Tão longe, tão perto: Oi (OIBR3) consegue aval para venda de torres, mas não para usar o dinheiro
O negócio de até R$ 1,697 bilhão tem o potencial de dar algum fôlego ao combalido balanço da Oi, mas quem vai decidir o destino do dinheiro é o TCU; entenda o caso

Quando a fase é difícil, nem mesmo uma boa notícia é completa. Em situação financeira delicada, a Oi (OIBR3) conseguiu a anuência prévia da Anatel para a venda das torres de telefonia para a Highline do Brasil. O negócio de até R$ 1,697 bilhão tem o potencial de dar algum fôlego ao combalido balanço da Oi.
Mas o problema é que a superintendência da Agência Nacional de Telecomunicações determinou que o dinheiro seja retido em uma conta bancária. Quem vai decidir o destino dos recursos é o Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com despacho da superintendência da Agência Nacional de Telecomunicações.
A Oi acertou a venda das torres para a Highline do Brasil em agosto do ano passado.
O dinheiro é importante para dar um fôlego à operadora, que enfrenta dificuldades financeiras e ganhou autorização da Justiça para suspender pagamentos a credores.
- Por que estamos no momento ideal para poder ganhar dinheiro com dividendos? O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para te ensinar como buscar renda extra com as melhores ações pagadoras da Bolsa. [ACESSE AQUI GRATUITAMENTE]
Oi (OIBR3): O possível destino do dinheiro
Do valor total de até R$ 1,697 bilhão, a previsão era de que a quantia de R$ 1,088 bilhão seria paga à vista na data de fechamento da operação, que aguardava a anuência prévia da Anatel.
A outra parte, de até R$ 609 milhões, seria paga em 2026, dependendo da quantidade futura de itens de infraestrutura a serem utilizados na continuidade do serviço de telefonia fixa após a renovação da concessão, em 2025.
Leia Também
A Oi vendeu um conjunto de 8 mil torres usadas na telefonia fixa, entre outros serviços de telecomunicações. Dessas, 7 mil são consideradas bens reversíveis. Ou seja: são essenciais para a operação da telefonia fixa e precisam permanecer disponíveis para a concessionária do serviço.
Diante disso, o contrato de venda das torres prevê que a Highline se comprometerá a alugar esses itens de infraestrutura para a Oi e para os futuros concessionários.
Até aí, tudo certo, segundo a Superintendência de Controle de Operações da Anatel. "Embora a operação trate de uma quantidade significativa de torres essenciais à telefonia fixa, o contrato reconhece a essencialidade de tais ativos e provê aluguel de espaço seguro para garantia da continuidade do serviço", diz o superintendente Gustavo Santana Borges no despacho.
Por que o dinheiro ficou preso
O problema está na destinação do dinheiro da venda dos bens reversíveis. A Lei Geral de Telecomunicações e o Contrato de Concessões não têm normas sobre o que fazer com os valores de vendas de bens reversíveis.
Há uma regulamentação da Anatel permitindo que a concessionária faça o que bem entender quando se trata da venda de um ativo que deixou de ser essencial. Por exemplo: centrais telefônicas antigas e imóveis desocupados.
- LEIA TAMBÉM: Bancos partem para cima da Oi (OIBR3) e dizem que recuperação judicial anterior não acabou; saiba o que está em jogo
Mas esse não é caso das torres da Oi.
Além de não haver uma regra clara, o caso está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Já existe um parecer da área técnica da Corte apontando que os valores da venda de bens reversíveis devem ser reaplicados na própria concessão. Esse parecer está pendente de uma posição definitiva pelo plenário da Corte.
Por conta dessa indefinição, a Anatel optou por conceder anuência prévia à venda das torres, mas impôs à Oi a obrigação à abertura de uma conta bancária em que deverá depositar todos os valores da venda.
A reportagem do Estadão procurou a Oi, mas a companhia não se manifestou. A tele entrou em recuperação judicial em 2016, com R$ 65 bilhões em dívidas.
A sentença de encerramento do processo saiu em dezembro de 2022, mas a tele segue com dívida de R$ 35 bilhões. Neste mês, pediu proteção à Justiça contra execuções de credores enquanto tenta uma renegociação. Se não houver acordo nos próximos dias, a Oi deve pedir novamente uma recuperação judicial.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Trump preocupa mais do que fiscal no Brasil: Rodolfo Amstalden, sócio da Empiricus, escolhe suas ações vitoriosas em meio aos riscos
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, fala sobre a alta surpreendente do Ibovespa no primeiro trimestre e quais são os riscos que podem frear a bolsa brasileira
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Ex-CEO da Americanas (AMER3) na mira do MPF: Procuradoria denuncia 13 antigos executivos da varejista após fraude multibilionária
Miguel Gutierrez é descrito como o principal responsável pelo rombo na varejista, denunciado por crimes como insider trading, manipulação e organização criminosa
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Trump Media estreia na NYSE Texas, mas nova bolsa ainda deve enfrentar desafios para se consolidar no estado
Analistas da Bloomberg veem o movimento da empresa de mídia de Donald Trump mais como simbólico do que prático, já que ela vai seguir com sua listagem primária na Nasdaq
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações
O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3
A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Adeus: Oi começa a retirar redes de cobre de telefonia, que serão vendidas como sucata
Telefônica tem o compromisso de vender todo o cobre das redes subterrâneas para a V.tal, do BTG Pactual. Rede aérea será vendida depois.
Constelação Starlink: Anatel avalia pedido para mais que dobrar número de satélites sobre o Brasil
Empresa do bilionário Elon Musk já possui 4,4 mil satélites em órbita sobre o país e quer colocar mais 7,5 mil em operação.
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado
Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel
TIM (TIMS3) anuncia pagamento de mais de R$ 2 bilhões em dividendos; veja quem tem direito e quando a bolada cai na conta
Além dos proventos, empresa anunciou também grupamento, seguido de desdobramento das suas ações
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação
A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita
Após virar pó na bolsa, Dotz (DOTZ3) tem balanço positivo com aposta em outra frente — e CEO quer convencer o mercado de que a virada chegou
Criada em 2000 e com capital aberto desde 2021, empresa que começou com programa de fidelidade vem apostando em produtos financeiros para se levantar, após tombo de 97% no valuation