Governo manda Petrobras (PETR3; PETR4) suspender venda de ativos por 90 dias, e ações reagem em queda forte
Ações reagem negativamente à notícia em semana agitada para a petroleira, que também adiou sua próxima assembleia de acionistas

O noticiário está quente para a Petrobras (PETR3; PETR4) nesta semana, e isso logo às vésperas de a estatal divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2022.
Depois da volta da cobrança dos impostos federais sobre os combustíveis, sinais de mudanças na sua política de dividendos e a divulgação dos indicados pelo governo para compor o Conselho de Administração da companhia, o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu a pausa das vendas de ativos da petroleira por cerca de três meses.
A Petrobras informou, nesta quarta-feira (1º) que o ministério solicitou a suspensão de todas as alienações de ativos pela companhia pelo prazo de 90 dias, em razão da reavaliação da Política Energética Nacional atualmente em curso e da instauração de nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
A estatal diz que o pedido respeita as regras de governança da companhia e compromissos assumidos com entes governamentais, "sem colocar em risco interesses intransponíveis da Petrobras".
As ações da petroleira reagem em queda à notícia, dado que a política de venda de ativos menos rentáveis para focar na exploração do pré-sal tem sido um dos pontos fortes da gestão da Petrobras nos últimos anos, uma vez que tende a maximizar o retorno ao investidor. Perto das 12h, as ações preferenciais (PETR4) recuavam 2,54%, a R$ 24,60, e as ordinárias (PETR3) caíam 2,85%, a R$ 27,93. Confira a nossa cobertura completa de mercados.
"O Conselho de Administração analisará os processos em curso, sob a ótica do direito civil e dentro das
regras de governança, bem como eventuais compromissos já assumidos, suas cláusulas punitivas e suas
consequências, para que as instâncias de governança avaliem potenciais riscos jurídicos e econômicos
decorrentes, observadas as regras de sigilos e as demais normas de regência aplicáveis."- Comunicado da Petrobras a respeito da suspensão da venda de ativos.Leia Também
Investidores veem seus temores se concretizarem aos poucos
A perspectiva da volta da tributação federal sobre os combustíveis a partir desta quarta-feira animou o mercado no início da semana por representar um alívio às contas do governo, mas acendeu temores em relação à política de preços da Petrobras.
Desde antes das eleições presidenciais, os investidores já temiam que um novo governo petista pudesse voltar a intervir nesta seara, como vinha indicando o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao criticar a política de paridade internacional da petroleira.
E, de fato, nesta semana a Petrobras já anunciou um corte de preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras, de forma a aliviar o impacto do retorno dos impostos.
Outro ponto de preocupação do mercado é a política de distribuição de dividendos, também muito criticada pelo PT. E realmente a fonte dos proventos deve secar em breve: numa reunião realizada nesta semana entre Lula, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi decidido que a estatal não seguirá mais a política de dividendos do governo Bolsonaro.
O governo deseja que uma parte dos lucros da petroleira passe a ser destinado para investimentos, sobretudo em refino e energias renováveis, o que reduziria o retorno dos acionistas com proventos.
Aí entra também a questão da suspensão da venda de ativos, anunciada hoje. A medida sinaliza que a companhia pode fazer uma reversão desse movimento, passando de desinvestidora a investidora. Em vez de focar no pré-sal e pagar gordos dividendos, voltaria a investir em várias frentes, distribuindo proventos menores.
Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras é adiada
A Petrobras divulga na noite desta quarta, após o fechamento do mercado, os seus resultados do quarto trimestre de 2022 e o balanço do ano. Mas, tendo em vista os últimos acontecimentos, certamente o evento mais aguardado é a teleconferência do comando da empresa com o mercado, marcada para a próxima quinta (02) às 10h30. Saiba o que esperar para o balanço da Petrobras.
A próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), porém, vai ter que esperar. Ontem, a Petrobras comunicou ao mercado que seu Conselho de Administração optou por adiar o próximo encontro de acionistas de 19 para 27 de abril.
MME indica nomes para o Conselho de Administração
A AGO em questão deverá votar para escolher os membros do próximo Conselho de Administração da Petrobras, e os nomes da chapa da União já foram indicados pelo MME, mas ainda precisam passar pela avaliação interna de governança da estatal. Confira os indicados:
- Pietro Adamo Sampaio Mendes (concorre ao cargo de presidente do Conselho)
- Jean Paul Terra Prates (atual presidente da Petrobras)
- Carlos Eduardo Turchetto Santos
- Vitor Eduardo de Almeida Saback
- Eugênio Tiago Chagas Cordeiro e Teixeira
- Bruno Moretti (em substituição a Wagner Granja Victer, que havia sido indicado inicialmente)
- Sergio Machado Rezende
- Suzana Kahn Ribeiro
Trump preocupa mais do que fiscal no Brasil: Rodolfo Amstalden, sócio da Empiricus, escolhe suas ações vitoriosas em meio aos riscos
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, fala sobre a alta surpreendente do Ibovespa no primeiro trimestre e quais são os riscos que podem frear a bolsa brasileira
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Ex-CEO da Americanas (AMER3) na mira do MPF: Procuradoria denuncia 13 antigos executivos da varejista após fraude multibilionária
Miguel Gutierrez é descrito como o principal responsável pelo rombo na varejista, denunciado por crimes como insider trading, manipulação e organização criminosa
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Drill, deal or die: o novo xadrez do petróleo sob o fogo cruzado das guerras e das tarifas de Trump
Promessa de Trump de detalhar um tarifaço a partir de amanhã ameaça bagunçar de vez o tabuleiro global
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações
O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3
A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado
Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel
TIM (TIMS3) anuncia pagamento de mais de R$ 2 bilhões em dividendos; veja quem tem direito e quando a bolada cai na conta
Além dos proventos, empresa anunciou também grupamento, seguido de desdobramento das suas ações
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação
A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita
Após virar pó na bolsa, Dotz (DOTZ3) tem balanço positivo com aposta em outra frente — e CEO quer convencer o mercado de que a virada chegou
Criada em 2000 e com capital aberto desde 2021, empresa que começou com programa de fidelidade vem apostando em produtos financeiros para se levantar, após tombo de 97% no valuation
Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora — Tesla se dá bem e ações sobem mais de 3%
O presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA; entenda os motivos que fazem os papéis de companhias na América do Norte, na Europa e na Ásia recuarem hoje
Nova faixa do Minha Casa Minha Vida deve impulsionar construtoras no curto prazo — mas duas ações vão brilhar mais com o programa, diz Itaú BBA
Apesar da faixa 4 trazer benefícios para as construtoras no curto prazo, o Itaú BBA também vê incertezas no horizonte
JBS (JBSS3) pode subir 40% na bolsa, na visão de Santander e BofA; bancos elevam preço-alvo para ação
Companhia surpreendeu o mercado com balanço positivo e alegrou acionistas com anúncio de dividendos bilionários e possível dupla listagem em NY