Pedido de Lula? Presidente da Petrobras (PETR4) se antecipa a críticas e explica motivo da redução de preço da gasolina e do GLP
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (30) a queda de 5,3% no preço da gasolina e de 3,9% no preço do GLP. As ações da empresa sofreram com o anúncio.
Se antecipando às possíveis críticas sobre a segunda redução do preço da gasolina em junho, e da queda do valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, detalhou o motivo para o movimento da estatal.
Segundo ele, a decisão de cortar os preços nada tem a ver com a compensação da volta dos impostos federais sobre o combustível esta semana ou pedido do governo.
"Não é o caso. Estamos tão somente acompanhando o mercado, mas, como prometido, sem o automatismo da estratégia anterior, reconhecendo que a contenção de volatilidade é um benefício que se convém apresentar à sociedade em geral", afirmou Prates.
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (30) queda de 5,3% no preço da gasolina e de 3,9% no preço do GLP. As ações da empresa sofreram com o anúncio, considerado uma compensação pela volta da cobrança de impostos federais sobre a gasolina, suspenso pelo governo anterior.
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Petróleo, sempre ele
No caso dos contratos de gasolina, Prates explicou que eles se desvalorizaram com os crack spreads (diferença entre a cotação do combustível frente ao barril de óleo cru) perdendo força nos principais mercados.
"Os contratos futuros do RBOB (contrato futuro de gasolina mais operado no mundo) perderam valor e a estrutura de mercado se enfraqueceu, atenuando a retração", explicou, acrescentando que os estoques americanos de gasolina apresentaram leve aumento, mantendo-se acima dos níveis de 2022 e abaixo do intervalo sazonal.
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Além disso, destacou, "a demanda local se recuperou, aproximando-se da média esperada para essa época do ano".
Explicou sobre a gasolina, mas e o GLP?
Já no caso do GLP, Prates argumentou que os estoques aumentaram nos Estados Unidos, permanecendo acima dos níveis de 2022 para essa época do ano e próximo da máxima sazonal do período 2016-2021 (menos 2020).
"Tanto na Europa quanto na Ásia, as margens das petroquímicas seguem relativamente baixas, com o propano e o butano perdendo competitividade. Na Ásia, as petroquímicas chinesas apresentam taxas de operação em torno de 73%. As curvas futuras do propano estão estáveis no curto prazo, entrando em contango (preços futuros acima do preço à vista) nos meses mais à frente", informou.
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*Com informações do Estadão Conteúdo
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