Santander eleva preço-alvo das ações da Natura para R$ 18 — é hora de colocar NTCO3 na sacola de compras?
Com a mudança, o potencial de valorização dos papéis da empresa do setor de beleza passou para quase 10% em relação ao último fechamento
O Santander elevou o preço-alvo das ações da Natura para R$ 18 — o que representa um potencial de valorização de 9,4% com relação ao valor de fechamento dos papéis de quarta-feira (14). Chegou a hora de colocar NTCO3 na sacola de compras?
Apesar da mudança no preço-alvo da empresa, o banco diz que não é o momento de levar Natura para casa. O Santander manteve a recomendação neutra para as ações sob o argumento de que as notícias positivas envolvendo a empresa já estão precificadas.
Segundo o banco, a Natura & Co LatAm visa a expansão da lucratividade até o ano de 2023, mas deve haver alguma volatilidade ao longo dos próximos trimestres.
Já a Natura Brasil continua apresentando um sólido desempenho de vendas impulsionado pela força de sua marca e do sucesso do Dia das Mães, embora a manutenção do ritmo de crescimento do primeiro trimestre seja improvável, segundo o Santander.
Por volta de 14h40, os papéis da Natura subiam 0,55%, cotados a R$ 16,55. Em um ano, as ações acumulam alta de 9,39%.
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Então por que o novo preço-alvo para NTCO3?
O Santander elevou o preço-alvo para as ações da Natura de R$ 12,20 para R$ 18 para 2023, mantendo a recomendação neutra. Segundo banco, a maior parte desse aumento se deve à venda da Aesop.
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Ao preço atual das ações, o Santander vê a Natura negociando a um preço sobre lucro (P/L) ajustado — excluindo os encargos da Avon — de cerca de 25 vezes em 2024, com alta limitada a 9,4% no novo preço-alvo.
“Em nossa opinião, o mercado já está precificando muitas das melhorias potenciais da recuperação da Avon International, enquanto a recente valorização das ações também corrigiu o preço negativo e confuso após a venda da Aesop”, diz o Santander em relatório.
Natura, o retorno
A Natura sonhou alto, mas precisou rever seus planos para reverter perdas e voltar a lugar — algo que já começou a aparecer nos dados do primeiro trimestre deste ano.
A empresa se desfez da marca de luxo Aesop e colocou no bolso US$ 2,52 bilhões — um capital que deve ajudar na retomada das operações do próprio grupo, da The Body Shop e da Avon.
Com a reação positiva dos números da Natura entre janeiro e março, a recuperação da The Body Shop aparece como um dos maiores desafios do grupo neste momento.
A marca foi adquirida em 2017, mas ainda patina: a receita da TBS caiu 9,4% e, apesar de melhora de 0,5 ponto percentual na margem bruta nos três primeiros meses do ano, a margem Ebitda ainda ficou 0,3 ponto percentual menor, a 6,1%.
Outro passo que a Natura deve dar é integrar definitivamente a base de revendedoras de Natura e Avon, combinando a força de vendas.
No relatório de hoje, o Santander conta que teve uma reunião com os executivos da empresa. “Embora a administração tenha se abstido de compartilhar grandes novidades, saímos da reunião com a percepção de que a narrativa da Natura continua consistente — uma boa notícia, a nosso ver, dada a volatilidade pós-pandemia — e gradualmente mais otimista”, diz o banco.
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