Produção brasileira da Shein pode deixar competição mais igual entre varejistas, mas empresas brasileiras terão de suar para ter folga nesse jogo
Equipes do Santander e do Itaú BBA apontam riscos e vantagens das varejistas nacionais diante dos planos ambiciosos da Shein
Se há apenas alguns dias a Shein parecia um inimigo a ser combatido — e taxado — ela acaba de se tornar aliada de uma empresa nacional após o anúncio de seu acordo com a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas/CTMN4) — que é dona da Artex e da MMartan — para fabricar suas roupas aqui no Brasil. E, agora, o jogo pode ficar mais justo para as varejistas locais, conforme analistas.
Em geral, o acordo prevê que 2 mil dos clientes confeccionistas da empresa passem a ser fornecedores da Shein para atender os mercados doméstico e da América Latina. A parceria também abrange o financiamento para capital de trabalho e contratos de exportação de produtos para o lar, com um investimento total de R$ 750 milhões.
A ideia é que a Shein seja capaz de produzir internamente até 85% do que vende no Brasil até 2026, além de estoque próprio e um market place.
O Itaú BBA apontou, em relatório, que outras varejistas como Lojas Renner (LREN3) e Guararapes (GUAR3) investiram bem menos em 2022, por exemplo. Enquanto a primeira investiu R$ 1 bilhão em capex no ano passado, a segunda somou R$ 600 milhões em investimentos.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
Também em relatório, o Santander avalia que esses planos sinalizam para um modelo de negócios mais sustentável por parte da varejista chinesa, mesmo que uma maior fiscalização e, por consequência, aplicação de taxas para os itens importados traga impactos competitivos no curto prazo para ela.
Os analistas também reforçam que a chegada da Shein pode obrigar as varejistas locais a rever suas estratégias, principalmente suas cadeias de suprimentos. Isso pode exigir delas parcerias com fornecedores, aceleração do aperfeiçoamento do comércio eletrônico e gerenciamento de riscos de lucratividade.
Leia Também
Para o banco, os principais riscos são o aumento da concorrência, preocupação com rentabilidade e pressão de preços.
Shein pode já ter sido ameaça maior
Na avaliação da equipe do Itaú BBA, ainda que a pressão para as varejistas locais exista, as companhias brasileiras estão bem posicionadas para lidar com a competição. Além disso, pontuam que, uma vez no Brasil, a Shein precisará se sujeitar a mesma dinâmica e desafios de suas concorrentes — que vivenviam o mercado brasileiro há bastante tempo e podem ter uma vantagem aí.
"Em nossa opinião, competir com as operações internacionais da Shein foi muito mais desafiador, dada a provável vantagem de preço relacionada aos custos de fabricação chineses. Por fim, observe que o mercado brasileiro de vestuário também é altamente fragmentado e pode haver espaço para grandes players coexistirem daqui para frente", escreve o Itaú BBA.
VEJA TAMBÉM - A Dinheirista: Fugi do país para escapar de uma montanha de dívidas, meus credores podem me perseguir?
Azul (AZUL4) tem ‘dilema de diluição’ na negociação de dívidas com credores – XP calcula qual pode ser a perda para o acionista
Ações da aérea têm alta volatilidade nos últimos meses com rumores sobre recuperação judicial e recente acordo com credores; como fica o investidor?
AgroGalaxy (AGXY3) consegue “blindagem” contra credores em meio a calote em CRAs e pedido de recuperação judicial
A companhia obteve uma liminar concedida pela 19ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia que suspendeu as execuções de dívidas e rescisões contratuais ligadas à reestruturação
Multiplan (MULT3) propõe pagar R$ 2 bilhões por participação de um dos maiores investidores históricos
O Ontario Teacher’s Pension Plan (OTPP) colocou à venda toda a sua posição na companhia — a própria Multiplan e o fundador devem levar os papéis
B3 não tem nenhum IPO há mais de 3 anos — e isso é uma boa notícia para esta empresa
Último IPO na B3 ocorreu em agosto de 2021; juros altos estão entre as causas dessa “seca” de novas empresas na bolsa
Dividendos: Bradesco (BBDC4) e Lojas Renner (LREN3) divulgam JCP de R$ 2,1 bilhões; B3 (B3SA3) também pagará proventos milionários
Empresas aprovaram o pagamento de renda extra para o investidor nesta quinta (19); saiba quais são os prazos para a distribuição
IRB (IRBR3): ações saltam 41% desde a divulgação dos resultados do 2T24; existe espaço para mais?
Ações dispararam 62% desde as mínimas do ano; entenda a recuperação dos papéis e se ponto de entrada ainda é atrativo, segundo o BTG Pactual
Por que as ações da Brava Energia (BRAV3) caíram forte hoje e ampliam perdas desde a estreia na B3 para 19%
O desempenho negativo das ações vem na esteira de uma sequência de interrupções na produção do campo de Papa Terra, na Bacia de Campos
Renda extra para o investidor: Vibra (VBBR3) e Hypera (HYPE3) pagam juntas mais de R$ 385 milhões em JCP – veja até quando é possível receber
Pagamentos estão programados para 2025, mas investidores que tiverem interesse em receber os proventos precisam se posicionar até a próxima semana; veja os prazos
XP retoma negociações de fiagros expostos à AgroGalaxy; outros fundos com CRAs da companhia caem forte na B3
Em meio à crise, a XP Investimentos chegou a suspender temporariamente as negociações de cinco fundos expostos à companhia negociados em ambiente de balcão
JP Morgan contraria rival e recomenda compra das ações da São Martinho (SMTO3) — mas corta preço-alvo com ‘otimismo cauteloso’
O banco norte-americano enxerga que a empresa de açúcar e etanol não seja tão afetada pelas queimadas das plantações de cana-de-açúcar
Com ações em queda, Petrobras (PETR4) se pronuncia sobre notícia de que vai baixar o preço dos combustíveis
As ações Petrobras PN (PETR4) recuaram 2,40% no pregão desta quarta-feira (18), mas estatal negou mudanças nos preços
Ações da Cosan (CSAN3) despencam 31% no ano e BTG corta preço-alvo por ‘trajetória turbulenta’ – ainda vale investir?
Analistas do banco destacaram três fatores que têm jogado contra as ações da Cosan; preço-alvo foi reduzido em 23%
AgroGalaxy (AGXY3) pede recuperação judicial na esteira de debandada do CEO e derrocada de 90% das ações na B3 desde o IPO
Conselho de administração aprovou em caráter de urgência o envio do pedido de recuperação judicial, que corre em segredo de justiça
Esta ação do setor elétrico está com valuation atraente e pode pagar bons dividendos no curto prazo, segundo o Itaú BBA — e não é a Taesa (TAEE11)
Para os analistas, existe um nome no setor de energia que tem espaço para pagar dividend yield próximo dos dois dígitos: a Isa Cteep (TRPL4)
Número de investidores da Petrobras (PETR4) salta 170% e companhia atinge marca inédita de 1 milhão de acionistas na bolsa
Além disso, atualmente o percentual de investidor pessoa física no capital social da companhia é maior que o dos investidores institucionais brasileiros
Com processo de fusão em andamento, acionistas da Cobasi compram ações da Petz (PETZ3) e papéis engatam alta
Enquanto a fusão entre a Petz e Cobasi aguarda avanços, a família Nassar e a Kinea compraram 5,8% das ações PETZ3
Debandada na AgroGalaxy (AGXY3): CEO e mais 5 conselheiros deixam a empresa em meio a queda acumulada de 68% nas ações e prejuízos nos resultados em 2024
Companhia do varejo de insumos agrícolas elegeu Eron Martins como presidente-executivo após renúncia de Axel Jorge Labourt
Braskem (BRKM5) agora é buy? 3 motivos pelos quais os analistas do UBS enxergam um potencial de alta de quase 50% para as ações
Na visão dos analistas do banco suíço, o ciclo de baixa do setor petroquímico chegou no seu ponto mais baixo; veja os motivos
CSN (CSNA3) prorroga exclusividade na compra da InterCement — mas acordo depende da recuperação extrajudicial
As empresas e a controladora da InterCement chegaram a um acordo para prorrogar até 16 de outubro o direito de exclusividade para a negociação de uma potencial aquisição
Na mira de Luiz Barsi: Megainvestidor aumenta o “calibre” e atinge 10% das ações da Taurus (TASA4)
O bilionário elevou a participação na fabricante brasileira de armas, cujas ações acumulam queda de mais de 25% no ano