Petrobras (PETR4) faz 70 anos: CEO fala em ver empresa integrada, “do poço ao posto” e analisa volta à Venezuela
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, falou durante cerimônia de aniversário da companhia hoje e deu entrevista ao programa Roda Viva ontem
Os últimos dias foram cheios para o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, que tem dado uma série de entrevistas em meio à comemoração de 70 anos de existência da estatal.
Assunto não faltou, com declarações sobre a possível recompra de refinarias, a política de preços de combustíveis, uma eventual volta ao mercado venezuelano, a exploração da Margem Equatorial, o futuro da Braskem e a transição energética.
Prates ainda disse que o sonho de uma empresa integrada, “do poço ao posto", segue vivo, ao participar de evento de comemoração de aniversário da empresa no centro de pesquisas da empresa, no Rio de Janeiro, há pouco.
O Seu Dinheiro separou os principais pontos falados pelo executivo no evento e na entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (2), que dão pistas do direcionamento que a petroleira está tomando sob a nova gestão, indicada pelo governo Lula.
Petrobras estuda como a Chevron entrou na Venezuela
Um dos temas que veio à tona foi uma eventual entrada no mercado da Venezuela, que é um dos principais produtores mundiais de petróleo, mas cuja economia entrou em colapso.
Segundo Prates, a Petrobras está estudando como a Chevron Corp. conseguiu retomar as operações na Venezuela para ver se faz sentido para a estatal brasileira voltar a atuar no país.
Leia Também
Oportunidades de negócios não só no mercado venezuelano, mas na Bolívia, estariam sendo avaliados por causa do potencial dos dois países no setor petrolífero. O executivo negou que a questão seja influenciada por visões políticas.
"Faz sentido para a Petrobras voltar a olhar para os países mais ricos em reservas de hidrocarbonetos", afirmou durante entrevista no programa Roda Viva.
Ainda em relação à Venezuela, o executivo afirmou que a deterioração da indústria petroleira local torna o país atrativo para a Petrobras. "[O cenário] não é bom para o país, embora seja algo a se olhar, mas não é a Petrobras que vai carregar a Venezuela nas costas", afirmou.
Quanto à Bolívia, destacou a importância de parcerias com o país na área do gás. "Nós temos um gasoduto, temos uma ponte ligando a Bolívia, e os regimes contratuais foram se deteriorando a ponto dos investimentos terem caído. Aparentemente, as reservas locais acabaram, mas ainda há reservas de gás no país."
Política de preços de combustíveis da Petrobras
Uma das principais preocupações de investidores quando há mudanças na gestão da Petrobras, a política de preços dos combustíveis adotada pela companhia também foi alvo de perguntas de jornalistas.
Sobre isso, Prates reiterou que a estatal tem total independência na definição dos preços. "O governo não manda a gente subir, nem descer, nem segurar, nada disso", afirmou.
O presidente da Petrobras também disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nunca prometeu que os preços dos combustíveis não subiriam mais e que o país deixaria de lado referências internacionais ao "abrasileirar" as tarifas.
O executivo avalia que não levar em consideração os preços internacionais do petróleo "seria uma temeridade, porque nós não só importamos ainda parte dos produtos, como estamos inseridos na comunidade internacional."
E a recompra de refinarias da Petrobras?
Jean Paul Prates afirmou concordar com o entendimento do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a necessidade de recompra de refinarias.
Ele mencionou haver uma análise em curso para a recuperação da capacidade de refino da estatal, mas sem dar detalhes sobre o tema.
"Eu concordo politicamente com as falas do ministro de Minas e Energia sobre recomprar refinarias. A análise está em curso, mas não podemos falar publicamente", afirmou.
Questionado sobre a acusação de a estatal estar realizando práticas predatórias de mercado, vendendo petróleo com preços diferentes entre as refinarias próprias e unidades privadas, o executivo acrescentou que a Petrobras tem o direito de fazer a integração vertical de seus negócios.
Prates acrescentou ainda que estuda, dentro do mercado de refino, a expansão da capacidade de produção de biocombustíveis, destacando o plano de investimentos realizado pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital.
"Uma parceria com a refinaria da Bahia (Acelen) nos parece uma aproximação válida. Temos um projeto grande sobre biocombustíveis, onde a Petrobras tem terras na região", afirmou Prates.
Venda da fatia da Petrobras e Novonor na Braskem
Outra questão que está sem definição e segue sendo alvo de questionamentos é o que a Petrobras vai fazer em relação a uma eventual venda da Braskem.
A estatal é sócia da Novonor (antiga Odebrecht) na petroquímica e se especula sobre ofertas de empresas interessadas em comprá-la já há alguns anos.
Prates disse que a petrolífera tem interesse em manter a sua posição acionária na Braskem e que a expectativa é que ocorra uma definição em relação à venda da fatia da Novonor, no máximo, até janeiro do ano que vem.
Questionado sobre a possibilidade da petroleira dos Emirados Árabes Unidos Adnoc comprar a Braskem, o executivo afirmou haver uma tendência global de empresas de exploração e produção em comprar companhias do setor petroquímico.
"A Adnoc é uma empresa integrada. Ela é petroleira e também petroquímica. A tendência global está no sentido desses negócios se reacoplarem", afirmou.
Petróleo em alta: por que a Petrobras (PETR4) não é recomendada para 'surfar o boom' da commodity?
Exploração de petróleo na Margem Equatorial
Jean Paul Prates também voltou a defender o avanço da exploração de petróleo na Margem Equatorial, no litoral do Norte e Nordeste do Brasil, que vem sendo considerada a nova fronteira de reservas no país.
Segundo Prates, a licença ambiental de perfuração de dois poços na Bacia de Potiguar (litoral do Rio Grande do Norte), que faz parte da Margem Equatorial e foi confirmada ontem pelo Ibama, é "um belíssimo começo em direção ao Amapá".
Para ele, a Petrobras ainda é “o melhor, se não o único, operador capaz de fazer a operação na Margem Equatorial com total segurança".
A eventual exploração da região próxima à foz do Rio Amazonas tem sido criticada por ambientalistas e o Ibama já negou um pedido de licença no local.
No entanto, o executivo ainda defende que "o Brasil tem direito de saber se há petróleo no país”, sendo que há expectativas de que os poços da Margem Equatorial tenham grandes reservas.
Relação da Petrobras com a China
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reconheceu a China como um importante parceiro para a transição energética.
O executivo destacou sinergias que podem ser aproveitadas entre a estatal e empresas chinesas na área petroquímica, química e de desenvolvimento de novas rotas tecnológicas para a descarbonização.
"Os chineses podem participar dos futuros projetos de descarbonização. Tivemos três acordos assinados com os três principais bancos da China", afirmou Prates durante entrevista ao programa Roda Viva.
Na área da indústria química, Prates avaliou sinergias em potencial entre empresas chinesas e a Petrobras para impulsionar a produção de combustíveis por meio do coprocessamento, que aproveita fontes renováveis em conjunto com produtos de origem fóssil.
O presidente da Petrobras acrescentou ainda a possibilidade de parcerias para a entrada de empresas chinesas, com direito a participação nos projetos, para a frente de eólicas offshore.
Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Petrobras (PETR4) antecipa plano de investimentos de US$ 111 bilhões com ‘flexibilidade’ para até US$ 10 bilhões em dividendos extraordinários
A projeção de proventos ordinários prevê uma faixa que começa em US$ 45 bilhões; além disso, haverá “flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões”
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*