Sem medo do sarrafo alto: Amazon salta, supera obstáculo e se junta a Google e Microsoft no 1T23; ações sobem 12%
A gigante do varejo eletrônico superou estimativas para o período de janeiro e março e também viu divisão em nuvem crescer
A Alphabet, holding que controla o Google, e a Microsoft colocaram o sarrafo do primeiro trimestre de 2023 lá em cima — e a Amazon saltou, mostrando por que é uma gigante do comércio eletrônico.
A varejista on-line espetou a vara em um piso feito de juros altos, de inflação fora de controle e de ameaça aos gastos dos consumidores, mas pulou sem medo e chegou ao outro lado com um lucro líquido de US$ 3,172 bilhões — revertendo um prejuízo de US$ 3,844 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.
A receita da Amazon totalizou US$ 127,358 bilhões, um crescimento de 9,37% na comparação anual. O lucro por ação alcançou US$ 0,31 contra perda de US$ 0,38 no mesmo período do ano anterior.
A expectativa dos investidores que estavam na arquibancada, esperando os números da varejista eletrônica nesta quinta-feira (27), era de vendas líquidas de US$ 124,7 bilhões e lucro por ação de US$ 0,20.
Em Nova York, a performance foi aplaudida. As ações da Amazon chegaram a subir 12% no after market.
- Imposto de Renda sem complicações: não passe perrengue na hora de declarar o seu IR em 2023. Baixe de forma GRATUITA o guia completo que Seu Dinheiro preparou com todas as orientações que você precisa para fazer sua declaração à Receita sozinho. [É SÓ CLICAR AQUI]
A AWS foi quem saltou
Quem deu o salto que garantiu os aplausos da Amazon foi a AWS, a unidade de nuvem da gigante do comércio eletrônico.
Leia Também
A divisão registrou receita de US$ 21,4 bilhões no primeiro trimestre de 2023, o que representa um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A projeção feita pela Bloomberg indicava que as vendas líquidas da AWS chegariam a US$ 21,03 bilhões entre janeiro e março deste ano.
Tanto a Alphabet quanto a Microsoft resistiram às preocupações sobre uma desaceleração dos negócios em nuvem no início desta semana, aumentando a pressão sobre a AWS para entregar bons resultados.
"Essa flexibilidade de escalar e depois desescalar uma operação é, por definição, uma das maiores propostas de valor que a infraestrutura em nuvem oferece aos clientes", afirma Richard Camargo, analista da Empiricus. "Ela funciona como vetor de aceleração de crescimento em momentos bons, mas acaba sendo obrigada a absorver choques em momentos ruins. Essa é tão somente a natureza do negócio."
O Google Cloud atingiu um marco, registrando lucratividade pela primeira vez, e a Microsoft, apoiando-se em suas proezas de inteligência artificial, convenceu Wall Street a perdoar a desaceleração no crescimento do Azure desde pelo menos o terceiro trimestre de 2022.
- Leia também: Nuvem carregada? Só se for de dados! Ações da Microsoft e da dona do Google sobem após números do 1T23
A publicidade deu um empurrãozinho
Não era só o negócio em nuvem da Amazon que estava sob os olhos atentados dos juízes de Wall Street. A divisão de publicidade também estava sendo observada de perto dada a tendência de desaceleração do segmento entre as big techs.
Com os juros altos, a inflação fora de controle e as demissões em massa, muitos anunciantes recolheram boa parte dos recursos destinados à publicidade on-line. Mas a Amazon também conseguiu superar esse obstáculo.
O segmento de serviços com publicidade teve receita de US$ 9,509 bilhões entre janeiro e março deste ano, o que representa um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.
"A Amazon trouxe uma mensagem cautelosa, mas reafirmou todas as fortalezas do seu modelo de negócios, com o e-commerce performando bem e ganhando market share e o AWS, mesmo diante da desaceleração, preservando um perfil saudável de rentabilidade", destaca o analista Richard Camargo.
Demissões no caminho da Amazon
Assim como outras gigantes da tecnologia, a Amazon também teve que fazer um ajuste significativo em seu quadro de funcionários — com foco em áreas de maior crescimento da empresa.
Mais cedo, a Amazon Studios e o Prime Video anunciaram a demissão de mais 100 funcionários. Esses cortes, de um total de 7.000 funcionários que trabalham nas duas divisões, serão seguidos pela adição de novas funções em áreas designadas como essenciais para o crescimento futuro da empresa.
Em março, após uma revisão estratégica, o CEO da Amazon, Andy Jassy, anunciou planos para demitir mais 9.000 funcionários — além dos 18.000 cortes de empregos anunciados anteriormente.
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Streaming e sucessos de bilheteria salvam o ‘cofre do Tio Patinhas’ e garantem lucro no balanço da Disney
Para CFO da empresa, investidores precisam entender “não apenas os resultados atuais do negócio, mas também o retorno dos investimentos”
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?
Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje
Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas
O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior
Americanas (AMER3) registra lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no 3T24 e reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão; veja os destaques do balanço
A CFO da varejista em recuperação judicial, Camille Faria, explicou que o lucro está relacionado ao processo de novação da dívida
Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024
A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas
Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%
Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas
CVC sai da rota do prejuízo com lucro trimestral de R$ 14,4 milhões; Itaú BBA e BTG comentam
Despesas operacionais recorrentes da empresa no terceiro trimestre somaram R$ 239 milhões, valor 30% abaixo do registrado no ano anterior
Amazon vai ‘bater de frente’ com a Nvidia? Big tech investe pesado para criar chips de inteligência artificial; entenda o motivo
Através da subsidiária Annapurna Labs, empresa de Jeff Bezos está construindo infraestrutura de IA ‘do zero’