineradoras, o que deve trazer números melhores para a Vale em termos de vendas. Isso traz também equilíbrio para a empresa, que teve uma produção elevada nos três meses anteriores, além de implicar na diluição dos custos.
- Por que estamos no momento ideal para poder ganhar dinheiro com dividendos? O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para te ensinar como buscar renda extra com as melhores ações pagadoras da Bolsa. [ACESSE AQUI GRATUITAMENTE]
Espera-se também que a empresa tenha conseguido praticar preços melhores na reta final de 2022, impulsionada pelo prêmio do minério de ferro.
Vale (VALE3): o que o mercado espera
Segundo as projeções do BTG Pactual, a Vale deve anunciar um lucro líquido de US$ 3,2 bilhões no quarto trimestre de 2022, além de uma receita de US$ 11,6 bilhões.
Isso representa uma queda de 39,5% e de 11,2% na comparação com o mesmo período de 2021, respectivamente.
Leia Também
Já o consenso da Bloomberg aponta um lucro líquido de US$ 2,9 bilhões, enquanto a receita líquida seria de US$ 11,1 bilhões.
Para Pedro Acioli, analista de commodities da gestora Mantaro Capital, outros pontos que também devem ser observados com cuidado na divulgação do balanço do Vale são as questões operacionais, como o andamento de licenciamentos ambientais e a recuperação das perdas provocadas pelo desastre de Brumadinho, em Minas Gerais, que completa 4 anos.
"O mercado esperava que a Vale fosse se recuperar mais rápido após esse episódio, mas é um objetivo sempre postergado", diz.
Neste ano, a empresa deve desembolsar R$ 7,8 bilhões com reparações pelo rompimento da barragem. O valor inclui provisões para os acordos feitos com a Justiça e projetos da Vale na região, como monitoramento de barragens e manejo de rejeitos.
O futuro da Vale (VALE3)
Uma vez que os números que a Vale (VALE3) apresentará em seu balanço não devem trazer grandes surpresas e estão bem precificados, analistas e gestores estão monitorando mesmo é o processo de reabertura da China, o principal mercado da mineradora.
É ele que ditará como serão os próximos balanços da companhia, a depender do ritmo da retomada e, claro, da demanda por minério.
"O mercado vai buscar analisar quais setores vão se beneficiar mais desse processo de reabertura, como está o apetite. Mas, num primeiro momento, os setores de serviços e alimentos devem se beneficiar mais por conta da demanda reprimida, como aconteceu nas demais economias. A indústria e o setor de construção civil ainda estão em crise", diz Gabriela Joubert, analista-chefe do Inter Research.
Na semana passada, o JP Morgan cortou a recomendação das ações da Vale, de compra para neutro, fixando um preço-alvo de R$ 93,00 para a mineradora ao fim deste ano — um potencial de valorização de 6,7%, se considerado o fechamento de terça-feira (14).
As mudanças foram feitas de olho no que pode ser classificado como um excesso de otimismo com o setor de mineração e siderurgia após a reabertura da China. A Vale ainda vai se beneficiar deste evento, não há dúvidas, mas a leitura é de que o rali recente visto nos papéis já foi longe demais e não justifica compra neste momento.
Na avaliação dos analistas do banco americano, haverá outras oportunidades de entrada no ativo ao longo deste ano, conforme a reabertura da China comece a ter efeitos de fato.
Já o minério de ferro, essencial para dar alguma visibilidade ao investidor, deve atingir um preço médio de US$100 por tonelada em 2023, nas projeções do Santander. No primeiro semestre deste ano, o preço por tonelada deve ficar acima desta marca, diz o banco, em relatório.
Pedro Acioli, da gestora Mantaro Capital, diz que hoje não está tão animado com a tese da Vale justamente pelo impacto do preço do minério na companhia. Segundo ele, o nível já está alto demais.
A divisão de metais básicos
Outro ponto que está no radar do mercado é: o que a Vale pretende fazer com sua área de metais básicos, já que há meses são discutidas uma possível abertura de capital para essa divisão — ou, até mesmo, uma venda parcial?
Agentes do mercado apontam, inclusive, que somente uma solução definitiva para esta área da empresa seria capaz de destravar valor de fato para a mineradora, com a consequente valorização de suas ações na bolsa.
As últimas notícias sobre o tema relatam que a GM pode pagar até US$ 2 bilhões por parte da divisão de metais básicos da Vale. A montadora já estaria na segunda fase de um processo de licitação; seu interesse, claro, é na obtenção de uma fonte de cobre e níquel que sirva para sua produção de veículos elétricos.
Hoje, a Vale já fornece esses materiais para a Tesla; a japonesa Mitsui & Co e um fundo de investimentos da Arábia Saudita, entre outros, também estão interessados nessa divisão.
A necessidade de separar os negócios de minério de ferro e de metais básicos surgiu a partir das projeções de que a demanda por cobre e níquel aumentarão consideravelmente nos próximos anos.
"A monetização dessa área vem ganhando força e vai destravar valor da companhia, então os investidores devem olhar bem esta parte na divulgação do balanço", afirma Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research.
Outro ponto importante, segundo ele, e que deve ser analisado com cuidado, é a geração de caixa da Vale, que está bem alta. Isso pode provocar uma distribuição interessante de dividendos ou até mesmo um programa de recompra de ações.
O relatório de produção da Vale (VALE3)
No fim de janeiro, a Vale (VALE3) divulgou seu relatório de produção e vendas dos últimos três meses do ano passado. O documento mostra que a extração de minério de ferro chegou a 80,8 toneladas métricas (Mt), uma leve queda de 1% na comparação com o quarto trimestre de 2021. No ano, o indicador recuou 2%, para 307,8 Mt.
Segundo a Vale, o desempenho negativo, mas muito próximo à estabilidade, deve-se a dois fatores: atrasos de licenciamentos na Serra Norte e o processamento de estéril jaspilito e performance operacional no S11D.
Os efeitos foram parcialmente compensados pelo crescimento contínuo da operação em Vargem Grande e alta na produção via processamento a seco em Brucutu. Além disso, a maior compra de terceiros também ajudou a segurar o indicador.
Já as vendas de finos da matéria prima do aço também registraram um tímido recuo de 0,7% na base trimestral e ficaram em 81,2 Mt. O acumulado anual foi de 260,6 Mt, recuo de 3,8% ante o ano anterior.
Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico
O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Banco do Brasil (BBAS3): vale a pena investir? Confira opinião dos analistas do BTG Pactual
O Banco do Brasil (BBAS3) foi o último dos “bancões” brasileiros a divulgar seus resultados do 3T24, na noite da última quarta-feira (13). Os números vieram positivos de maneira geral, com destaque para: Apesar dos números não estarem totalmente no vermelho, o mercado mostrou certa apreensão. Os papéis do bancão fecharam o pregão da quinta-feira […]
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação
Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) ou Blau Farmacêutica (BLAU3)? Após resultados “sem brilho” do setor de saúde no 3T24, BTG elege a ação favorita
Embora as operadoras tenham apresentado resultados fracos ou em linha com as expectativas, as três empresas se destacaram no terceiro trimestre, segundo o banco
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025